M.ª Pilar PANERO GARCÍA y António PINELO TIZA (coords.) (2023), Máscaras y Patrimonio. Etnografía del Carnaval en el s. XXI, Urueña (Valladolid), Fundación Joaquín Díaz, 359 pp. ISBN: 978-84-126425-2-0., 2023
Seguindo de perto o itinerário mediático e
inscrito nas redes sociais de um processo de patrimoni... more Seguindo de perto o itinerário mediático e
inscrito nas redes sociais de um processo de patrimonialização
– Caretos de Podence – cujo desfecho triunfante
junto do comité da Unesco, em 2019, colocou esta festa de
mascarados de Inverno no cenário mundial do Património
Cultural Imaterial. Os Caretos de Podence emergem na literatura
etnográfica como um ritual de passagem de rapazes
que num processo de patrimonialização extremamente
eficaz e solidificado por uma associação local, com forte
investimento mediático, em articulação com o poder politico
local e regional e em colaboração com investigadores
e académicos, se projeta paulatinamente num itinerário
de inscrição e objetificação cultural de dimensões muito
significativas. De símbolo regional a bandeira da cultura
portuguesa, o rito de passagem dá lugar um processo de
turistificação, mercantilização da festa e objetificação patrimonial
de larga escala. Num período onde a máscara se
tornou um traço do nosso quotidiano, por motivos pandémicos,
que significam estas narrativas mediatizadas e
espalhadas nas redes sociais? O que significa afinal «somos
todos Caretos»?
Following closely the media itinerary and inscribed
in the social networks of a patrimonialisation process
- Caretos de Podence - whose triumphant outcome with
the Unesco committee, in 2019, placed this winter masked
festival in the world scenario of Intangible Cultural
Heritage. The Caretos de Podence emerge in ethnographic
literature as a boys’ rite of passage that in an extremely
effective process of heritagization and solidified by a local
association, with strong media investment, in articulation
with the local and regional political power and in collaboration
with researchers and academics, gradually projects
itself in an itinerary of inscription and cultural objectification
of very significant dimensions. From regional symbol
to flag of Portuguese culture, the rite of passage gives way
to a large-scale process of touristification, mercantilization
of the festival and objectification of heritage. In a period
when the mask has become a feature of our daily life, for
pandemic reasons, what do these mediatized narratives,
spread on social networks, mean? What does «we are all
Caretos» mean after all?
Uploads
Papers by Paulo Raposo
grupos se questionam e buscam respostas sobre como habitar um mundo
que se desfaz nas mãos do extrativismo, do produtivismo, do progresso
e da insatisfação consumista. Propõem-se horizontes alternativos a esta
necropolítica global em que se estabeleçam novos encontros e formas de
estar-com-outros. E, neste ínterim, a arte é assumida como um dispositivo
concreto “para adiar o fim do mundo”, para a vida e para outros mundos
possíveis. Que ideia de futuro impulsiona projetos e performances artísticas,
coletivas ou em solilóquios? Que novos significados nas práticas
artísticas contemporâneas ligam pessoas e mundos, criam ecologias e
ambientes para intervenções e formulam desejos na formação de novas
comunidades políticas? Como a política, a arte é uma questão de vida
ou de morte, mas talvez por argumentos opostos. Poderá a arte mudar o
destino, enquanto estética da confrontação?
and for other possible worlds. What idea of future stimulate artistic projects
and performances, collective or in soliloquies? What new meanings
in contemporary art practices connect people and worlds, create ecologies
and environments for interventions, and formulate desires in the generation
of new political communities? Like politics, art is a matter of life
and death, but perhaps by opposing arguments. Can it change destiny as
an aesthetic of confrontation?
grupos se questionam e buscam respostas sobre como habitar um mundo
que se desfaz nas mãos do extrativismo, do produtivismo, do progresso
e da insatisfação consumista. Propõem-se horizontes alternativos a esta
necropolítica global em que se estabeleçam novos encontros e formas de
estar-com-outros. E, neste ínterim, a arte é assumida como um dispositivo
concreto “para adiar o fim do mundo”, para a vida e para outros mundos
possíveis. Que ideia de futuro impulsiona projetos e performances artísticas,
coletivas ou em solilóquios? Que novos significados nas práticas
artísticas contemporâneas ligam pessoas e mundos, criam ecologias e
ambientes para intervenções e formulam desejos na formação de novas
comunidades políticas? Como a política, a arte é uma questão de vida
ou de morte, mas talvez por argumentos opostos. Poderá a arte mudar o
destino, enquanto estética da confrontação?
and for other possible worlds. What idea of future stimulate artistic projects
and performances, collective or in soliloquies? What new meanings
in contemporary art practices connect people and worlds, create ecologies
and environments for interventions, and formulate desires in the generation
of new political communities? Like politics, art is a matter of life
and death, but perhaps by opposing arguments. Can it change destiny as
an aesthetic of confrontation?
inscrito nas redes sociais de um processo de patrimonialização
– Caretos de Podence – cujo desfecho triunfante
junto do comité da Unesco, em 2019, colocou esta festa de
mascarados de Inverno no cenário mundial do Património
Cultural Imaterial. Os Caretos de Podence emergem na literatura
etnográfica como um ritual de passagem de rapazes
que num processo de patrimonialização extremamente
eficaz e solidificado por uma associação local, com forte
investimento mediático, em articulação com o poder politico
local e regional e em colaboração com investigadores
e académicos, se projeta paulatinamente num itinerário
de inscrição e objetificação cultural de dimensões muito
significativas. De símbolo regional a bandeira da cultura
portuguesa, o rito de passagem dá lugar um processo de
turistificação, mercantilização da festa e objetificação patrimonial
de larga escala. Num período onde a máscara se
tornou um traço do nosso quotidiano, por motivos pandémicos,
que significam estas narrativas mediatizadas e
espalhadas nas redes sociais? O que significa afinal «somos
todos Caretos»?
Following closely the media itinerary and inscribed
in the social networks of a patrimonialisation process
- Caretos de Podence - whose triumphant outcome with
the Unesco committee, in 2019, placed this winter masked
festival in the world scenario of Intangible Cultural
Heritage. The Caretos de Podence emerge in ethnographic
literature as a boys’ rite of passage that in an extremely
effective process of heritagization and solidified by a local
association, with strong media investment, in articulation
with the local and regional political power and in collaboration
with researchers and academics, gradually projects
itself in an itinerary of inscription and cultural objectification
of very significant dimensions. From regional symbol
to flag of Portuguese culture, the rite of passage gives way
to a large-scale process of touristification, mercantilization
of the festival and objectification of heritage. In a period
when the mask has become a feature of our daily life, for
pandemic reasons, what do these mediatized narratives,
spread on social networks, mean? What does «we are all
Caretos» mean after all?
No Performance’s Land? é simultaneamente uma interrogação e um paradoxo feito de um jogo de palavras. Explorando limites e fronteiras para uma ontologia da performance e para uma conceptualização do seu campo disciplinar nas artes e nas ciências sociais, o que se pretendeu foi interrogar o lugar da performance na contemporaneidade. Terra de ninguém? De fato, a performance tem sido um conceito que foge a uma focagem definitiva. Difusamente interterritorial e transdisciplinar, ela se consubstancia hoje como um objeto reflexivo controverso, perenemente polêmico, e como um prolixo gerador de metáforas para a experiência humana. Tantas vezes, simultaneamente, intraduzível e intercomutável entre campos disciplinares, a performance incorpora e naturaliza uma relação epidérmica com a chamada falência das grandes narrativas contemporâneas. (ISBN - 978.85.328.0659-8)
[Carlos Garrido Castellano, Paulo Raposo]
Introdução completa aqui: https://issuu.com/sistemasolar/docs/excerto_histo_ria_da_arte_socialmen
check it out:
http://www.performativa.pt
Está online e de acesso livre o e-book Performance na Esfera Pública.
Podem baixar em
http://www.performativa.pt
No Performance’s Land? é simultaneamente uma interrogação e um paradoxo feito de um jogo de palavras. Explorando limites e fronteiras para uma ontologia da performance e para uma conceptualização do seu campo disciplinar nas artes e nas ciências sociais, o que se pretendeu foi interrogar o lugar da performance na contemporaneidade. Terra de ninguém? De fato, a performance tem sido um conceito que foge a uma focagem definitiva. Difusamente interterritorial e transdisciplinar, ela se consubstancia hoje como um objeto reflexivo controverso, perenemente polêmico, e como um prolixo gerador de metáforas para a experiência humana. Tantas vezes, simultaneamente, intraduzível e intercomutável entre campos disciplinares, a performance incorpora e naturaliza uma relação epidérmica com a chamada falência das grandes narrativas contemporâneas.
Urban Encounters. Art and the Public, edited by Martha Radice and Alexandrine Boudreault-Fournier, Montreal, Kingston, London, Chicago, McGill- Queen’s University Press, 2017, 342 pp., £31.56 (paperback), ISBN 978-0-7735- 5006-3