Lei 674 2002
Lei 674 2002
Lei 674 2002
O PREFEITO MUNICIPAL DE MANAUS no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 80,
inciso IV, da Lei Orgânica do Município.
LEI:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o. Esta Lei institui normas gerais de polícia administrativa, de competência do Município de Manaus,
para condicionar e restringir o uso de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade.
§1o. Esta Lei integra as Posturas Municipais, formada conjuntamente pelo Código Sanitário, Código
Ambiental, Código de Obras e Edificações e outros instrumentos e normas, de competência do Município,
relacionados à polícia administrativa.
§2o. Sempre que tratar de temas relacionados à vizinhança, comercialização e exposição de produtos,
conduta e convivência em logradouros públicos, deverão ser observados os valores consagrados da
Constituição Federal, Código Civil, Código do Consumidor, Código Nacional de Trânsito, Código Penal,
Estatuto da Cidade e Estatuto da Criança e do Adolescente.
Art. 2o. As medidas previstas nesta Lei devem ser interpretadas e aplicadas, no que couber, em
combinação com o que estabelecem os demais instrumentos de Posturas Municipais, a Lei do Plano Diretor
do Município de Manaus e a legislação que o complementa, em especial, no tocante ao zoneamento,
parcelamento, uso e ocupação do solo.
Art. 3o. Compete aos Poderes Municipais, seus agentes políticos e administrativos, nos limites de suas
atribuições, zelar pela observância das normas dispostas nesse Código, através do exercício regular do
poder de polícia administrativa e dos respectivos instrumentos, entre os quais o licenciamento e autorização
de atividades, vistorias e de programas permanentes de verificações de campo.
Parágrafo Único. As ações de polícia administrativa de que trata esse Código, deverão ser
complementadas por programas, ações e instrumentos de educação ambiental e valorização da cidadania,
que assegurem à população o conhecimento da lei e dos procedimentos necessários ao seu cumprimento.
Art. 4o. As pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, sujeitas aos preceitos e regras que
constituem essa Lei, são obrigadas a colaborar com o desempenho da fiscalização municipal, fornecendo
as informações que se fizerem necessárias e facilitando o acesso aos locais e equipamentos objetos de
vistoria.
Parágrafo Único. A inobservância deste artigo constitui fator agravante na aplicação de penalidades.
TÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO DE POSTURAS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5o. A Prefeitura organizará o sistema de Posturas Municipais, serviço de caráter permanente que, para
fins de que trata este Código, se apoiará nos seguintes elementos operacionais:
Art. 6o. As visitas para fins de fiscalização aos estabelecimentos e logradouros, poderão ser realizadas a
qualquer momento, sempre que a Prefeitura julgar conveniente, a fim de assegurar o cumprimento das
disposições desta Lei ou para resguardar o interesse público.
Parágrafo Único. Caso seja observada qualquer irregularidade, o órgão competente da Prefeitura deverá
determinar as providências cabíveis e, conforme o caso, proceder a notificação preliminar ou lavrar o
competente auto de infração, na forma prevista por esta Lei, para que o interessado tome imediato
conhecimento da ocorrência.
CAPÍTULO II
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Seção I
Das Licenças
Art. 7o. Qualquer atividade ou estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviços ou similar
poderá ser exercida ou instalar-se no Município de Manaus, de forma fixa ou provisória, desde que tenha
recebido da Prefeitura a devida Licença de localização e funcionamento.
§1°. O Executivo, nos termos do Código Tributário Municipal, fixará taxa de Licença de estabelecimentos e
atividades, em decorrência do exercício regular do poder de polícia do Município, que regula a prática de ato
ou abstenção de fato em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à saúde, à ordem,
aos costumes, à localização e ao funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores
de serviço, à tranqüilidade pública, à propriedade, aos direitos individuais e coletivos e à legislação
urbanística a que se submete qualquer pessoa física ou jurídica das atividades licenciadas.
§2°. A Licença será expressa por meio de alvará que, para efeitos de fiscalização, deverá ser exposto em
local próprio e facilmente visível, exibindo-se à autoridade municipal sempre que esta o solicitar.
§3°. A Licença terá caráter provisório e precário, sendo válida, conforme o caso e as disposições desta Lei,
pelo prazo nela estipulado
Art. 8o. A Licença será concedida mediante apresentação de parecer técnico favorável quanto à
localização, a ser expedido em consulta prévia ao órgão responsável pelo licenciamento e controle urbano
no Município e, dependendo da atividade e localização, deverá atender:
§2o. A isenção ou imunidade tributária, de qualquer natureza, não implica dispensa da Licença ou
Autorização.
§3°. A concessão da Licença poderá ser condicionada à execução de reformas ou instalações, que serão
determinadas pela Prefeitura, de forma a garantir as exigências legais.
§4o. Nova Licença deverá ser requerida a cada alteração da atividade do estabelecimento ou suas
características essenciais. (alterado pela Lei nº 859 de 14/07/05)
Art. 8º. A Licença de Localização será concedida mediante atendimento dos seguintes requesitos:
§ 1.º – para atividades tipo 1 e 2 – ficam dispensadas as exigências previstas no Caput deste artigo, desde
que apresente:
I – declaração, sob as penas da Lei, firmanda pelo titular da empresa ou seu representante legal,
explicitando que atende a todas as exigências e regras legais pertinentes à sua atividade, sem prejuízo das
fiscalizações cabíveis;
II – contrato social;
III – CNPJ;
§ 2.º – para atividade tipo 3 – somente serão exigidos o cumprimento dos incisos I, II e III do Caput deste
artigo;
§ 3.º – para atividades tipo 4 e 5 – serão exigidos todos os requisitos listados no Caput, além do Habite-se
compátivel ao uso pretendido;
§ 4.º – Nos loteamentos aprovados, vilas, condomínios de unidades autônomas, edificações residenciais
multifamiliares ou grupamentos de edificações, as atividades 1, 2 e 3, além dos requisitos firmados nos § 1º
e 2º, necessitarão da anuência de mais de 50% (cinquenta porcento) dos vizinhos localizados num raio de
150 metros ou, quando couber, das convenções de moradores, e desde que haja prévia e expressa
anuência do CMDU, baseada em parecer da Comissão Técnica de Planejamento e Controle Urbano,
responsável pela indicação e delimitação da área de influência do empreendimento.
§ 6.º – A isenção ou imunidade tributária, de qualquer natureza, não implica dispensa da Licença ou
Autorização.
§ 7.º – A concessão da Licença poderá ser condicionada à execução de reformas ou instalações, que serão
determinadas pela Prefeitura, de forma a garantir as exigências legais.
§ 8.º – Nova Licença deverá ser requerida a cada alteração da atividade do estabelecimento ou suas
características essenciais. ( Art.8.º – nova redação dada pela Lei nº 859, de 14/07/05.)
Art. 9o. A Licença será concedida somente para estabelecimentos em edificações devidamente
regularizadas pela Prefeitura.
Art. 10. Nos casos de estabelecimentos em edificações irregulares, situados em terrenos ocupados por
tempo superior a 5 (cinco) anos, poderá ser concedida Licença para funcionamento nas seguintes
situações:
§1o. A Lei de Uso e Ocupação do Solo de Manaus definirá as atividades que poderão ser exercidas nas
áreas de que trata o artigo.
§2o. A irregularidade da construção não desobriga o interessado ao cumprimento das exigências descritas
no artigo 8o. (Artigos 9º e 10. revogados pela Lei nº 859 de 14/07/05)
Art. 11. O funcionamento de qualquer estabelecimento comercial, industrial ou prestador de serviços, sem a
necessária Licença ou Autorização, consiste em infração grave à presente Lei.
Parágrafo Único. Quando o uso do estabelecimento em situação irregular depender de parecer técnico de
órgãos de controle ambiental, vigilância sanitária, Corpo de Bombeiros ou quando implicar em risco para a
população, sua interdição será imediata.
Seção II
Das Vistorias
Art. 12. A Prefeitura deverá realizar vistorias antes do início do funcionamento de qualquer estabelecimento
comercial, industrial ou de prestação de serviços, para verificação da obediência às exigências do
licenciamento da atividade e, conforme o caso, da adequação das instalações ao fim a que se destinam.
(alterado pela Lei nº 859 de 14/07/05)
Art. 12. A Prefeitura, no caso das atividades 4 e 5 previstas na Lei 672/2002, deverá realizar vistorias antes
do início do funcionamento de qualquer estabelecimento comercial, industrial ou de prestação de serviços,
para verificação da obediência às exigências do licenciamento da atividade e, conforme o caso, da
adequação das instalações ao fim a que se destinam. ( nova redação dada pela Lei nº 859 de 14/07/05)
§1°. A vistoria de que trata a presente Lei não substitui, tampouco dispensa, as vistorias previstas pelo
Código Sanitário, Código Ambiental e pelo Código de Obras e Edificações.
§2o. A vistoria deverá ser realizada na presença do proprietário ou responsável pelo estabelecimento ou
atividade e far-se-á em dia e hora previamente marcados.
§3o. Se o local a ser vistoriado for encontrado fechado no dia e hora marcados para a vistoria, o agente
fiscal fará a notificação do fato, anexando-a ao processo de concessão da Licença, que ficará suspensa até
a realização de nova vistoria.
Seção III
Da Notificação
Art. 13. A Notificação é o instrumento descritivo no qual a fiscalização comunica alguma irregularidade
verificada em relação à esta Lei e intima o infrator à eliminação ou correção dentro de prazo determinado.
§2o. A Notificação deverá sempre preceder à lavratura de autos de infração, multas e interdições de
estabelecimentos, serviços e atividades, exceto para os seguintes casos, quando será lavrado o auto de
infração independentemente da notificação preliminar:
§3o. A notificação será entregue ao infrator, sempre possível, no ato do exercício do poder de polícia, salvo
situações excepcionais, quando far-se-á mediante remessa postal, com emissão de aviso de recebimento.
§4o. As omissões ou incorreções da notificação não acarretarão sua nulidade quando do termo constarem
elementos suficientes para a determinação da infração e do infrator.
§5o. No caso de ausência do infrator ou de sua recusa em assinar a notificação, o agente fiscalizador fará
registro dessa circunstância, colhendo a assinatura de 1 (uma) testemunha.
§6o. O prazo para a regularização da situação constatada será arbitrado pelo fiscal por período que não
deve exceder 20 (vinte) dias.
§7o. Decorrido o prazo estabelecido sem que o infrator tenha regularizado a situação apontada, lavrar-se-á
o respectivo auto de infração, nos termos dos artigos 16 e seguintes, deste Código.
I - identificação do intimado: nome e/ou razão social; ramo de atividade; CNPJ/CNPF; número e a data do
alvará de Licença; endereço e CEP;
II - motivo da notificação, com a descrição da ocorrência que constitui infração, preceito legal infringido,
procedimentos e prazo para correção da irregularidade;
Seção IV
Da Representação
Art. 15. Quando incompetente para notificar o infrator, o servidor municipal deve, e qualquer pessoa pode
representar perante o órgão ou autoridade competente contra toda ação ou omissão contrária à disposição
deste Código ou de outras leis e regulamentos do Município.
§1o. A representação, feita por escrito, mencionará, em letra legível, o nome, endereço do seu autor, os
elementos ou circunstâncias em razão das quais se tornou conhecida a infração, acompanhada de prova ou
devidamente testemunhada.
Seção V
Do Auto de Infração
Art. 16. Auto de infração é o instrumento descritivo no qual a fiscalização aplica a sanção cabível à qualquer
violação desta de outras leis, decretos e regulamentos do Município.
Art. 17. Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger, ou auxiliar alguém a
praticar infrações e, ainda, os encarregados da execução das Ieis que tendo conhecimento da infração,
deixarem de autuar o infrator.
Art. 18. O auto de infração será lavrado, com precisão e clareza, pelo agente da fiscalização da Prefeitura e
deverá conter as seguintes informações:
II - identificação do autuado: nome e/ou razão social; ramo de atividade; CNPJ/CNPF; número e a data do
alvará de Licença; endereço e CEP;
III - a descrição clara e precisa do fato que constitui infração e, se necessário, as circunstâncias pertinentes;
IV - a capitulação do fato, com a citação expressa do dispositivo legal infringido e do que lhe comine a
penalidade;
V - penalidade cabível e intimação para apresentação de defesa, dentro do prazo de 20 (vinte) dias;
VII - a assinatura do próprio autuado ou infrator ou dos seus representantes, ou mandatários ou prepostos,
ou a menção da circunstância de que o mesmo não pôde ou se recusou a assinar.
Parágrafo Único. A assinatura do autuado não importa em confissão nem a sua falta ou recusa em
nulidade do auto ou agravamento da infração.
II - casos de perigo iminente ou infrações flagrantes que coloquem em risco a integridade física de pessoas
e bens, exigindo ação imediata por parte do Poder Público;
III - casos de funcionamento clandestino de estabelecimentos, nos termos do artigo 11 desta Lei.
I - pessoalmente, no ato da lavratura, mediante entrega de cópia do auto de infração ao próprio autuado,
seu representante, mandatário ou preposto, contra assinatura-recibo, datada no original, ou a menção da
circunstância de que o mesmo não pode ou se recusa a assinar;
II - por via postal registrada, acompanhada de cópia do auto de infração, com aviso de recebimento a ser
datado, firmado e devolvido ao destinatário ou pessoa de seu domicílio;
III - por publicação, em Diário Oficial do Município, na sua íntegra ou de forma resumida, quando
improfícuos os meios previstos nos incisos anteriores, presumindo-se notificado 48 (quarenta e oito) horas
depois da publicação.
CAPÍTULO III
DAS SANÇÕES
Seção I
Disposições Gerais
Art. 21. A inobservância desta Lei, por ação ou omissão de pessoa física ou jurídica, autoriza, a Prefeitura a
aplicação das seguintes sanções, conforme o caso:
I - apreensão de material;
II – multa;
§1o. As sanções a que se refere esta Lei não isentam o infrator da obrigação de reparar o dano resultante
da infração.
§2o. A aplicação de uma das sanções previstas não prejudica a de outra, se cabível.
Art. 22. Para a definição da sanção cabível, a autoridade fiscalizadora, a seu juízo, classificará a infração
em leve, grave e gravíssima, considerando:
I - suas conseqüências para o meio ambiente, o patrimônio público, para a saúde e integridade física dos
cidadãos ou para a segurança e a ordem pública;
III - os antecedentes do infrator com relação às disposições desta Lei e de sua regulamentação;
Seção II
Da Apreensão de Bens
Art. 23. Serão apreendidos e recolhidos ao depósito da Prefeitura qualquer material, mercadoria,
equipamento e animal que se apresentarem em desacordo com as prescrições desta Lei.
§1o. Toda apreensão deverá constar de termo lavrado pela autoridade municipal competente, com a
especificação precisa da coisa apreendida.
§2o. A devolução das coisas apreendidas só se fará depois de pagas as multas devidas e as despesas da
Prefeitura com a apreensão, transporte e depósito.
Art. 24. No caso de não serem reclamadas e retiradas dentro de 5 (cinco) dias úteis, as coisas apreendidas
serão vendidas em leilão público pela Prefeitura.
§1o. O leilão público será realizado em dia e hora designados por edital, publicado na imprensa com
antecedência mínima de 8 (oito) dias.
§2o. A importância apurada será aplicada para cobrir as despesas de apreensão, transporte, depósito e
manutenção, estas quando for o caso, além das despesas do edital.
§3o. O saldo restante será entregue ao proprietário, mediante requerimento devidamente instruído e
processado.
§4o. Se o saldo não for solicitado no prazo de 15 (quinze) dias, a partir da data da realização do leilão
público, será o mesmo recolhido aos cofres municipais para Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Art. 25. Quando se tratar de material ou mercadoria perecível, haverá doação imediata às instituições de
caridade que sejam reconhecidas de utilidade pública, a critério do órgão fiscalizador.
Parágrafo Único. Se for verificada a deterioração do material este será recolhido pelo serviço de limpeza
urbana.
Art. 26. As coisas apreendidas em decorrência de irregularidades que as tornem ilegalizáveis serão
inutilizadas e destruídas pela Prefeitura sem direito à indenização ao seu proprietário ou responsável.
Seção III
Das Multas
Art. 27. As multas são sanções pecuniárias impostas aos infratores das disposições legais deste Código ou
de outras leis e regulamentos municipais.
§1o. A ação ou omissão que esteja dando causa a dano ambiental significativo, a critério da autoridade
competente, poderá ser punida com multa diária contínua, até que cessem as causas da infração.
§2o. Na aplicação da multa, sempre que possível, a autoridade fiscalizadora levará em consideração a
capacidade econômica do infrator.
Art. 28. As multas serão expressas em moeda corrente e corrigidas anualmente pelo índice determinado
pelo Executivo, sendo arbitradas pela autoridade competente de acordo com o anexo a esta Lei.
Parágrafo Único. O valor das multas diárias será arbitrado, em moeda corrente, pela autoridade
competente, com fundamento nos dispositivos infringidos e nos intervalos de valores fixados no Anexo a
esta Lei.
Art. 29. A aplicação da multa poderá ocorrer a qualquer época, durante ou depois de constatada a infração,
obedecendo-se o prazo estipulado no auto de infração.
Parágrafo Único. Considera-se reincidência a repetição de infração a um mesmo dispositivo deste Código.
Art. 31. Aplicada a multa, não fica o infrator desobrigado do cumprimento da exigência que a tiver
determinado.
Seção IV
Da Interdição
Art. 32. Por interdição do estabelecimento entende-se a suspensão de seu funcionamento nas seguintes
situações:
V - funcionamento sem a respectiva Licença ou Autorização para as situações prevista pelo artigo 11 desta
Lei.
Parágrafo Único. Da interdição deverá ser lavrado termo pela autoridade municipal competente e conterá
as mesmas informações do auto de infração, especificando, ainda, que passados os 30 (trinta) dias, a
interdição só será suspensa após o cumprimento das exigências que o motivarem e mediante requerimento
do interessado, acompanhado dos respectivos comprovantes do pagamento das multas e tributos devidos.
Art. 33. As edificações em ruínas ou imóveis desocupados que estiverem ameaçados em sua segurança,
estabilidade e resistência deverão ser interditados ao uso, até que tenham sido executadas as providências
adequadas, atendendo-se às prescrições do Código de Obras e Edificações e, conforme o caso, ao
Patrimônio Histórico da União e do Estado.
Seção V
Da Cassação de Licença
II - nas ações integradas com o poder de polícia do Estado e União, quanto ao exercício ilegal e clandestino
de atividades no estabelecimento licenciado ou em logradouros públicos;
Art. 35. Publicado o ato de cassação da licença, bem como expirado o prazo de vigência da mesma, o
agente fiscalizador procederá, imediatamente e conforme o caso:
I - o fechamento do estabelecimento;
Parágrafo Único - Sem prejuízo das multas aplicáveis, o órgão fiscalizador poderá, a fim de dar
cumprimento às ações previstas no presente artigo, requisitar o concurso de força policial.
CAPÍTULO IV
DA DEFESA E DO RECURSO
Art. 36. A defesa far-se-á por petição, dentro do prazo de 20 (vinte) dias contados da lavratura do auto de
infração, onde o interessado alegará, de uma só vez, toda matéria que entender útil, juntando os
documentos comprobatórios das razões apresentadas.
IV - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta;V - as diligências que o interessado pretende que
sejam efetuadas, desde que justificadas as suas razões;
§2o. A impugnação terá efeito suspensivo da sanção e instaurará a fase contraditória do procedimento.
§4o. Preparado o processo para decisão, a autoridade administrativa prolatará despacho no prazo máximo
de 30 (trinta) dias, resolvendo todas as questões debatidas e pronunciando a procedência ou improcedência
da impugnação.
Art. 37. Havendo renúncia à apresentação de defesa ou recurso, o valor das multas constantes do auto de
infração sofrerá as seguintes reduções:
I - 80% (oitenta por cento) do valor da multa fiscal, se paga em 10 (dez) dias contados da lavratura do auto;
II - 70% (setenta por cento) do valor da multa fiscal, se paga em 20 (vinte) dias contados da lavratura do
auto;
III - 50% (cinqüenta por cento) do valor da multa fiscal, se paga em 30 (trinta) dias contados da lavratura do
auto.
Art. 38. A apresentação do recurso à decisão administrativa de primeira instância no prazo legal,
suspenderá a exigibilidade da multa até a decisão da autoridade competente.
§1o. Uma vez decorrido o prazo para a apresentação da defesa, o processo será imediatamente
encaminhado à autoridade encarregada de julgar.
§2o. Se entender necessário, a autoridade julgadora poderá determinar a realização de diligência para
esclarecer questão duvidosa, bem como solicitar o parecer da Procuradoria Jurídica do Município e vistoria
técnica com parecer.
II - por publicação, em jornal de circulação em Manaus, na sua íntegra ou de forma resumida, presumindo-
se notificado 48 (quarenta e oito) horas depois da publicação.
Art. 40. Da decisão administrativa de primeira instância caberá recurso ao Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano, interposto no prazo de 20 (vinte) dias contados da ciência da decisão de primeira
instância.
§1o. O recurso far-se-á por petição, facultada a juntada de documentos a ser anexada ao processo
administrativo próprio, que deverá conter, ainda, a qualificação e endereço do peticionário.
§2o. É vedado, em uma só petição, interpor recursos referentes a mais de uma decisão, ainda que versem
sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo recorrente, salvo quando as decisões forem proferidas em
um único processo.
Art. 41. A decisão administrativa de segunda instância é irrecorrível e produzirá os seguintes efeitos,
conforme o caso:
§1o. Quando a decisão mantiver a autuação, produz os seguintes efeitos, conforme o caso:
I - autoriza a inscrição das multas não pagas em dívida ativa e a subseqüente cobrança judicial;
§2o. Quando a decisão tornar insubsistente a autuação produz os seguintes efeitos, conforme o caso:
I - autoriza o autuado a receber a devolução da multa paga indevidamente, no prazo de 10 (dez) dias após
requerê-la;
TÍTULO III
DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 42. Consideram-se logradouros públicos os espaços destinados à circulação de pessoas, veículos ou
ambos, compreendendo ruas, travessas, praças, estradas, vielas, largos, viadutos, escadarias e etc. que se
originem de processo legal de ocupação do solo ou localizados em Áreas de Especial Interesse Social.
Art. 43. É dever da população cooperar com a Prefeitura na conservação e limpeza dos logradouros
públicos urbanos, ficando vedado à população:
I - fazer varredura ou limpeza de objetos do interior de edificações, terrenos ou veículos para os logradouros
públicos;
II - atirar nos logradouros públicos, resíduos, detritos, caixas, envoltórios, papéis, pontas de cigarros,
líquidos e objetos em geral através de janelas, portas de edificações e abertura de veículos, em direção a
passeios públicos;
III - executar lavagem e consertos de veículos, máquinas e equipamentos, salvo em situações emergenciais
previstas nas leis de trânsito, IV - utilizar chafarizes, fontes ou tanques situados em logradouros públicos,
para lavagem de roupas, animais, veículos ou objetos de qualquer natureza;
VI - conduzir, sem as precauções devidas, quaisquer materiais que possam comprometer a limpeza dos
logradouros públicos;
VII - instalar equipamentos destinados à lavagem de veículos ou lava-à-jato nos logradouros públicos de
Manaus;
VIII - instalar qualquer equipamento ou mobiliário urbano sem a devida autorização da Prefeitura.
Art. 44. Os logradouros públicos deverão atender à normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida, nos termos
definidos pelas normas técnicas federais.
§1o. Os passeios deverão ser livres de qualquer entrave ou obstáculo, fixo ou removível, que limite ou
impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas.
§2o. Os estabelecimentos de revenda, manutenção e locação de automóveis, não poderão se utilizar dos
passeios públicos para estacionamento de veículos.
§3o. É vedada a abertura de portões de edificações para o passeio público, devendo o proprietário do
imóvel promover as adaptações necessárias para que o acesso ao imóvel não configure entrave ou
obstáculo, mesmo que temporário, a circulação das pessoas.
§4o. Os logradouros públicos deverão ser adaptados, obedecendo ordem de prioridade que vise à maior
eficiência das modificações, para promover a acessibilidade de que trata o caput do artigo.
Art. 45. É vedada a obstrução ou fechamento de logradouros públicos por meio de guaritas, cancelas,
portões e elementos similares, exceto nas situações previstas pela autoridade de trânsito do Município.
Art. 46. As depredações ou destruições de pavimentação, guias, passeios, pontes, galerias, bueiros,
muralhas, balaustradas, bancos, postes, lâmpadas, obras ou acessórios existentes nos logradouros
públicos, serão coibidas mediante ação direta da Prefeitura que, julgando necessário, pedirá o concurso da
força policial e também podendo penalizar o infrator com a prestação de serviços à comunidade.
§1o. Os infratores do presente artigo, além das sanções cabíveis, ficam obrigados a indenizar a Prefeitura
das despesas que esta fizer para reparar os danos causados nos leitos dos logradouros públicos, nas
benfeitorias ou nos acessórios neles existentes.
§2o. Caso as destruições que constam do presente artigo forem causadas por acidente involuntário, ficará
dispensado o acréscimo de 20% (vinte por cento) estabelecido no § 1o deste artigo.
Art. 47. A Prefeitura poderá autorizar a celebração de ajustes relativos à manutenção, conservação ou
restauro, no todo ou em parte, de becos, escadarias, ruas, praças, parques, jardins, monumentos,
chafarizes, murais e outros logradouros públicos.
§ 1o. O serviço poderá consistir na doação, por parte de particulares, de materiais, realização de obras de
melhoramentos e restauro, prestação de serviços de iluminação e varrição ou doação de materiais,
mobiliário ou equipamentos, sempre a título gratuito, em benefício do Município.
§ 2o. Qualquer que seja a modalidade de contrato, deverão ser observados, integralmente, as disposições
desta Lei, da Lei Orgânica do Município, Plano Diretor e legislação urbanística correlata, Código de Obras e
Edificações e Código Tributário de Manaus, bem como as normas e regulamentos administrativos quanto
aos requisitos para o recebimento de bens.
§ 3o. Qualquer que seja o objeto do contrato, a empresa autorizada ficará responsável, total ou
parcialmente, conforme o caso, pela conservação da área durante a vigência do acordo.
§ 4o. Quando o logradouro localizar-se em área de preservação histórica ou quando tratar-se de bem
tombado, só será efetuado os ajustes que trata o artigo, mediante parecer favorável do órgão público
responsável pela proteção do patrimônio cultural.
§ 5o. A Prefeitura permitirá que conste, na área ou logradouro objeto do contrato, placa indicativa contendo
o nome da empresa, nos moldes definidos pelo artigo 71 desta Lei.
Seção II
Do Trânsito
Art. 48. O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever da Prefeitura que, no âmbito de
suas competências definidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, definirá em regulamento as medidas
necessárias para garantir esse direito.
Art. 49. Os usuários das vias, além de obediência às normas gerais de circulação e conduta, definidas pelo
Código de Trânsito Brasileiro, devem:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito, ou ainda causar danos às
propriedades públicas ou privadas;
§ 1o. Sempre que houver necessidade de interrupção do trânsito, esta deverá ser feita mediante
autorização da Prefeitura e através de sinalização adequada, visível de dia e luminosa à noite, salvo em
situações emergenciais.
§ 2o. A Prefeitura definirá, através de regulamento, as áreas e os horários de carga e descarga de materiais
em consonância com a legislação de uso do solo e hierarquização do sistema viário.
Art. 50. A sinalização de trânsito nos logradouros públicos, será constituída por mobiliário urbano adequado,
conforme definido pelo Código de Trânsito Brasileiro, sendo expressamente proibida sua danificação,
depredação, deslocamento ou alteração de suas mensagens ou propriedades físicas e estéticas.
Art. 51. A Prefeitura pode impedir o trânsito de qualquer veículo que possa ocasionar danos à via pública.
Seção III
Da Higiene dos Logradouros
Art. 52. A limpeza dos passeios fronteiriços às edificações será de responsabilidade de seus ocupantes ou
proprietários.
§1o. O lixo ou detritos sólidos resultante da limpeza de que trata este artigo, será obrigatoriamente
acondicionado em vasilhames de coleta de lixo domiciliar.
§2o. Os vasilhames devem ser mantidos fechados e atender aos modelos indicados pela Prefeitura ou
empresa concessionária do serviço de coleta de lixo domiciliar.
§3o. Os estabelecimentos comerciais, ficam obrigados a manter serviço diário de limpeza do passeio
fronteiriço aos seus limites.
§4o. A lavagem do passeio deve ser feita em dia e hora de pouca movimentação de pedestres e as águas
servidas escoadas completamente.
§5o. A existência de entrada de veículos e acessos a edificações, obriga o ocupante da edificação a tomar
providências para que ali não se acumulem águas nem detritos.
§7o. Não é permitido lavar com mangueiras, veículos automotores nas ruas, calçadas e logradouros
públicos.
Art. 53. Os veículos empregados no transporte de lixo e resíduos de qualquer natureza deverão ser dotados
dos elementos necessários ao adequado acondicionamento da carga, evitando seu transbordo, dispersão
aérea e queda nos passeios e vias.
§1o. Na carga ou descarga de veículos, deverão ser adotadas as precauções para evitar que o passeio do
logradouro fique interrompido.
§3o. Os resíduos industriais ou de extração mineral deverão ser transportados, pelos proprietários dos
estabelecimentos que os produzem, para local previamente designado por ocasião do licenciamento em
veículos adequadamente vedados.
Seção IV
Do Mobiliário Urbano
Art. 54. Considera-se mobiliário urbano a coleção de artefatos fixos ou temporários, implantados nos
logradouros públicos, de natureza utilitária ou de interesse urbanístico, paisagístico, simbólico ou cultural,
superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação.
II – barracas, cabines e quiosques removíveis: elementos que guardam semelhança com edificação, cuja
função é abrigar algum tipo de atividade humana, como banca de jornal, abrigo de ponto de ônibus, coreto,
cabines policial, de informação turística e de banco 24 horas;
III - elementos de ordenação: elementos usados para proporcionar conforto, segurança e proteção ao
pedestre e ao sistema viário, como frades, rampas, guardacorpos,cancela, peitoril, cavalete, cones e
tapumes;
IV - elementos paisagísticos: aqueles que guardam significado simbólico para a cultura da cidade,
orientação cívica ou composição da paisagem urbana, como esculturas, monumentos, estátuas, pedestais,
arco, mastro, chafariz, pórtico, bica, jardineira e canteiros;
V - elementos de lazer: aqueles destinados à funções esportivas e recreativas, como bancos e mesas,
bicicletários, equipamentos infantis e esportivos;
VI - engenhos publicitários: usados para veiculação de mensagem publicitária, anúncios, propaganda, como
painéis, letreiros, tabuletas, relógios digitais, totens, balões infláveis, banners e outros de natureza similar,
luminosos ou não, regulados por seção específica desta Lei.
VII. Outdoor: equipamento publicitário composto por painel rígido para fixação de cartazes substituíveis,
dotado ou não de iluminação própria, destinado à veiculação de anúncios e serviços.
VIII. painel luminoso: (backlight) ou iluminado (frontlight), painel multifacetado (friedro) e similares:
equipamentos publicitários compostos por painéis, geralmente confeccionados em vinil impresso, montados
em estruturas metálicas com iluminação embutida (backight) ou direcional (fronlight), podendo ter
mensagens estáticas ou com movimento (friedo), fixados em coluna própria, destinado à veiculação de
anúncios.
IX. painel eletrônico: equipamento publicitário em materiais diversos, dotado ou não de iluminação própria,
fixado em fachadas ou colocado sobre estrutura própria, no interior do imóvel, identificando sua atividade.
XII. placa sinalizadora: tipo totem: equipamento publicitário confeccionado em chapa metálica, com base em
concreto armado, fixado no passeio público, destinado à indicação de logradouro público, admitindo espaço
publicitário, podendo ser utilizado somente quando se tratar de projetos especiais, de uso coletivo, nos
termos de permissão da Prefeitura.
XIII. pintura publicitária: anúncio aplicado diretamente sobre muros, paredes, fachadas, toldos de
edificações e na superfície externa das bancas de revista.
XIV. inflável: equipamento publicitário confeccionado em material sintético, inflável, para a divulgação de
eventos, propaganda ou anúncio.
XV. faixa: equipamento publicitário confeccionado em tira horizontal de tecido ou material flexível, fixado nas
laterais, ou em logradouro público, destinado à veiculação de evento.
XVI. banner: equipamento publicitário confeccionado em tira vertical de tecido ou material flexível, fixado na
extremidade superior, no interior do imóvel ou em logradouro público, destinado à veiculação de eventos.
XVII. totem: equipamento publicitário confeccionado em materiais diversos, com ou sem iluminação, fixado
diretamente ao solo ou sobre base própria.
XVIII. empena: equipamento publicitário confeccionado em material flexível, apoiado em estrutura metálica,
com iluminação própria, fixado na empena cega de edifícios e destinado à veiculação de anúncios.
XIX. relógio e termômetro: equipamento publicitário composto de painel luminoso, com duas faces, em geral
montado sobre suporte metálico, com função de informar o horário e alternadamente a temperatura do local,
além de anunciar produtos e serviços.
XX. topo: equipamento publicitário confeccionado em material flexível, apoiado em estrutura metálica, com
ou sem iluminação e fixado no topo das edificações;
§ 2°. Os equipamentos de publicidade que não tenham sido regulamentados por esta lei ficarão sujeitos à
análise específica dos órgãos competentes para sua instalação.
§ 3°. Os equipamentos publicitários compostos de estrutura metálica, com ou sem iluminação própria, e
fixados sobre as calçadas ou no interior de residências, obrigatoriamente deverão dispor de aterramento,
com a finalidade de eliminar descargas elétricas, obedecendo às normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT;
§4o. A Prefeitura, mediante regulamento, definirá as normas de padronização para o mobiliário urbano,
conforme a legislação de uso de solo e aspectos paisagísticos e urbanísticos locais.
Art. 55. Nenhum mobiliário urbano poderá ser instalado sem a devida autorização da Prefeitura, que
observará aspectos relacionados à utilidade, acessibilidade, material construtivo, segurança e estética
urbana.
§1o. A Prefeitura, através do órgão responsável pelo desenho e estética urbanos, poderá, a seu juízo,
impedir a instalação ou remover, as custas do infrator, qualquer mobiliário urbano considerado inadequado.
§2o. Fica proibida a instalação de canteiros sobre passeio de logradouro público, exceto para os bairros e
áreas que forem objeto de projetos de urbanização aprovados e/ou executados pela Prefeitura.
§3o. A instalação de mobiliário urbano nas áreas de preservação de patrimônio histórico e cultural fica
subordinada a parecer do órgãos competentes, em âmbito estadual e federal.
§4° Os responsáveis pelas faixas, banners e infláveis poderão colocá-los no período máximo de cinco dias
antes e retirá-los até no máximo quarenta e oito horas depois do evento ao qual se destina;
§5° O equipamento publicitário do tipo empena deverá respeitar o distanciamento mínimo de quinhentos
metros de raio de outro equipamento do mesmo tipo;
§6° O licenciamento do equipamento publicitário não apenas se constitui em uma obrigatoriedade, como
torna a empresa proprietária do equipamento ou proprietária do imóvel responsável por quaisquer danos
materiais e pessoais que porventura venha a causar em decorrência de sua instalação e manutenção nos
termos da lei;
§8° É vedada na área urbana do Município a colocação de equipamentos publicitários que emitam odores
ou causem poluição sonora.
Art. 56. Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação ou quaisquer outros elementos verticais de
sinalização que devam ser instalados em itinerário ou espaço de acesso para pedestres deverão ser
dispostos de forma a não dificultar ou impedir a circulação e comodidade das pessoas.
Parágrafo Único. Os semáforos para pedestres instalados nos logradouros públicos deverão estar
equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, que sirva de guia
ou orientação para a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual, sempre que a intensidade e
periculosidade do fluxo de veículos o exigir.
Art. 57. Ao pedido de autorização para instalação de mobiliário urbano, o requerente deverá apresentar a
seguinte documentação:
Seção V
Do Uso dos Logradouros
Art. 58. A ocupação de passeios e vias de pedestres com mesas, cadeiras ou outros objetos deverá ser
autorizada pela Prefeitura a estabelecimentos comerciais, desde que satisfeitos, cumulativamente, os
seguintes requisitos:
I - ocuparem apenas a parte do passeio correspondente à testada do estabelecimento para o qual foram
autorizadas;
II - deixarem livre de barreiras, para o trânsito público, uma faixa de passeio com largura não inferior a
1,20m (um metro e vinte centímetros).
§1o. A ocupação de passeios e vias de que trata o artigo só será autorizado em logradouros previamente
definidos pela Prefeitura, em conformidade com a legislação de uso do solo.
§2o. O pedido de autorização precária para colocação de mesas nas calçadas deverá ser acompanhado de
uma planta de localização do estabelecimento, indicando a testada, a largura do passeio, o número e a
disposição das mesas e cadeiras.
Art. 59. Sobre os passeios ou logradouros exclusivos de pedestres, poderá ser autorizada a instalação de
toldos ou coberturas de lona encerada ou material similar, que obedeçam aos seguintes requisitos:
III - não avançar mais que 1/3 (um terço) da largura do passeio;
IV - nos pavimentos térreos, a altura mínima será de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), entre a
calçada e o limite inferior do mesmo;
Parágrafo Único. nas áreas de preservação histórica, não poderão ser instalados sem autorização das
autoridades responsáveis pelo Patrimônio Histórico e Cultural.
Art. 60. Para comícios políticos, festividades cívicas e religiosas de caráter popular, poderão ser armados
coretos ou palanques provisórios nos logradouros públicos mediante autorização da Prefeitura e o
atendimento às seguintes condições:
II - atendimento às orientações de serviço de trânsito local a fim de não tumultuarem o trânsito público;
III - provimento das instalações elétricas adequadas, quando de utilização noturna, de acordo com as
determinações do Código de Obras e Edificações;
IV - não ocorrência de prejuízo ou dano ao calçamento, meio-fio, guias, sarjetas e escoamento das águas
pluviais.
§1o. Os coretos ou palanques de que trata o artigo deverão ser removidos no prazo de 24h (vinte e quatro)
horas, a contar do encerramento do ato público.
§2o. O responsável pelo evento deverá providenciar, no mesmo prazo da remoção do equipamento, a
limpeza do local e o reparo de eventuais danos causados ao patrimônio público em decorrência do evento
propriamente dito ou da operação de remoção e desmonte.
Art. 61. Nenhum serviço ou obra que exija levantamento de guias ou escavações na pavimentação de
logradouros públicos poderá ser executado sem prévia autorização da Prefeitura, exceto quando se tratar
de reparo de emergência nas instalações de serviços públicos, a ser realizado pelo órgão competente ou
empresa concessionária.
§ 2o. As obras e serviços de reparos em logradouros nas áreas de preservação histórica não poderão ser
realizados sem orientação do Patrimônio Histórico Federal e Estadual.
Art. 62. Qualquer entidade que tiver de executar serviço ou obra em logradouro deverá fazer comunicação
às outras entidades de serviços públicos interessadas ou porventura atingidas pela execução dos trabalhos.
Art. 63. A Prefeitura exigirá, nos locais de obras e construções, a montagem de tapumes e andaimes
seguros, conforme as exigências do Código de Obras e Edificações.
§1o. Além de alinhamento do tapume, não se permitirá a ocupação de qualquer parte do passeio com
materiais de construção.
§2o. Os tapumes serão construídos respeitando um mínimo de 1,20m (um metro e vinte centímetros) do
passeio.
§3o. Os materiais de construção descarregados fora da área limitada pelo tapume serão, obrigatoriamente,
removidos para o interior da obra dentro de duas horas, no máximo, contadas da descarga dos mesmos.
Seção VI
Dos Engenhos Publicitários
Art. 64. A instalação de qualquer engenho publicitário depende de autorização da Prefeitura, nos termos
definidos por esta lei, nos artigo 7o e seguintes.
§1o. Entende-se por engenho publicitário o mobiliário urbano destinado à veiculação de anúncio publicitário,
em logradouro público ou área privada que se exponha ao público, como painéis (outdoors), letreiros,
tabuletas, relógios digitais, totens, balões infláveis, banners e outros de natureza similar, luminosos ou não.
§2o. Não considera-se publicidade as expressões de indicação, tais como placas de identificação dos
estabelecimentos, tabuletas indicativas de sítios, granjas, serviços de utilidade pública, hospitais,
ambulatórios, prontos-socorros e, nos locais de construção, as placas indicativas dos nomes dos
engenheiros, firmas e arquitetos responsáveis pelo projeto ou pela execução de obra pública ou particular.
§ 3°. A publicidade veiculada em muros, tapumes, faixas e postes (murais e cartazes) está sujeita às
mesmas exigências e penalidades previstas em lei para publicidade por meio de engenhos publicitários,
devendo os responsáveis pela confecção do material publicitário e/ou pela realização dos eventos ser
penalizados.
Art. 65. Ao pedido de autorização para instalação de engenho publicitário ou veiculação de mensagem
publicitária, o requerente deverá apresentar a seguinte documentação:
I - nome e/ou razão social, ramo de atividade, CNPJ/CNPF, CEP e endereço da firma publicitária;
§1o: A autorização deverá constar, na parte frontal e em local bem visível de cada engenho publicitário,
bem como a respectiva identificação da firma que o explora.
§3o: Autorizada a instalação do engenho publicitário, o interessado terá o prazo de 20 (vinte) dias para fazê-
lo, sob pena de seu cancelamento.
§4o: A Prefeitura poderá condicionar a autorização, conforme a natureza do engenho publicitário e tipo de
veiculação, à apresentação, por parte do interessado, de laudos técnicos ou parecer favorável de órgãos de
controle ambiental, trânsito, proteção ao vôo e navegação ou de preservação de patrimônio histórico e
cultural.
§5o: A Prefeitura poderá, a bem do interesse público, revogar a qualquer tempo, a autorização concedida e
proceder ou exigir a remoção do engenho publicitário para outro local, desobrigando-se a qualquer
ressarcimento ao responsável.
Art. 66. As empresas matriculadas no Cadastro Municipal de Empresa Publicitária deverão apresentar, até
o dia 31 de janeiro de cada ano, a relação dos locais onde pretendem veicular publicidade.
Parágrafo Único. Dos locais relacionados pelas empresas para instalação de engenhos publicitários, no
mínimo 30% (trinta por cento) deverão pertencer a áreas privadas.
Art. 67. É vedada a instalação de faixas, placas, totens, painéis, banners e murais publicitários nas áreas de
preservação histórica e cultural, excetuando-se tabuletas ou galhardetes, vinculados a estabelecimento
comercial ou de serviços, ainda assim, subordinada a aparecer favorável dos órgãos competentes, em
âmbito estadual e federal.
Art. 68. A Prefeitura, através do órgão responsável pela legislação de uso do solo, definirá os logradouros e
rotatórias onde será permitida a instalação de painéis e outros engenhos publicitários e sua quantidade
máxima tolerada.
Art. 69. Fica proibida a instalação de engenhos publicitários nos logradouros públicos ou para estes
expostos, nas seguintes situações:
I - na UES Centro Antigo, definida pelo Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus e legislação
urbanística correlata, orla fluvial, praças e parques;
II - quando, de alguma forma, causar danos ou prejuízos às fachadas das edificações, aos aspectos
paisagísticos da cidade e à visualização de panoramas naturais e patrimônio histórico, artístico e cultural,
qualquer que seja o ponto tomado como referência;
III - quando interferir no mobiliário destinado aos serviços urbanos de comunicação, iluminação e
distribuição de energia elétrica;
IV - quando prejudicar a visibilidade das indicações do interesse público, tais como sinais de trânsito, nomes
de ruas e outros;
VI - emitam luz de grande intensidade, em movimento ou intermitente, que possa comprometer a segurança
do trânsito ou causar incômodo à vizinhança e aos transeuntes.
VII - quando atrapalhar a visibilidade de edificações como Estádio Vivaldo Lima, Vila Olímpica Umberto
Calderado e Memorial da Amazônia (Bola da Suframa).
Art. 70. A instalação de painéis ( outdoors ) ao longo de logradouro deverá obedecer às seguintes
exigências:
I - cada painel terá, no máximo 3,0 m ( três metros ) de altura por 9,0 m (nove metros) de largura;
II - será admitido grupo de no máximo quatro painéis consecutivos, preservada a distância mínima de 50 cm
(cinqüenta centímetros) entre cada painel;
III - a distância mínima de 50,00 (cinqüenta metros) entre cada grupo de painéis, sendo admitido, no
máximo, 1 (um) grupo de painéis por quadra;
IV - cada painel deverá reservar, em lugar visível, plaqueta de identificação com, no mínimo, 20 cm (vinte
centímetros) de altura por 1,0 m (um metro) contendo o nome e telefone da empresa e número do processo
de autorização do órgão competente.
Art. 71. As placas de anúncio de manutenção, conservação e restauro de logradouros, nos termos do artigo
47 desta Lei, não deverão exceder às dimensões de 25cm (vinte e cinco centímetros) por 35cm (trinta e
cinco centímetros), com altura máxima de 45cm (quarenta centímetros) do piso e só será admitida uma
única placa por cada logradouro supracitado.
Art. 72. Os engenhos publicitários deverão ser mantidos em perfeito estado de conservação dos materiais,
segurança, estabilidade e estética.
§1o: Qualquer alteração nas características físicas do engenho publicitário, sua substituição por outro de
características distintas, mudança de local, deverá ser objeto de nova autorização por parte do órgão
licenciador.
§2o: Havendo destruição total ou parcial do engenho publicitário, ficam os seus responsáveis obrigados a
reconstruir a parte danificada, ou promover sua substituição ou remoção, no prazo de 48 h (quarenta e oito
horas) após o ocorrido.
Art. 73. Quando o conteúdo da mensagem publicitária for ofensiva aos direitos dos cidadãos, nos termos da
Constituição Federal, ou ainda contenham incorreções de linguagem, o engenho publicitário poderá, a juízo
da autoridade competente, ser interditado, desfeito ou ter sua exibição cancelada.
Art. 74. A veiculação de publicidade em faixas e galhardetes, respeitando o disposto no artigo 44 desta Lei,
será permitida nas seguintes condições:
I - quando as faixas forem rebocadas por aeronave ou balões dirigíveis devidamente licenciados pelo
Departamento de Aviação Civil – DAC;
III - no caso do inciso II, havendo veiculação de publicidade, o anúncio ficará sujeito ao pagamento da
respectiva taxa prevista pelo Código Tributário Municipal;
Art. 75. A publicidade em partes externas de carrocerias de veículos automotores será autorizada desde
que fique limitada ao número máximo de 3 (três) anúncios por veículo.
§1°. O engenho publicitário em questão não poderá, em nenhuma hipótese, prejudicar a visibilidade do
condutor ou passageiro.
§2°. No caso de veículo de transporte coletivo, os anúncios não poderão interferir na perfeita identificação
da origem e destino do itinerário, da empresa prestadora do serviço e do número de registro do carro.
Seção VII
Dos Divertimentos, Festejos e Competições
Art. 76. As grandes queimas de fogos de artifício e espetáculos pirotécnicos só serão realizados em locais
autorizados pela Prefeitura, mediante projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros e apresentação de termo
de responsabilidade técnica, assinado por profissional legalmente habilitado.
§1o. Do projeto deverão constar as medidas de segurança cabíveis, inclusive de isolamento da área, que
serão de inteira responsabilidade do promotor do evento e do responsável técnico.
§2o. As áreas onde for autorizada a queima de fogos deverão manter distância mínima de 300m (trezentos
metros) de hospitais, casas de saúde, sanatórios, casas de repouso, postos de combustíveis, escolas e
repartições públicas nas horas de funcionamento.
§3o. A escolha das áreas deverá obedecer às diretrizes de uso do solo definidas pela legislação urbanística.
Art. 78. A exploração de atividades esportivas ou recreativas nos rios e igarapés e demais corpos hídricos
de Manaus dependerá de autorização da Prefeitura, e obedecerá os seguintes requisitos:
I - os esportes náuticos que envolverem equipamentos flutuantes puxados a barco a motor, só poderão ser
utilizados em áreas demarcadas por sinalizadores apropriados, conforme orientação de órgão competente;
II - não serão permitidas instalações fixas para guarda de material ou equipamentos nas margens de rios e
igarapés, em decorrência da exploração de atividade esportiva ou recreativa;
III - a montagem de arquibancadas, arenas, palcos, quadras esportivas deverão obedecer às disposições do
Código de Obras e Edificações, quanto às instalações e estabilidade e sua localização dependerá da
legislação de uso do solo e da proximidade de edificações de uso especial;
IV - a empresa exploradora da atividade é integralmente responsável pelo perfeito estado e asseio todas as
instalações e equipamentos, bem como pelas medidas que se fizerem necessárias junto ao Poder de
Polícia Estadual quanto à segurança do público e dos participantes;
V - são permitidas a instalação de barracas e tendas, em caráter temporário, para guarda de equipamentos
e funções auxiliares da atividade em questão, desde que não comprometam a estética urbana ou padrões
urbanísticos definidos para o local.
§2o. Em nenhuma hipótese, o funcionamento poderá prejudicar o interesse público, nem suas instalações
poderão deixar de oferecer suficiente segurança aos freqüentadores, aos transeuntes e à vizinhança.
Art. 79. Nos festejos e divertimentos populares de qualquer natureza serão usados copos e pratos de
material descartável.
TÍTULO IV
DOS ESTABELECIMENTOS E ATIVIDADES ECONÔMICAS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 80. Os estabelecimentos destinados a qualquer atividade comercial, industrial, prestação de serviços só
poderão funcionar mediante licença ou autorização da Prefeitura de Manaus, nos termos do artigo 7o e
seguintes desta Lei.
§ 1o. Considera-se estabelecimento, para efeitos desta Lei, qualquer imóvel, mobiliário ou local, de caráter
permanente ou temporário, fixo ou móvel, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades.
§ 2o. A obrigação imposta neste artigo incide também sobre o exercício de atividades em residências e em
locais já licenciados, sempre que a atividade exigir instalações adequadas ou produza algum tipo de ruído
ou de resíduo diferente daqueles característicos da função residencial.
§ 3o. Os estabelecimentos licenciados estão sujeitos à taxa de licença, conforme estabelecido no Código
Tributário de Manaus.
Art. 81. Os estabelecimentos de que trata esta Lei, além das exigências dos demais instrumentos de
Posturas Municipais, obedecerão os seguintes requisitos de higiene pública:
I - deverão ser asseguradas condições de higiene e conforto nas instalações destinadas a refeições ou a
lanches e nos locais de trabalho;
II - serão proporcionadas aos empregados, facilidades para obtenção de água potável em locais de
trabalho, especialmente bebedouros de jato inclinado e guarda-protetora, não instalados em pias ou
lavatórios;
III - onde se servem líquidos é proibido o uso de copos coletivos ou a existência de torneiras sem proteção;
IV - mesmo quando o trabalho for realizado a céu aberto, será obrigatório o provimento de água potável aos
empregados de serviço;
V - os recintos e dependências serão mantidos em estado de higiene compatível com a natureza de seu
trabalho;
VI - o serviço de limpeza geral dos locais de trabalho será realizado fora do expediente da produção e por
processo que reduza ao mínimo o levantamento de poeiras;
VII - as paredes dos locais de trabalho deverão ser conservadas em permanente estado de limpeza, sem
umidade aparente, infiltrações ou rachaduras.
Art. 82. Materiais, substâncias e produtos empregados na manipulação e transporte, em locais de trabalho,
deverão conter etiqueta de sua composição, as recomendações do socorro imediato em caso de acidente,
bem como o símbolo correspondente a determinados perigos, segundo padronização nacional ou
internacional:
§1o. Os responsáveis pelo emprego de substâncias nocivas afixarão, obrigatoriamente, avisos e cartazes
sobre os perigos que acarreta a manipulação dessas substâncias, especialmente se produz
aerodispersóides tóxicos, irritantes ou alergênicos.
§2o. Deverão ser tomadas medidas capazes de impedir, seja por processos gerais ou por dispositivos de
proteção individual, absorção ou assimilação pelo organismo humano de aerodispersóides tóxicos, irritantes
e alergênicos.
CAPÍTULO II
DO COMÉRCIO
Seção I
Horário de Funcionamento
Art. 83. É livre o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais no Município de Manaus,
desde que sejam obedecidos os termos do respectivo acordo coletivo de trabalho das respectivas
atividades.
Art. 84. O horário adicional de funcionamento dos estabelecimentos comerciais independerá de autorização
de horário extra, desde que vigente a respectiva licença de localização e funcionamento.
Seção II
Da Defesa do Consumidor
Art. 85. A Prefeitura atuará concorrentemente com a União e o Estado na fiscalização dos direitos do
consumidor de acordo com o artigo 55 da Lei Federal no 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de
Proteção e Defesa do Consumidor).
§1o. Os estabelecimentos comerciais ou industriais serão obrigados, antes do início de suas atividades, e
anualmente, a submeterem-se à aferição dos instrumentos de medição utilizados em suas transações
comerciais, de acordo com as normas estabelecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (INMETRO).
§2o. O órgão de fiscalização de posturas manterá em sua sede, bem como nas proximidades de centros
comerciais, pontos de informação munidos de balanças permanentemente atualizadas para os
consumidores conferirem o peso de suas compras.
§4o. A Prefeitura poderá estabelecer acordos com a fiscalização do Governo Estadual e federal para,
através do Conselho Municipal de Defesa do Consumidor, definir e aplicar aos infratores as sanções
cabíveis, inclusive multas, no âmbito do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC).
Art. 86. Os produtos alimentícios, incluindo-se bebidas, só poderão ser comercializados em Manaus,
quando oriundos de estabelecimentos comerciais ou industriais, registrados nos órgãos competentes,
devidamente acondicionados nos invólucros ou recipientes de origem de origem, apresentando indicações
precisas a respeito da marca, data de fabricação, data de validade, origem e composição, excetuando-se os
considerados típicos e aqueles autorizados pela legislação de inspeção sanitária.
CAPÍTULO III
DOS ESTABELECIMENTOS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 87. A licença para estabelecimentos e autorização para atividades temporárias serão concedidas
mediante a apresentação dos seguintes documentos:
I - parecer técnico de localização e uso, a ser expedido em consulta prévia à Prefeitura, nos termos do
artigo 8o desta Lei;
II - registro público de firma individual ou pessoa jurídica no órgão competente, quando for o caso;
III - prova de habilitação profissional de pessoa física ou jurídica, quando for o caso;
Parágrafo Único. Os documentos exigidos para a concessão de licença ou autorização deverão ser
mantidos no estabelecimento para apresentação à fiscalização, sempre que necessário, sendo admitida a
cópia devidamente autenticada.
Art. 88. Será objeto de autorização os estabelecimentos que se enquadrarem nas seguintes situações:
IV - instalação de mobiliário urbano fixo, como trailers e quiosques, para exercício de pequeno comércio em
logradouro ou área particular;
VIII - estabelecimentos em favelas e áreas de interesse social, quando não disporem de habite-se, nos
termos do artigo 8o desta lei.
Art. 89. É vedada aos estabelecimentos comerciais a venda, a menor de 18 (dezoito) anos:
I - bebidas alcoólicas;
II - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou química, ainda que por utilização
indevida.
Seção II
Do Funcionamento de Farmácias e Drogarias
Art. 90. Em cada bairro de Manaus haverá, diariamente entre o período das 20h (vinte horas) às 8h (oito
horas) e nos domingos e feriados, pelo menos, uma farmácia de plantão, sem prejuízo do funcionamento de
outras.
§ 1o. A escala do plantão, a ser organizado pela Prefeitura, será publicado em anúncio na mídia impressa e
em local visível ao público nos estabelecimentos de que trata o artigo.
§ 2o. Qualquer alteração no plantão deverá ser comunicada à Prefeitura com antecedência de 15 (quinze
dias).
Seção III
Dos Estabelecimentos de Reuniões e Diversões
Art. 91. São consideradas casas de diversões os estabelecimentos fechados ou ao ar livre, com entrada
paga ou não, destinadas ao entretenimento, recreio ou prática de esportes.
§ 1o. Para fins de licenciamento e fiscalização, ficam adotadas as seguintes designações para os diversos
tipos de casas de diversões:
II - casas de forró; quadras, curral de boibumbá, quadras de escola de samba e casas de show;
VI – circo;
VIII – bingos;
X - clubes (local destinado a reuniões literárias, recreativas, dançantes e outros divertimentos, ou à prática
de jogos permitidos ou esporte de qualquer modalidade);
§ 2o. A autorização para funcionamento dos estabelecimentos de que trata o artigo não poderá exceder o
período de 1 (um) ano e deverá ser renovada anualmente.
V - a capacidade de lotação.
Art. 93. As casas de diversão deverão manter afixado, em local visível e de fácil acesso, informação
destacada sobre a natureza do espetáculo ou diversão, a faixa etária especificada no certificado de
classificação e a capacidade de lotação.
§1o. É vedado o ingresso e permanência de crianças em espetáculos ou diversões inadequados à sua faixa
etária
§2o. O ingresso e permanência de crianças menores dez anos em casas de espetáculos só será permitido
se devidamente acompanhadas dos pais ou responsáveis.
III - não manter em perfeito estado as instalações de ar condicionado, sanitárias e outras, destinadas a
garantir o necessário conforto e segurança dos freqüentadores;
V - funcionar em discordância com o projeto arquitetônico aprovado e respectivo habite-se, quando for o
caso, no que concerne às instalações, dimensionamento dos compartimentos, vãos e passagens;
VI - utilizar aparelhos sonoros, amplificadores e equipamentos similares que produzam ruídos em desacordo
com a legislação ambiental vigente;
Art. 95. A autorização de funcionamento de casas de diversão será concedida mediante o cumprimento das
exigências do conjunto de Postura Municipal, incluindo a apresentação de laudo de vistoria técnica,
assinada por profissional legalmente habilitado, quanto às condições de segurança, higiene, comodidade,
conforto e capacidade de lotação, bem como ao funcionamento normal das instalações, aparelhos e
motores, se for o caso.
Parágrafo Único. A apresentação do referido laudo não dispensa a necessária vistoria por parte do agente
fiscalizador, dentro do processo regular de autorização que trata esta Lei.
Art. 96. Os cinemas, teatros e auditórios, bem como estabelecimentos destinados a espetáculos públicos
em ambiente fechado, deverão:
V - assegurar rigoroso asseio das instalações sanitárias, que deverão apresentar laudo de desinfeção
regular.
Art. 97. Os responsáveis pelo funcionamento de cinemas, teatros, auditórios, salas de conferências, casas
de diversões noturnas, salões de esportes, salões de bailes e outros locais de diversões ou onde se reuna
grande número de pessoas, ficam obrigados a apresentar anualmente ao órgão de licenciamento e controle
urbano, laudo de vistoria técnica, referente à segurança e estabilidade do edifício e das respectivas
instalações, assinado por profissional legalmente habilitado, registrados no Município.(alterado pela Lei nº 859 de
14/07/05)
Art. 97. Os responsáveis pelo funcionamento de cinemas, teatros, auditórios, salas de conferências, casas
de diversões noturnas, salões de esportes, salões de bailes e outros locais de diversões ou onde se reúna
grande número de pessoas, ficam obrigados a apresentar anualmente ao órgão de licenciamento e controle
urbano, laudo de vistoria técnica, referente à segurança e estabilidade do edifício e das respectivas
instalações, assinado por profissional legalmente habilitado, registrados no órgão local responsável pela
fiscalização do exercício profissional. ( nova redação dada pela Lei nº 859 de 14/07/05)
Art. 98. No caso de circos, parques de diversões e teatros desmontáveis, feita a montagem pelo
interessado, a autorização de funcionamento fica na dependência da vistoria por parte do competente órgão
administrativo municipal, para verificação da segurança nas instalações.
§1o. A autorização de circo, parque de diversões ou teatro desmontável, será concedida por prazo não
superior a 90 (noventa) dias.
§2o. Nos casos previstos no presente artigo, a autorização de funcionamento poderá ser renovada até o
prazo máximo de 90 (noventa) dias desde que não tenham sido apresentadas inconveniências para a
vizinhança ou para a coletividade, após necessária vistoria.
Art. 99. Os circos, parques de diversões e teatros desmontáveis cujo funcionamento for superior a 30
(trinta) dias, deverão possuir instalações sanitárias independentes para homens e mulheres, conforme as
disposições do Código de Obras e Edificações.
Art. 100. As instalações dos parques de diversões não poderão ser alteradas ou acrescidas de novos
equipamentos, motores ou aparelhos destinados a embarques ou transporte de pessoas, sem prévia
autorização da Prefeitura.
§1o. Os equipamentos a que se refere o presente artigo só poderão entrar em funcionamento após serem
vistoriados pelo órgão competente da Prefeitura e, no caso de equipamentos, motores e similares,
amparados por laudo técnico de profissional responsável.
§2o. Os responsáveis por circos e parques de diversões se obrigarão a reconstruir as áreas que danificarem
em decorrência de sua atividade.
Seção IV
Dos Estabelecimentos de Culto
Art. 101. Aplicam-se aos estabelecimentos de culto e às instituições por eles responsáveis, no que couber,
as disposições do artigo 80 deste código com respeito ao licenciamento da atividade, bem como as vistorias
periódicas para constatação das condições de segurança e manutenção do silêncio adequados nos núcleos
urbanos onde funcionam.
Art. 102. É vedado aos estabelecimentos de culto, no que concerne aos locais franqueados ao público:
III - Funcionar sem os respectivos equipamentos de prevenção de incêndios, definidos em projeto aprovado
pelo Corpo de Bombeiros e apresentados com o projeto de construção, reforma ou modificação
arquitetônica;
IV - funcionar em discordância com o projeto arquitetônico aprovado e respectivo habite-se, quando for o
caso, no que concerne às instalações, dimensionamento dos compartimentos, vãos e passagens;
V - Utilizar aparelhos sonoros, amplificadores e equipamentos similares que produzam ruídos acima dos
fixados, para os estabelecimentos de culto pelo Código Ambiental de Manaus;
VI – VETADO.
Parágrafo Único. Os estabelecimentos de culto, já existentes no advento desta lei, terão o prazo de 2 (dois)
anos a partir da data de sua promulgação, para se adaptarem às normas nelas definidas.
Seção V
Do Comércio em Áreas de Especial Interesse Social
Art. 103. Considera-se área de interesse social aquelas destinadas à implantação de política e programas
para a promoção da habitação de interesse social, definidas pelo Plano Diretor.
Art. 104. A licença para funcionamento de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços será
concedida, nos termos do artigo 10 desta Lei, mediante a apresentação dos seguintes documentos:
I - parecer técnico de localização e uso, a ser expedido em consulta prévia à Prefeitura, nos termos do
artigo 8o desta Lei;
II - registro público de firma individual ou pessoa jurídica no órgão competente, quando for o caso;
Parágrafo Único. Para as atividades de prestação de serviços nas áreas de saúde, educação e creches, é
exigida a apresentação dos seguintes documentos adicionais:
Seção VI
Dos Mercados Populares
Art. 105. Considera-se, para efeitos desta Lei, como mercado popular as unidades de abastecimento
caracterizadas por estabelecimento coberto, semi-coberto ou aberto, destinado a abrigar as atividades
típicas do comércio varejista de primeira necessidade e prestação de pequenos serviços, podendo ser
formado por mais de uma unidade comercial.
Parágrafo Único. Por unidade comercial entende-se as barracas, bancas, tabuleiros e similares, cobertos
ou não, destinados à exposição, armazenamento e comercialização de gêneros alimentícios e utensílios
domésticos.
Art. 106. Os mercados populares só poderão funcionar se devidamente cadastrados em órgão municipal
competente.
Parágrafo Único. A permissão ao uso das dependências e serviços do mercado será dada pelo órgão
competente mediante as exigências do Regulamento Geral dos Mercados Municipais.
Art. 107. Os mercados populares, além das exigências do Regulamento das Feiras e Mercados e Código
Sanitário de Manaus deverão atender:
III - às exigências do Corpo de Bombeiros, quanto aos aspectos de segurança contra incêndio e pânico.
Art. 108. Sem prejuízo do cumprimento das normas e exigências descritas no artigo anterior, deverão os
mercados populares:
IV - equipamento apropriado para coleta de lixo e local reservado para o lixo acondicionado;
Parágrafo Único. Somente poderá exercer a atividade comercial ou de prestação de serviços nos
mercados populares aqueles comerciantes cadastrados pelo órgão regulador da atividade, segundo normas
e legislação específica.
Seção VII
Dos Estacionamentos e Guarda de Veículos
Art. 109. A licença ou autorização para utilização de terrenos para estacionamento e guarda de veículos
será concedida mediante a apresentação dos documentos cabíveis relacionados no artigo 87.
I - o terreno deverá estar devidamente murado, obrigando-se o responsável pelo licenciamento, sob termo
de compromisso, a mantê-lo drenado, ensaibrado, limpo e conservado em bom aspecto;
II - manter os afastamentos estabelecidos pela Lei de Uso e Ocupação do Solo para o respectivo
logradouro;
III - manter o passeio adequadamente pavimentado;
Seção VIII
Dos Depósitos de Ferro-Velho
Art. 110. A licença ou autorização para a instalação de estabelecimentos comerciais destinados a depósito,
compra e venda de ferro-velho, além de atender às exigências da lei de uso do solo, deverão:
I - estar localizados em terreno cercado por muros de alvenaria ou concreto, de altura não inferior a 2,50m
(dois metros e cinqüenta centímetros);
III - não permitir, nos termos do artigo 120, o empoçamento de água nos materiais;
V - não permitir a permanência de sucatas de veículos ou qualquer outro material nas vias públicas e
passeios.
Seção IX
Dos Postos de Serviço e Revenda de Combustíveis
Art. 111. A instalação de postos de serviço e revenda de combustíveis automotivos fica sujeita à aprovação
de projeto e à concessão de licença, segundo a legislação de uso do solo, dos Códigos de Obras e
Ambiental de Manaus.
§2o. A Prefeitura exigirá, para cada caso, as medidas e obras que julgar necessárias, ao interesse da
segurança e da higiene pública.
§3o. As lojas de conveniência, bares, restaurantes anexados aos postos de serviço e revenda de
combustíveis só poderão funcionar em postos devidamente licenciados pela Prefeitura e mediante licença
própria do estabelecimento comercial em questão, conforme disposto na Seção I, Capitulo II desta Lei.
I - parecer técnico de localização e uso, a ser expedido em consulta prévia à Prefeitura, nos termos do
artigo 8o desta Lei.
II - licença de instalação e de operação, expedidos pelo controle ambiental do Município, nos termos do
Conjunto de Posturas Municipais.
III - projeto de construção aprovado pela Prefeitura, considerando parecer do Corpo de Bombeiros quanto
às instalações e normas de segurança;
VII - licença ou parecer favorável da Capitania dos Portos, quando se tratar de estabelecimento localizado
nas margens de rios e igarapés ou flutuante;
VIII - licença ou parecer favorável da Aeronáutica ou do Departamento de Aviação Civil, quando localizado
nas áreas sob o seu controle;
X - quaisquer documentos, licenças ou pareceres exigidos, por ocasião da consulta prévia, de aceitação das
instalações, maquinaria, equipamentos e motores, conforme o caso.
III - a prestação de serviços de lavagem, lubrificação e troca de óleo de veículos em vias públicas;
VI - o funcionamento sem as perfeitas condições de calçadas e pátios de manobras, que devem ser
mantidos inteiramente livres de detritos, tambores, veículos enguiçados e quaisquer objetos estranhos ao
respectivo comércio.
Art. 114. Em todo posto de abastecimento e de serviço de veículos deverá haver avisos, em locais bem
visíveis, de que é proibido fumar, acender ou manter fogos acesos dentro de suas áreas.
CAPÍTULO IV
DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS EM LOGRADOUROS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 115. Qualquer atividade econômica nos logradouros de Manaus só poderá ser exercida mediante
autorização da Prefeitura.
Parágrafo Único. Caberá ao órgão de licenciamento e controle urbano e ao órgão de planejamento urbano,
ouvido o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, de acordo com a legislação de uso do solo e de
preservação do patrimônio histórico, cultural, artístico e paisagístico de Manaus:
I - definir os locais e logradouros onde poderá ser autorizado o exercício de cada tipo de atividade
econômica;
II - definir o número máximo de ambulantes, barracas, quiosques, trailers, veículos utilitários ou qualquer
outro mobiliário urbano similar.
Art. 116. As atividades econômicas em logradouros públicos poderão ser exercidas em ponto fixo ou em
caráter itinerante ou ambulante.
§1o. Terão ponto fixo as atividades econômicas que serão exercidas em local devidamente determinado e
demarcado pela Prefeitura, podendo fazer uso do seguinte mobiliário urbano:
IV - bancas e cabines.
§2o. As atividades econômicas em logradouros públicos serão consideradas ambulantes quando admitirem
o deslocamento durante seu exercício, obedecendo trajeto ou área de abrangência definidos pela Prefeitura,
podendo ser exercidas a pé, em carrocinhas, triciclos ou equipamento móvel similar.
§3o. São consideradas itinerantes as feiras livres e qualquer atividade econômica em logradouros públicos
exercida em ponto fixo, segundo dias e horários prédeterminados pela Prefeitura, não sendo admitido,
nesses casos, o deslocamento durante o exercício nem a permanência além do prazo autorizado.
Art. 117. Qualquer tipo de atividade econômica nos logradouros de Manaus deverá obedecer aos artigos 43
e seguintes desta Lei, bem como todo e qualquer dispositivo relacionado ao trânsito de veículos e
pedestres.
Art. 118. Quando se tratar da comercialização de alimentos, estes deverão ser, preferencialmente,
preparados em outro local, sendo permitida na barraca, quiosque, trailer ou veículo utilitário, apenas os
procedimentos de aquecimento, refrigeração ou conservação do alimento.
Art. 119. Os equipamentos utilizados deverão ser mantidos em boas condições de higiene e conservação,
sendo descartáveis os utensílios destinados a servir alimentos e bebidas.
Art. 120. O exercício de atividades econômicas em logradouros públicos que façam uso de aparelhos,
máquinas e demais instalações alimentadas por energia elétrica só será autorizado para quiosques, trailers
e bancas de jornais, desde que:
I - as instalações e alimentação deverão ser autorizadas e, conforme o caso, efetuadas pelo órgão
responsável pelo fornecimento;
II - não coloquem em risco a segurança pública nem prejudiquem o trânsito de veículos e pedestres, a
estética e a acessibilidade.
Art. 121. O exercício de atividades econômicas em logradouros públicos que exijam instalações de esgoto e
água só será autorizado para quiosques e trailers desde que as respectivas instalações estejam de acordo
com projeto aprovado pela Prefeitura.
Art. 122. O lixo e detritos produzidos deverão ser acondicionados em recipientes padronizados pela
Prefeitura, sendo obrigatória a manutenção do quiosque, trailer e veículo utilitário, bem como suas
imediações, em boas condições de asseio e higiene.
Seção II
Do Exercício do Comércio
Art. 123. O exercício de atividade econômica nos logradouros públicos de Manaus será tolerada, desde que
o interessado atenda às condições de cadastramento e exigências junto ao órgão competente da Prefeitura
e demais exigências desta Lei, quando se tratar de mobiliário urbano como barracas, quiosques, trailers,
veículos utilitários e equipamento similar.
Seção III
Das Feiras Livres
Art. 124. As feiras livres, para fins desta Lei, são os espaços, em geral logradouros, utilizados para o
comércio de gênero de primeira necessidade ou produtos típicos, feito mediante a instalação de barracas,
tendas, trailers e caminhões, em caráter transitório e temporário.
Parágrafo Único. As feiras livres são regidas, no tocante à higiene e funcionamento, pelo Código Sanitário
e Regulamento das Feiras e Mercados de Manaus.
Art. 125. As feiras livres só poderão se instalar em local previamente autorizado pela Prefeitura,
observando:
Parágrafo Único. O horário de funcionamento, bem como o de carga e descarga, deverão obedecer às
características da área e proximidade de equipamentos especiais, segundo a legislação urbanística.
Art. 126. Os feirantes deverão manter, individualmente, recipientes próprios para acondicionamento do lixo,
de acordo com as normas da Prefeitura.
§ 1°. Os detritos e resíduos que eventualmente forem lançados ou depositados sobre logradouros deverão
ser devidamente acondicionados e recolhidos até o encerramento das atividades comerciais.
§ 2°. O desrespeito ao previsto no parágrafo anterior acarretará sanções ao órgão infrator, estabelecidas
pelo órgão competente
Seção IV
Das Barracas
Art. 127. Entende-se por barracas, para efeito desta Lei, o mobiliário urbano de caráter provisório, formado
por cobertura, tabuleiro e estrutura de sustentação simples, destinadas ao comércio fixo ou itinerante,
devendo ser desmontadas após o exercício da atividade.
§1o. A autorização de localização de barracas, para fins comerciais nos passeios e nos leitos dos
logradouros públicos, será dada apenas nos seguintes casos:
V - feiras beneficentes ou culturais e durante festas de caráter popular ou religioso nos dias e locais
determinados pela Prefeitura.
§2o. Os documentos e demais exigências para autorização de instalação de barracas serão definidas
conforme a atividade a ser exercida, respeitando a legislação de uso do solo e de preservação do
patrimônio histórico, cultural, artístico e paisagístico de Manaus.
§3o. As barracas destinam-se ao atendimento rápido, sendo vedada a instalação de acessórios para
acomodação do público, tais como mesas e cadeiras, exceto para atividades de interesse público.
§4o. É vedada a instalação de barracas, bancas e depósitos nas imediações de feiras livres e mercados
populares.
Art. 128. As barracas, além de obedecer às normas de padronização definidas pela Prefeitura conforme a
atividade e aspectos paisagísticos e urbanísticos locais, deverão:
I - não exceder a área de 2,00 m2 (dois metros quadrados), exceto nos casos de atividades exercidas em
feiras livres quando não poderão exceder a 6,00 m2 (seis metros quadrados);
II - ficar fora da pista de rolamento do logradouro público e dos pontos de estacionamento de veículos;
IV - quando localizadas nos passeios, não prejudicar o trânsito de pedestres e acessibilidade, conforme
definido pelo artigo 75 desta Lei;
V - manter distância mínima de 200m (duzentos metros) de templos, hospitais, casas de saúde, escolas e
cinemas, com exceção feita às festas beneficentes e serviços de utilidade pública;
Seção V
Quiosques, Trailers e Veículos Utilitários
Art. 129. Para efeitos desta Lei, entende-se por quiosque a edícula ou mobiliário urbano destinado à
atividades de ponto fixo, construídos por alvenaria, madeira, ferro, fibra de vidro ou material similar.
§ 1o. O exercício de atividade econômica em quiosques somente será autorizada mediante projeto de
instalações e localização devidamente aprovados pela Prefeitura, dando-se preferências aos quiosques
temáticos que venham contribuir para o embelezamento dos logradouros públicos.
§ 2o. Quando fisicamente integrados a abrigos de pontos de ônibus, os quiosques deverão manter uma
faixa de passeio livre de 2,0m (dois metros) destinada tanto à circulação de pedestres quanto à espera do
transporte.
Art. 130. Para efeitos desta Lei, entende-se por trailer o veículo rebocável ou vagão, que pode ser adaptado
ao exercício de atividade econômica mediante sua fixação ou estacionamento em locais previamente
determinados pela Prefeitura.
I - parecer técnico favorável quanto à localização, emitido em consulta prévia ao órgão fiscalizador;II -
Certificado de Inspeção Sanitária, no caso da comercialização de alimentos e bebidas;
IV - registro público de firma individual ou pessoa jurídica no órgão competente, quando for o caso;
Art. 132. Os quiosques e trailers poderão ter autorização para instalação de até 6 (seis) mesas com 4
(quatro) cadeiras cada, cobertas com guarda-sóis, quando localizados em praias e outras áreas
previamente definidas pela Prefeitura, respeitadas exigências do artigo 89 desta Lei.
§ 1o. As mesas, cadeiras e guarda-sóis deverão atender a modelos previamente aprovados pela Prefeitura,
em função da estética e tamanho.
§ 2o. A instalação de mesas e cadeiras só será autorizada mediante construção, por parte do proprietário
do quiosque ou trailer, de instalações sanitárias adequadas ao atendimento ao público, separadas por sexo.
§ 3o. As instalações sanitárias a que se refere o parágrafo anterior deverão atender às exigências do
Código de Obras e Edificações, podendo consistir em estruturas portáteis pré-fabricadas, podendo ser
mantidas, conjuntamente, por até 3 (três) quiosques ou trailers, desde que devidamente dimensionadas
para a capacidade total de 24 (vinte e quatro) mesas.
§ 4o. É vedada aos veículos utilitários a instalação de mesas e cadeiras, sendo admitido somente o uso de
toldo retrátil, com projeção máxima de 1,0 m (um metro) sobre o passeio, observadas as prescrições quanto
ao trânsito de pedestres, veículos e acessibilidade.
Seção VI
Das Bancas de Jornais e Revistas
Art. 133. Para a autorização de localização de bancas de jornais em logradouros públicos é obrigatório o
atendimento das seguintes exigências:
I - obedecer aos modelos aprovados pela Prefeitura, apresentando bom aspecto construtivo;
II - ser instaladas deixando uma passagem de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) entre a banca e o
alinhamento do logradouro;
III - ficar a uma distância mínima de 0,50m (cinqüenta centímetros) das guias dos respectivos passeios;
Parágrafo Único. A Prefeitura definirá, em conformidade com a legislação de uso do solo e de preservação
do patrimônio histórico, cultural, artístico e paisagístico de Manaus, os locais e logradouros destinados à
instalação de bancas de jornais, bem como os modelos e dimensões adequadas.
III - não ocupar passeio, muros e paredes com a exposição de suas mercadorias;
IV - não expor, em local de maior visibilidade ao público, material ofensivo, obsceno ou pornográfico.
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 135. O Município, no prazo de 180 (cento e oitenta dias), tomará providências administrativas que
contribuam para promover a eficácia desta lei, especialmente as seguintes:
I - revisão da organização administrativa dos setores da Prefeitura implicados nos assuntos da lei, no
sentido de buscar agilidade e especialização no atendimento das suas funções;
Art. 136. Todas as funções referentes à aplicação das normas e imposições desta Lei, serão exercidas por
órgão da Prefeitura Municipal, cuja competência para tanto estiver definida em leis, regulamentos e
regimentos.
Art. 137. Para efeito desta lei, entende-se como autoridade fiscal competente, os titulares e substitutos dos
cargos públicos da Prefeitura ou os ocupantes estabelecidos na Administração Municipal.
Art. 138. Nas omissões será admitida a interpretação extensiva e analógica das normas contidas nesta Lei.
Art. 139. A Prefeitura Municipal expedirá os decretos, portarias, circulares, ordens de serviço e outros atos
administrativos que se fizerem necessários à fiel observância das disposições desta Lei.
Art. 140. O órgão municipal competente tomará as providências necessárias para que as empresas
publicitárias substituam os outdoors com estruturas em madeiras por estruturas metálicas no prazo de 2
(dois) anos.
Art. 141. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
ANEXO ÚNICO