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a pior parte do dia - é quando a ansiedade do acontecimento me faz mascar qualquer chiclete porcaria.

lo mejor de los hombres...

De Las uvas y el viento (1954)

Tenéis que oírme

Yo fui cantando errante
entre las uvas
de Euopa
y bajo el viento en el Asia.

Lo mejor de las vidas
y la vida,
la dulzura terrestre,
la paz pura,
fui recogiendo, errante,
recogiendo.

Lo mejor de una tierra
y otra tierra
yo levanté en mi boca
con mi canto:
la libertad del viento,
la paz entre las uvas.

Parecían los hombres
enemigos,
pero la misma noche
los cubría
y era una sola claridad
la que los despertaba:
la claridad del mundo.

Yo entré en las casas cuando
comían en la mesa,
venían de las fábricas,
reían o lloraban.

Todos eran iguales.

Todos tenían ojos
hacia la luz, buscaban
los caminos.

Todos tenían boca,
cantaban
hacia la primavera.

Todos.

Por eso
yo busqué entre las uvas
y el viento
lo mejor de los hombres.

Ahora tenéis que oírme.


Quem quiser se informar é só digitar no Google: "turismo sexual no Brasil"- estão lá todas as ações, estatísticas e afins

Lobo de si mesmo!

Eu juro que tenho tentado ser mais presente neste espaço... Mas como dizia aquela musiqueta brega – “são tantas coisas”.
Blogueira fajuta como sou não tenho conseguido estar aqui e nos blogs que sigo com a freqüência que eu gostaria... Mas o assunto vale todas as linhas que escreverei.
Acabei de ver com um amigo, o documentário - Cinderelas, Lobos & Um Príncipe Encantado de Joel Zito Araújo. Não colocaria na prateleira dos documentários preferidos porque senti muitos detalhes falhos. Mas isso é pura exigência de principiante.
O roteiro é sobre o mundo do turismo sexual no Brasil. Por aí já dá para perceber a seriedade da coisa e o valor que estas linhas terão, pois o assunto é seriíssimo.
Semanas atrás tive o privilégio em assistir a uma peça teatral chamada Menina Júlia, entre os vários questionamentos, o que mais me chamou a atenção foi a posição da mulher na sociedade. Me fez crer que o tempo passa, a sociedade modifica alguns comportamentos, mas outros, que para mim são os mais importantes, não se transformam. Somos sempre seres subjugados. Na constante luta do mais fraco contra o mais forte. E como foi bem lembrado no documentário, podemos colocar aí todas as posições: a mulher e o homem, o negro e o branco, o pobre e o rico... E por aí vai!

(Depois vou ler sobre Darwin, para saber o que ele fala sobre esta evolução. Será que ele pensou que não chegaríamos a lugar algum?! Que continuaríamos patéticos como somos?!)

Joel Zito é um cineasta brasileiro que sempre põe em foco as questões do negro em nosso país e com este documentário ele novamente aponta para a fragilidade que insistimos em nos manter. Como se não pudéssemos nunca sair da condição de negro escravo. O ponto falho, que é o mesmo que eu percebi em Menina Júlia, está na maneira que o público pode vir a interpretar o sarcasmo usado nos diálogos ou no direcionamento deles. Mas arte não foi feita para vir pronta e sim para ser digerida em sua totalidade. Talvez seja o abrandamento necessário para que não saiamos da sala agredidos. Não sei!
Como estive recentemente, e pela primeira vez, do outro lado do Atlântico, pude fazer as comparações entre o documentário, a vivência no local e o cotidiano no Brasil. E isto é o que nos vendem: um sonho que é alimentado pelo poder do capital, como se alimentam os porcos em cativeiro. Meros subprodutos da sociedade! Prontos para o abate.
Agora basta saber: ainda é passível de mudanças, transformações e recriações?!
O que é esta condição de mulher, negra e brasileira?
É isto que sempre tento colocar à prova em mim... Os valores que posso construir estando nestas condições.

Ironias necessárias... Uma das propagandas antes da exibição do documentário é a Gisele Bündchen num sofá vermelho, com o controle nas mãos, em meio à multidão, sendo arrastada de um canto a outro e aproveitando da realidade da HDTV. Uma propaganda da Sky, afinal The Sky's the limit! E viva as entrelinhas! E viva o céu!