Hoje fui, como habitualmente, visitar a página da CDU que, além de gráfica e dinamicamente muito bem conseguida, é o melhor sítio para, diariamente, acompanhar a actividade intensa da coligação em todo o país: de facto, se procurar nas páginas impressas ou virtuais dos grandes meios de comunicação social, pouco ou nada encontrarei sobre a CDU e a sua intensa e séria actividade junto das populações. Os motivos de tal ausência são claros, mas nem sequer é isso que me traz aqui.
O que me traz aqui é a vontade de partilhar o profundo nojo pela desfaçatez, a má educação, a falta de profissionalismo e de pinga de honestidade e o servilismo aos interesses do grande capital de uma criatura que os impostos que vou pagando ajudam a financiar: a lacaia Judite de Sousa, que tive a infelicidade de ver e ouvir quando pensava ouvir e ver uma entrevista na RTP ao Secretário-Geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reproduzida na página da CDU. Identifica-se como "jornalista" a criatura, mas seria um insulto aos trabalhadores que dignamente exercem a profissão de jornalista aceitar tal designação.
O modo como este tipo de criatura maltrata qualquer dirigente ou militante do PCP - pelo "simples" facto de representarem a mais consequente e organizada forma de luta contra os interesses absolutamente indefensáveis à luz de quualquer direito humano que estas criaturas guardam com unhas e dentes - não é novo. Desde o tempo do fascismo, em que a ordem era "não falar nesse partido, porque não existe", até às já longas décadas de apropriação dos meios de comunicação social pelos interesses de quem prefere a morte ao comunismo (grandes possidentes de capital: captalistas), a mentira, a censura e o insulto são estratégias comuns de quem guarda o seu osso.
Mas, talvez por falta de hábitos mais recentes, talvez porque cá em casa a internet (ainda relativamente livre) tem subsitituído a televisão e os noticiários televisivos são os que nos entram pelos olhos e ouvidos num ou noutro café, não pude aguentar a provocação barata, a desonestidade, as interrupções permanentes e a falta de vergonha geral desta insignificância humana de nome Judite de Sousa, a quem são dados os meios de publicamente assim tratar um representante de uma força política (e de uma coligação de forças políticas e democratas independentes) na qual o menos consciente dos militantes e apoiantes tem uma dimensão intelectual e humana infinitamente superior à sua.
Enfim. Quando a humanidade se libertar das garras da sua opressão nas suas várias formas, a Judite de Sousa e os seus congéneres (porque, infelizmente, o lixo é fácil de reproduzir) encontrarão o seu lugar: chafurdando na lama que produziram.
Adenda: no Anónimo do Séc. XXI, a propósito do mesmo assunto, um comentador lembrou, por comparação, a entrevista feita por Mário Crespo ao mesmo Jerónimo de Sousa em Maio último. Pode ser revista aqui, a lembrar que ainda vão sobrevivendo alguns jornalistas a sério na televisão portuguesa.