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Mostrando postagens de julho, 2012

Esplênio em distensão

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Tária não era exatamente uma mulher qualquer, especialmente quando tornava-se imperativa. Combatia ferozmente as mesóclises sem futuro, atribuindo-lhes ênclise quase que subjuntivamente exaltadas. O infinito pessoal preposicionado chegava a lhe causar engulhos nada relativos. Seus amigos eram apenas demonstrativos oblíquos quando lhe acometiam acessos subordinativos. Com o tempo foi se tornando (ou tornando-se) uma louca varrida com piaçava flexionada em átonos. Educadora que era, reconhecia sua queda para o segundo, uma vez que não suportava estar acima dos quintos. Debruou-se laminarmente com o verbos defectivos aplicando emplastros repletos de cânfora. Passou a perambular pelas ruas bradando metilas descompassadas. Louca, louca, louca Tária. Conquistou meu esplênio em pleno inverno. Acalminou-me de forma quente e apaixonada. Louca Tária. A mulher que descontraiu as minhas mais profundas estruturas

Um caso patológico

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Ela definitivamente exibia um estado mórbido típíco da região dos mortos. Uma infusão grego latino a tornou o que era. Casou por dinheiro, como se casavam muitas das romanas de sua época. Lycisca que o diga. Mas não era uma qualquer, instalada nos recônditos das pedras pequenas ela se elevava sobre as oficinas de uma forma quastuosa. Pedia referências sempre. Além de se certificar de todas as comprovações possíveis antes de se envolver com estranhos. Queria ter certeza de que seu objetivo seria cumprido, não era uma garota de programa, queria remuneração de longo prazo. Sabia de histórias medonhas de outras carcamanas que, em troca de parcas garantias, tinham se entregue a picaretas e sido vítimas de ursadas. Não queria saber de trocas frequentes de alicerces. Nem se emparedava sem contrapartidas. Rendeu-se pedagogicamente quando encontrou o seu objetivo. Um ser inteligente que falava várias línguas e fiador de bons costumes. Contraiu matrimônio como quem fecha um grande negócio. C...

Bonança

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Mensagem "We are such stuff as dreams are made on." (William Shakespeare)   Quando ele viu aquele rosto algo lhe disse que era conhecido. Extremamente conhecido, apesar disso não sabia exatamente de onde, ou quando.   Ela sorriu para ele e veio na sua direção. Ele retribuiu o sorriso e começou a pensar em formas de driblar a memória que o traia sempre quando mais precisava dela.   Foi salvo pela frase que ela usou para cumprimentá-lo. Não conversavam desde o dia da formatura dela.   As imagens começaram a correr rapidamente pela sua mente. Ele a conhecera na sua festa de formatura. Era a namorada de um dos seus colegas de classe.   Meses depois ele foi à formatura dela, que era da mesma classe de uma das suas primas.   Como ela ainda estava com seu ex-colega, acabaram sentando na mesma mesa e conversaram bastante durante a festa. Especialmente sobre Shakespeare de quem ambos gostavam.   Nos anos seguinte...

Vida animal

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Mensagem Quandos os ratos saem o gato faz jejum   Quem não tem cão não caça cocô na rua   À noite todos os gatos são parcos   Pagou o pato mas dispensou o couvert   Cada macaco na sua tribo virtual   Uma andorinha não provoca aquecimento global   Cão que ladra não deixa o vizinho dormir   Macaco que pula de galho em galho quer DST   Lobo em pele de cordeiro é perseguido pela PETA   Gato escaldado não morre de alegria   A perua não se veste na véspera   Focinho de porco não é filtro de linha   Em rio que tem piranha, jacaré vive arranhado   Se correr o bicho pega, a menos que seja uma tartaruga   Filho de peixe, alevino é.   Passarinho que come pedra morre de cálculo renal   Não se cutuca onça. Ponto final