Papers by Margarida Elias
UID/PAM/00417/2019publishersversionpublishe
Esta dissertação foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologi
Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa ALARCÃO, Adília nho cívico e a crença na educação... more Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa ALARCÃO, Adília nho cívico e a crença na educação como veículo fundamental das transformações sociais. Deve ter sido por isso que, entre 2006 e 2007, extravasando o domínio dos Museus e da Arqueologia, e em colaboração do Conselho da Cidade de Coimbra e do Instituto Pedro Nunes, concebeu e coordenou os cursos "Cidadania Activa: experiências e políticas"; e "Gestão Urbana e Qualidade de Vida".
design de interiores estado novo historicismo luís benavente palácio foz keywords interiors' desi... more design de interiores estado novo historicismo luís benavente palácio foz keywords interiors' design "estado novo" historicism luís benavente foz palace Resumo Em 1940, o Palácio Foz foi adquirido pelo Estado Português e foi decidido que seria ocupado pelo Secretariado da Propaganda Nacional (SPN/SNI) e pela Inspecção-Geral dos Espectáculos. No ano seguinte deu-se o início da recuperação do edifício, conforme projeto do arquiteto Luís Benavente (1902-1993), ao serviço da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). O trabalho de Benavente consistiu na reelaboração do espaço exterior e interior, que não só procurava restituir ao edifício a sua feição original do século xviii, como também criar espaços adaptados às funções da instituição estatal. Em 1947, a Comissão para a Aquisição de Mobiliário esteve envolvida, juntamente com o SNI, no planeamento de mobiliário e decoração do Palácio. Luís Benavente empenhou-se em seleccionar objetos artísticos e decorativos, mas interveio igualmente no projeto de mobiliário. Os objetos foram escolhidos em antiquários, mas também se desenharam móveis de inspiração historicista, que eram considerados como os mais ajustados ao estilo do Palácio.
ARTis ON
No presente artigo pretendemos problematizar a designação palacete, tipologia de edifício geralme... more No presente artigo pretendemos problematizar a designação palacete, tipologia de edifício geralmente definido como palácio pequeno, associado à ascensão e nobilitação da burguesia no século XIX. Muito embora esta questão já tenha sido abordada por diversos historiadores de arte (França, 1990; Silva, 1997; Leal, 2005; Carita, 2017) constata-se que, ao desejarmos clarificar os parâmetros de identificação deste tipo de edifícios, quando aplicados à realidade do edificado, há diversas flutuações. Pretendemos, deste modo, historiar a evolução do uso da palavra palacete, associando-o a um trabalho sistemático sobre fontes epocais que até ao presente nunca foi realizado. No ponto subsequente, procuraremos identificar os edifícios que assim têm sido denominados, a cronologia da sua construção e caracterizar os seus proprietários. Depois da realização deste inventário alargado e crítico, voltaremos à designação de palacete que deverá albergar diversos subtipos.
Artis.on, 2022
In this article we intend to analyse the definition of “palacete”, a typology of building general... more In this article we intend to analyse the definition of “palacete”, a typology of building generally defined as a small palace, associated with the rise and ennobling of the bourgeoisie in the 19th century. Although this issue has already been addressed by several art historians (França, 1990; Silva, 1997; Leal, 2005; Carita, 2017) it appears that, when we wish to clarify the identification parameters of this type of buildings, and when applied to the building reality, there are several fluctuations. This way, we propose to study the evolution of the word “palacete”, associating it with a systematic work on epochal sources that has never been carried out until today. Afterwards, we will try to identify the buildings that have been so called, the chronology of their construction and characterize their owners. After carrying out this extensive and critical inventory, we will return to the designation of “palacete” that should have several subtypes.
espanolEste artigo aborda um trono de D. Maria II, rainha de Portugal, que se encontra sob a guar... more espanolEste artigo aborda um trono de D. Maria II, rainha de Portugal, que se encontra sob a guarda do Museu da Assembleia da Republica (Palacio de Sao Bento, Lisboa, Portugal). De autor desconhecido, trata-se contudo de uma importante obra de mobiliario, nomeadamente pelo facto de possuir uma importante carga decorativa de valor simbolico, que se associa ao poder; mas tambem por ser um trabalho inspirado no trono de Napoleao I. EnglishThis article is about a royal throne, used by the Portuguese Queen Maria II that is found in the Museum of Assembleia da Republica (Sao Bento Palace, Lisbon, Portugal). Although its author is not known, this is a very interes ting piece of furniture, not only because it is decorated with symbols that connect to the royal power, but also because it follows the lines of the imperial throne of Napoleon.
in FERREIRA, Emília, MONTEIRO, Joana d’Oliva, SILVA, Raquel Henriques da (coord.), Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/NOVA, 2019
Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa ALARCÃO, Adília nho cívico e a crença na educação... more Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa ALARCÃO, Adília nho cívico e a crença na educação como veículo fundamental das transformações sociais. Deve ter sido por isso que, entre 2006 e 2007, extravasando o domínio dos Museus e da Arqueologia, e em colaboração do Conselho da Cidade de Coimbra e do Instituto Pedro Nunes, concebeu e coordenou os cursos "Cidadania Activa: experiências e políticas"; e "Gestão Urbana e Qualidade de Vida".
Em 1940, o Palácio Foz foi adquirido pelo Estado Português e, logo em Abril desse ano, realizou‑s... more Em 1940, o Palácio Foz foi adquirido pelo Estado Português e, logo em Abril desse ano, realizou‑se uma avaliação dos móveis existentes no Club‑Maxim’s (anteriormente instalado no edifício), para verificar a viabilidade de estes poderem ser utilizados na nova decoração do espaço. O inventário das peças que interessava manter foi feito pelo arquiteto Raul Lino (1879‑1974), que era, desde 1939, Superintendente Artístico para os Palácios Nacionais. Decidiu‑se, então, que o espaço seria ocupado pelo Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) e pela Inspecção‑Geral dos Espectáculos. Em 1941, iniciou‑se a recuperação do edifício, conforme projeto do arquiteto Luís Benavente (1902‑1993), que estava, desde 1938, ao serviço da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). No ano de 1947, o Secretariado Nacional da Informação e Cultura Popular (ou SNI, a nova designação do SPN, desde 1945) ficava instalado no Palácio, mas os trabalhos de fornecimento de mobiliário e objetos decora...
This article is the result of an investigation about the Bullring of Campo Pequeno, which was ina... more This article is the result of an investigation about the Bullring of Campo Pequeno, which was inaugurated in 1892, being today one of the most emblematic buildings of the city of Lisbon. Although the history of this building has already been approached by other authors, this is a theme that worth is to be developed from the point of view of the history of art and the history of the nineteenth century, both from the point of view of the analysis of the revivalist architecture of the building, either from the point of view of its integration into a Lisbon area that was then being planned, the Avenidas Novas. In addition, the relevance of this building should be emphasized, in particular since it has few contemporary parallels, both at national and international level; and also, because its construction with brick and iron was an element of modernity that must be underlined. Furthermore, this study is a contribution to the field of Olisipography, which is specialised study in Lisbon...
Res Mobilis, 2017
Este artigo aborda um trono de D. Maria II, rainha de Portugal, que se encontra sob a guarda do M... more Este artigo aborda um trono de D. Maria II, rainha de Portugal, que se encontra sob a guarda do Museu da Assembleia da República (Palácio de São Bento, Lisboa, Portugal). De autor desconhecido, trata-se contudo de uma importante obra de mobiliário, nomeadamente pelo facto de possuir uma importante carga decorativa de valor simbólico, que se associa ao poder; mas também por ser um trabalho inspirado no trono de Napoleão I.
Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) foi um pintor que viveu e trabalhou numa das épocas mais r... more Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) foi um pintor que viveu e trabalhou numa das épocas mais ricas da história da cultura portuguesa. Filho de um artista do Romantismo, de seu nome Manuel Maria Bordalo Pinheiro, teve como irmão o famoso caricaturista e ceramista Rafael Bordalo Pinheiro. Columbano frequentou a Academia de Belas-Artes de Lisboa (1872-1876) e passou por Paris (1881-1883), com uma Bolsa de Estudo. Em Lisboa, fez parte do Grupo do Leão, um grupo de artistas que esteve ligado à introdução do Naturalismo na pintura portuguesa, mas destacou-se por preferir dedicar-se ao retrato e a cenas de interior. Em vez da paisagem e do sol, optou por um mundo íntimo e sombrio - pelo que a sua pintura era mais bem aceite nos meios intelectuais, e era destes meios que saíam os modelos dos seus retratos. Deste modo, compôs uma importante galeria de retratos das mais eminentes figuras da cultura portuguesa, mas também se destacou na realização de numerosas pinturas intimistas e natureza...
Resumo Este artigo elege como objeto um trono da rainha D. Maria II, de Portugal, que se encontra... more Resumo Este artigo elege como objeto um trono da rainha D. Maria II, de Portugal, que se encontra sob a guarda do Museu da Assembleia da República (Palácio de São Bento, Lisboa, Portugal). De autor desconhecido, trata-se de uma interessante obra de mobiliário, quer pelo facto de possuir uma importante carga decorativa de valor simbólico, que se associa ao poder; quer também por ser um trabalho inspirado no trono de Napoleão I. Abstract This article is about a royal throne, used by the Portuguese Queen Maria II that is found in the Museum of Assembleia da República (São Bento Palace, Lisbon, Portugal). Although its author is not known, this is a very interesting piece of furniture, not only because it is decorated with symbols that connect to the royal power, but also because it follows the lines of the imperial throne of Napoleon.
Conference Presentations by Margarida Elias
With its many rooms and large collection of objects, the museum in the Palazzo Biscari, Catania w... more With its many rooms and large collection of objects, the museum in the Palazzo Biscari, Catania was a stop on the Grand Tour for European intellectuals who travelled south of Naples. Its visitors included Goethe and classicists such as Johann von Riedesel and Richard Payne Knight. Prince Ignazio Paternò Castello, the museum’s patron, was a high-ranking Sicilian aristocrat who corresponded with, and hosted, a Europe-wide network of scholars. In addition to the museum, he created a learned academy and published on the archaeological excavations which he funded.
The museum housed Greek and Roman statues, pottery, and coins, as well as fossils, minerals, and lava from nearby Mount Etna. The collection and its arrangement move beyond the earlier aristocratic Wunderkammer to position Ignazio as a protagonist in the new sciences of archaeology, geology, and vulcanology. The museum and its subterranean and petrified contents allow him to become the centre of a network of elite collectors, academicians, and writers. Ignazio’s wealth derived from feudalism, but the museum furthered his ambitions as an intellectual whose interests united the classical past with new ideas of scientific modernity.
Ignazio’s academy, and his opening of the museum to the public, associated him not just with the eternal values of Greece and Rome, but also with new meritocratic ideas of the promotion of knowledge. During the nineteenth and twentieth centuries, the decline of the Sicilian aristocracy as drivers of intellectual fashions can be related to the fate of the museum collection itself, which became the object of rivalry amongst Ignazio’s heirs, and is now part of the city museum.
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Conference Presentations by Margarida Elias
The museum housed Greek and Roman statues, pottery, and coins, as well as fossils, minerals, and lava from nearby Mount Etna. The collection and its arrangement move beyond the earlier aristocratic Wunderkammer to position Ignazio as a protagonist in the new sciences of archaeology, geology, and vulcanology. The museum and its subterranean and petrified contents allow him to become the centre of a network of elite collectors, academicians, and writers. Ignazio’s wealth derived from feudalism, but the museum furthered his ambitions as an intellectual whose interests united the classical past with new ideas of scientific modernity.
Ignazio’s academy, and his opening of the museum to the public, associated him not just with the eternal values of Greece and Rome, but also with new meritocratic ideas of the promotion of knowledge. During the nineteenth and twentieth centuries, the decline of the Sicilian aristocracy as drivers of intellectual fashions can be related to the fate of the museum collection itself, which became the object of rivalry amongst Ignazio’s heirs, and is now part of the city museum.
The museum housed Greek and Roman statues, pottery, and coins, as well as fossils, minerals, and lava from nearby Mount Etna. The collection and its arrangement move beyond the earlier aristocratic Wunderkammer to position Ignazio as a protagonist in the new sciences of archaeology, geology, and vulcanology. The museum and its subterranean and petrified contents allow him to become the centre of a network of elite collectors, academicians, and writers. Ignazio’s wealth derived from feudalism, but the museum furthered his ambitions as an intellectual whose interests united the classical past with new ideas of scientific modernity.
Ignazio’s academy, and his opening of the museum to the public, associated him not just with the eternal values of Greece and Rome, but also with new meritocratic ideas of the promotion of knowledge. During the nineteenth and twentieth centuries, the decline of the Sicilian aristocracy as drivers of intellectual fashions can be related to the fate of the museum collection itself, which became the object of rivalry amongst Ignazio’s heirs, and is now part of the city museum.