Enquanto vamos assistindo a um ataque feroz à função pública em boa parte da imprensa nacional e nos comentários que elas suscitam, aparecem outras notícias que nos revelam os pés de barro de algumas empresas privadas.
Sabemos que há quem pretenda dividir para reinar, atacando uns agora, para depois castigar os outros, mas é preciso ter muito cuidado e não generalizar situações que são lamentáveis.
Ao querer-se fazer comparações entre coisas não comparáveis, muitos de nós perdemos a razão e fazemos um favor a quem beneficia com estas divisões. Hoje li no sítio de um jornal que os serviços públicos iam descontam mais para a ADSE, e logo comentários dizendo que os funcionários tinham reformas chorudas, e o exemplo era a reforma dum juiz com mais de 5 mil euros. Mudei para outro sítio de outro jornal e li que mais de um terço das empresas declararam prejuízos, e os comentários incidiam sobre os malabarismos contabilísticos que se fazem para ludibriar o fisco.
Bons e maus há por todos o lado, mas é perigoso generalizar, em vez de se denunciar as situações irregulares, o que é um acto de cidadania.