Peer-Reviewed Papers by Erik Ribeiro
• The Doklam crisis marks the lowest point for China-India relations in the post-Cold War era.
• ... more • The Doklam crisis marks the lowest point for China-India relations in the post-Cold War era.
• Recurrent border crises in recent years reflect a broader Sino-Indian conflict of interest in the Asian regional order.
• The most relevant development after Doklam is the deepening of India-Japan strategic partnership, while the U.S. and BRICS have had a more pervasive but subtle influence in the Sino-Indian cooperation and conflict dynamics.
Boletim de Conjuntura NERINT, 2018
• Xi Jinping’s foreign policy for Asia has been marked by a more assertive national security post... more • Xi Jinping’s foreign policy for Asia has been marked by a more assertive national security posture and increased regional economic leadership.
• Amid a turbulent strategic scenario, China has used diplomatic, economic and military means to increase its influence and bargaining power over disputed regions.
• Despite tensions, China is trying to advance new concepts of collective security and has managed to attract neighboring countries to its economic cooperation projects.
AUSTRAL: Brazilian Journal of Strategy & International Relations, 2020
The electoral defeat of Republican candidate Donald Trump and the return to power of the Democrat... more The electoral defeat of Republican candidate Donald Trump and the return to power of the Democrats with Joseph Biden cannot be left unexamined, considering its implications for international relations. Here we present notes from NERINT Strategic Analysis, written by experts and divided into thematic issues and bilateral relations between the United States and the most relevant nations at the global level.
Agenda Política (UFSCAR), 2020
Resumo: O estudo analisa os impactos da pandemia da COVID-19 sobre a ordem hegemônica dos Estados... more Resumo: O estudo analisa os impactos da pandemia da COVID-19 sobre a ordem hegemônica dos Estados Unidos na perspectiva da Economia Política Internacional. Argumenta-se que a crise atual acelera tendências de longo prazo, marcadas pela transição sistêmica do capitalismo histórico. As dinâmicas de crescimento desigual apontam para o ressurgimento do Leste Asiático, em particular a China, como pólo dinâmico da economia mundial. Apresenta-se a evolução da ordem liberal e o processo de erosão pós-crise de 2008, debatendo a emergência de novos desafios e modelos alternativos à agenda tradicional de globalização. Argumenta-se que o momento de desordem precede a pandemia e significa um ponto de choque entre diferentes estágios históricos de acumulação de capital. As diferentes reações à crise da COVID-19 representam sintomas de modelos distintos de economia política, que ficam evidentes no contraste entre a financeirização pós-industrial dos Estados Unidos e o desenvolvimento sinérgico do capitalismo produtivo no Leste Asiático. O estudo aponta que a resposta unilateral do governo Trump e o relativo sucesso dos países asiáticos à COVID-19 aceleram dois processos simultâneos: o declínio hegemônico dos Estados Unidos e a busca da China em apresentar alternativas para a construção da ordem pós-Ocidental.
Agenda Pública y Social (APyS), 2020
International cooperation is an efficient way to achieve development, but it requires that countr... more International cooperation is an efficient way to achieve development, but it requires that countries adopt clear policies and long- term strategies. Brazil and India are embedded in the global economy as developing countries, viewing South-South cooperation both in terms of national power and sustainability. The objective of this paper is to discuss cooperation for development in the renewable energy field between Brazil and India, addressing their respective backgrounds, similarities and political approaches to international cooperation. The methodology was founded on documents and literature review. Based on the analysis of actions and policies established over the years, South-South cooperation only increased in relevance during the last two decades. Nevertheless, one of the contributions of this paper shows it can be promoted not only through investments in renewable energy, but also through the political abilities of these two countries under study to share scientific and technological expertise and to build a common agenda for cooperation in the area.
How to cite: Erik H. Ribeiro. The Venezuelan Crisis and Brazil's South America Policy. Latin Amer... more How to cite: Erik H. Ribeiro. The Venezuelan Crisis and Brazil's South America Policy. Latin American Report, Volume 33, 2017. 12 pages.
https://doi.org/10.25159/0256-6060/1267
The political crisis in Venezuela is one of the most important regional developments for Brazil in 2016, along with its own domestic crisis and the presidency of macri in Argentina. michel Temer's new government has showed a willingness to undertake changes in the foreign policy of Brazil. The Venezuelan crisis is a crucial variable to analyse the political realignments after years of gradual progress in South American regional integration. The position taken against maduro's government symbolises a swerve towards uncertainty in Mercosur and happens in the context of external pressure to sign interregional economic agreements. Unfortunately, the fragility of democracy is not an exclusive feature of Venezuela in South America, but a recurrent regional phenomenon. This intense political dispute has roots in the different economic models proposed for the region. in the 2000s Brazil reached a stable development path, called the Logistic State, which combines elements from neoliberalism and social developmentalism. Currently, the country needs to revitalise Mercosur and persuade the South American leaders on the benefits of regionalism over unrestrained globalisation. However, it is probable that the regional crisis will continue for the coming years. Thus, Brazil may progressively lose the position of regional leader and interlocutor with the outside world; and a disordered process of globalisation may permeate South America.
The Shanghai Cooperation Organization is a coalition that fosters multipolarity, regional stabili... more The Shanghai Cooperation Organization is a coalition that fosters multipolarity, regional stability and the integration of infrastructure projects.
The China-India-Russia triangle forms the new basis of the Organization’s global standing and evolves in the scenario where the United States seeks primacy.
The accession of India and Pakistan reduces the institution’s cohesion, but provides tools
to stabilize Afghanistan and harmonize the interests of the regional powers
The 2015 elections in Myanmar brought civilian elites to the central
government after ... more The 2015 elections in Myanmar brought civilian elites to the central
government after five decades of regimes controlled by military elites.
The gradual democratic opening sought to normalize foreign relations,
to accelerate economic modernization and to preserve the interests of military elites.
The rise of civilian elites may result in instability and setbacks in the
opening process due to disputes between elites and the foreign interests of China and the United States.
A crise de doklAm entre chinA e ÍndiA: implicAções regionAis e o fAtor estruturAl
S. Kalyanaram... more A crise de doklAm entre chinA e ÍndiA: implicAções regionAis e o fAtor estruturAl
S. Kalyanaraman e Erik H. Ribeiro
A crise de Doklam marca o ponto mais baixo das relações China-Índia no período pós-Guerra Fria.
• As recorrentes crises de fronteira nos últimos anos refletem um conflito de interesse sino-indiano mais amplo dentro da ordem regional asiática.
• O desenvolvimento mais relevante após Doklam é o aprofundamento da parceria estratégica India-Japão, enquanto os Estados Unidos e o BRICS têm tido uma influência mais sutil, mas pervasiva na dinâmica sino-indiana de cooperação e conflito.
Books and Chapters by Erik Ribeiro
by Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Vitelli, David Succi, Jonathan de Assis, Ernesto Lopez, Luis Tibiletti, Rut Diamint, Laura M. Donadelli, Bruna Bosi Moreira, Camila Braga, Caue Pimentel, Êmille Matos, Érica Winand, Erik Ribeiro, Flávia De Ávila, Flavio Neri Hadmann Jasper, Giovanna Ayres Arantes de Paiva, Guilherme Thudium, Joao Roberto Martins Filho, José Augusto Zague, Alexandre Fuccille, luis tibiletti, Marcos Alan Ferreira, Marcos José Barbieri Ferreira, Maria Celina D Araujo, Matheus de Oliveira Pereira, Nicolás Rodriguez Games, Paulo Kuhlmann, Tamires Souza, Tomaz Paoliello, Valquiria Nathali Cavalcante Falcão, and Vanessa Braga Matijascic DICIONÁRIO DE SEGURANÇA E DEFESA, 2018
Contém verbetes referidos aos conceitos mais empregados na área de Defesa e Segurança. Eles são a... more Contém verbetes referidos aos conceitos mais empregados na área de Defesa e Segurança. Eles são artigos cuidadosamente elaborados pelos mais importantes pesquisadores do tema referido, tanto nacionais quanto estrangeiros. Na escolha dos articulistas e na seleção dos trabalhos não houve nenhuma diretriz de tipo ideológica nem política. Em todos os casos primou a confiança nos autores e na premissa ética da sua busca pela objetividade científica. A única diretriz sugerida aos autores foi a de ter sempre em mente o leitor, aquele especialista na matéria, o professor universitário e todos aqueles que se interessem pela Defesa Nacional e a Segurança. Assim, pretende-se desmitificar algumas palavras usualmente empregadas pelo jornalismo, pouco atento ainda às particularidades dos conflitos, às particularidades cambiantes das guerras e as prioridades nacionais para a defesa. Os conceitos aqui tratados, além de esclarecer as questões semânticas e históricas do significado dos termos tratados, foram burilados como imprescindíveis ferramentas epistêmicas na tarefa permanente do pesquisador destas áreas. A construção conceitual em redes permite derivar de um verbete a outro empregando links naquelas palavras empregadas no verbete que remitam a outro conceito tratado em outro verbete. As indicações bibliográficas foram selecionadas cuidadosamente, sem falsa erudição e com o único propósito de auxiliar ao leitor interessado em se aprofundar no estudo de algum tema da área de Defesa e Segurança
Erik Herejk Ribeiro. Grande Estratégia. In: Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Gisela Vitelli (Orgs... more Erik Herejk Ribeiro. Grande Estratégia. In: Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Gisela Vitelli (Orgs). Dicionário de segurança e defesa. São Paulo: Editora Unesp Digital, 2018.
Erik Herejk Ribeiro. C4ISR. In: Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Gisela Vitelli (Orgs). Dicionári... more Erik Herejk Ribeiro. C4ISR. In: Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Gisela Vitelli (Orgs). Dicionário de segurança e defesa. São Paulo: Editora Unesp Digital, 2018.
Erik Herejk Ribeiro. Logística militar. In: Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Gisela Vitelli (Orgs... more Erik Herejk Ribeiro. Logística militar. In: Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Gisela Vitelli (Orgs). Dicionário de segurança e defesa. São Paulo: Editora Unesp Digital, 2018.
Erik Herejk Ribeiro. Rivalidade. In: Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Gisela Vitelli (Orgs). Dici... more Erik Herejk Ribeiro. Rivalidade. In: Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Gisela Vitelli (Orgs). Dicionário de segurança e defesa. São Paulo: Editora Unesp Digital, 2018.
Seminar Papers by Erik Ribeiro
O objetivo deste breve artigo é analisar os desafios geopolíticos e as iniciativas de cooperação ... more O objetivo deste breve artigo é analisar os desafios geopolíticos e as iniciativas de cooperação nos espaços do Atlântico Sul e do Oceano Índico. Historicamente, ambos os espaços tiveram intensa presença de potências externas. O principal motivo desta presença é a exploração econômica e a busca por hegemonia nestes espaços. Por conta disso, os países das regiões costeiras progressivamente passaram a buscar agendas de cooperação para evitar conflitos por recursos estratégicos, reduzir a presença militarizada de potências externas e criar zonas de paz. No Atlântico Sul, a ZOPACAS reúne esforços para a cooperação em defesa interregional sob a liderança brasileira. No Índico, as iniciativas são recentes e envolvem a busca da Índia por influência política em sua vizinhança. Contudo, é precisamente neste último que a competição entre potências nucleares tem maior potencial de conflito.
This paper aims to analyze the strategic perspective of India for the XXI Century. Its efforts ca... more This paper aims to analyze the strategic perspective of India for the XXI Century. Its efforts can be seen by the parameters of seeking greater security and at the same time of integrating markets. Compared to the twentieth century, India moved away from a Nehruist vision and practices a more realist and pragmatic foreign policy. Three elements are highlighted in this context: The quest for dominance in the Indian Ocean, the Look East Policy (1991-present) and the multi-alignment. The Indian Ocean is India's natural space for projection of power and influence. The country aims to be the regional security provider, to exercise control over maritime communication lines and to limit outside interference in the Indian Ocean, especially from China. From the diplomatic, economic and political points of view, the relative slowness of the integration process in South Asia urged India to deepen their integration with East Asia. The Look East Policy gradually inserted India in the affairs of the neighboring region through participation in multilateral architectures (eg ASEAN Regional Forum, ASEAN+6) and bilateral partnerships. Globally, India is pursuing strategic partnerships with leading international powers, intending to enter the highest political echelon of countries. This policy has been called multi-alignment. At the same time, Indians avoid forging alliances or partnerships that compromise its external autonomy. As a result, it is observed that India has adapted its prospects with the end of bipolarity and the emergence of a new geometry of global power. Today, the country is trying to secure its regional dominance, while it is associated with a new dynamic pole of the global economy and also with the traditional powers to maximize its national power.
O trabalho apresentado procura analisar a perspectiva estratégica da Índia para o Século XXI. Pode se observar suas iniciativas sob os parâmetros da busca por maior segurança e, ao mesmo tempo, por integração de mercados. Em comparação ao século XX, a Índia se afastou da visão Nehruísta e pratica uma Política Externa mais Realista e pragmática. Destacam-se três elementos neste contexto: A busca por dominância no Oceano Índico, a Política de Olhar para o Leste (1991-atualmente) e o multi-alinhamento. O Oceano Índico apresenta-se como o espaço natural de projeção de poder e influência para a Índia. O país se propõe a ser o provedor de segurança regional, a exercer controle sobre Linhas de Comunicação Marítima e a limitar a interferência externa no Índico, especialmente da China. Do ponto de vista diplomático, econômico e político, a relativa lentidão do processo de integração no Sul da Ásia incentivou a Índia a aprofundar sua inserção no Leste Asiático. A Política de Olhar para o Leste tem inserido gradualmente a Índia nos assuntos da região vizinha através da participação em arquiteturas multilaterais (e.g. Fórum Regional da ASEAN, ASEAN+6) e de parcerias bilaterais. No âmbito global, a Índia busca parcerias estratégicas com as principais potências internacionais, tencionando se inserir politicamente no alto escalão de países. Esta política tem sido chamada de multi-alinhamento. Ao mesmo tempo, os Indianos evitam formar alianças ou parcerias que comprometam sua autonomia externa. Como resultado, observa-se que a Índia adaptou suas perspectivas com o fim da bipolaridade e com a emergência de uma nova geometria de poder global. Hoje, o país tenta assegurar sua predominância regional, ao mesmo tempo em que se associa ao possível novo polo dinâmico da economia mundial e também às potências tradicionais conforme o interesse nacional.
Este estudo tem por objetivo discutir os aspectos securitários da expansão da Organização para a ... more Este estudo tem por objetivo discutir os aspectos securitários da expansão da Organização para a Cooperação de Xangai
(OCX), decorrentes da inclusão de Índia e Paquistão em julho de 2015. Argumenta-se que este movimento representa
uma nova fase da Organização, com o aprofundamento da coalizão entre China e Rússia contra a hegemonia dos EUA
no Sistema Internacional. A proposta de inclusão de Índia e Paquistão na OCX promove e traz complexidade à
integração regional e à regionalização da segurança, estimulando a coordenação multilateral para questões envolvendo o
Afeganistão e o restante da massa continental eurasiana. Além disso, a OCX promove o conteúdo ético do Espírito de
Xangai para a ordem internacional, que se coloca como alternativa normativa ao Neoconservadorismo Unilateral dos
EUA. Destaca-se o respeito à soberania e construção de capacidades estatais. O estudo analisa os fundamentos da
hegemonia americana, a contestação desta ordem, a proposta e o funcionamento da OCX e os desafios securitários
enfrentados em suas diferentes fases.
This study aims to discuss the security aspects of the expansion of Shanghai Cooperation Organization (SCO), resulting from the inclusion of India and Pakistan in July 2015. It is argued that this move represents a new fase for the Organization, marked by the deepening of the China-Russia coalition against US hegemony in the International System. The proposal for including India and Pakistan in SCO promotes and brigs complexity to regional integration and to the regionalization of security, stimulating the multilateral coordination for issues envolving Afghanistan and the rest of the Eurasian landmass. Besides, SCO promotes the ethic content of the Shanghai Spirit for the international order, presenting itself as a normative alternative to US Unilateral Neoconservatism. In that matter, the respect for sovereignty and the construction of state capacities are emphasized. The study analyzes the foundations of american hegemony, the contestation of this order, the proposition and functioning of SCO and the security challenges faced in its different fases.
Magazines by Erik Ribeiro
Dissertation, Monograph and Thesis by Erik Ribeiro
Agradeço primeiramente aos meus pais Ana e José Milton por todo o amor, compreensão e sinceridade... more Agradeço primeiramente aos meus pais Ana e José Milton por todo o amor, compreensão e sinceridade que alguém pode dar a um filho. Sem luta e dedicação de vocês nada disso teria sido possível, só tenho a agradecer pela capacidade de me fazer sonhar. Não menos importante é a gratidão pela presença de outras duas mulheres maravilhosas na minha vida: minha madrinha Cecília e minha namorada Daniela. É quase impossível me imaginar sem a presença e o apoio delas ao longo dos anos. Espero estar ao lado destas pessoas que amo por muitos e muitos anos, retribuindo todo o carinho que puder e construindo minha vida ao lado da Daniela. Sou grato também ao professor José Miguel por ser meu pai acadêmico, aquele que me motivou a estudar e me fez crescer intelectualmente muito mais do que eu poderia imaginar. Obrigado por me apresentar o mundo fantástico dos estudos sobre a Ásia e ser tão paciente e cooperativo com todos nós, seus alunos. Credito ao professor José Miguel a ajuda com insights valiosos e eximo-o de eventuais falhas que este trabalho possa ter. Não poderia deixar de citar as valorosas aulas do corpo docente da UFRGS, em especial do professor Paulo Vizentini e do professor Cepik. Agradeço também à Universidade Federal do Rio Grande do Sul por proporcionar todos os recursos necessários à minha formação. Agradeço a meus caros colegas Rômulo, pelo grande apoio na formulação deste trabalho, e Bruno Magno, pelo auxílio nos momentos finais. Também sou grato por ter feito valorosos amigos que espero não perder de vista, incluindo meus colegas Nilton e Marcelo Kanter, entre tantos outros. Não deixaria de mencionar as discussões com meu guru acadêmico João Chiarelli, um dos importantes incentivadores do meu trabalho. Por fim, deixo minha saudação a Mianmar, que é certamente um país incrível. Mesmo estando do outro lado do mundo, me senti em momentos deste trabalho como se estivesse às margens do Rio Irrawaddy, observando pagodas e plantações de arroz. Deixo também minhas mais sinceras esperanças de união e solidariedade para todos os povos do país. 4 Resumo O presente trabalho tem por finalidade analisar o legado histórico e os desafios para a Birmânia até o ano de 1950. A hipótese principal é que a origem das instituições nacionais e da instabilidade do país tem raízes no período analisado (1886-1950). O objetivo da pesquisa é identificar, a partir da hipótese sugerida, as principais ameaças à soberania da Birmânia, atual Mianmar. Para isso será necessário analisar tanto as origens de suas instituições e conflitos internos (políticos e étnicos) quanto suas relações com as principais potências na região. Além disso, faz-se necessário atrair a atenção para uma região estrategicamente fundamental para as relações entre China, Estados Unidos e Índia, três dos principais parceiros do Brasil. As três seções são divididas de acordo com o período histórico analisado. O primeiro capítulo se dedica a demonstrar a importância do nascimento da nação Birmanesa e da sua submissão ao Colonialismo Britânico, levando ao surgimento de grupos nacionalistas mais radicalizados. O segundo processo analisado é a Segunda Guerra Mundial como fator desestabilizador da ordem colonial, colocando a Birmânia no jogo das Grandes Potências através da invasão Japonesa. Por fim, o pós-Guerra (1945-50) trouxe conflitos e instabilidade a um país já dividido por diferenças étnicas entre os Birmaneses e as minorias. Neste período, as intervenções externas foram derivadas da Revolução Chinesa e do início da Guerra Fria, tendo papel fundamental na acentuação do conflito.
NERINT Research Bulletin by Erik Ribeiro
Boletim de Conjuntura NERINT, 2016
As Relações Internacionais têm conhecido notável aceleração nos anos e, inclusive, meses mais rec... more As Relações Internacionais têm conhecido notável aceleração nos anos e, inclusive, meses mais recentes. Acontecimentos impactantes estão se sucedendo já a um ritmo semanal. Assim, as pesquisas de longo prazo desenvolvidas pelo NERINT (Núcleo Brasileiro de Estratégia e Relações Internacionais) passaram a necessitar de uma análise qualificada de curto prazo que se enquadre em suas linhas de pesquisa. Assim, damos início à publicação do Boletim de Conjuntura NERINT, que abrangerá, sucessivamente, os temas Ásia e Oriente Médio, Brasil (e seu entorno estratégico) e Sistema Mundo. Terá periodicidade bimestral no primeiro volume e trimestral a partir do segundo, estando a cargo dos pós-graduandos e pesquisadores de IC do NERINT, sob supervisão dos professores. A análise de conjuntura, mais do que uma apreciação jornalística dos fatos, pode ser um elemento valioso para acompanhamento das pesquisas permanentes do Núcleo, contribuindo para confirmar ou rejeitar certas hipóteses. Assim, o NERINT busca contribuir para a qualificação dos estudos internacionais no Brasil.
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Peer-Reviewed Papers by Erik Ribeiro
• Recurrent border crises in recent years reflect a broader Sino-Indian conflict of interest in the Asian regional order.
• The most relevant development after Doklam is the deepening of India-Japan strategic partnership, while the U.S. and BRICS have had a more pervasive but subtle influence in the Sino-Indian cooperation and conflict dynamics.
• Amid a turbulent strategic scenario, China has used diplomatic, economic and military means to increase its influence and bargaining power over disputed regions.
• Despite tensions, China is trying to advance new concepts of collective security and has managed to attract neighboring countries to its economic cooperation projects.
https://doi.org/10.25159/0256-6060/1267
The political crisis in Venezuela is one of the most important regional developments for Brazil in 2016, along with its own domestic crisis and the presidency of macri in Argentina. michel Temer's new government has showed a willingness to undertake changes in the foreign policy of Brazil. The Venezuelan crisis is a crucial variable to analyse the political realignments after years of gradual progress in South American regional integration. The position taken against maduro's government symbolises a swerve towards uncertainty in Mercosur and happens in the context of external pressure to sign interregional economic agreements. Unfortunately, the fragility of democracy is not an exclusive feature of Venezuela in South America, but a recurrent regional phenomenon. This intense political dispute has roots in the different economic models proposed for the region. in the 2000s Brazil reached a stable development path, called the Logistic State, which combines elements from neoliberalism and social developmentalism. Currently, the country needs to revitalise Mercosur and persuade the South American leaders on the benefits of regionalism over unrestrained globalisation. However, it is probable that the regional crisis will continue for the coming years. Thus, Brazil may progressively lose the position of regional leader and interlocutor with the outside world; and a disordered process of globalisation may permeate South America.
The China-India-Russia triangle forms the new basis of the Organization’s global standing and evolves in the scenario where the United States seeks primacy.
The accession of India and Pakistan reduces the institution’s cohesion, but provides tools
to stabilize Afghanistan and harmonize the interests of the regional powers
government after five decades of regimes controlled by military elites.
The gradual democratic opening sought to normalize foreign relations,
to accelerate economic modernization and to preserve the interests of military elites.
The rise of civilian elites may result in instability and setbacks in the
opening process due to disputes between elites and the foreign interests of China and the United States.
S. Kalyanaraman e Erik H. Ribeiro
A crise de Doklam marca o ponto mais baixo das relações China-Índia no período pós-Guerra Fria.
• As recorrentes crises de fronteira nos últimos anos refletem um conflito de interesse sino-indiano mais amplo dentro da ordem regional asiática.
• O desenvolvimento mais relevante após Doklam é o aprofundamento da parceria estratégica India-Japão, enquanto os Estados Unidos e o BRICS têm tido uma influência mais sutil, mas pervasiva na dinâmica sino-indiana de cooperação e conflito.
Books and Chapters by Erik Ribeiro
Seminar Papers by Erik Ribeiro
O trabalho apresentado procura analisar a perspectiva estratégica da Índia para o Século XXI. Pode se observar suas iniciativas sob os parâmetros da busca por maior segurança e, ao mesmo tempo, por integração de mercados. Em comparação ao século XX, a Índia se afastou da visão Nehruísta e pratica uma Política Externa mais Realista e pragmática. Destacam-se três elementos neste contexto: A busca por dominância no Oceano Índico, a Política de Olhar para o Leste (1991-atualmente) e o multi-alinhamento. O Oceano Índico apresenta-se como o espaço natural de projeção de poder e influência para a Índia. O país se propõe a ser o provedor de segurança regional, a exercer controle sobre Linhas de Comunicação Marítima e a limitar a interferência externa no Índico, especialmente da China. Do ponto de vista diplomático, econômico e político, a relativa lentidão do processo de integração no Sul da Ásia incentivou a Índia a aprofundar sua inserção no Leste Asiático. A Política de Olhar para o Leste tem inserido gradualmente a Índia nos assuntos da região vizinha através da participação em arquiteturas multilaterais (e.g. Fórum Regional da ASEAN, ASEAN+6) e de parcerias bilaterais. No âmbito global, a Índia busca parcerias estratégicas com as principais potências internacionais, tencionando se inserir politicamente no alto escalão de países. Esta política tem sido chamada de multi-alinhamento. Ao mesmo tempo, os Indianos evitam formar alianças ou parcerias que comprometam sua autonomia externa. Como resultado, observa-se que a Índia adaptou suas perspectivas com o fim da bipolaridade e com a emergência de uma nova geometria de poder global. Hoje, o país tenta assegurar sua predominância regional, ao mesmo tempo em que se associa ao possível novo polo dinâmico da economia mundial e também às potências tradicionais conforme o interesse nacional.
(OCX), decorrentes da inclusão de Índia e Paquistão em julho de 2015. Argumenta-se que este movimento representa
uma nova fase da Organização, com o aprofundamento da coalizão entre China e Rússia contra a hegemonia dos EUA
no Sistema Internacional. A proposta de inclusão de Índia e Paquistão na OCX promove e traz complexidade à
integração regional e à regionalização da segurança, estimulando a coordenação multilateral para questões envolvendo o
Afeganistão e o restante da massa continental eurasiana. Além disso, a OCX promove o conteúdo ético do Espírito de
Xangai para a ordem internacional, que se coloca como alternativa normativa ao Neoconservadorismo Unilateral dos
EUA. Destaca-se o respeito à soberania e construção de capacidades estatais. O estudo analisa os fundamentos da
hegemonia americana, a contestação desta ordem, a proposta e o funcionamento da OCX e os desafios securitários
enfrentados em suas diferentes fases.
This study aims to discuss the security aspects of the expansion of Shanghai Cooperation Organization (SCO), resulting from the inclusion of India and Pakistan in July 2015. It is argued that this move represents a new fase for the Organization, marked by the deepening of the China-Russia coalition against US hegemony in the International System. The proposal for including India and Pakistan in SCO promotes and brigs complexity to regional integration and to the regionalization of security, stimulating the multilateral coordination for issues envolving Afghanistan and the rest of the Eurasian landmass. Besides, SCO promotes the ethic content of the Shanghai Spirit for the international order, presenting itself as a normative alternative to US Unilateral Neoconservatism. In that matter, the respect for sovereignty and the construction of state capacities are emphasized. The study analyzes the foundations of american hegemony, the contestation of this order, the proposition and functioning of SCO and the security challenges faced in its different fases.
Magazines by Erik Ribeiro
Link: https://thekootneeti.in/2019/10/11/bolsonaro-and-the-revolution-in-brazilian-foreign-policy-the-perils-of-blind-ideology/
Dissertation, Monograph and Thesis by Erik Ribeiro
NERINT Research Bulletin by Erik Ribeiro
• Recurrent border crises in recent years reflect a broader Sino-Indian conflict of interest in the Asian regional order.
• The most relevant development after Doklam is the deepening of India-Japan strategic partnership, while the U.S. and BRICS have had a more pervasive but subtle influence in the Sino-Indian cooperation and conflict dynamics.
• Amid a turbulent strategic scenario, China has used diplomatic, economic and military means to increase its influence and bargaining power over disputed regions.
• Despite tensions, China is trying to advance new concepts of collective security and has managed to attract neighboring countries to its economic cooperation projects.
https://doi.org/10.25159/0256-6060/1267
The political crisis in Venezuela is one of the most important regional developments for Brazil in 2016, along with its own domestic crisis and the presidency of macri in Argentina. michel Temer's new government has showed a willingness to undertake changes in the foreign policy of Brazil. The Venezuelan crisis is a crucial variable to analyse the political realignments after years of gradual progress in South American regional integration. The position taken against maduro's government symbolises a swerve towards uncertainty in Mercosur and happens in the context of external pressure to sign interregional economic agreements. Unfortunately, the fragility of democracy is not an exclusive feature of Venezuela in South America, but a recurrent regional phenomenon. This intense political dispute has roots in the different economic models proposed for the region. in the 2000s Brazil reached a stable development path, called the Logistic State, which combines elements from neoliberalism and social developmentalism. Currently, the country needs to revitalise Mercosur and persuade the South American leaders on the benefits of regionalism over unrestrained globalisation. However, it is probable that the regional crisis will continue for the coming years. Thus, Brazil may progressively lose the position of regional leader and interlocutor with the outside world; and a disordered process of globalisation may permeate South America.
The China-India-Russia triangle forms the new basis of the Organization’s global standing and evolves in the scenario where the United States seeks primacy.
The accession of India and Pakistan reduces the institution’s cohesion, but provides tools
to stabilize Afghanistan and harmonize the interests of the regional powers
government after five decades of regimes controlled by military elites.
The gradual democratic opening sought to normalize foreign relations,
to accelerate economic modernization and to preserve the interests of military elites.
The rise of civilian elites may result in instability and setbacks in the
opening process due to disputes between elites and the foreign interests of China and the United States.
S. Kalyanaraman e Erik H. Ribeiro
A crise de Doklam marca o ponto mais baixo das relações China-Índia no período pós-Guerra Fria.
• As recorrentes crises de fronteira nos últimos anos refletem um conflito de interesse sino-indiano mais amplo dentro da ordem regional asiática.
• O desenvolvimento mais relevante após Doklam é o aprofundamento da parceria estratégica India-Japão, enquanto os Estados Unidos e o BRICS têm tido uma influência mais sutil, mas pervasiva na dinâmica sino-indiana de cooperação e conflito.
O trabalho apresentado procura analisar a perspectiva estratégica da Índia para o Século XXI. Pode se observar suas iniciativas sob os parâmetros da busca por maior segurança e, ao mesmo tempo, por integração de mercados. Em comparação ao século XX, a Índia se afastou da visão Nehruísta e pratica uma Política Externa mais Realista e pragmática. Destacam-se três elementos neste contexto: A busca por dominância no Oceano Índico, a Política de Olhar para o Leste (1991-atualmente) e o multi-alinhamento. O Oceano Índico apresenta-se como o espaço natural de projeção de poder e influência para a Índia. O país se propõe a ser o provedor de segurança regional, a exercer controle sobre Linhas de Comunicação Marítima e a limitar a interferência externa no Índico, especialmente da China. Do ponto de vista diplomático, econômico e político, a relativa lentidão do processo de integração no Sul da Ásia incentivou a Índia a aprofundar sua inserção no Leste Asiático. A Política de Olhar para o Leste tem inserido gradualmente a Índia nos assuntos da região vizinha através da participação em arquiteturas multilaterais (e.g. Fórum Regional da ASEAN, ASEAN+6) e de parcerias bilaterais. No âmbito global, a Índia busca parcerias estratégicas com as principais potências internacionais, tencionando se inserir politicamente no alto escalão de países. Esta política tem sido chamada de multi-alinhamento. Ao mesmo tempo, os Indianos evitam formar alianças ou parcerias que comprometam sua autonomia externa. Como resultado, observa-se que a Índia adaptou suas perspectivas com o fim da bipolaridade e com a emergência de uma nova geometria de poder global. Hoje, o país tenta assegurar sua predominância regional, ao mesmo tempo em que se associa ao possível novo polo dinâmico da economia mundial e também às potências tradicionais conforme o interesse nacional.
(OCX), decorrentes da inclusão de Índia e Paquistão em julho de 2015. Argumenta-se que este movimento representa
uma nova fase da Organização, com o aprofundamento da coalizão entre China e Rússia contra a hegemonia dos EUA
no Sistema Internacional. A proposta de inclusão de Índia e Paquistão na OCX promove e traz complexidade à
integração regional e à regionalização da segurança, estimulando a coordenação multilateral para questões envolvendo o
Afeganistão e o restante da massa continental eurasiana. Além disso, a OCX promove o conteúdo ético do Espírito de
Xangai para a ordem internacional, que se coloca como alternativa normativa ao Neoconservadorismo Unilateral dos
EUA. Destaca-se o respeito à soberania e construção de capacidades estatais. O estudo analisa os fundamentos da
hegemonia americana, a contestação desta ordem, a proposta e o funcionamento da OCX e os desafios securitários
enfrentados em suas diferentes fases.
This study aims to discuss the security aspects of the expansion of Shanghai Cooperation Organization (SCO), resulting from the inclusion of India and Pakistan in July 2015. It is argued that this move represents a new fase for the Organization, marked by the deepening of the China-Russia coalition against US hegemony in the International System. The proposal for including India and Pakistan in SCO promotes and brigs complexity to regional integration and to the regionalization of security, stimulating the multilateral coordination for issues envolving Afghanistan and the rest of the Eurasian landmass. Besides, SCO promotes the ethic content of the Shanghai Spirit for the international order, presenting itself as a normative alternative to US Unilateral Neoconservatism. In that matter, the respect for sovereignty and the construction of state capacities are emphasized. The study analyzes the foundations of american hegemony, the contestation of this order, the proposition and functioning of SCO and the security challenges faced in its different fases.
Link: https://thekootneeti.in/2019/10/11/bolsonaro-and-the-revolution-in-brazilian-foreign-policy-the-perils-of-blind-ideology/