Naquele tempo Jesus encontrava-se a braços com a missão de unir as tribos dispersas de Israel, começando por reunir os judeus com os samaritanos e galileus num reino messiânico único.
Para cumprir esse desígnio era-lhe necessário passar por Samaria; e assim chegou a uma cidade chamada Sicar, junto à herdade que Jacó dera a seu filho José.
Ali se encontrava um poço, conhecido pelo “poço de Jacó”.
Jesus, cansado da viagem, sentou-se junto ao poço, era cerca de meio-dia, enquanto os seus discípulos iam à cidade comprar comida.
Alguns momentos depois, Jesus viu acercar-se uma mulher de Samaria, que vinha buscar água ao poço. Era lindíssima!
E Jesus disse-lhe:
- Dá-me de beber.
Respondeu-lhe a mulher samaritana, de seu nome Madalena:
- Como, sendo tu judeu, me pedes de beber, a mim, que sou mulher samaritana? (os judeus não se comunicavam com os samaritanos.)
Jesus retorquiu:
- Se conhecesses o dom de Deus e soubesses quem é que te diz “ dá-me de beber”, tu me terias pedido e eu te daria água viva.
Disse-lhe a mulher:
- Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo; onde vais então arranjar essa água viva? És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e também os seus filhos, e o seu gado?
Replicou-lhe Jesus:
- Todos os que beberem desta água voltarão a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele em uma fonte de água que jorra para a vida eterna…
A mulher suplicou:
- Senhor, dá-me dessa água, para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui tirá-lo do poço.
Disse-lhe Jesus:
- Vai chamar o teu marido e venham cá os dois.
Ao que a samaritana respondeu:
- Não tenho marido.
- Disseste bem, não tens marido – ripostou Jesus. Porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade.
Então Maria Madalena, estupefacta, exclamou:
- Senhor, vejo que és profeta!
E, dizendo isto, Madalena foi-se acercando de Jesus, segurando-lhe nas mãos.
Ali se encontrava um poço, conhecido pelo “poço de Jacó”.
Jesus, cansado da viagem, sentou-se junto ao poço, era cerca de meio-dia, enquanto os seus discípulos iam à cidade comprar comida.
Alguns momentos depois, Jesus viu acercar-se uma mulher de Samaria, que vinha buscar água ao poço. Era lindíssima!
E Jesus disse-lhe:
- Dá-me de beber.
Respondeu-lhe a mulher samaritana, de seu nome Madalena:
- Como, sendo tu judeu, me pedes de beber, a mim, que sou mulher samaritana? (os judeus não se comunicavam com os samaritanos.)
Jesus retorquiu:
- Se conhecesses o dom de Deus e soubesses quem é que te diz “ dá-me de beber”, tu me terias pedido e eu te daria água viva.
Disse-lhe a mulher:
- Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo; onde vais então arranjar essa água viva? És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e também os seus filhos, e o seu gado?
Replicou-lhe Jesus:
- Todos os que beberem desta água voltarão a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele em uma fonte de água que jorra para a vida eterna…
A mulher suplicou:
- Senhor, dá-me dessa água, para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui tirá-lo do poço.
Disse-lhe Jesus:
- Vai chamar o teu marido e venham cá os dois.
Ao que a samaritana respondeu:
- Não tenho marido.
- Disseste bem, não tens marido – ripostou Jesus. Porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade.
Então Maria Madalena, estupefacta, exclamou:
- Senhor, vejo que és profeta!
E, dizendo isto, Madalena foi-se acercando de Jesus, segurando-lhe nas mãos.
Jesus, perturbado com a presença assim próxima duma mulher tão bela, não resistiu e docemente depositou nos seus lábios um ardente beijo.
Ao ouvir as vozes dos discípulos que regressavam da cidade com a comida, Madalena colocou o cântaro na cabeça e afastou-se rapidamente.
Com base neste lendário episódio o poeta açoriano Eduardo Bettencourt compôs o poema que se segue, e que deu origem ao belíssimo Fado de Coimbra que está ouvindo.
Com base neste lendário episódio o poeta açoriano Eduardo Bettencourt compôs o poema que se segue, e que deu origem ao belíssimo Fado de Coimbra que está ouvindo.
Para quem não sabe, este fado estava proibido pela censura durante a vigência do Estado Novo (regime de Salazar), o que significa que não podia ser transmitido na rádio nem cantado em locais públicos.
Contudo cresci a ouvir a minha Mãe cantá-lo, em casa, é claro. Talvez por isso tenho um carinho especial por ele.
SAMARITANA
Dos amores do redentor
Não reza a história sagrada,
Mas diz uma lenda encantada
Que o bom Jesus sofreu de amor
Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal
E assim como qualquer mortal
Um dia de amor palpitou
Samaritana plebeia de Sicar
Alguém espreitando
Te viu Jesus beijar
De tarde quando
Foste encontrá-lo só
Morto de sede, junto à fonte de jacó
E tu, risonha, acolheste
O beijo que te encantou
Serena empalideceste
Jesus Cristo corou
Corou por ver quanta luz
Irradiava da tua fronte
Quando disseste Oh bom Jesus
Que bem eu fiz Senhor em vir à fonte.
Samaritana, plebeia de Sicar…
Dos amores do redentor
Não reza a história sagrada,
Mas diz uma lenda encantada
Que o bom Jesus sofreu de amor
Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal
E assim como qualquer mortal
Um dia de amor palpitou
Samaritana plebeia de Sicar
Alguém espreitando
Te viu Jesus beijar
De tarde quando
Foste encontrá-lo só
Morto de sede, junto à fonte de jacó
E tu, risonha, acolheste
O beijo que te encantou
Serena empalideceste
Jesus Cristo corou
Corou por ver quanta luz
Irradiava da tua fronte
Quando disseste Oh bom Jesus
Que bem eu fiz Senhor em vir à fonte.
Samaritana, plebeia de Sicar…
Texto meu, resultante de várias consultas na Net.
Imagens da Net.