Do what you love and then get paid for it
Mais um aninho na mesma escola. Mais um aninho sem confusões de maior. Não gosto de fazer dos professores mártires, porque entendo que quando não dá temos de ser nós a perceber que enfiámos o pé na poça (até ao pescoço) e que urge arranjar alternativas. Precárias? Sim. Que nos sugam a vida a cada instante? Sem dúvida.
Quem conhece aqui o estaminé desde os seus primórdios (por falar nisso, já nem sei quando dei início aqui ao coiso), com certeza se lembra que já fiz muita coisa para ter dinheiro para pagar despesas e para pôr comida na mesa. Prostituição? Não, mas olhem que o tratamento recebido me deixava na dúvida... Enfim, penei. Penámos! Porque isto de se dizer que se vai fazer vida em conjunto TAMBÉM passa por estar lado a lado até na linha de montagem de uma empresa de congelados. Custou um bocado (graaaande) ser a menina do café, da sapataria das tias, da fábrica de congelados, de... mas, por muito mal que isto soe, entendo que tudo me fez falta para estar hoje aqui, descansada por estar mais um ano a trabalhar naquilo que gosto mesmo, a receber o suficiente para não estar constantemente com medo de ter de pagar o seguro do carro, os acertos da luz ou com medo de adoecer e não poder trabalhar. Os recibos verdes são tramados, people.
Resumindo e concluindo, sinto-me muito feliz por estar colocada, mas estou a torcer por todos os que não estão, porque sei o que a vida custa, a de professor e as outras todas.
3 comentários:
É bem verdade. É uma vida que custa, à partida, mas temos de nos fazer a ela. :) Bom ano de trabalho!
Pecola
http://pecola.artedoengenho.net
É verdade Maria!
Mas sabes, a humildade que tu tiveste e tens faia de facto falta a alguns colegas que não se conseguem descentrar dos seus umbigos e assim desprestigiam a classe docente....
Bêjos
Parabéns pelo blog.
Grande abraço!
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