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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Como o Reino Unido está a resolver o problema da indisciplina nas escolas


O exemplo britânico.

Os pais dos alunos com comportamentos violentos nas escolas britânicas vão passar a ser multados num valor que pode ir até aos 1450 euros. 'As intimidações verbais e físicas não podem continuar a ser toleradas nas nossas escolas, seja quais forem as motivações' sublinhou a Secretária de Estado para as Escolas. Disse também que ' as crianças têm de distinguir o bem e o mal e saber que haverá consequências se ultrapassarem a fronteira'. Acrescentou ainda que 'vão reforçar a autoridade dos professores, dando-lhes confiança e apoio para que tomem atitudes firmes face a todas formas de má conduta por parte dos alunos'. A governante garantiu que 'as novas regras transmitem aos pais uma mensagem bem clara para que percebam que a escola não vai tolerar que eles não assumam as suas responsabilidades em caso de comportamento violento dos seus filhos. Estas medidas serão sustentadas em ordens judiciais para que assumam os seus deveres de pais e em cursos de educação para os pais, com multas que podem chegar às mil libras se não cumprirem as decisões dos tribunais'. O Livro Branco dá ainda aos professores um direito 'claro' de submeter os alunos à disciplina e de usar a força de modo razoável para a obter, se necessário.

Em Portugal, como todos sabemos, o panorama é radicalmente diferente. Por cá, continua a vingar a teoria do coitadinho: há que desculpabilizar as crianças até ao limite do possível, pois considera-se que o aluno é intrinsecamente bem formado, o que o leva a assumir comportamentos desviantes são factores externos (contexto social e familiar) que ele coitado não consegue superar. Temos assim que o aluno raramente é penalizado e quando o é, os castigos ficam-se na sua maioria por penas ligeiras, não vá correr-se o risco de o menino/a sofrer traumas que o podem marcar para o resto da vida. As notícias sobre actos de vandalismo, de agressão, de indisciplina e de violência praticados em contexto escolar que, com progressiva frequência vamos conhecendo, deviam merecer da parte de quem tutela a educação, medidas mais enérgicas que infelizmente tardam em chegar.


[Artigo enviado por um dos nossos leitores]

domingo, 6 de abril de 2008

O MENINO DO TELEMÓVEL


Há bastante tempo que se vinha sabendo de casos graves de indisciplina nas escolas e pedindo medidas drásticas contra aqueles que os praticam. Mas os tais ratios com que nos querem enganar, têm facilitado comportamentos e medidas intoleráveis: abolição de exames, maneiras de contornar as faltas dos alunos, pressão sobre os professores para elevar as médias para o bom nome das escolas e do ensino, cortes orçamentais que conduzem a falta gritante de pessoal nas escolas, burocracias para expulsar um aluno da aula, e muitas mais.

Mas… às vezes Deus escreve direito por linhas tortas: um menino utilizando as novas tecnologias e furando regras teoricamente proibidas, filmou uma cena talvez até banal, do comportamento corriqueiro de alunos “participativos” numa cena de má educação (e até de agressão), em que uma aluna não acata ser chamada a atenção pela professora que lhe retira o telemóvel por ser um utensílio não autorizado de ser usado durante a aula.

Como na carta a Garcia, o mensageiro que levou a carta será tão herói como o general que ganhou a batalha, também o aluno que colocou estas imagens na Internet obrigou a que durante estes últimos quinze dias finalmente os responsáveis não pudessem por mais tempo assobiar para o lado. Nada será como antes. O menino foi penalizado porque utilizou um utensílio proibido de usar na sala de aula e divulgou o seu conteúdo de modo a que outros o aproveitaram para informar o País. Às vezes é mesmo preciso aproveitar o erro para acordarmos quem anda distraído antes que aconteça um mal que fique depois sem remédio.

Clotilde Moreira / Algés