Papers by Nicole Gayard
Iara Costa Leite, Júlia Mascarello, Nicole Aguilar Gayard, 2020
Science diplomacy has recently become a buzzword in policy and in academic discussions. Definitio... more Science diplomacy has recently become a buzzword in policy and in academic discussions. Definitions and approaches have been informed by literature produced by practitioners of science diplomacy situated in developed countries. This article maps and systematizes narratives authored by Brazilian diplomats on science, technology and innovation (STI) and their connections with international relations dynamics and issues, such as power, cooperation, development, security and the environment. By addressing pieces produced by practitioners as narratives, rather than as scientific categories that describe and analyze social phenomena, the article explores how STI is perceived and framed by Brazilian diplomats. The methodology included the selection and systematization of publications authored by ministers of Foreign Affairs, in whose diplomatic writings the words “science”, “technology”, “innovation” and their variants were searched; and pieces on STI produced by career diplomats. Writing ...
Iara Costa Leite, Júlia Mascarello, Nicole Aguilar Gayard, 2020
Science diplomacy has recently become a buzzword in policy and in academic discussions. Definitio... more Science diplomacy has recently become a buzzword in policy and in academic discussions. Definitions and approaches have been informed by literature produced by practitioners of science diplomacy situated in developed countries. This article maps and systematizes narratives authored by Brazilian diplomats on science, technology and innovation (STI) and their connections with international relations dynamics and issues, such as power, cooperation, development, security and the environment. By addressing pieces produced by practitioners as narratives, rather than as scientific categories that describe and analyze social phenomena, the article explores how STI is perceived and framed by Brazilian diplomats. The methodology included the selection and systematization of publications authored by ministers of Foreign Affairs, in whose diplomatic writings the words “science”, “technology”, “innovation” and their variants were searched; and pieces on STI produced by career diplomats. Writing ...
O presente trabalho de Iniciação Científica, feito sob a coordenação do Prof. Dr. Tullo Vigevani ... more O presente trabalho de Iniciação Científica, feito sob a coordenação do Prof. Dr. Tullo Vigevani e financiado pela FAPESP, está inserido no projeto temático "Gestão Pública e Relações Internacionais das Cidades", realizado em conjunto pelo CEDEC, PUC-SP, Unesp e FGV-SP. O projeto temático tem como objetivo analisar o fenômeno da paradiplomacia, centrando-se na paradiplomacia de cidades, dando seguimento a um projeto anterior, que analisou a paradiplomacia de estados. Neste trabalho de Iniciação Científica, propõe-se uma análise empírica da atuação paradiplomática da cidade de São Paulo, à luz do que vem sendo desenvolvido pelo projeto temático, e através de pesquisa, entrevistas e coleta de dados sobre o que a cidade de São Paulo realizou em termos de contatos internacionais. Para tanto, foi realizado um estudo da bibliografia existente sobre o assunto, e ampla pesquisa centrada na Secretaria de Relações Internacionais da cidade, desde sua criação, no governo da Prefeita Marta Suplicy, até a atual prefeitura de Gilberto Kassab. Nesse sentido, procurou-se perceber as condicionantes para a atuação internacional da cidade e os rumos que foram seguidos sob cada prefeitura. Também foi feita uma breve análise dos períodos anteriores, desde a Assessoria de Relações Internacionais, criada em 1989, no governo de Luiza Erundina; e dos governos Paulo Maluf e Celso Pitta, período em que não houve órgão institucionalizado para cuidar das relações internacionais da cidade.
O artigo discute alguns elementos centrais presentes na cooperação internacional para o meio ambi... more O artigo discute alguns elementos centrais presentes na cooperação internacional para o meio ambiente, como o papel desempenhado pela ciência na legitimação das soluções propostas para os problemas ambientais globais e a dualidade de interesses entre financiadores e recebedores da ajuda. Para embasar a análise, apresenta-se um projeto de cooperação ambiental desenvolvido no Brasil e financiado com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF): o ônibus brasileiro a hidrogênio. A análise proposta pretende situar este projeto no âmbito das assimetrias científicas entre Norte e Sul, a partir de um entendimento de que estas assimetrias desempenham um papel político fundamental nas negociações internacionais para o meio ambiente. Palavras-chave cooperação internacional, meio ambiente, ciência e tecnologia, assimetrias Norte-Sul Knowledge dynamics in international cooperation for environment Abstract This paper discusses two central elements in international cooperation for the environment: the role played by science in the legitimation of the proposed solutions to global environmental problems and the duality of interests between donors and recipients of aid. To support the analysis, we present a project of environmental cooperation developed in Brazil and funded by the Global Environment Facility (GEF): a hydrogen fueled bus. The proposed analysis aims to situate this project within the scientific asymmetries between North and South, from an understanding that these asymmetries play a crucial political role in international negotiations for the environment.
Books by Nicole Gayard
A reprodução não-autorizada desta publicação, por qualquer meio, seja total ou parcial, constitui... more A reprodução não-autorizada desta publicação, por qualquer meio, seja total ou parcial, constitui violação da Lei nº 9.610/98.
Conference Presentations by Nicole Gayard
Dentro dos estudos de Cooperação Internacional em Ciência e Tecnologia, a cooperação entre países... more Dentro dos estudos de Cooperação Internacional em Ciência e Tecnologia, a cooperação entre países desenvolvidos e os menos desenvolvidos (Cooperação Norte-Sul) merece especial atenção. Este tipo de cooperação é marcado pela assimetria entre as partes, na medida em que países do Norte contam com mais recursos financeiros e instituições científicas mais consolidadas que os do Sul. O modo como são divididas as tarefas e os resultados na cooperação Norte-Sul, no entanto, vem sofrendo transformações significativas à medida que novos entendimentos da relação Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) são construídos. No que se refere à cooperação para o meio-ambiente, deve-se levar em consideração como é identificada a problemática, e em que medida a realidade do Sul é incorporada no processo de cooperação. Para tanto, o presente artigo desenvolve uma revisão do processo de definição de regimes ambientais globais. O artigo termina apontando a relação entre a visão de C&T predominante e o desenvolvimento de acordos cooperativos Norte-Sul no Brasil.
The political struggles and controversies involved in producing the scientific knowledge that com... more The political struggles and controversies involved in producing the scientific knowledge that comes to define environmental problems and solutions financed by foreign aid constitute a complex process usually not called into question by the donor institutions themselves. When disbursing 'green aid', multilateral and bilateral agencies act as supposedly neutral organisms operating solely on the basis of international conventions and agreements. One important outcome of this modus operandi is that while the actual interplay between science and politics remains hidden under apparent neutrality, local debates about the way environmental solutions are presented frequently highlight dissatisfaction, mistrust or lack of commitment among aid recipients. Studies have shown that disparities in both power and national capacities to produce the knowledge used in environmental debates end up affecting the general receptivity to agendas, diagnoses and programs associated with multi or bilateral donors. In order to explore these claims, this paper has been structured in three parts: first, a brief overview of the predominant discourse on foreign aid and its recent evolution is presented. The second part discusses why the very definition of environmental problems is inevitably fraught with uncertainty and dissenting views, how science and technology are routinely called upon to legitimize actors' interests, and how North-South asymmetry in terms of political and economic power often determines the way global environmental issues are framed and dealt with.
A partir dos anos 2000, principalmente no governo de Luís Inácio Lula da Silva, o Brasil incremen... more A partir dos anos 2000, principalmente no governo de Luís Inácio Lula da Silva, o Brasil incrementou significativamente sua atuação como provedor de cooperação internacional para o desenvolvimento. A área da saúde foi uma das principais frentes de ação, e a coordenação destas atividades ficou a cargo do Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, de acordo com as diretrizes de política externa definidas pelo Ministério de Relações Exteriores. Destaca-se também a atuação expressiva da Organização Pan-Americana de Saúde, provendo cooperação técnica e orientações aos atores públicos nacionais na
consecução de estratégias e projetos de cooperação internacional em saúde. A cooperação em saúde brasileira estabelecida desde então configurou uma verdadeira rede, com a criação de novas instituições de suporte à ação internacional em saúde, redes de trocas de
experiência em gestão na saúde, instituições de pesquisa acadêmica voltadas à análise de tópicos de diplomacia da saúde. A emergência de novos órgãos e iniciativas ocorreu de forma interligada às estratégias de cooperação brasileira, fortalecendo as esferas de coordenação e conhecimento em gestão da saúde. O presente trabalho utiliza de uma
perspectiva co-producionista entre ciência e ordenamento social para compreender os caminhos, estratégias e instituições da cooperação brasileira em saúde. Argumenta-se que o conhecimento, experiência e expertise, acumulados ao longo da história de construção do
sistema de gestão pública em saúde brasileiro, são capturados pelos atores promotores da cooperação como elementos de embasamento para uma perspectiva peculiar de gestão da saúde a ser adotada no cenário internacional. Neste sentido, o conhecimento e as práticas
nacionais são empreendidos como um poder brando com implicações práticas evidentes: permitem a instauração de um modelo específico de gestão em saúde em outros países, mas dependente da capacidade de manutenção e sustentação nacional da rede de cooperação internacional em saúde.
Resumo: Devido à extensão e importância que tomou a questão ambiental global, o papel dos conheci... more Resumo: Devido à extensão e importância que tomou a questão ambiental global, o papel dos conhecimentos envolvidos na definição dos problemas ambientais foi enriquecido no cenário político. A política ambiental global se caracteriza por uma diversidade de interesses, presentes no processo de definição dos problemas ambientais, assim como na definição de ações para o meio ambiente. Deste modo, a construção de conhecimentos ambientais aparece imersa em uma variedade de interesses e valores, que preenchem os espaços de incerteza que a ciência não consegue responder. Neste contexto, se desenvolvem iniciativas de cooperação internacional para o meio ambiente. O Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), órgão internacional para a cooperação ambiental Norte-Sul, promove a implementação de projetos de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, buscando fortalecer um modelo comum de ação ambiental. O se utiliza de parâmetros científicos e de gestão estabelecidos na cooperação Norte-Sul para desenvolver projetos nos diferentes países em que atua, privilegiando uma atuação pautada em resultados técnicos. Introdução A década de 1970 marca a passagem da questão ambiental, antes restrita à esfera de preocupações nacionais, à categoria de problema de segurança global 1. Neste contexto, emergem demandas por ações concertadas internacionalmente para minimizar os problemas identificados. Os diferentes atores envolvidos na questão ambiental, tais como
Drafts by Nicole Gayard
Governance of technology involving non-modern of the Belo Monte dam in Brazil. This case has been... more Governance of technology involving non-modern of the Belo Monte dam in Brazil. This case has been fraught with controversies since its first proposal by the Brazilian government, under the military regime. Having been resumed under the democratic government under a new design, it has not responded adequately to issues raised by the cultures: is there a possible dialogue? This paper explores the debate on scientific and technological governance applied to the case of the construction affected public, leading to a situation of public mistrust towards the government. Working with the literature on governance and science policy of the course, this paper argues that the main problem identified in the Belo Monte case has to do with the misuse of scientific assessments, the non recognition of cultural diversity and a resistance to dialogue on technological alternatives. In looking closely to the Belo Monte case, it is suggested that the main issues involving governance in the Brazilian context has more to do with a lack of dialogue between the government and affected communities, leading to mistrust towards the government and other powerful actors involved in the construction of the dam, instead than a lack of trust in science itself. Issues of risk identified by the indigenous matter involves mainly questions of identity and culture preservation; nevertheless, the ways of coping with them are essentially modern and based on technical matters.
Exercício etnográfico como parte de trabalho final da disciplina "Antropologia da C&T"
O início do século XXI deu continuidade à crescente integração geográfica de diferentes partes do... more O início do século XXI deu continuidade à crescente integração geográfica de diferentes partes do planeta, reforçando o alcance cada vez maior de trocas econômicas, difusões de conhecimentos e tecnologias entre diferentes países, realidades e culturas. No campo da política internacional multilateral, conferências internacionais abordavam os problemas de alcance global, como degradação do meio ambiente, aquecimento climático, saúde global. Neste contexto, países ditos emergentes-como Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul-chamaram a atenção ao exercer uma atuação internacional mais propositiva, marcada por uma diversidade de formatos, pautada em novas parcerias e em mudanças nas posições tradicionais de suas políticas externas. No âmbito dessas ações, destacou-se uma aproximação com países em desenvolvimento nos continentes africano, asiático e na América Latina. Apesar da aproximação ser notada em vários países emergentes, este não foi um movimento coordenado: as iniciativas e formas de ação foram variadas e responderam a estratégias de política externa específicas a cada país. Neste contexto, situa-se a intensificação da cooperação internacional para o desenvolvimento promovida pelo Brasil. Nos anos 2000, o governo brasileiro destinou maiores recursos para a realização da cooperação internacional, rearranjou estruturas nacionais para sua realização, ao mesmo tempo em que promoveu a criação de redes internacionais regionais de cooperação em temas variados. O incremento de recursos e o aumento substantivo no número de projetos de cooperação demonstrou que este
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Conference Presentations by Nicole Gayard
consecução de estratégias e projetos de cooperação internacional em saúde. A cooperação em saúde brasileira estabelecida desde então configurou uma verdadeira rede, com a criação de novas instituições de suporte à ação internacional em saúde, redes de trocas de
experiência em gestão na saúde, instituições de pesquisa acadêmica voltadas à análise de tópicos de diplomacia da saúde. A emergência de novos órgãos e iniciativas ocorreu de forma interligada às estratégias de cooperação brasileira, fortalecendo as esferas de coordenação e conhecimento em gestão da saúde. O presente trabalho utiliza de uma
perspectiva co-producionista entre ciência e ordenamento social para compreender os caminhos, estratégias e instituições da cooperação brasileira em saúde. Argumenta-se que o conhecimento, experiência e expertise, acumulados ao longo da história de construção do
sistema de gestão pública em saúde brasileiro, são capturados pelos atores promotores da cooperação como elementos de embasamento para uma perspectiva peculiar de gestão da saúde a ser adotada no cenário internacional. Neste sentido, o conhecimento e as práticas
nacionais são empreendidos como um poder brando com implicações práticas evidentes: permitem a instauração de um modelo específico de gestão em saúde em outros países, mas dependente da capacidade de manutenção e sustentação nacional da rede de cooperação internacional em saúde.
Drafts by Nicole Gayard
consecução de estratégias e projetos de cooperação internacional em saúde. A cooperação em saúde brasileira estabelecida desde então configurou uma verdadeira rede, com a criação de novas instituições de suporte à ação internacional em saúde, redes de trocas de
experiência em gestão na saúde, instituições de pesquisa acadêmica voltadas à análise de tópicos de diplomacia da saúde. A emergência de novos órgãos e iniciativas ocorreu de forma interligada às estratégias de cooperação brasileira, fortalecendo as esferas de coordenação e conhecimento em gestão da saúde. O presente trabalho utiliza de uma
perspectiva co-producionista entre ciência e ordenamento social para compreender os caminhos, estratégias e instituições da cooperação brasileira em saúde. Argumenta-se que o conhecimento, experiência e expertise, acumulados ao longo da história de construção do
sistema de gestão pública em saúde brasileiro, são capturados pelos atores promotores da cooperação como elementos de embasamento para uma perspectiva peculiar de gestão da saúde a ser adotada no cenário internacional. Neste sentido, o conhecimento e as práticas
nacionais são empreendidos como um poder brando com implicações práticas evidentes: permitem a instauração de um modelo específico de gestão em saúde em outros países, mas dependente da capacidade de manutenção e sustentação nacional da rede de cooperação internacional em saúde.