Com tiragem aos Domingos (periodicidade nem sempre regular), este Blog muito próprio, insiste em dar voz ao lado não profissional de mim mesmo. Nele escrevo sobre assuntos mundanos e corriqueiros, meus hobies e interesses: Genealogia, Gastronomia, Filatelia, Numismática, Malacologia, Entomologia, recordações de infância e juventude, animais de estimação, imagens antigas (este fundo é o da praça Alexandre Albuquerque na época em que nasci, sendo minha casa a 2ª a contar da esquerda), etc.
Sim! Não é uma menina, sou eu há 51 anos, quando fui baptizado. Minha madrinha era Alice Aguiar Santos, irmã de minha mãe e professora primária conceituada, da época. Alice tinha uma saúde frágil e preferiu não se casar, dedicando toda a sua vida ao magistério primário. Durante minha infância passava mais tempo com ela do que com minha mãe que quando ia ao trabalho, deixava-me em casa da minha avó, onde morava a professora Alice. Esta só leccionava num dos períodos do dia, pelo que passava eu com ela, pelo menos metade do dia. Qualquer traquinice minha, punha-me ela de castigo. Alice não usava castigos corporais; ainda guardo a palmatória que ela trouxera da escola e escondera em casa. Reclamava várias vezes da maldade dos colegas e do sistema repressivo de então. Porém, adorava esses seus colegas professores. Vejam ao lado uma foto onde Alice se encontra entre seus pares (Ivete Antunes, Mocho Ribeiro, Ida Santos, Josefa(Pêpinha), Arcádio, José Manuel Gomes, etc):
Alice, solteira e afável, tinha muitos afilhados (mais de 30). Porém, eu era o afilhado preferido. Várias vezes ela o demonstrou e quis o destino que falecesse, precisamente fazem hoje (14 de Dezembro) cinco anos, num dia comemorativo daquele em que me baptizara!
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Mas 14 de Dezembro é também a data do aniversário de Jane Birkin. Há 40 anos (Dezembro de 1968), Serge Gainsbourg e Birkin (de 22 anos) gravavam aquela que viria a ser a canção proibida e censurada mais ouvida pelos jovens (e não só) da época: "Je t'aime, moi non plus":
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Mas esta é a 2ª versão. Gainsbourg tinha gravado uma "mais sexy" versão em 1967, com Brigitte Bardot, vejam no YouTube, aqui.
Eis que meus filhos fizeram hoje, o que fizera eu há 35 anos: a promessa do escuteiro.
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Devo dizer que me senti bastante orgulhoso e ao ir ler de novo os dez artigos da lei escuteira senti que eles moldaram grandemente a minha forma de ser e estar em sociedade. A prática escuteira trouxe-me o gosto pela democracia, o sentido da honra e o dever ecológico:
Conceitos inerentes à Lei Escoteira
Honra, integridade, lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade, disciplina, coragem, ânimo, bom-senso, respeito pela propriedade e auto-confiança.
Achei estranho a cor azul dos lenços que o escalão etário de meus filhos usava. Este escalão denominava-se agora "Navegantes", nome bem diferente do que ostentava no meu tempo, o mesmo escalão. Intrigado perguntei a razão e ... fiquei a saber que a organização fora na época (a 1ª República) "convidada" a "apagar" o nome desse escalão e a adoptar outro, sobre pena de não ....
O nome desse escalão era: pioneiros ! ou seja o mesmo dos pupilos da organização de massa que, cronológicamente lhe seria em Cabo Verde, posterior.
Vejam agora este clip de vídeo, que enaltece as virtudes do Escotismo:
Professor Catedrático e Reitor da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde (entre 2006 e 2014) . Doutor (Ph.D.) pela Universidade do Arizona - EUA.
Investigação em Transdisciplinaridade e em Didactica da Química em meio sócio cultural cabo-verdiano./////////// Chair Professor and Rector (2006-2014) at University Jean Piaget of Cape Verde. Ph.D. by the University of Arizona - USA. Research in Transdisciplinarity and Didactic of Chemistry in a cape-verdian socio-cultural environment