Chego aqui vinda do blog da Karvela, onde, só para variar, me fartei de rir com a reflexão/relatório sobre o ano que finda. E depois pus-me a pensar (vem aí outro sismo, pessoas!) no meu próprio anito. Ora, primeiro que tudo, divido o ano em duas partes: a antes da-escola-onde-podes-muito-bem-vir-a-levar-porrada e o depois da-escola-onde-podes-muito-bem-vir-a-levar-porrada.
O antes deopmbvalp foi sossegado. Trabalhava numa escola onde os putos se deslocavam de zundapp, lavravam a terra, partiam lenha com os primos. Uma escola de putos de bom íntimo, como diria a minha avó se ainda cá estivesse, mas que, à semelhança dos putos desta onde me encontro, não têm como objectivo o MIT. Diria que foram uns meses estranhos mas bons, pronto. À excepção do frio e da neve e da falta de aquecedores. E a comida da cantina era intragável e não havia um restaurantezinho sequer, o que me obrigava a ir a uma tasca onde me tratavam com salamaleques, enquanto esfregavam a gordura da mesa para não ficar lá agarrada.
Ora esta escola é diferente. Para melhor ou para pior não sei. Digamos que são mais difíceis mas sinto que a coisa chegará a bom porto, para mim e para eles. É tirar-lhes as navalhas.
Depois temos os colegas. Na outra escola tinha colegas descontraídos, mais velhos e, na maioria, bem-dispostos. Nesta escola tenho colegas novos e velhos, descontraídos e stressados, bem e mal-dispostos. Mas gosto mais desta escola. Apesar de ser das mais novas e de aquelas colegas mais velhas terem o filho da put@ do rei na barriga, o pessoal que entrou comigo é fixe. Tirando meia dúzia de cromos.
Assim sendo, e completando aqui esta reflexão, estou feliz. Estou ainda mais longe do meu alentejo, do meu sobrinho mais lindo, dos meus pais e da minha terra, mas estou ao pé do meu irmão, tenho uma lareira e um gajo que adora bricolage. É verdade que nos divorciamos assim que ele pega no berbequim, mas tenho aqui uma sala que sim senhores.