LICENCIATURA EM FÍSICA

Este trabalho apresenta detalhes de uma sequência didática destinada ao ensino da Eletrostática em nível médio, aplicada em dois colégios públicos, tendo a História da Ciência como principal estratégia didática, com o intuito de mostrar aos alunos diferentes leituras e nuances da Física. Procuramos dirimir algumas das dificuldades dos alunos em entender os conceitos básicos da Eletrostática oferecendo-lhes uma reflexão sobre a natureza da ciência, a partir da promoção de uma sinergia entre Experimentação, de forma a oferecer uma vivência prática dos conteúdos abordados (CARVALHO, 1992), e História da Ciência, visando permitir-lhes “compreender o conhecimento científico e o tecnológico como resultados de uma construção humana, inseridos em um processo histórico e social”. (BRASIL, 2002)

Resumo Ao estudar a história da óptica, várias discussões referentes à natureza da luz são encontradas. Nos últimos séculos, cientistas renomados tentaram com dedicação explicar fenômenos de alteração de cores, padrões de interferências e de dispersão da luz, destes estudos surgiram teorias de caráter corpuscular, sendo estas as mais aceitas pela comunidade científica entre os séculos XVII e XVIII devido à influência do método científico e da obra Óptica de Newton (1643-1727). O estudo de caráter ondulatório, inicialmente analisado como um comportamento vibratório da luz através do meio éter luminífero recebeu grandes críticas, porém não deixou de ter defensores como, por exemplo, Huygens (1629-1695) e Euler (1707-1783). Com os avanços dos estudos da natureza da luz, no século XIX fortaleceu-se a teoria que trata de seu comportamento ondulatório pela contribuição dos trabalhos de Young (1773-1829) e posteriormente pela matematização de Fresnel (1788-1827). No presente trabalho propõe-se verificar e discutir como eram apresentados os temas de comportamento ondulatório da luz nos livros didáticos no início do século XX no Brasil, entre os anos de 1900 a 1939. A análise baseou-se no tradicional e renomado currículo do Colégio Pedro II e na contribuição dos trabalhos científicos de Michelson e Morley no final do século XIX, que se debruçam na identificação do éter e de Einstein acerca do Efeito Fotoelétrico no início do século XX. Palavras-chave: Livro Didático de Física, História da Óptica, Óptica Ondulatória. Introdução Na história da óptica houve diversas explicações referentes à natureza da luz. Após o século XVII discussões desta natureza foram retomadas, por meio da análise de situações nas quais a luz não se comportava como corpúsculo, mas como onda, com características semelhantes as das já conhecidas ondas sonoras, em sua fundamentação teórica utilizava-se o princípio de que a luz se propagava pelo meio éter luminífero. O século XIX foi importante para aqueles que defendiam a posição deste comportamento ondulatório, devido à influência de Arago (1786 e 1853) e Young, porém a credibilidade do éter aos poucos entrava em decadência, pois não havia evidências comprovadas por meio experimental (Martins, 2006b; Pietrocola,1993b). Como menciona Pumfrey (1991) " A natureza não fornece evidências suficientemente simples, que permitam interpretações sem ambiguidades " , ao longo da trajetória do estudo da natureza da luz isto ficou evidente diante de tantas questões sem respostas que surgiram ao longo do caminho. No fim do século XIX os irmãos Michelson e Morley realizaram experimentos a fim de verificar a existência do éter, mas descobriram, por fim, a constância da velocidade da luz e sua independência com relação a um meio de propagação, fato confirmado alguns anos depois por Einstein e seus trabalhos. No início do século XX, o Brasil iniciava a primeira fase da República, havia um grande número de analfabetos e o ensino de nível superior era para poucos. A

Este trabalho integra uma pesquisa, ainda em andamento, de  pós graduação , cujo objetivo é propor  atividades para o Ensino Médio envolvendo Thomas Young (1773-1829). Para isso, será utilizada uma adaptação da Abordagem Multicontextual da História da Ciência (AMHIC), desenvolvida originalmente para um contexto de formação docente (Moura, 2012).

O Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF) surgiu em 2013 com o intuito de desenvolver práticas e estratégias de ensino, bem como, melhorar a qualificação de professores atuantes na área de ensino de física. O presente trabalho tem por objetivo apontar quais trabalhos foram desenvolvidos utilizando a História da Ciência (HC) como estratégia de ensino no período de 2014 a 2016 a partir de um estudo bibliográfico em Ensino de Astronomia (EA). Para levantamento dos trabalhos utilizamos o portal de dissertações do MNPEF. Após análise das produções, pôde-se verificar que a utilização da HC está aquém do que determina os documentos oficiais.

Os personagens de super-heróis vêm a cada dia ganhando mais espaço como ícones culturais na sociedade atual, bem como, apresentam e discutem questões relacionadas a ciência, ética e identidade pessoal (WESCHENFELDER e KRONBAUER, 2010). Neste sentido este trabalho têm o objetivo de apresentar o Cinema como forte ferramenta de ensino não somente para trabalhar o currículo de ciências, assim como, discutir temas relacionados a equidade social na educação básica, uma vez que
esses temas são questionados pelo projeto de lei da Escola Sem Partido.

Ao longo da história do Brasil República passamos por diversas reformulações dos programas de ensino e em seu material didático. No início do século XX o Brasil sofreu diversas reformas, como por exemplo, importando programas de ensino da Europa e EUA e
também livros didáticos (LD) em sua maioria, providos de Portugal (Wuo, 2003).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) traz um novo olhar para a educação, ela que por muitas décadas voltava-se para aptidões profissionais e tecnológicas, agora preocupa-se em contextualizar com um formato sociocultural do conhecimento científico.
Neste trabalho temos como objetivo a análise de conteúdo do programa de ensino apresentado nos LD de Física dos anos de 1927 e 2015, averiguando equivalências.

A interlocução entre Ciência e Arte, especialmente pela mediação do teatro, constitui-se perspectiva potencializadora do ensino de Ciências. O teatro, para além do entretenimento e da diversão, possibilita ações reflexivas, formativas e educativas. A pesquisa configurou-se como qualitativa, na modalidade narrativa. Buscamos nos conduzir pela seguinte questão de pesquisa: em que termos, experiências formativas, mediadas por práticas teatrais, contribuem para a aprendizagem de conhecimentos socialmente relevantes e compreensão crítica e reflexiva da realidade? Para fins deste artigo, selecionamos o telejornal intitulado "Diálogo Noturno", o qual foi submetido à análise textual discursiva. A experiência do teatro jornal levou à constituição de espaços de (re)criação, de vivências estéticas, de resgate do modo como se aprende (e como se ensina), em um processo dialético que favoreceu a compreensão da realidade ambiental. A perspectiva de renovação do ensino de ciências, com o uso da arte pela ciência e a arte como forma de ampliar a compreensão da ciência no mundo, nos leva a ponderar que, ao vincularmos pensamento crítico às possiblidades de um fazer criativo, como no teatro, tem-se a constituição de "produtos" que auxiliam o fazer educativo para a formação de cidadãos críticos.

A experiência da fenda dupla com feixe de elétrons
O experimento de fenda dupla também pode ser realizado com feixes de objetos microscópicos, idênticos e dotados de massa. Nosso protótipo desse tipo de objeto microscópico será o elétron. O que podemos esperar como resultado desse experimento levado a cabo com um feixe de elétrons, em vez de luz (que é um feixe de fótons sem massa)? De acordo com tudo que aprendemos em toda a nossa experiência de vida e de nossa relação com o mundo material a este respeito, se os elétrons são partículas massivas, então deveriam se comportar como bolinhas muito pequenas (dotadas de carga elétrica, além de massa), mas essencialmente bolinhas, nada mais que isso. A partir daí, a experiência cotidiana nos sugere que tal experimento seria muito parecido com uma brincadeira que consiste em atirar um feixe de bolas − bolas de tênis, digamos − em alta velocidade e uma de cada vez (imagine-se uma grande máquina construída para essa finalidade, uma espécie de " metralhadora de bolas de tênis ") contra uma parede de cimento onde existissem duas janelas (as " fendas "). As janelas têm seus centros separados por uma determinada distância d. Uma vez que as bolas são de grande velocidade, todas conseguiriam chegar à parede e algumas conseguiriam entrar na sala que existe após a parede, atravessando-a em alta velocidade e atingindo uma parede que se encontra do lado oposto da sala. Para melhorar ainda mais a analogia com a situação da experiência de fenda dupla com elétrons, poderíamos imaginar também que as bolas de tênis atiradas pela máquina saíssem todas pintadas com uma leve camada de tinta vermelha e que as paredes da sala após a parede de porta dupla fossem pintadas de branco e, inicialmente, sem nenhuma marca. Se a finalidade da nossa máquina não fosse a de atirar bolas de tênis, mas, sim, de produzir ondas na água, observaríamos que as ondas se espalhariam por toda a parede além da janela. E com as bola de tênis, o efeito observado seria o mesmo? Como você, leitor, acha que seria a aparência da parede oposta da sala após termos esperado tempo suficiente para que um número muito grande de bolas de tênis tenha sido arremessado pela máquina? Diferentemente das ondas produzidas na água, cada bola atingirá a parede em apenas uma posição. Vamos imaginar ,inicialmente, que apenas uma das janelas está aberta. Embora algumas das bolas ricocheteiem nas bordas da janela, a probabilidade de uma bola passar pela janela é muito maior do que a de ela bater na borda da janela e ser desviada lateralmente. Se esperarmos por algum tempo, vamos verificar que as marcas deixadas na parede oposta vão gradualmente revelando um padrão. A maior parte das bolas incide na parede oposta numa região situada aproximadamente entre as duas linhas perpendiculares à parede e que passam pelas bordas laterais da mesma. Fora dessa região, o número de marcas diminui rapidamente, tanto para um lado como para outro. Podemos visualizar o padrão resultante na Figura 18, onde usamos o software Doppelspalt para uma fonte de balas de espingarda na mesma situação descrita acima (somente uma fenda aberta). Um padrão semelhante é observado quando for a outra janela que estiver aberta, apenas com um pequeno deslocamento para o lado da nova janela aberta. Essa distribuição resultante de marcas corresponde à densidade de probabilidade de uma bola atravessar a sala e colidir com a parede oposta na vizinhança de um determinado ponto quando apenas uma das janelas está aberta.

ESMZ5 – ESTRUTURA DA MATÉRIA – Departamento de Física
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP
Resumo: Síntese realizada com objetivo de se obter os comprimentos de onda eletromagnética das principais raias do gás de mercúrio, com a utilização de uma lâmpada de mercúrio e uma rede de difração de 600 linhas/mm.
Palavras chave: Raias espectrais; lâmpada de mercúrio e rede de difração.
Introdução:
A espectroscopia teve início com Isaac Newton (1643-1727) ao decompor a luz branca no prisma e observar as cores que compõem o espectro visível. Em 1802 o físico William Hyde Wollaston (1766-1828) ao analisar a passagem da luz solar ao passar por uma fenda e depois por um prisma, observou linhas escuras no espectro, que ele interpretou erroneamente como limite das cores [1]. Em 1820, o fabricante de instrumentos de vidro Joseph Ritter von Fraunhofer (1787-1826), inventor do espectroscópio [2], já havia mapeado mais de 574 linhas escuras no espectro solar, chamadas também de espectro de Fraunhofer. Para 324 destas linhas, Fraunhofer deu o nome de letras do alfabeto maiúsculas para as linhas mais fortes e minúsculas para as mais fracas, começando com A no vermelho. (figura 1)
Em 1856, Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887) e Robert Wilhelm Eberhard Bunsen (1811-1899), a partir das observações sobre as cores das chamas que eram emitidas dos elementos químicos através de sua combustão no Bico de Bunsen [2], Kirchhoff sugeriu que as cores seriam melhor distinguidas se passadas através de um prisma. Eles colocaram um prisma na frente de um conjunto de lentes e passaram a identificar as linhas com os elementos químicos. Os gases quentes observados por Kirchhoff e Bunsen não emitiam um espectro contínuo. Eles descobriram que cada elemento gerava uma série de linhas diferentes. Estas linhas eram todas brilhantes, enquanto as linhas de Fraunhofer eram escuras. Kirchhoff então passou a analisar a luz, e concluiu que o sol era um gás ou sólido quente, envolto por um gás mais frio. Estas camadas mais frias é que produziam as linhas escuras do Sol.

Plano de aula com enfoque para o ensino médio.
Gabriel M. Gabriel R. Romário S. & Weslei P.
De Broglie: Dos quantas de luz a dualidade onda-partícula para a matéria¹
Natureza dos raios X: Partículas ou  Ondas (W. Friedrich e P. Knipping - 1912)
Teoria dualística (onda-partícula) - Maurice e Louis de Broglie (1910).
Efeito Compton (1921) - Raios X espalhados pela matéria aumentavam seu comprimento de onda.  Δλ= (2h/mc) sen² ½𝚹
1922 - Átomos de luz. Relatividade ao quantum.  E = mc² = h𝒗 
As propriedades da onda associada às partículas saem da teoria da relatividade.
Significado das ondas - Propriedades semelhantes às das ondas eletromagnéticas para a luz.
Relação entre o princípio de Fermat (para a luz) e o princípio de Maupertuis (para partículas), com uma formulação relativística. E = h𝒗  e p = h/λ
Experimento de Davisson-Germer (1927) com elétrons lentos e Experimento de Zeilinger (1999): Moléculas fulerenos (C60)
Roteiro baseado nos materiais de ensino desenvolvido por Matthias Borchardt disponíveis em seu site².
O professor de física de Bonn desenvolveu numerosos novos conceitos ao longo de sua carreira docente e forneceu importantes impulsos didáticos, especialmente na física de nível superior. Muitas de suas idéias criativas estão disponíveis gratuitamente em sua página inicial para download. Agora, tem mais de 60 programas didaticamente valiosos que podem ser usados ​​nas aulas, em casa ou em exames. Vencedor do prêmio da Sociedade Física Alemã (DPG em alemão) por realizações notáveis ​​no ensino de física nas escolas.
Difração e Interferência em Estruturas de Cristal (Davisson e Germer 1927)³
Clinton Davisson e Lester Germer lançaram elétrons lentos em um alvo de níquel cristalino. A dependência angular da intensidade dos elétrons refletidos foi medida, e foi verificada que há algum padrão de difração semelhante àqueles previstos por Bragg para os raios X. Esse experimento foi replicado por George Paget Thomson.
Interferência no biprisma ótico-eletrônico (Möllenstedt e Düker 1955/1956)
Experiência de dupla fenda com elétrons (Jönsson 1957)
Referências
¹MARTINS, Roberto de Andrade. O caminho de Louis de Broglie até a mecânica ondulatória. Disponível em: <https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/o-caminho-de-louis-de-broglie-ate-a-mecanica-ondulatoria/>. Acesso em: 05 dez. 2018.
²BORCHARDT, Matthias. Homepage von Matthias Borchardt: Elektronen zeigen Welleneigenschaften. Disponível em: <http://www.mabo-physik.de/elektronenbeugung.html>. Acesso em: 05 dez. 2018.
³WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre.: Experimento de Davisson–Germer. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Experimento_de_Davisson%E2%80%93Germer>. Acesso em: 05 dez. 2018.
LEITNER, Ernst; FINCKH, Ulrich. LEIFIphysik: Elétron objeto quântico. Disponível em: <https://www.leifiphysik.de/quantenphysik/quantenobjekt-elektron/versuche>. Acesso em: 05 dez. 2018.
RAIMUND GIRWIDZ. Universidade Ludwig e Maximilian de Munique. Doppelspalt. 2018. Disponível em: <https://www.didaktik.physik.uni-muenchen.de/archiv/inhalt_materialien/doppelspalt/index.html>. Acesso em: 05 dez. 2018.

Resumo: Síntese realizada com o objetivo de compreensão prévia sobre o que é o efeito fotoelétrico a partir da análise dos dados colhidos pelos alunos de Licenciatura em Física no simulador virtual de efeito fotoelétrico na plataforma online Phet Colorado [2]. Palavras chave: Efeito Fotoelétrico, Simulador Virtual. Introdução: O roteiro fornecido ao grupo tinha como proposta o manuseio do simulador virtual do efeito fotoelétrico disponível na plataforma online do Phet Colorado [2], para entendimento sobre o que era o efeito fotoelétrico, e como se dava a sua caracterização e visualização no simulador virtual. O efeito fotoelétrico foi comprovado experimentalmente pela primeira vez pelo físico alemão Heinrich Rudolph Hertz [1] (1857-1894), que ao produzir uma descarga entre dois eletrodos, ele observou que ao incidir luz sobre o catodo, a descarga elétrica ficava mais intensa, ou seja, havia uma emissão de raios catódicos induzidos pela incidência de luz [1]. Ele observou também que para uma determinada intensidade luminosa, o valor da corrente elétrica era proporcional a tensão, com um valor de corrente que se mantém constante para uma determinada tensão, ou seja, para um valor específico de tensão, todos os elétrons eram capazes de chegar ao ânodo [1]. Quando se adotava um determinado valor negativo de tensão, a corrente se anulava, o que evidenciou que para uma determinada tensão negativa, chamada de potencial de corte, os elétrons não conseguiam chegar ao anodo [1]. Hertz também observou que quanto maior a incidência da luz, mantendo-se a mesma frequência, o valor de corrente também aumentava, mas o potencial de corte se mantinha o mesmo, o que era estranho, pois a energia fornecida ao elétron era maior, logo a sua energia final tinha que ser maior, aumentando assim o potencial de corte. Será em 1905 que o físico alemão Albert Einstein (1879-1955) formula a hipótese de quantização da radiação, inspirado pelos estudos do físico alemão Max Planck (1858-1947). Einstein propõem que a luz deveria ser composta por pacotes de energia, os fótons, e que a energia fornecida era proporcional a sua frequência de radiação [1]. Assim, o efeito fotoelétrico passou a ser interpretado como a absorção de um fóton pela matéria, levando à ejeção de elétrons. O trabalho realizado para retirar o elétron de um determinado material dependerá de suas características, e se o trabalho realizado for maior que a energia dos fótons que chegam no material, o efeito fotoelétrico não ocorre. Então para se alterar o potencial de corte é necessário alterar a frequência da radiação, logo, frequências baixas, como o infravermelho, dependendo do material, não são suficientes para causar o efeito fotoelétrico.

Plano de aula sobre Difração de Elétrons: Roteiro baseado nos materiais
de ensino desenvolvido por Matthias Borchardt disponíveis em seu site.
ESMZ5 – Estrutura da matéria – Licenciatura em Física - IFSP
Alunos: Gabriel Magalhães; Gabriel Ribeiro; Romário Silva e Weslei Prado.
Professores: Gildo Junqueira e Luis Gomes.
Resumo: Elétrons mostram propriedades de onda
Classe: 3º anos do Ensino Médio -Extracurricular
Duração: 2-8 horas
✓ Os materiais podem ser usados independentemente uns dos outros
✓ três simulações de computador
✓ Computador com acesso à internet necessário
Conteúdo:
Três experimentos didaticamente preparados para provar a natureza das ondas do elétron:
- Difração e interferência de elétrons em um cristal de Ni
- Interferência de elétrons em um biprisma eletrônico-óptico
- elétrons na fenda dupla
Os materiais não foram propositadamente concebidos como círculos de aprendizagem, por isso não se baseiam no conteúdo. Você pode, portanto, usá-los independentemente uns dos outros. Dependendo do currículo, tempo e desempenho do curso, você selecionará os materiais que melhor atendem às suas necessidades de ensino.

RESUMO​ : Este trabalho visa explicitar e analisar etapas de criação da intervenção intitulada " Desafios Lógicos " , desenvolvida dentro do projeto de extensão Arte & Ciência na Escola, aplicada na SEDCITEC do Campus São Paulo. Discutimos os pressupostos teóricos e seus modos de aplicação, e o objetivo de desenvolver o senso crítico dos alunos sobre o papel da intuição e do pensamento lógico na construção do saber científico, almejado pela intervenção. Finalizando este trabalho e discutindo a aplicabilidade e as possíveis correções a serem executadas aos alunos do ensino médio de uma escola da rede pública, INTRODUÇÃO A arte e a ciência para o público em geral aparentam ser duas formas distintas e antagônicas do saber humano. Enquanto que a ciência é vista como um saber racional, que busca sempre a razão, fatos lógicos e objetividade, a arte é tida como um saber subjetivo, intrínseco e sensorial. Máximas como " razão não se discute " e " gosto não se discute " são atreladas às práticas da ciência e da arte respectivamente, de forma que o entendimento sobre razão e gostos aparentam ser absolutos. Mas quando se discute quais os critérios que separam arte e ciência, percebe-se que há uma linha tênue entre essa duas formas de linguagem, e que ambas são faces da mesma moeda na construção do pensamento humano. Ao levar esses questionamentos para a escola, propôs-se uma intervenção em que os estudantes fossem levados a desenvolver um raciocínio semelhante ao realizados pelos cientistas na construção do conhecimento científico. Normalmente nas aulas de física o setor da criação da ciência não é abordado, por isso acaba por gerar noções equivocadas da natureza da ciência e formulações de leis. Por meio de desafios de lógica procuramos estimular os estudantes a desenvolver teorias para alcançarem o resultado esperado. O objetivo foi possibilitar os alunos a desenvolverem a capacidade de formular teorias, de modo que somente o uso de suas intuições ou
exclusivamente o raciocínio lógico não fossem suficientes para resolverem os desafios. Assim o
estudante terá que repensar toda a construção do conhecimento desenvolvido frente aos desafios, o
que demonstra o caráter intuitivo e lógico na solução dos desafios lógicos propostos.

Experimento do Efeito Fotoelétrico
Prof.º Luís Gomes de Lima
Gabriel Henrique Silva Magalhães –1673432
Gabriel Henrique Silva Ribeiro –1664298
Weslei de Almeida Prado - 1571028
ESMZ5 – ESTRUTURA DA MATÉRIA – Departamento de Física
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP
Resumo: Síntese realizada com o objetivo de análise e coleta do potencial de corte para diferentes frequências de luz, realização do cálculo da constante de Planck e analise grafica das curvas de corrente por tensão para diferentes intensidades de luz a partir do aparato da Pasco e da fonte de luz de Mercúrio.
Palavras chave: Efeito Fotoelétrico; potencial de corte e constante de Planck.
Introdução:
O roteiro fornecido ao grupo tinha como proposta o manuseio do aparato da Pasco para o efeito fotoelétrico, com a coleta e análise dos valores de tensão e corrente, para diferentes intensidades e frequências da luz.
O efeito fotoelétrico foi comprovado experimentalmente pela primeira vez pelo físico alemão Heinrich Rudolph Hertz [1] (1857-1894), que ao produzir uma descarga entre dois eletrodos, ele observou que ao incidir luz sobre o catodo, a descarga elétrica ficava mais intensa, ou seja, havia uma emissão de raios catódicos induzidos pela incidência de luz [1]. Ele observou também que para uma determinada intensidade luminosa, o valor da corrente elétrica era proporcional a tensão, com um valor de corrente que se mantém constante para uma determinada tensão, ou seja, para um valor específico de tensão, todos os elétrons eram capazes de chegar ao ânodo [1]. Quando se adotava um determinado valor negativo de tensão, a corrente se anulava, o que evidenciou que para uma determinada tensão negativa, chamada de potencial de corte, os elétrons não conseguiam chegar ao anodo [1]. Hertz também observou que quanto maior a incidência da luz, mantendo-se a mesma frequência, o valor de corrente também aumentava, mas o potencial de corte se mantinha o mesmo, o que era estranho, pois a energia fornecida ao elétron era maior, logo a sua energia final tinha que ser maior, aumentando assim o potencial de corte. Será em 1905 que o físico alemão Albert Einstein (1879-1955) formula a hipótese de quantização da radiação, inspirado pelos estudos do físico alemão Max Planck (1858-1947). Einstein propõem que a luz deveria ser composta por pacotes de energia, os fótons, e que a energia fornecida era proporcional a sua frequência de radiação [1]. Assim, o efeito fotoelétrico passou a ser interpretado como a absorção de um fóton pela matéria, levando à ejeção de elétrons. O trabalho realizado para retirar o elétron de um determinado material dependerá de suas características, e se o trabalho realizado for maior que a energia dos fótons que chegam no material, o efeito fotoelétrico não ocorre. Então para se alterar o potencial de corte é necessário alterar a frequência da radiação, logo, frequências baixas, como o infravermelho, dependendo do material, não são suficientes para causar o efeito fotoelétrico.

Autores como Descartes já orientavam que as percepções sensíveis do ser humano devem ser postas a uma intensa crítica racional, para então se poder alcançar o conhecimento verdadeiro, livre de erros e intuições. Mas autores como Goethe, entendem que uma visão racionalista do mundo sobre todos os aspectos da vida, acaba por se tornar uma atitude auto corrosiva, destruindo as possibilidades de experiências belas que o mundo nos oferece. Quando trazemos esses questionamentos para o âmbito da sala de aula, lidamos com um público jovem, que muito embora tenha pouco idade, já se vêem mergulhados sobre opiniões e achismos do senso comum, de forma que num primeiro momentos, perguntas que envolvam arte e ciência aparentam serem de fácil entendimento, mas quando a proposta é de tentar entender realmente como estas duas formas do pensamento humano estão conectadas através de propostas de intervenções, esse entendimento inicial acaba por se transformar numa tempestade de dúvidas e questionamentos. Então como conseguir abordar a ciência no contexto escolar sem ter uma visão autoflagelada sobre as percepções sensíveis referentes a gostos, interesses e aptidões que temos e adquirimos durante a vida? Como abordar a arte de forma que o senso crítico racional não influencie a dinâmica da vida, de forma que a construção do pensamento lógico seja realizada em comunhão com o entendimento da própria intuição? Essas e outras perguntas foram discutidas entre o grupo nas reuniões e debates ao longo do ano, que fomentaram discussões e questionamentos em nossas cabeças durante todo o desenvolvimento do projeto, para enfim termos como fruto dos debates teóricos uma proposta de intervenção que foi aplicada na SEDCITEC, e será amadurecida para então ser replicada aos alunos do ensino médio. Propostas Inicialmente os participantes do projeto foram separados em grupos, de modo que no primeiro momento, os pequenos grupos iriam propor intervenções para serem " testadas " entre os próprios membros, esse foi um momento de conhecer qual era a visão inicial entre ciência e arte que os participantes vislumbravam, de modo que cada intervenção gerou debates promissores e instigantes acerca da biografia artística e científica que cada grupo trazia como bagagem. Em seguida, os grupos se propuseram a conhecer a Escola Estadual Brasílio Machado, em que iriam realizar as futuras intervenções, de modo que a forma de se conhecer a escola se deu por uma intervenção. Foram elaborados cartazes com perguntas que correlacionavam a arte, ciência e escola, além de outras perguntas que buscavam a interação entre cartaz-aluno, como perguntas que tinha um tom investigativo, em que os alunos tinham que completar a frase de modo a inserirem seus interesses, como por exemplo, " Me divirto quando.. " , " Quero mas não devo " , " Devo mas não posso " , " Posso mas não quero " , assim, os participantes foram levados a acreditar que esta seria uma forma de conhecer os alunos, a escola e suas relações. As respostas foram as mais variadas possíveis, o que reflete o estado de semi-prisão em que os estudantes se encontram nas atuais escolas, com modelos educacionais ultrapassados, a escola se tornou um lugar para conter os jovens, de modo a evitar que fiquem perambulando pela rua ou em suas próprias casas. Os participantes foram levados a um estado de semiconsciência frente aos resultados obtidos nesta intervenção, dessa forma, encaminharam-se discussões assíduas sobre passagens da tese de doutorado do orientador Crochik, com o título Arte-Ciência na Escola, principalmente no capítulo Ciência como Arte. Dessa forma, o grupo propôs uma intervenção a ser executada frente a turma de calouros do curso de Licenciatura em Física no segundo semestre de 2018 no período noturno, a intervenção desenvolvida teve como parâmetro a lógica da pesquisa científica de Karl Popper, e seu critério de Demarcação, a Falseabilidade, então o interlocutor propunha uma sequência de três números que seguiam uma regra interna de seus pensamentos, os participantes tinham que descobrir qual era essa regra, mas para dar um palpite era necessário falar uma nova sequência de três números e verificar se esta sequência proposta seguiam ou não a lógica do interlocutor, assim, dependendo do resultado ser positivo ou negativo os participantes arriscavam palpites bem fundamentados .