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Virgem, na Praia


Não estarei muito enganado se disser que os portugueses que ainda conseguem fazer férias, nomeadamente, uns dias de praia, têm, entre os seus passatempos preferidos, folhear uma revista "cor-de-rosa" enquanto leem as gordas e espiam, lá para o fim, as notícias do horóscopo.

Um dia destes fomos à praia, em jeito de despedia, e decidi ler para a família o que vaticinava o horóscopo de uma dessas publicações.

Ia no do rapaz e por isso lia o menu do signo Virgem, na praia. E foi durante essa leitura que tropecei em mais uma pérola do uso da Língua Portuguesa pela imprensa escrita cá do burgo. Até deitei a revista para atrás e fui-me a um livro que estava quase a acabar!

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jpv

Imagens de Verão ou, em Alemão, Summer Images


Imagens de Verão ou, em Alemão, Summer Images

Ainda em tempo de férias que escorregam rapidamente para os dias de retorno ao trabalho, em tempo de manutenções, em tempo de descansar a cabeça e sair das rotinas, houve imagens, aqui e ali, que fui registando por terem emergido do ritmo quente e demorado do verão. Aqui ficam mai-los respetivos comentários.

Numa praia portuguesa, com certeza. Ora, tendo-se colocado a expressão em inglês à frente da bandeira alemã, foi, depois, necessário inventar uma expressão em inglês macarrónico. É o chamado alemão para inglês ler! Já agora, um aparte: eu acho que a praia pública é cada vez mais concessionada! Deve ser só um dejá vu!

Hotel agradável, com quartos agradáveis, com serviço agradável... Só espero não estar lá no dia do incêndio. Antes de se conseguir desemaranhar o emaranhado da mangueira, arde o hotel todo! Segurança à portuguesa, com certeza!

Já registei a patente. Vai de automóvel? Apetece-lhe uma soneca mas não consegue estar em paz por causa do cabecear constante? Use cordéis Videira. Cordéis Videira, para dormir a sesta inteira!

Ai as dores de cabeça que este tipo me deu! Não é que em plenas férias, uma raiz de amendoeira resolveu romper um tubo debaixo de um muro! E quem foi o artista da reparação, quem foi? Sou um rapaz muito jeitozinho, graças a Deus!

Fantástico hino à emigração portuguesa em França. Em tom ligeiro e bem disposto, o realizador foca o essencial das peripécias e dramas da emigração. O texto está delicioso, as personagens são muito interessantes e as representações estão soberbas. Do riso às lágrimas por entre pastéis de bacalhau e minis! A não perder. Um filme à portuguesa, com certeza!
Ver apresentação aqui: http://www.agaioladourada.pt

Crónicas de Maledicência - Asfixia


Crónicas de Maledicência - Asfixia

Como muitos portugueses, e por razões de ordem diversa, seja o atual panorama financeiro, seja uma mudança de vida a exigir recursos, ainda este mês, decidi não fazer férias no sentido tradicional do termo, ou seja, agarrar na trouxa e abalar por duas ou três semanas. Vou estando por casa e faço umas investidas até à praia.

Foi hoje o caso. E fiquei preocupado. Muito preocupado. Uma praia do Atlântico, daquelas que sabemos mais frequentadas porque ao alcance de qualquer carteira, daquelas praias tradicionais, fatia de melão enterrada na areia, frases pronunciadas em francês emigrado, pessoas a acotovelarem-se, toalhas lado a lado. Estava pouco menos do que deserta às 11 horas da manhã do terceiro dia de agosto. Somente algumas dezenas de pessoas. Numa secção da praia onde costuma haver mais de uma centena de "barracas" de sombra, havia vinte e três. A maioria vazia.

Portugal está desolador. Isto, amigos, não é austeridade. É a rápida asfixia do país.


Tenho dito
jpv

Praia


Praia

Quando chegaste,
Parti de mim.
Nunca vira
O mundo assim.
De meu corpo exilado,
Navegante de ti
Nesse mar encapelado
De emoções,
Nesse triângulo das Bermudas
Onde os gestos
Me saem sôfregos
E as palavras mudas.
Perco o meu Norte
E a minha ambição,
Entrego o meu sopro
Na tua mão
E regresso.
Já retomo a consciência.
Já tenho de mim a ciência
E de ti a dádiva.
Andei perdido
Até achar-me no teu corpo,
Até perder-me
Para me reencontrar.
És minha costa,
Minha espera.
A firme rocha
Onde se abate meu mar.
jpv

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