Mostrar mensagens com a etiqueta Governo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Governo. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, setembro 22, 2022

ERROS, MENTIRAS E CONSEQUÊNCIAS

O governo de António Costa "espetou-se" no assunto dos aumentos das pensões para o ano de 2023 e não o quer reconhecer.
 
Todos sabiam que existia uma lei, todos estavam a ver a inflação a subir, e mesmo assim o dr. Costa afirmou que iria cumprir a lei, no que foi secundado pelo presidente Marcelo que até mencionou o patamar acima dos 10% para os aumentos. 
 
Surpreendendo todos e dando o dito por não dito, o dr. Costa anuncia uma nova versão dos aumentos das pensões, sem sequer ter existido qualquer discussão pública (parece que os pensionistas não têm esse direito). Já não será um aumento ao nível da inflação calculada pelo governo (devia ser a de Novembro), mas sim de cerca de metade dessa percentagem, e que o montante em falta seria adiantado neste mês de Outubro (a que indevidamente chegaram a classificar de bónus).
 
Mergulhados no incumprimento da lei, continuaram a afirmar que a estavam a cumprir integralmente, quando questionados sobre a base de cálculo para os aumentos de 2024 cada um dizia a sua coisa pois estava descoberta a marosca.
 
Enredados nas próprias mentiras,  arranjaram duas desculpas para manterem a sua decisão (o dr. Costa nunca reconhece o erro), a da sustentabilidade da Segurança Social e a de a lei ser desadequada para tempos duma inflação alta.

Quando tentaram justificar a necessidade da sustentabilidade da SS, apresentaram os seus cálculos onde se dizia que a despesa punha em causa a sustentabilidade, mas do lado das receitas esqueceram-se de actualizar o valor das receitas dos impostos e do aumento das contribuições para o sistema neste ano, o que não foi por acaso. Quanto à possibilidade da alteração da lei pela sua desadequação em tempos de inflação muito alta, fica sempre sem resposta se outra lei responderia com justiça em tempos duma inflação baixa.
 
Palavra dada não cumprida é prejudicial para a confiança por parte dos cidadãos, e forçar uma perda de rendimentos aos pensionistas e aos funcionários públicos terá consequências, o que vai perturbar a paz social relativa que se vivia...
 
 
 


 

quarta-feira, maio 09, 2012

A PRAGA E O GOVERNO

O governo forneceu a Bruxelas dados sobre o desemprego em Portugal que não entregou sequer ao Parlamento, órgão fiscalizador da acção governativa. 

É estranho que sem dados actualizados, disse-o o senhor ministro das Finanças, se tenha dado uma previsão diferente daquela que existia até agora. 

Se o comportamento do governo nesta matéria é mais do que censurável, também é grave que se perceba que o desemprego ainda vai aumentar, pelo menos no próximo ano. 

Bem vistas as coisas a pergunta que fica na mente dos portugueses é se este governo tem alguma estratégia para combater o desemprego, e quando é que espera obter resultados e se possível quantificar esses objectivos.
 
««« - »»»
Humor Financeiro

««« - »»»
Foto do Palaciano

quinta-feira, março 24, 2011

DEMISSÃO NÃO É TRAGÉDIA

O facto de ter sido chumbado o PEC 4, o que levou ao pedido de demissão de José Sócrates, não é nenhuma tragédia ao contrário do que pretende o 1º ministro.

As políticas seguidas por este governo já estavam a ser contestadas há bastante tempo, e o discurso de José Sócrates sempre iludindo a situação real da economia do país, em nada contribuiu para a credibilidade do executivo, cá dentro e lá fora.

A situação é difícil, muito difícil mesmo, mas há que aprender com os erros e o povo tem que saber exigir seriedade e verdade aos políticos que se vão candidatar ao poder. Não podemos mais admitir que os políticos deixem de cumprir aquilo que propuseram ao eleitorado, sem que isso tenha consequências.

Talvez seja bom recordar a situação actual do Japão, muitíssimo difícil pelas razões que se conhecem, e aprender com a serenidade daquele povo, e com a dignidade com que os políticos se têm comportado, admitindo erros e fazendo todos os esforços para encontrar soluções para os problemas que enfrentam. A situação deles é trágica e mais grave que a nossa, e eles não desistem de conseguir ultrapassar este mau momento.

A demissão do governo não é o pior dos males. Pior será continuar a iludir-se a realidade ou não enfrentar os problemas com frontalidade, ou ainda desistindo de lutar.

««« - »»»
Humor no Chiqueiro

««« - »»»
Foto - Feto
By Palaciano