Era uma vez um lobo, um lobo gay, que vivia numa floresta escura e húmida como ele gostava. Um dia, apareceu-lhe uma bimba vestida com uma capa vermelha:
Lobo (L): filha, que levas tu aí?
Capuchinho (C): um cesto com frutas para a minha avó?
(L): querida, falava dessa coisa vermelha que te cobre...
(C): ah! A minha capa, eu sou o capuchinho vermelho!
(L): pareces o super-homem, voas?
(C): não percebi...
(L): minha querida, se não és o super-homem essa capa serve-te de pouco, antes usá-la como passadeira na gay parade!
(C): (agora com receio) queres a minha capa?
(L): amor, de ti não quero nada, mas posso mudar-te o visual...
(C): podes? Adorava ser uma barbie!
(L): mas isso era uma barbieridade! Agora vejo, a tua pele, horrorrrrr...
(C): não tenho borbulhas, evito o chocolate!
(L): minha querida, precisas de uma máscara, de umas lamas...
(C): chamas-me porca?
(L): não fales em porcas a um lobo... felizmente eu sou vegetariano!
(C): ah é?! E as unhas tratadas são para quê?
(L): querida, nem queiras saber... e com as plásticas que já fiz, os olhos, nariz e orelhas já não são o que eram!
(C): pois é, até pensei que fosses uma avestruz!
(L): obrigada amor, mas de ave só tenho a minha casa, com a nova decoração ficou uma gayola doirada!
(C): uau! Se visses a casa da minha avó, é simples mas tocante! Sabes, com a crise ela teve de arrendar alguns quartos a lenhadores...
(L): lenhadores?
(C): sim! Jovens musculados e mal cheirosos!
(L): amor, vou indo, tenho uma decoração a fazer! E é que é já agorinha; kiss, kiss!
O Capuchinho lá seguiu viagem para casa da sua avó. Quando lá chegou encontrou a avó em grande alvoroço.
(C): que se passa avó?
Avó: o lobo "comeu" os lenhadores e quer arrendar-me um quarto!
Eu cá fico-me pela capuchinho!P.S. Este é um blogue plural. Que me perdoe a comunidade gay. Não pretendo ferir susceptibilidades, mas consigo rir-me dos outros e também de mim.