quarta-feira, 22 de junho de 2011
…Ajuda…
Ajuda…
O bolso roto do cidadão comum,
Onde cada migalha é bom,
Conta os cêntimos um a um,
Sempre com o seu suor do ganha-pão,
Ajuda…
A mãe solteira,
Pois o filho precisa de comer,
Ela bem procura na carteira,
Mas apenas as contas para pagar ela pode ver,
Ajuda…
À idade do descanso,
Onde as reformas começam a escassear,
Onde cada lei tem sempre no entanto,
Talvez nem haja quando eu lá chegar,
Ajuda…
À juventude que se quer formar,
Onde não tem meios para o fazer,
Tantas benesses existem para quem esta governar,
Pena haver tão poucas para quem quer apenas um trabalho ter,
Ajuda…
À família que paga as suas obrigações,
Que junta e o lucro se vai em empréstimos e para o estado,
Esse dinheiro que paga, mas não cobre, quem foge as fiscalizações,
Mas alguém o tinha que pagar por outro lado
Ajuda…
À precariedade existente,
Talvez acabemos mesmo assim,
Neste sentido decadente,
Sem sabermos que estamos no fim,
Ajuda…
Quem vai ouvir?
Sem cobrar?
Guardem as palavras esta na hora de agir,
Ajuda é o que todos os portugueses estão a precisar.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
…O que sou…
...O vento pode levar com leveza as "areias" da nossa vida...mas os "grãos" mais importantes ficam sempre com nós...
O que sou…
Quando me deleito em pensamentos,
Quando o coração toma a posição da razão,
Quando os conselhos precisam de acolhimento,
E eu sem uma única opinião,
O que sou…
Quando a noite entra em mim,
E espaça todo o meu interior,
É um inicio sem ter hora de fim,
Ressacando com todo o seu vigor,
O que sou…
Quando não me conheço,
Quando não sei interpretar,
Quando simplesmente não esqueço,
Nem mudo a minha forma de pensar,
O que sou…
Quando não consigo mudar,
Quando não consigo esconder,
Quando nem eu me consigo ajudar,
Quando não me consigo compreender,
O que sou…
Nesta fita que é viver,
Que personagem ostento?
Como gostaria de saber responder,
E não ficar assim neste momento,
O que sou….
Quando tento e não alcanço,
Quando o pensar é mais alto que a realidade,
Quando não me dou descanso,
Mas no fim nada se proporciona de verdade,
O que sou…
Não sei, infelizmente não sei,
O que sou,
Talvez nada seja o que um dia tentei ser,
Pois agora sou o que em mim ficou…nada.
Tento apenas reviver….
terça-feira, 7 de junho de 2011
…Rasgos de tinta…
…Nem sempre é preciso luz para que a paz pouse sobre nós…
Faço dos meus vocábulos,
A minha poesia,
Não me guio por ninguém nem por abalos,
Mas sim, o que me vai na alma a cada dia.
Sou escrivão de uma vida,
Que com o tempo se altera,
Trago-a toda bem sentida,
Mesmo o que o vento já levara.
Rimo sem saber,
Não tenho qualquer formação,
Apenas me limito a descrever,
O que sente este meu coração.
São rasgos de memoria,
São rasgos de intuição,
Todos relatam a história,
Do amadurecimento, lento, mas que aprendeu a lição.
Uso sempre a pontuação da alma,
Uso a correcção da razão,
Escrevo tudo na minha calma,
Sentado sobre as ordens do coração.
Outrora nunca escrevia,
Hoje, criticado por o fazer,
Se me guia-se pelo outros não vivia,
Por isso, não quero agradar, mas sim desabafar o meu ser.
A poesia é para quem a sente,
Eu sinto o que escrevo,
Se não é poesia? Talvez, mas eu sinto-a quente,
A ferver nas veias por isso me atrevo.
Deixarei a minha marca sempre,
Enquanto queimar esta sensação,
Tudo que me estiver na mente,
Mostrarei, pois guardei muito tempo o que mantive na solidão.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
…Linhas de pensamento…
Na delicadeza feroz…no bater perspicaz e incansável bater das ondas…assim é o mar…sensação inexplicável que nos faz libertar…
Escrevo linhas de pensamento,
Que do coração vem o aviso,
Traços de contentamento atento,
Na busca do que preciso.
Reluz espelhando o interior,
Embaciado, decerto,
Desprezando o seu valor,
Mas assim, sinto o mais perto.
São as gotas que insistem,
São as “gotas” que escorrem,
São gotas que persistem,
São gotas de sangue e de tinta que morrem.
É o meu fantasiar,
Mas por vezes a realidade,
Sem nunca menosprezar,
Os sentimentos, que isso é muito importante.
Não respiro leituras anteriores,
Transpiro o que vai em mim e por mim,
Por muito que sejam melhores,
Mantenho a minha forma de escrita que aparenta estar no fim.
Palavras quebradas,
Mas nunca deixaram de dizer a verdade,
Sempre, nunca serão alteradas,
Mesmo que por momentos eu possa perder toda a vontade.
Apesar de tudo sinto desaparecer,
Esta inspiração fugaz,
Aos poucos deixa o meu ser,
Ela talvez volte, não irei atrás….
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