Nesta edição, o Caderno Temático traz diferentes olhares sobre a educação patrimonial a partir de... more Nesta edição, o Caderno Temático traz diferentes olhares sobre a educação patrimonial a partir de distintas disciplinas, como Ciências Sociais, Engenharia, Urbanismo, História, Museologia, Design, Arquivologia, Arqueologia e Arte. Ao trilhar esses caminhos, demonstra-se o quanto a educação patrimonial pode ser interdisciplinar e o quanto está inserida nos espaços de vida e no cotidiano das pessoas.
Os trabalhos publicados neste número, resultado de um amplo processo de seleção, também têm em comum a sua estreita relação com os princípios e diretrizes conceituais da educação patrimonial reafirmados pelo Iphan no documento “Educação Patrimonial: histórico, conceitos e processos”. Nas palavras desse documento, “é preciso considerar o patrimônio cultural como tema transversal, interdisciplinar e/ou transdiciplinar, ato essencial ao processo educativo para potencializar o uso dos espaços públicos e comunitários como espaços formativos”. As reflexões e as experiências relatadas carregam essa marca e demonstram, em seu conjunto, o potencial da educação patrimonial em estar presente nos distintos campos de estudo.
Ao chegar ao seu sexto número, a série de Cadernos Temáticos já se consolida como uma referência no campo da educação patrimonial, sobretudo como uma publicação específica na área. Tornou-se material básico, servindo a pesquisadores e profissionais da educação nos estudos ou na atuação profissional.
Este artigo analisa as múltiplas variáveis dos sentidos históricos dos processos de tombamentos e... more Este artigo analisa as múltiplas variáveis dos sentidos históricos dos processos de tombamentos e inventariamentos do patrimônio cultural de Joinville, Santa Catarina no conjunto de suas políticas públicas. O texto reflete a criação da Lei Municipal nº1773/1980 que institui a Comissão do Patrimônio Histórico Artístico, Arqueológico e Natural (COMPHAN) e a criação da Fundação Cultural de Joinville (FCJ) em 1982, atual Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e da Coordenação do Patrimônio Cultural (CPC) em 1997 e os processos interrompidos e inacabados de algumas políticas públicas. Analisa a luz do tempo presente, a incumbência legal da CPC e da Secult, considerando os atores, os lugares, os bens culturais e os conceitos de patrimonialização constantemente reconfigurados nestes processos históricos por técnicos, sociedade civil, políticas de gestão, historiadores e investigadores da área. Ao refletir sobre as disputas e tensões no campo patrimonial, evidencia-se distintos interesses...
A entrevista realizada com Eula Carvalho Pinheiro evidencia que não somente Saramago possuía a pe... more A entrevista realizada com Eula Carvalho Pinheiro evidencia que não somente Saramago possuía a pedra como uma estrutura fundamental da sua escrita e da sua leitura de mundo. Eula, como pedra3, por ora sustenta-se e por ora movimenta-se. E assim guia nosso olhar de forma poética para recompor o tom da sua vida e da sua trajetória acadêmica ao mostrar como são belas as aprendizagens da pesquisa, da doença e fundamentalmente das superações. As histórias e as memórias da entrevistada carregam do início ao fim a paixão pela literatura e pela obra de Saramago, como a arquitetura da sua própria existência.
Este trabalho apresenta reflexões sobre a história das políticas culturais no Brasil de 1937 até ... more Este trabalho apresenta reflexões sobre a história das políticas culturais no Brasil de 1937 até as políticas participacionistas de representação social do governo de Luís Inácio Lula da Silva iniciadas em 2003. A atuação política de determinados intelectuais e movimentos sociais rearticularam e transformaram a disputa do campo cultural no Brasil, com pautas e agendas a partir das múltiplas configurações e negociações políticas. Dessa forma, novos desenhos institucionais nos conselhos de cultura foram forjados, como a criação do Ministério da Cultura (1985) apartado do Ministério da Educação e reformularam as diretrizes políticas do campo cultural para a consolidação de um Sistema Nacional de Cultura a partir de emendas constitucionais em 2005. Este texto, sobretudo, reflete as trajetórias, instâncias e inconstâncias, assim como as oscilações políticas governamentais, que historicamente incorreram sobre a legalização da cultura como direito constitucional.
Este trabalho procura debater a criação de museus e espaços de memória como campos de disputas e ... more Este trabalho procura debater a criação de museus e espaços de memória como campos de disputas e interesses com base em coleções ou memórias constituídas por grupos ou indivíduos em Joinville, nordeste de Santa Catarina. Para contrapor o histórico e a constituição de algumas instituições e suas coleções, foi empregada a metodologia da educação patrimonial como recurso de pesquisa e observação e como possibilidade de análise empírica. Os museus historicamente são fruto do construto social, portanto, são demarcações humanas que visam a interesses particulares ou coletivos, os quais incidem sobre o que deve ser encaminhado para preservação ou para descarte da memória social. Dessa forma, os espaços assumem narrativas e representações culturais de quem os criou, os institucionalizou ou os patrimonializou.
Este artigo discorre sobre o processo de ocupação e recuperação das fábricas comandadaspor trabal... more Este artigo discorre sobre o processo de ocupação e recuperação das fábricas comandadaspor trabalhadores na América Latina – Argentina, Brasil, Bolívia, Uruguai e Venezuela – apartir do Encontro Pan-americano em Defesa do Emprego, dos Direitos, da ReformaAgrária e do Parque Fabril, realizado em Joinville (SC) no ano de 2006. Para tal, tomamoso materialismo histórico como referencial teórico metodológico para compreender osantagonismos atuais da nova configuração do movimento operário latino-americanoperante as novas crises do capitalismo neste início de século. Destarte, foram realizadasentrevistas com diversas lideranças internacionais das fábricas ocupadas e recuperadas.Constatou-se, assim, que há uma similaridade no processo de ocupação em virtude dascondições estruturais pelas quais passa o capitalismo na América Latina. Por sua vez, noque se refere à recuperação há divergências crucias sobre a forma de gestão e ainstitucionalização das fábricas em relação ao Estado.
Texto revisto e autorizado para publicação em 3 de agosto de 2007. Ana Maria Araújo Freire (Nita)... more Texto revisto e autorizado para publicação em 3 de agosto de 2007. Ana Maria Araújo Freire (Nita), nasceu em Recife (PE), em 13 de novembro de 1933. Filha de educadores, casou-se, em 1988, em segundas núpcias, com Paulo Freire. É mestre e doutora em
Este artigo possui o escopo de debater patrimônio cultural como campo antropológico e historicame... more Este artigo possui o escopo de debater patrimônio cultural como campo antropológico e historicamente articulado ao atentar para apropriações do patrimônio cultural a partir de variações conceituais e interesses sociais múltiplos. Como construção histórica o patrimônio é marcado por negociações e disputas para o seu reconhecimento social, contudo, iniciativas populares dessacralizam os sentidos da patrimonialização e geram práticas sociais que incidem novos olhares sobre o cotidiano ordinário. Desta forma, experiências da cultura popular são analisadas na perspectiva do videoclipe de Néstor Canclini, imagens e narrativas são relacionadas e refletem os usos do patrimônio por meio da ocupação religiosa de uma praça, da relação de pertencimento de um bairro com o teatro, de uma obra do artista Tunga a um museu do lixo criado com curadoria dos trabalhadores. Estas experiências subvertem a ótica do patrimônio como fetiche mercadológico para práticas sociais ordinárias e transformadoras d...
Nesta edição, o Caderno Temático traz diferentes olhares sobre a educação patrimonial a partir de... more Nesta edição, o Caderno Temático traz diferentes olhares sobre a educação patrimonial a partir de distintas disciplinas, como Ciências Sociais, Engenharia, Urbanismo, História, Museologia, Design, Arquivologia, Arqueologia e Arte. Ao trilhar esses caminhos, demonstra-se o quanto a educação patrimonial pode ser interdisciplinar e o quanto está inserida nos espaços de vida e no cotidiano das pessoas.
Os trabalhos publicados neste número, resultado de um amplo processo de seleção, também têm em comum a sua estreita relação com os princípios e diretrizes conceituais da educação patrimonial reafirmados pelo Iphan no documento “Educação Patrimonial: histórico, conceitos e processos”. Nas palavras desse documento, “é preciso considerar o patrimônio cultural como tema transversal, interdisciplinar e/ou transdiciplinar, ato essencial ao processo educativo para potencializar o uso dos espaços públicos e comunitários como espaços formativos”. As reflexões e as experiências relatadas carregam essa marca e demonstram, em seu conjunto, o potencial da educação patrimonial em estar presente nos distintos campos de estudo.
Ao chegar ao seu sexto número, a série de Cadernos Temáticos já se consolida como uma referência no campo da educação patrimonial, sobretudo como uma publicação específica na área. Tornou-se material básico, servindo a pesquisadores e profissionais da educação nos estudos ou na atuação profissional.
Este artigo analisa as múltiplas variáveis dos sentidos históricos dos processos de tombamentos e... more Este artigo analisa as múltiplas variáveis dos sentidos históricos dos processos de tombamentos e inventariamentos do patrimônio cultural de Joinville, Santa Catarina no conjunto de suas políticas públicas. O texto reflete a criação da Lei Municipal nº1773/1980 que institui a Comissão do Patrimônio Histórico Artístico, Arqueológico e Natural (COMPHAN) e a criação da Fundação Cultural de Joinville (FCJ) em 1982, atual Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e da Coordenação do Patrimônio Cultural (CPC) em 1997 e os processos interrompidos e inacabados de algumas políticas públicas. Analisa a luz do tempo presente, a incumbência legal da CPC e da Secult, considerando os atores, os lugares, os bens culturais e os conceitos de patrimonialização constantemente reconfigurados nestes processos históricos por técnicos, sociedade civil, políticas de gestão, historiadores e investigadores da área. Ao refletir sobre as disputas e tensões no campo patrimonial, evidencia-se distintos interesses...
A entrevista realizada com Eula Carvalho Pinheiro evidencia que não somente Saramago possuía a pe... more A entrevista realizada com Eula Carvalho Pinheiro evidencia que não somente Saramago possuía a pedra como uma estrutura fundamental da sua escrita e da sua leitura de mundo. Eula, como pedra3, por ora sustenta-se e por ora movimenta-se. E assim guia nosso olhar de forma poética para recompor o tom da sua vida e da sua trajetória acadêmica ao mostrar como são belas as aprendizagens da pesquisa, da doença e fundamentalmente das superações. As histórias e as memórias da entrevistada carregam do início ao fim a paixão pela literatura e pela obra de Saramago, como a arquitetura da sua própria existência.
Este trabalho apresenta reflexões sobre a história das políticas culturais no Brasil de 1937 até ... more Este trabalho apresenta reflexões sobre a história das políticas culturais no Brasil de 1937 até as políticas participacionistas de representação social do governo de Luís Inácio Lula da Silva iniciadas em 2003. A atuação política de determinados intelectuais e movimentos sociais rearticularam e transformaram a disputa do campo cultural no Brasil, com pautas e agendas a partir das múltiplas configurações e negociações políticas. Dessa forma, novos desenhos institucionais nos conselhos de cultura foram forjados, como a criação do Ministério da Cultura (1985) apartado do Ministério da Educação e reformularam as diretrizes políticas do campo cultural para a consolidação de um Sistema Nacional de Cultura a partir de emendas constitucionais em 2005. Este texto, sobretudo, reflete as trajetórias, instâncias e inconstâncias, assim como as oscilações políticas governamentais, que historicamente incorreram sobre a legalização da cultura como direito constitucional.
Este trabalho procura debater a criação de museus e espaços de memória como campos de disputas e ... more Este trabalho procura debater a criação de museus e espaços de memória como campos de disputas e interesses com base em coleções ou memórias constituídas por grupos ou indivíduos em Joinville, nordeste de Santa Catarina. Para contrapor o histórico e a constituição de algumas instituições e suas coleções, foi empregada a metodologia da educação patrimonial como recurso de pesquisa e observação e como possibilidade de análise empírica. Os museus historicamente são fruto do construto social, portanto, são demarcações humanas que visam a interesses particulares ou coletivos, os quais incidem sobre o que deve ser encaminhado para preservação ou para descarte da memória social. Dessa forma, os espaços assumem narrativas e representações culturais de quem os criou, os institucionalizou ou os patrimonializou.
Este artigo discorre sobre o processo de ocupação e recuperação das fábricas comandadaspor trabal... more Este artigo discorre sobre o processo de ocupação e recuperação das fábricas comandadaspor trabalhadores na América Latina – Argentina, Brasil, Bolívia, Uruguai e Venezuela – apartir do Encontro Pan-americano em Defesa do Emprego, dos Direitos, da ReformaAgrária e do Parque Fabril, realizado em Joinville (SC) no ano de 2006. Para tal, tomamoso materialismo histórico como referencial teórico metodológico para compreender osantagonismos atuais da nova configuração do movimento operário latino-americanoperante as novas crises do capitalismo neste início de século. Destarte, foram realizadasentrevistas com diversas lideranças internacionais das fábricas ocupadas e recuperadas.Constatou-se, assim, que há uma similaridade no processo de ocupação em virtude dascondições estruturais pelas quais passa o capitalismo na América Latina. Por sua vez, noque se refere à recuperação há divergências crucias sobre a forma de gestão e ainstitucionalização das fábricas em relação ao Estado.
Texto revisto e autorizado para publicação em 3 de agosto de 2007. Ana Maria Araújo Freire (Nita)... more Texto revisto e autorizado para publicação em 3 de agosto de 2007. Ana Maria Araújo Freire (Nita), nasceu em Recife (PE), em 13 de novembro de 1933. Filha de educadores, casou-se, em 1988, em segundas núpcias, com Paulo Freire. É mestre e doutora em
Este artigo possui o escopo de debater patrimônio cultural como campo antropológico e historicame... more Este artigo possui o escopo de debater patrimônio cultural como campo antropológico e historicamente articulado ao atentar para apropriações do patrimônio cultural a partir de variações conceituais e interesses sociais múltiplos. Como construção histórica o patrimônio é marcado por negociações e disputas para o seu reconhecimento social, contudo, iniciativas populares dessacralizam os sentidos da patrimonialização e geram práticas sociais que incidem novos olhares sobre o cotidiano ordinário. Desta forma, experiências da cultura popular são analisadas na perspectiva do videoclipe de Néstor Canclini, imagens e narrativas são relacionadas e refletem os usos do patrimônio por meio da ocupação religiosa de uma praça, da relação de pertencimento de um bairro com o teatro, de uma obra do artista Tunga a um museu do lixo criado com curadoria dos trabalhadores. Estas experiências subvertem a ótica do patrimônio como fetiche mercadológico para práticas sociais ordinárias e transformadoras d...
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Os trabalhos publicados neste número, resultado de um amplo processo de seleção, também têm em comum a sua estreita relação com os princípios e diretrizes conceituais da educação patrimonial reafirmados pelo Iphan no documento “Educação Patrimonial: histórico, conceitos e processos”. Nas palavras desse documento, “é preciso considerar o patrimônio cultural como tema transversal, interdisciplinar e/ou transdiciplinar, ato essencial ao processo educativo para potencializar o uso dos espaços públicos e comunitários como espaços formativos”. As reflexões e as experiências relatadas carregam essa marca e demonstram, em seu conjunto, o potencial da educação patrimonial em estar presente nos distintos campos de estudo.
Ao chegar ao seu sexto número, a série de Cadernos Temáticos já se consolida como uma referência no campo da educação patrimonial, sobretudo como uma publicação específica na área. Tornou-se material básico, servindo a pesquisadores e profissionais da educação nos estudos ou na atuação profissional.
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Os trabalhos publicados neste número, resultado de um amplo processo de seleção, também têm em comum a sua estreita relação com os princípios e diretrizes conceituais da educação patrimonial reafirmados pelo Iphan no documento “Educação Patrimonial: histórico, conceitos e processos”. Nas palavras desse documento, “é preciso considerar o patrimônio cultural como tema transversal, interdisciplinar e/ou transdiciplinar, ato essencial ao processo educativo para potencializar o uso dos espaços públicos e comunitários como espaços formativos”. As reflexões e as experiências relatadas carregam essa marca e demonstram, em seu conjunto, o potencial da educação patrimonial em estar presente nos distintos campos de estudo.
Ao chegar ao seu sexto número, a série de Cadernos Temáticos já se consolida como uma referência no campo da educação patrimonial, sobretudo como uma publicação específica na área. Tornou-se material básico, servindo a pesquisadores e profissionais da educação nos estudos ou na atuação profissional.