Pasando Por El Luto

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Pasando Por El Luto.

La Biblia califica a la muerte como un enemigo. Entonces, pasar por la experiencia de


perder a un ser querido no es algo agradable, aunque el creyente tiene esperanza.

Recién convertida pensaba que por tener la confianza de que al morir, quienes hayan
recibido en vida a Jesucristo como Señor y Salvador y se hayan convertido a Él, irán
con Él y donde Él esté, estarán ellos, no tenía derecho a sentirme triste y ante la
pérdida de algunos seres queridos básicamente luché contra mis emociones.

Sin embargo, ahora he comprendido que la Palabra dice que no estemos tristes como
los que no tienen esperanza… no dice que no estemos tristes, sino que tenemos una
esperanza que nos consolará ante la muerte de un ser querido (1 Tesalonicenses.
4:13-18)

La prueba quizá más difícil de nuestra fe puede presentarse precisamente ante la


muerte de un ser amado… y es aquí donde la certeza de la salvación se vuelve nuestro
consuelo.

Uno de mis versos favoritos para esta situación está en Juan 14:1-2, donde el Señor
nos dice que hay muchas moradas en casa de su Padre y que si así no fuera Él nos lo
habría dicho.

Es muy bueno rodearnos de estas escrituras que nos hablan de la vida eterna, de
nuestra morada al lado del Señor, de esa realidad de un futuro glorioso para los
creyentes, para enfrentar el luto.

Es natural pasar por procesos de negación, de enojo contra el ser que falleció y aún
contra Dios, sentimientos de soledad, de abandono y también de fracaso. No debemos
dejar que el enemigo nos engañe con la culpa.

A veces nos asaltan pensamientos como: pude haber hecho más, debí de haber hecho
tal o cual… entreguemos todos estos sentimientos al Señor y dejemos que a través de
Su Palabra, Su amor, alabanzas y tiempos con Él nuestro corazón sea consolado. No
nos presionemos, lloremos cuando sintamos esa necesidad pero busquemos los brazos
amorosos de nuestro Padre para no hundirnos en la depresión…. ¡porque tenemos
esperanza!!

Cuando estamos en comunión con Dios, cantando alabanzas, nuestro corazón se eleva
y sentimos la necesidad de estar ya con Él, de mirarlo, de abrazarlo… y, es hermoso
consuelo recordar que esos seres amados que lo aceptaron ya están allí, gozando de
esa maravillosa presencia y de su paz!!! Allí ya no habrá separaciones, ni dolor, no
habrá adiós y estaremos siempre juntos con Él… tenemos un futuro después de la
muerte!!!

Salmo 30:5 Por la noche durará el lloro y a la mañana vendrá la alegría.


Escrituras que sugiero para reforzar en tiempo de luto nuestra fe: Juan 3:16; 1
Corintios 15:3-25; 42-43; 51-58; 1 Tes 4:13-18; 5:9,11; 2 Cor. 4:7-14; 16-5:10;
Hebreos 13:14; Job 19:25-27ª; Apocalipsis 21:4; Isaías 25:8-9
O consolo de Deus na hora do luto
Por Pr. Hernandes

De todas as dores da vida, a dor do luto parece ser a mais aguda. É uma dor que lateja
na alma e assola nossa vida. Todos nós, num dado momento da vida, teremos que
enfrentar essa dor. Não existe nenhuma família que escape desse drama. Não é fácil
ser privado do convívio de alguém que amamos. Não é fácil enterrar um ente querido
ou um amigo do peito. Não é fácil lidar com o luto. Já passei várias vezes por esse vale
de dor e sombras. Já perdi meus pais, três irmãos e sobrinhos. Sofri amargamente.
Passei noites sem dormir e madrugas insones. Molhei meu travesseiro e solucei na
solidão do meu quarto. A dor do luto dói na alma, aperta o peito, esmaga o coração e
arranca lágrimas dos nossos olhos. Jesus chorou no túmulo de Lázaro e os servos de
Deus pranteavam seus mortos. Porém, há consolo para os que choram. Aqueles que
estão em Cristo têm uma viva esperança, pois sabem que Jesus já venceu a morte. Ele
matou a morte e arrancou seu aguilhão. Agora a morte não tem mais a última palavra.
Jesus é a ressurreição e a vida. Aqueles que nele creem nunca morrerão eternamente.
Agora, choramos a dor da saudade, mas não o sentimento da perda. Perdemos quem
que não sabemos onde está. Quando enterramos nossos mortos, sabemos onde eles
estão. Eles estão no céu com Jesus. Para os filhos de Deus, que nasceram de novo,
morrer é deixar o corpo e habitar com o Senhor. É partir para estar com Cristo, o que é
incomparavelmente melhor. Os que morrem no Senhor são bem-aventurados!

O fato de termos esperança não significa que deixamos de sofrer. A vida não é indolor.
Nossa caminhada neste mundo é marcada por dissabores, decepções, fraquezas,
angústias, sofrimento e morte. Aqui cruzamos desertos tórridos, descemos a vales
profundos, atravessamos pântanos perigosos. Nossos pés são feridos, nosso coração
afligido e nossa alma geme de dor. Não estamos, porém, caminhando rumo a um
entardecer cheio de incertezas. O fim da nossa jornada não é um túmulo gelado, mas a
bem-aventurança eterna. Entraremos na cidade celestial com vestes alvas e com
palmas em nossas mãos. Celebraremos um cântico de vitória e daremos glória pelos
séculos sem fim, ao Cordeiro de Deus, que morreu por nós, ressuscitou, retornou ao
céu e voltará em glória para buscar sua igreja. Teremos um corpo imortal,
incorruptível, poderoso, glorioso e celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo.
Deus enxugará dos nossos olhos toda a lágrima. As lembranças do sofrimento ficarão
para trás. Na Nova Jerusalém, na Cidade Santa, no Paraíso de Deus, na Casa do Pai,
não haverá mais luto nem pranto nem dor. Ali reinaremos com Cristo e desfrutaremos
das venturas benditas que ele preparou para nós. Nossa tribulação aqui, por mais
severa, será apenas leve e momentânea, se comparada com as glórias por vir a serem
reveladas em nós. O nosso choro pode durar uma noite inteira, mas a alegria virá pela
manhã!
Três verdades essenciais do Cristianismo formam as colunas de sustentação da nossa
viva esperança. A primeira delas é que Jesus ressuscitou dentre os mortos e triunfou
sobre a morte. Agora, a morte não tem mais a última palavra. A morte foi tragada pela
vitória! A segunda verdade é que Jesus voltou ao céu e enviou o Espírito Santo, o
Consolador, para estar para sempre conosco. Não estamos órfãos. Não caminhamos
sozinhos pelos vales escuros da vida. O Espírito Santo consolador está em nós e
intercede por nós ao Deus que está sobre nós. A terceira verdade é que Jesus vai voltar
gloriosamente para buscar sua igreja. Naquele glorioso dia, os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro e os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados
para encontrar o Senhor Jesus nos ares, e assim, estaremos para sempre com o
Senhor. Essas verdades enchem o nosso peito de doçura e abrem para nós uma eterna
fonte de consolação!
Luto, tempo de dor e de esperança
Jesus suportou ser humilhado e crucificado. Mas, quando se deparou com o amigo
Lázaro morto, chorou. Não era um sinal de fraqueza nem de impotência diante da
morte, mas sim a demonstração da humanidade de Cristo diante de um dos momentos
mais doloridos para o ser humano: a passagem pelo luto.

Ele pode durar dias e até anos. Ser acompanhado de pranto, dor, culpa, revolta e de
uma pergunta que talvez nunca seja respondida: “por quê?”. “Por que eu estou
passando por isso?” “Por que o luto me alcançou?”.

A morte é observada sob vários pontos de vista mesmo no Brasil, cuja população é
majoritariamente cristã. “As culturas que formaram a nação trouxeram suas
manifestações acerca do fim da vida. Africanos, asiáticos, europeus, indígenas,
orientais, cada qual a seu modo, e os brasileiros mantêm vivas tradições e crenças
diferentes sobre a morte, que para uns é um deslumbramento e que para outros
significa a derrota total”, explicou Vilmar Diniz, pastor batista e professor de Grego e
Exegese do Novo Testamento.

O especialista ressaltou que, para a ciência, este é o caminho natural de todos os


seres. “É o cessar do pulso e a inatividade cardíaca e cerebral.” Mas, para o
cristianismo, não é um ponto final. “A compreensão é de que se trata de uma
passagem, um momento de travessia, na crença de que a vida continuará de outra
maneira, em uma condição espiritual.”

O Pr. Charles Pinto, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, faz coro. “A morte é um
estágio, e não um fim em si mesmo. A promessa bíblica de Cristo é: ‘Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crer em mim, ainda que morra, viverá’ (João 11:25)”,
afirmou o líder ministerial, baseado nas palavras de Jesus para as irmãs de Lázaro, Seu
amigo que havia morrido e O feito chorar.

Os Evangelhos declaram que aquele que está em Cristo, ao morrer, entra no descanso
eterno e terá uma existência sem fim e sem sofrimentos, ao lado de Deus. As
Escrituras Sagradas atestam sobre essa esperança, mas, mesmo sabendo e confiando
nessa verdade, não é fácil aceitar a morte.

E como lidar com a dor quando a perda é do filho primogênito, de apenas 2 aninhos?
Ou quando quem parte é o marido, em plena lua de mel? Ou ainda quando
simplesmente a pessoa que vai embora, sem abraços e despedidas, é aquela que você
amava? “Não fomos feitos para morrer. Deus nos fez para vivermos eternamente
(Gênesis 1:26-28). O pecado mudou essa realidade, mas o maior desejo de Deus é nos
restaurar ao plano original”, ressaltou o Pr. Charles.

Um instante que muda tudo

O feriado de 12 de outubro de 2015 já estava perto quando a coordenadora


administrativa Josiane Britto se preparava para viajar com o marido, Diego Costa, e
com a prima, Aline Britto, de Itajaí, em Santa Catarina, para Vila Velha, de carro.
Capixaba, o casal, que formalizara a união havia apenas três meses, deixou a família
no Espírito Santo em 2014 por causa de uma oportunidade profissional e queria
aproveitar o feriado para rever os parentes.

“Em 2015, vivi o melhor ano da minha vida. Minha prima Aline, uma missionária e
levita que eu admirava muito por seu relacionamento com Deus, foi para Florianópolis
estudar missões. Em julho, eu e Diego nos casamos. Mas no feriado de outubro fizemos
a viagem que mudaria nossas vidas para sempre. Viajamos de carro. Por estar
cansado, meu esposo cochilou ao volante e batemos de frente com um ônibus, em
Campos (RJ)”, contou Josiane. Aline foi arremessada para fora do carro e morreu na
hora. Diego também não resistiu. Josiane foi socorrida e levada ao hospital com
hemorragia interna.

“É imprescindível que a pessoa enlutada aceite e reconheça a perda e as emoções que


as seguem”- Fabiana Maron, psicóloga

“Sei exatamente o que é querer morrer, o que é se sentir culpada por estar viva,
sentir o vazio, a dor, vendo todos os seus sonhos sendo enterrados. Eu não conseguia
ver Deus nisso. Como assim levar meu esposo, um homem maravilhoso, íntegro, bom,
e minha prima, separada por Deus com dons extraordinários? Eu me sentia injustiçada
pela perda. E só questionava o porquê.”

Um outro acidente, porém de moto, marcou também para sempre a vida da artesã
Maria Helena Macedo. Ela estava em casa, na tarde de 26 de janeiro de 2009, quando
recebeu a notícia de que seu filho Felipe, que há 15 dias havia completado 19 anos,
morrera ao perder o controle do veículo e bater num poste. Quebrou o pescoço e
fraturou o crânio. Foi fatal.

“Antes de o meu filho mais velho comprar a moto, eu e o pai dele dissemos que era
muito perigoso. Ele pegou a moto no sábado e na segunda aconteceu isso. Eu estava
bordando quando Felipe disse que levaria o colega até o serviço dele. Depois, meu filho
mais velho ligou para o celular do Felipe, porque ele estava demorando, e um policial
atendeu e contou sobre o acidente. Na hora eu não acreditei”, disse Maria Helena, ou
Lena, como é mais conhecida na Igreja Presbiteriana, onde congrega.

A jornada do luto

O processo do luto pode se diferenciar de pessoa para pessoa “É individual e muito


subjetivo. Quem se permite vivenciar esse processo o vive até dar sentido à sua perda.
De posse desse sentido, consegue superar, mesmo que o que foi perdido ainda lhe
falte”, explicou a psicóloga Fabiana Maron.

Não há um prazo definido para a passagem pelo luto, que pode durar dias e até anos,
acrescentou. “Estudiosos afirmam que o período saudável é de no máximo dois anos. É
imprescindível que a pessoa enlutada aceite e reconheça a perda e as emoções que as
seguem. De posse desse conhecimento, ela poderá ressignificar seu mundo e seguir em
frente.”

Nesses casos, o papel do psicólogo é o de legitimar o sofrimento e a perda, pois muitos


que passam por esses episódios escondem e até negam o baque. E nesse momento é
importante chorar e se deixar sofrer. “O choro é um escape dado pelo Criador para
extravasarmos, seja na alegria extrema, seja na dor profunda. Uma mãe ou um pai que
ficam sem os filhos repentinamente, por acidentes ou situações similares, tendem a
sofrer por mais tempo do que alguém que perde um idoso no final natural da vida do
ser humano. Chorar e sofrer a dura realidade de uma separação é normal. Mas, quando
vemos na morte como um fim em si mesmo, isso traz duras consequências”, frisou o
Pr. Charles.

Passar pelo ritual do funeral também ajuda na aceitação, segundo o Pr. Vilmar. “Ver o
corpo da pessoa que foi tão querida descer à sepultura dá uma sensação de trabalho
cumprido, realizado. Quando acontece de alguém morrer e não poder ser identificado e
sepultado, há um sofrimento maior, uma comoção geral. É por isso que existe tanto
sofrimento quando ocorre uma queda de avião, e os corpos não são encontrados. Para
os que ficam vivos, permanece a dúvida sobre a morte do ente querido, dando a
impressão de que poderá voltar a qualquer momento. Certamente que o sofrimento
torna-se mais acentuado. Os rituais de funeral, a despedida, o culto religioso, a palavra
do padre ou do pastor, o momento de fechar o caixão, a descida à sepultura, o jogar
um punhado de terra ou uma flor sobre o esquife, até o momento quando a sepultura é
lacrada, são importantes para ajudar a enfrentar esse momento triste.”

Deus + tempo: melhor remédio!

Um ano já se passou desde que Josiane perdeu o marido e a prima. Sete, desde que
Lena viu seu filho pela última vez. Com o decorrer do tempo, elas contam que
aprenderam a lidar com o luto.

“Falo para as pessoas que a cada dia é uma nova lição. Algo que aprendi com a morte
do meu filho é que é preciso viver em paz com tudo e com todos, porque não sabemos
a hora que Deus vem nos buscar. Se eu não tivesse Deus, eu estaria doida ou morta.
Eu já tive depressão quando solteira, e meu marido achou que eu não fosse resistir”,
disse Lena.

Os primeiros 15 dias foram os piores. “Nessa época, eu estava ouvindo rádio e tocou
um hino que ele gostava muito. Deu-me um desespero, tive vontade de ir ao cemitério
e tirá-lo de lá, mas Deus me segurou. Eu me perguntava: ‘Deus, por que eu não
segurei o Felipe?’ E Deus sempre me respondia que Ele é que o tinha levado. Foi a
moto, mas poderia ter sido a escada ou qualquer outra coisa. Antes sentia muita dor no
peito, como se um punhal estivesse enfiado.

Lembro-me de que eu coloquei a mão no meu peito, pedi para Deus me dar forças e
tirar a dor porque estava me impedindo de viver, e Ele tirou. Hoje só sinto saudades.
Bendito seja o nome do Senhor! Tudo é para glória dEle!”, falou.
As cenas do acidente ainda são muito vívidas nas lembranças de Josiane, mas ela tem
aprendido a seguir em frente. “Antes de qualquer coisa, posso dizer que com a perda
eu aprendi o verdadeiro valor do hoje, de amar as pessoas e de demonstrar o que se
sente por elas. Dias depois, Deus respondeu aos meus ‘por quês’. Ele falou comigo em
João 13:7: ‘O que eu faço, tu não o sabes agora, mas depois entenderás’. Tive o
suporte da família e dos amigos. Minha primeira lição foi de me permitir ser cuidada e
receber amor. Procurei também ajuda em outras pessoas que passaram por situações
semelhantes e conseguiram seguir em frente, o que não significa esquecer ou não
sentir falta, mas sim aprender a lidar com a dor. Tive acompanhamento psicológico por
dois meses. Busquei Deus em todo tempo, me afastei das redes sociais, me permitia
chorar, mas sempre buscando o equilíbrio. Busquei atividades físicas, comecei a correr
e eliminei 10 quilos dos 15 que engordei neste ano. Voltei para Santa Catarina e
retornei ao trabalho. Não foi fácil, mas decidi todas as manhãs seguir a mesma
instrução: por hoje eu decido superar! E assim vou vivendo um dia de cada vez.

Seis meses após o dia fatídico, Josiane se especializou em coaching e hoje também
ajuda outras pessoas a superar suas “chagas”. “Se permaneci viva é porque Deus tem
um propósito nisso tudo. E busco nEle não o motivo de isso ter acontecido comigo, mas
sim a força e a graça para crer e seguir adiante, ajudando também outras pessoas.”

Talvez a lição mais importante que possa ser tirada do luto é o de valorizar cada
momento da vida, fazendo as escolhas certas, optando por amar, perdoar e buscar a
Deus, o autor da vida. “A Bíblia, em Eclesiastes 7:2, diz que ‘melhor é ir à casa onde há
luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os
homens, e os vivos o aplicam ao seu coração’. Também diz no versículo 4: ‘O coração
dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos, na casa da alegria’. Na visão
do escritor de Eclesiastes, a morte ensina sobre a vida. E é em momentos de luto que
aprendemos o valor da vida. O período do luto é favorável para uma reflexão sobre a
importância do existir, da família, do próximo e daqueles com quem convivemos. A
vida não valeria a pena, e aí muitos desejam e praticam a própria morte, não fossem o
prazer de viver e o convívio com os entes queridos”, afirmou o pastor Vilmar. Ele
mesmo já passou pela experiência de perder um filho de 2 anos e venceu a dor.

A morte é real, isso é fato. Porém, não se pode perder de vista a promessa contida na
Bíblia de que haverá um dia em que todas essas coisas passarão e um novo tempo
chegará aos filhos de Deus: “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá
mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor… (Apocalipse 21:4)”.

Só há uma motivação capaz de fortalecer os enlutados e de fazê-los caminhar,


conservando a fé e confiando no Espírito Santo, o Consolador: a esperança de que um
dia, por fim, a morte será tragada e que o reencontro com aqueles que se foram será
possível.
Superando a dor do luto com Deus
por: Antonio Júnior

Havia um homem, cristão dedicado, que vivia muito feliz com sua família: uma esposa
admirável e dois filhos queridos. Certa vez ele decidiu fazer uma longa viagem,
ausentando-se do lar por vários dias. Durante este período, um grave acidente
provocou a morte dos dois filhos amados. A mãe sentiu o seu coração dilacerado pela
dor. Chorou profundamente, mas, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela
confiança em Deus, suportou o choque com bravura. Porém, uma preocupação maior
lhe vinha à mente: "Como dar ao esposo essa notícia triste?"

Sabendo que seu marido era portador de insuficiência cardíaca, tinha medo de que não
suportasse tamanha comoção. Lembrou-se de fazer uma oração, pedindo a Deus
auxílio para resolver a difícil questão. Alguns dias depois, num final de tarde, o homem
retornou ao lar. Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos. Ela pediu para
que não se preocupasse, que tomasse o seu banho, e logo depois eles conversariam
melhor. Alguns minutos depois, estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou
sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos. A esposa, numa atitude
um tanto embaraçada, respondeu ao marido:

_ Deixe os filhos, meu bem. Primeiro quero que você me ajude a resolver um problema
que considero grave.

O marido, já um pouco preocupado, perguntou:

_ O que aconteceu? Notei você abatida! Fale logo!! Resolveremos juntos, com a ajuda
de Deus.

_ É o seguinte: enquanto você esteve ausente, um amigo nosso me visitou e deixou


duas jóias de valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas!
Nunca vi algo tão lindo! O problema é esse... Ele vem buscá-las e eu não quero
devolvê-las, pois já me encantei com elas. O que você me diz?

_ Ora, mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca foi apegada a
vaidades! Por que isso agora?

_ É que eu nunca tinha visto jóias assim! Elas são maravilhosas!

_ Podem até ser, mas não lhe pertencem! Você terá que devolvê-las.

_ Mas eu não consigo aceitar a ideia de perdê-las! Disse a mulher.

E o homem respondeu com firmeza:

_ Ninguém perde o que não possui! Reter essas jóias seria o mesmo que um roubo!
Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos hoje mesmo!
_ Pois bem, meu querido, que seja feita a sua vontade! O tesouro será devolvido. Na
verdade isso já foi feito... As jóias preciosas eram nossos filhos. Deus confiou eles ao
nosso cuidado, e durante a sua viagem Ele veio buscá-los. Eles se foram...

O homem compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram muitas


lágrimas...

Quando perdemos pessoas especiais em nossa vida, um buraco enorme fica no peito. É
impossível não se entregar ao choro e o desabafo, pois ninguém é de ferro. Mas
precisamos seguir em frente, e como podemos prosseguir deixando apenas as boas
lembranças para trás? O próprio Deus nos conforta na Sua Palavra: "Habito no alto e
santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o
espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos" (Isaías 57:15).

Somente Deus é capaz de consolar, confortar e nos fortalecer no momento do luto. Por
isso devemos nos apegar a Ele com todas nossas forças, principalmente nestes
momentos de dor. A morte faz parte do ciclo natural do ser humano e não seremos a
primeira e nem a última pessoa a passar por esta triste experiência. Porém, podemos
escolher entre ficarmos chateados e magoados com Deus por não termos mais a
pessoa conosco, ou podemos agradecê-Lo por ter nos dado o privilégio de conviver com
alguém tão especial em um mundo ingrato e injusto.

Porém, é compreensível, que até mesmo nós, cristãos, que temos a esperança na
eternidade com Cristo, soframos com a morte. O próprio Senhor Jesus chorou quando
seu amigo Lázaro morreu. A Bíblia diz que ele "gemeu no espírito e ficou aflito", e logo
depois "entregava-se ao choro" (João 11:33,35). Com isso, vemos que chorar e ficar de
luto quando morre alguém que amamos, não é sinal de fraqueza ou falta de confiar em
Deus. O rei Davi também chorou quando seu filho Absalão faleceu e clamou: "Oh! Que
eu, eu mesmo, tivesse morrido em teu lugar" (2 Samuel 18:33). Porém, devemos
confiar que Deus é soberano e quando acreditamos na ressurreição daqueles que
creram em Jesus, a nossa tristeza se torna menos pesada. Como diz a Bíblia: "você não
estará pesaroso como os demais que não têm esperança" (1 Tessalonicenses 4:13).

Se você estiver passando pela dor do luto, saiba que Deus quer ser o seu pai, o seu
consolo e seu melhor amigo. Se você se achegar a Ele em oração e depender
completamente dEle, suas forças e fé serão renovadas e Ele trará de volta sua alegria
de viver. E a Bíblia promete que "Ele mesmo te sustentará e jamais deixará que você
seja abalado" (Salmo 55:22).
Lidando com a perda de um ente querido

Toda vez que perdemos alguém querido, somos forçados a fazer novos ajustes.
Enquanto que alguns ajustes são práticos e externos, outros são emocionais e internos.
Alguns parecem ser triviais – outros monumentais.

FATORES DE DEPENDÊNCIA

Quanto dependíamos daquela pessoa? Qual papel ele ou ela tinha em nossa vida?
Talvez tivéssemos uma grande sensação de autovalorização em cuidar daquela pessoa.
Nós encontraremos a sensação de valorização e propósito em outro lugar, ou nos
sentiremos como se não mais tivéssemos valor?

FATORES DE IDENTIDADE

Talvez nossos objetivos e sonhos estivessem envolvidos na pessoa querida – e agora a


pessoa se foi! Nossas esperanças e desejos também morrerão, ou seremos capazes de
descobrir novo propósito e direção na vida?

FATORES DE COMPANHEIRISMO

Solidão é geralmente encontrada quando a pessoa querida falece, e estes sentimentos


podem ser intensos. Não se alarme se você tiver fortes sentimentos de solidão. Assim
como Deus te deu o dom de ser capaz de dar e receber amor daquela pessoa querida,
Ele também te dará força e resiliência para avançar.

UMA OLHADA NA RECUPERAÇÃO DO REI DAVI

O rei Davi experimentou numerosas perdas ao longo da sua vida. Uma delas envolvia a
morte do seu filho. A história está registrada em II Samuel 12:16-23. Vamos
reconhecer o que o seu exemplo pode significar para nós quando nós experimentamos
a perda de alguém amado.

Davi Orou, Jejuou, Chorou E Buscou A Deus Na Situação. (Versículos 16-18).

Davi fez tudo que ele pôde para tentar reverter a situação sobre seu filho. Na análise
final, contudo, ele não recebeu o resultado que ele gostaria.

Davi Se Forçou A Aceitar A Noticias Que Ele Não Queria Ouvir, Ele Se Levantou Do
Chão, Se Lavou E Se Ungiu. (Versículos 19-20).
Às vezes, na vida, somos abatidos. Mas somos nós quem decide se vamos permanecer
abatidos. Lavar-se tem a ver com deixar a sujeira de ontem e receber um começo
fresco e novo hoje. Tem a ver com abraçar um novo começo. Nos tempos bíblicos, o
óleo era uma loção que trazia conforto, refrigério e alívio para a pessoa.

Davi Mudou Suas Roupas. (Versículo 20).

Nos tempos bíblicos, a roupa falava muito sobre o que a vestia e o que ele estava
passando. As vestes do rei, o trapo do mendigo, e o pano de saco dos que estavam de
luto, todos contavam a história daqueles que as usavam.

Davi Foi Para A Casa Do Senhor E Adorou. (Versículo 20).

Independente da dor que Davi experimentava, ele se voltou para Deus e O honrou e O
adorou.

Davi Voltou Para Sua Casa E Comeu. (Versículo 20).

A vida iria continuar. Davi voltou para seus arredores e para suas atividades normais.

ELE TAMBÉM TE DARÁ FORÇA E RESILIÊNCIA PARA AVANÇAR

Depois da morte de uma pessoa querida, ajusta-se para uma nova realidade será
diferente para cada pessoa. Para a maioria das pessoas, a recuperação de uma perda
significativa é um processo longo. Tenha a certeza que Deus está com você a cada
passo do caminho.

Sentir falta da pessoa que você ama é um tributo àquela pessoa e à influência delaem
sua vida. Avançando, fazendo os ajustes necessários e encontrando novo propósito
para si mesmo é um tributo a Deus e à influência Dele sobre sua vida.
Vencendo o luto, superando perdas
É possível viver bem e superar o momentos de luto

Nossa vida é cheia de perdas e lutos, de altos e baixos. A maior dor, porém, é a perda
de alguém muito querido, como pai, mãe, esposo ou esposa; alguém com um laço
afetivo muito forte. Geralmente, associamos a perda ao luto, mas existem situações em
nossa caminhada que são tão intensas que vivemos uma perda como um luto. Um
exemplo são as separações, as mudanças de cidade ou trabalho, o término de um
namoro, a mudança de escola, decepções, traições etc. É uma dor que precisa ser
enfrentada com realismo e muita ajuda pessoal, espiritual e, muitas vezes,
acompanhada por algum profissional ou alguém que tenha condições de vencer
conosco esses momentos difíceis. Quanto mais próxima a pessoa ou a situação que se
perde, mais difícil e delicado é o processo de recuperação. No entanto, é possível viver
bem e superar esses momentos de perdas e lutos.

Em 2010, vivi uma grande perda, o falecimento de minha mãe. Fui para São Paulo dois
meses depois, participar de um retiro de sacerdotes. Era um encontro de silêncio e
muita reflexão, em que iríamos trabalhar a nossa história de vida. Na verdade, era um
retiro de cura interior, graças a Deus! Como eu estava precisando fazer silêncio para
digerir tudo que tinha vivido nos últimos meses! Mas eu não conseguia entrar na
dinâmica do retiro, porque estava muito agitado e com muitas dores de estômago e de
cabeça. Já eram sintomas de uma perda mal vivida, eram sintomas patológicos de algo
que estava se passando em minha alma, em meu coração, a dor da perda, da ruptura.
Não tinha ainda vivido, de verdade, o luto de minha mãe. Isso tudo eu descobri no
primeiro atendimento, quando minha acompanhadora conversou e orou por mim. Foi
um atendimento libertador, tanto espiritual como psicológico, pois estava em duas
situações. Mas ela detectou que eu ainda não tinha vivido o luto, a ruptura, eu ainda
estava e tinha o direito de estar de luto pela perda de minha mãe.

Importância de viver o luto

Espiritualmente, eu me preparei, entendi e vivi a esperança da ressurreição, mas o


meu psicológico, emocional e também o físico estavam reclamando. Ela me dizia: “O
senhor está de luto, tem o direito de chorar, de querer ficar só, de querer o silêncio, é
normal. Precisa aceitar que teve uma grande perda, um vínculo afetivo fortíssimo, que
é a mãe. A psicologia diz que é necessário dois ou três anos para você se recuperar
totalmente da perda, da ruptura de alguém tão próximo como pai, mãe, irmão, esposo.
E quando o vínculo afetivo é intenso e verdadeiro, o processo é longo. É preciso
assumir e respeitar com muita paciência”. O meu corpo não estava preparado para
aquilo, pois, muitas vezes, fazemos essa separação e nos esquecemos de que a nossa
pessoa é um todo. Daí, podem ocorrer algumas enfermidades patológicas por
somatização, pois não me permiti sofrer, chorar nem sentir psicologicamente a dor da
ruptura, da perda.
Corre-se um grande risco de negar os sentimentos de decepção, de raiva, de não
aceitação da morte. Isso gera dentro da pessoa um processo de revolta consigo e com
Deus, de falta de perdão. O nosso corpo será o último a pedir socorro, a sofrer e
manifestar em pequenas e grandes enfermidades; era o que eu estava sentindo no
estômago e na cabeça.

Se você perdeu alguém ou teve uma grande ruptura na sua vida, é preciso realizar um
processo de aceitação e relacionar-se com essa perda, com a dor da morte.

Passos para retomar o processo e viver bem as perdas e o luto

1º – Assumir que você tem direito de estar de luto, de chorar, querer se recolher,
sentir a dor da ruptura. Não tente mascarar a realidade e os seus sentimentos. Isso é
natural, querer fugir disso é problema na certa;

2º – Dar nome aos seus sentimentos: dor, saudade, decepção e revolta, pois você
esperava outra coisa, até um milagre, a recuperação, a reconciliação;

3º – Perdoar e reconciliar-se com todas as situações que envolveram essa perda:


perdoar a pessoa que faleceu, por ela ter ido dessa forma tão cedo, por ter se separado
de você, por não ter se despedido etc. Perdoar Deus por ter permitido essa morte ou
essa perda, por não ter realizado o que você tanto pediu. Perdoar as pessoas que
estavam vivendo com você esse momento, médicos, parentes, instituições. Perdoar a si
mesmo por ter se exposto, por não aceitar o processo natural e não se permitir sofrer.

4º – Tomar consciência de que Deus está no controle de todas as coisas. O desejo d’Ele
não é a morte nem o sofrimento humano, mas acontece no “tempo de Deus”, pois Ele
sabe o que é melhor para nós. A providência é a sabedoria de Deus que rege todas as
coisas, a visão d’Ele não é limitada à nossa. Deus não erra e sempre nos vê com amor.

5º – Guardar uma verdadeira imagem da pessoa que se perdeu. Quando se perde


alguém, é costume preservar a imagem da pessoa, mas o exagero da memória de
quem morreu ou foi embora não nos ajuda a recuperar o luto, a perda. Por isso, é
essencial guardar a verdade das pessoas, as qualidades e os defeitos. Não é só porque
morreu, que se tornou santo: “”Ah, fulano era tão santinho! Só tinha alguns defeitinhos
de nada!””.

“Ao vê-la chorar assim, como também todos os judeus que a acompanhavam, Jesus
ficou intensamente comovido em espírito. E, sob o impulso de profunda emoção,
perguntou: ‘onde o pusestes?’. Responderam-lhe: ‘Senhor vinde ver’. Jesus pôs-se a
chorar. Observaram por isso os judeus: ‘Vede como ele o amava!’” (cf. Jo 11,1-45).

Cura interior

Viver bem e sem máscaras os sentimentos

Neste episódio da morte do amigo Lázaro, Jesus manifesta seus sentimentos por ele e
por suas irmãs Marta e Maria. Viver bem e sem mascarar nenhum sentimento ou
momento que possamos estar vivendo, enxergar-se como parte de um todo e não
como o centro de tudo. Reconciliar-se com si mesmo e com toda a sua história, como
uma grande história da iniciativa amorosa de Deus. Harmonizar corpo, alma, psíquico e
espírito, isso é viver com sabedoria.

Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que
esteja morto, viverᔠ(Jo 11,25).

Oração: “Senhor Jesus, também sofrestes perdas e luto. Ajuda-me com o Seu Santo
Espírito a viver bem e com equilíbrio todas as etapas de minha vida, os lutos e as
perdas que tenho tido na minha caminhada. Ensina-me a perdoar e a pedir perdão, a
ser desapegado das coisas e das pessoas. Que eu viva intensamente o amor nos meus
relacionamentos e não deixe para trás nada sem resolver. Nossa Senhora do Equilíbrio,
caminhai comigo e rogai por nós.

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