Emilio Zola - El Vientre de París 1ra Parte
Emilio Zola - El Vientre de París 1ra Parte
Emilio Zola - El Vientre de París 1ra Parte
RICARDO C0VARRUBIA3
Los Rougon-Macquart
Historia natural y social d e una
familia b a j o el segundo Imperio
jNúm. Cías.
Núm. Autor
El Vientre de París
Núm.
Procedencia Por EMILIO ZOLA
Prseio
TRADUCCION D E
EMILIO M a MARTINEZ
Tomo
BIBLIOTECA ÜíllVERSITA&m
"ALFONSO REYES
^ H O O RICARD® ©GVARRUBIAS
191218
GASSO HERMANOS, EDITORES
Santa Teresa, 4 y 6
PILLA ALFONSlRS BARCELONA
BffiLtCT j^\msEPABIA
ü . A . N. L :
El vientre de París
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pelamos, en invierno. Dicen q u e edificarán dos rechazó suavemente a la joven, p a r a poder sacar
pabellones más, echando a b a j o las casas, alre- las piernas, de dos orificios b r o t a r o n h a s t a sus
dedor del m e r c a d o de trigo. ¿Conocía usted va manos dos hilillos de sangre. Entonces, se levan-
todo esto? tó de u n salto, y huyó, enloquecido, sin sombre-
—No—respondió Florencio.—Estaba en el ex- ro, con las m a n o s h ú m e d a s . Hasta la noche estu-
tranjero... Y esa gran calle q u e tenemos delante vo vagando con la cabeza t r a s t o r n a d a , y viendo
¿cómo se l l a m a ? sin cesar a la joven, caída de través sobre sus
— E s u n a calle nueva, la calle del P u e n t e Nue- piernas, con el rostro m o r t a l m e n t e pálido, con
vo, que arranca del Sena y que llega hasta aquí, los grandes ojos azules abiertos desmesurada-
a la calle de M o n t m a r t r e y la de Montorgueil... Si mente, con labios de sufrimiento, y con el asom-
hubiese sido de día, se h u b i e r a orientado usted bro, en todo su ser, de haber m u e r t o allí, t a n
al momento. pronto. Florencio era tímido. A los treinta años
Levantóse la verdulera al ver a u n a m u j e r in- no se atrevía a m i r a r de f r e n t e el rostro de las
clinada sobre sus nabos. m u j e r e s ; y desde entonces p a r a toda su vida,
— ¿ E s usted, tía Chantemessé?—la p r e g u n t ó tenía aquel semblante grabado en la m e m o r i a y
amistosamente. en el corazón. E r a como u n a m u j e r suya que h u -
Florencio contemplaba la p a r t e b a j a de la biese perdido.
calle de Montorgueil. Allí era donde u n a p a r t i d a Por la noche, sin saber cómo, y lleno a u n del
de agentes de policía le h a b í a cogido, en la noche trastorno que le p r o d u j e r a n las horribles escenas
del 4 de Diciembre. Iba por el bulevar M o n t m a r - de la tarde, se encontró en la calle de Montor-
tre, a cosa de las dos, a n d a n d o despacito p o r gueil, en casa de u n comerciante en vinos, en
medio de la m u c h e d u m b r e , sonriendo al ver to- donde h a b í a unos cuantos h o m b r e s bebiendo y
dos aquellos soldados q u e el Elíseo hacía pasear hablando de hacer barricadas. Acompañóles Flo-
por el arroyo para hacer que le t o m a s e n en serio, rencio, les ayudó a a r r a n c a r algunos adoquines,
c u a n d o los soldados b a r r i e r o n las aceras, a tiro y se sentó encima de la barricada, cansado de su
limpio, en u n c u a r t o de h o r a . Florencio, empu- correteo por las calles, y diciéndose q u e se bati-
jado, tirado al suelo, cayó en la esquina de la ría en c u a n t o llegasen los soldados. No llevaba
calle de Vivienne; y ya no sabía m á s ; la enlo- encima ni siquiera u n cuchillo; continuaba con
quecida m u c h e d u m b r e p a s a b a por cima de su la cabeza descubierta. A cosa de las once, se que-
cuerpo, con el h o r r o r espantoso de ios fusilazos dó a m o d o r r a d o ; veía los dos orificios de la blan-
Cuando no oyó n a d a ya, quiso levantarse. Tenía ca gorguera de pliegues menudos, m i r á n d o l e cual
encima a u n a m u j e r joven, con sombrero de co- si fuesen dos o j o s encendidos en l á g r i m a s y en
lor de rosa, y cuyo chai había resbalado, descu- sangre. Cuando se despertó, se halló en medio
briendo u n a gorguera acañonada en pequeños de cuatro policías q u e le llenaban de puñetazos.
pliegues. Por encima del seno, en la gorguera Los h o m b r e s de la b a r r i c a d a habían empren-
habían penetrado dos balas; y c u a n d o Florencio dido la fuga. P e r o los policías se pusieron f u -
riosos y estuvieron a p u n t o de ahogarle cuando
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m a l e j a . Cuando vaya usted por m i casa se la en- se en plena n e g r u r a , agrietada, verdecida por la
señaré. ¿Va usted a esa calle tal vez? caída de las lluvias e n u n a d e s b a n d a d a tal de
Florencio, consolado, r e a n i m a d o por l a noticia colores y de p o s t u r a s , q u e Claudio se r e í a con
de q u e la calle P i r o u e t t e existía a ú n , j u r ó q u e toda su a l m a . Florencio se h a b í a detenido e n la
no, y a s e g u r ó q u e no tenía n i n g u n a p a r t e a don- esquina de la calle de Mondétour, e n f r e n t e de
de ir. T o d a su desconfianza Se despertaba de l a q p e n ú l t i m a casa, a la i z q u i e r d a . L o s t r e s pisos
nuevo al ver la insistencia de Claudio. dormían, con s u s dos v e n t a n a s sin p e r s i a n a s y
sus p e q u e ñ a s cortinillas b l a n c a s bien c o r r i d a s
— N o i m p o r t a — l e d i j o éste.—Vamos de todos d e t r á s de los cristales; arriba, sobre las c o r h n a s
m o d o s a la calle Pirouette. P o r la noche tiene u n de la estrecha v e n t a n a del desván, u n a luz iba y
color... Vamos, p u e s ; está a dos pasos de aquí. venía. P e r o la t i e n d a parecía c a u s a r a Florencio
Florencio se vió obligado a seguirle. Iban u n o u n a emoción e x t r a o r d i n a r i a . E s t a b a n abriéndo-
al lado del otro, como dos c a m a r a d a s , p a s a n d o la E r a u n c o m e r c i a n t e de h i e r b a s cocidas, en el
por e n c i m a de las b a n a s t a s y de las legumbres. fondo, r e l u c í a n algunos peroles; sobre la m e s a
E n la acera de la calle de R a m b u t e a u , h a b í a del m o s t r a d o r , m o n t o n e s de p a s t a de espinacas
m o n t o n e s gigantescos de coliflores, o r d e n a d a s en y de escarolas, en a l g u n a s f u e n t e s , se redondea-
pilas c o m o balas de cañón, con r e g u l a r i d a d sor- ban, t e r m i n a n d o en p u n t a , y cortados, por de-
prendente. L a p u l p a tierna y blanca de las coli- t r á s por p e q u e ñ a s palas, de las q u e so o se veía
flores se extendía abriéndose, s e m e j a n t e a r o s a s el m a n g o de metal blanco. El ver aquello tenia a
enormes, en medio de g r a n d e s h o j a s verdes, y Florencio lleno de s o r p r e s a ; sin d u d a no debía
los m o n t o n e s se a s e m e j a b a n a ramilletes de bo- de conocer la t i e n d a ; en u n a m u e s t r a r o j ^ e y o
da, alineados en j a r d i n e r a s colosales. Claudio se el n o m b r e del comerciante, Godebamf, y q u e d o
h a b í a detenido, e x h a l a n d o c o r t a s exclamaciones consternado. Con los brazos caídos y oscilantes
de a d m i r a c i ó n . e x a m i n a b a los a m a s i j o s de espinacas, con el as-
Después, allí en frente, e n la calle P i r o u e t t e , pecto desesperado de u n h o m b r e a q u i e n o c u r r e
enseñó y explicó c a d a edificio a su c o m p a ñ e r o .
Un solo farol de gas a r d í a en u n a e s q u i n a . L a s u n a desgracia s u p r e m a .
casas a g r u p a d a s , h i n c h a d a s , a d e l a n t a b a n s u s te- E n t r e t a n t o la v e n t a n a del desván se h a b í a
jadillos como " v i e n t r e de m u j e r e m b a r a z a d a " , abierto, y u n a viejecilla se a s o m a b a a ella con-
según la f r a s e del pintor, a p o y á n d o s e las u n a s t e m p l a n d o el cielo y d e s p u é s los Mercados, alia
en los h o m b r o s de las otras. T r e s o c u a t r o de
a
ellas, p o r el contrario, en el f o n d o de los h u e c o s ^ - ¡ T m n a ! ¡ Q u é m a d r u g a d o r a está Mademoi-
de sombras, p a r e c í a n a p u n t o de caerse de boca. selle S a g e t ! — d i j o Claudio, q u e h a b í a levantado
El farol de gas i l u m i n a b a u n a m u y blanca, en- l<i C3b6Z3.
jalbegada de nuevo, con su talle de m u j e r vieja Y añadió, volviéndose a su c o m p a ñ e r o :
cascada y d e f o r m a d a , e m p o l v a d í s i m a de blanco — H e tenido u n a tía viviendo en esa casa...
y p i n t a r r a j e a d a como u n a doncella. Después, la ¡Ah! Y a se l e v a n t a n los M é h u d i n ; h a y luz en el
jibosa hilera de las o t r a s se alejaba, h u n d i é n d o -
segundo.
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Claudio batía p a l m a s ante aquel espectáculo. sombrío h u n d i m i e n t o de la calle de Montorgueil,
Aquellos " d e m o n t r e s de l e g u m b r e s " le parecían en donde se veian pedazos de llamativos rótulos,
extravagantes, locos, sublimes. Y sostenía q u e n o en el cortado lienzo de la calle de Montmartre,
estaban m u e r t a s , y que, a r r a n c a d a s la víspera, cuyos balcones relucían, cargados de letras d e
a g u a r d a b a n el sol de la m a ñ a n a p a r a decirle oro. Y c u a n d o fijaba de nuevo la vista en la en-
adiós sobre el pavimento de los Mercados. crucijada, era solicitado por otros rótulos, de las
L a s veía vivir, abrir sus h o j a s , como si aun "Droguería y F a r m a c i a " , d e las " H a r i n a s y le-
tuviesen en el estercolero las raíces sosegadas y gumbres secas", escritos en grandes m a y ú s c u l a s
calentitas. Añadía Claudio q u e le parecía sentir rojas o negras, sobre fondos desteñidos. L a s ca-
allí la respiración de todos los hortelanos de la sas de los chaflanes, de estrechas ventanas, se
barrera. E n t r e t a n t o , la m u c h e d u m b r e de cofias despertaban, y ponían, en el amplio espacio de
blancas, de corpiños negros, de blusas azules, la nueva calle del P u e n t e Nuevo, algunas viejas
atestaban los estrechos andenes, entre los mon- fachadas amarillas del antiguo París. E n la es-
tones. E r a toda u n a c a m p i ñ a zumbadora. Los quina de la calle de R a m b u t e a u , en pie en medio
grandes cuévanos de los m a n d a d e r o s desfilaban de los vacios escaparates del g r a n almacén de
pesadamente por cima de las cabezas. L a s reven- novedades, empleados bien vestidos, en m a n g a s
dedoras, los vendedores a m b u l a n t e s de carretón, de camisa, con pantalones ceñidos y anchos p u -
los fruteros, c o m p r a b a n , apresurándose. Había ños relucientes, arreglaban las vitrinas. Más le-
cabos de escuadra y b a n d a d a s de religiosas alre- jos, la casa Guillout, severa como u n a caserna,
dedor de las m o n t a ñ a s de coles; al paso q u e las ostentaba delicadamente, detrás de s u s cristales,
cocineras de colegio h u s m e a b a n , buscando las dorados montones de bizcochos y compoteras
gangas. E n t r e t a n t o , la descarga seguía; los ca- llenas de pastelillos. Todas las tiendas estaban
r r o m a t o s tiraban al suelo s u s cargas, como si ya abiertas. Obreros con b l u s a s blancas y con las
fuesen adoquines, añadiendo u n a ola a las d e m á s h e r r a m i e n t a s b a j o el brazo, a p r e s u r a b a n el paso
olas, que iban ya a estrellarse en la acera opues- para atravesar el arroyo.
ta y, desde el fondo de la calle del P u e n t e Nuevo
llegaban sin cesar, continuamente, hileras de ve- Claudio n o se había b a j a d o de su banco. E m p i -
hículos. nábase sobre la p u n t a de los pies p a r a ver las
calles h a s t a el final. B r u s c a m e n t e divisó, entre la
— ¡ O h ! E s maravillosamente hermoso, digan m u c h e d u m b r e , a la q u e dominaba con la vista,
lo q u e quieran—decía a media voz Claudio, como una cabeza r u b i a de largos cabellos, seguida de
en éxtasis. una cabecita negra, crespa y desgreñada.
Florencio s u f r í a . Creía en alguna tentación — ¡ E h ! ¡Marjolin! ¡Eh, Cadina¡—gritó.
s o b r e h u m a n a . No q u e r í a ver más, y m i r a b a a Y como su voz se perdía en medio del bullicio,
San Eustaquio, q u e se veía al sesgo, como lavado saltó al suelo y tomó carrera. Después pensó en
en sepia sobre el azul del cielo, con sus rosetones, que se olvidaba de Florencio, y volvió de u n sal-
sus grandes v e n t a n a s cintradas, su campanario, to, diciéndole con rapidez:
su techo de pizarras. Deteníase Florencio en el — Y a sabe usted, en el fondo del callejón des
44 EMILIO ZOLA
Bourdonnais... Mi n o m b r e está escrito con tiza ojeadas de los agentes de policía, aquel examen
en la puerta. Claudio Lantier... Vaya usted a ver lento y frío, le ponía en u n potro. Por fin aban-
el a g u a - f u e r t e de la calle Pirouette.... donó el banco, reprimiéndose p a r a no h u i r con
Desapareció el pintor. Ignoraba el n o m b r e de toda velocidad de sus largas piernas, alejándose
Florencio. Se separaba de él como se le había poco a poco, encogiéndose de hombros, con el
acercado, al borde de u n a acera, y después de horror de sentir las r u d a s m a n o s de los agentes
haberle explicado sus preferencias artísticas. de policía agarrándole del cuello, por la espalda.
Florencio estaba solo. Al pronto se alegró de No tuvo m á s q u e u n pensamiento, u n a necesi-
verse en aquella soledad. Desde q u e Madame dad; alejarse de los Mercados. Esperaría, busca-
François le había recogido, en la Avenida de ría otra vez, m á s tarde, c u a n d o no hubiera gen-
Neuilly, a n d a b a como invadido por u n a somno- te. Las tres calles del cruce, la calle de Mont-
lencia y un padecimiento q u e le quitaba la idea martre, la calle de Montorgueil, la calle de T u r -
exacta de las cosas. E r a libre por fin, y quiso bigo, le i n q u i e t a r o n ; estaban atestadas de ve-
desperezarse, sacudir aquella pesadilla * intole- hículos de todas clases; m o n t o n e s de legumbres
rable de alimento gigantesco por la cual se sentía cubrían las aceras. Entonces anduvo en dere-
perseguido. P e r o su cabeza continuaba vacía, y chura hacia adelante, hasta la calle de Pierre-
sólo consiguió hallar de nuevo, en el fondo de su Lescot en donde el mercado de berros y el mer-
ser, sus temores sordos. El día iba avanzando, y cado de p a t a t a s le parecieron i n f r a n q u e a b l e s .
ya podía ser visto. Y contemplaba el lastimoso Prefirió seguir por la calle de R a m b u t e a u . Pero,
estado de su i n d u m e n t a r i a . Se abrochó hasta el en el bulevard de Sebastopol, se estrelló contra
cuello y sacudió el polvo al pantalón, i n t e n t a n d o u n obstáculo tal de camiones, de carromatos, de
hacerse u n a apariencia de tocado, y creyendo oir toda clase de vehículos, q u e volvió h a s t a t o m a r
a aquellos negros a n d r a j o s pregonar de dónde por la calle de San Dionisio. Ya en ella, entró
venía. E s t a b a sentado en el centro del banco, al de nuevo entre las legumbres. E n las dos ace-
lado de unos pobres diablos, de vagabundos des- ras, los mercaderes forasteros habían instalado
plomados allí esperando el sol. L a s noches de los sus mostradores, tablas colocadas sobre altos
Mercados son dulces p a r a los vagabundos. Dos cestos, y el diluvio de coles, de zanahorias, de
agentes de policía, a u n en t r a j e de noche, con nabos comenzaba nuevamente.
capote y kepis, a n d a n d o uno al lado del otro con
las m a n o s a la espalda, iban y venían a lo largo Los Mercados se desbordaban. Intentó Floren-
de la acera; cada vez que p a s a b a n p o r delante cio salir de aquella ola que le alcanzaba en su
del banco, echaban u n a ojeada a la caza q u e allí h u i d a ; probó la calle de la Cossonnerie, la calle
olfateaban. Florencio se imaginó q u e le cono- de Berger, la plaza de los Inocentes, la calle de la
cían, que deliberaban para arrestarle. Entonces, Ferronnerie, la calle de los Mercados. Y se d e t u .
le asaltó la angustia. Sintió u n deseo frenético de vo, desalentado, despavorido, no pudiendo li-
levantarse, de correr. Pero ya n o sé atrevía y n o b r a r s e de aquella i n f e r n a l r o n d a d e h i e r b a s que
sabía de qué modo m a r c h a r s e . Y las regulares acababan por d a r vueltas en torno de él, atán-
dole por las piernas con sus débiles lazos de ver-
d u r a . A lo lejos, h a s t a la calle de Rívoli, h a s t a por m a y o r q u e p a r t í a n para los mercados de los
la plaza del Ayuntamiento, las eternas hileras de barrios, h a s t a los zapatos q u e se a r r a s t r a b a n de
r u e d a s y de animales enganchados se perdían las pobres m u j e r e s que van de p u e r t a en p u e r t a
entre la t u r b a m u l t a de mercancías q u e se car- ofreciendo h i e r b a s de ensalada colocadas en
gaban; grandes c a r r e t a s se llevaban las p a r t e s cestos.
de los f r u t e r o s de todo u n b a r r i o ; otros vehícu- Entró Florencio b a j o u n a calle cubierta, a la
los cuyos costados c r u j í a n , p a r t í a n hacia la ba- izquierda, en el grupo de los c u a t r o pabellones,
rrera. E n la calle del P u e n t e Nuevo, Florencio, cuya sombra silenciosa había observado d u r a n -
se perdió por completo; f u é a tropezar en medio te la noche. E s p e r a b a r e f u g i a r s e allí, hallar al-
de u n a c u a d r a de carretones de mano, en la q u e gún hueco. Pero, a aquellas horas, se h a b í a n des-
los vendedores a m b u l a n t e s colocaban sus mer- pertado como los otros. F u é h a s t a el extremo de
cancías. E n t r e ellos, vió Florencio a Lacaille, la calle. Llegaban camiones al trote, atestando
que tomó por la calle de San Honorato, e m p u - el mercado de la Vallée de jaulones llenos de
j a n d o delante de sí u n a c a r r e t a d a de zanahorias volátiles vivos y de cestas c u a d r a d a s en que, en
y de coliflores. Siguióle nuestro hombre, espe- profundos lechos, estaban colocadas las aves
r a n d o que el vendedor le a y u d a r í a a salir de la muertas. E n la acera opuesta, otros camiones
b a r r a h u n d a . El pavimento se había puesto res- descargaban t e r n e r a s enteras, envueltas e n un
baladizo, a pesar de ser seco el tiempo; m o n t o - paño, tendidas a lo largo, como niños, en u n o s
nes de cabos de alcachofas, de h o j a s y de hierbas capazos que n o d e j a b a n salir m á s que las c u a t r o
hacían peligroso el tránsito en la calzada. Flo- patas, s e p a r a d a s y sangrientas. Había t a m b i é n
rencio resbalaba a cada paso. Perdió de vista a carneros enteros, cuartos de buey, muslos, es-
Lacaille en la calle de Vanvilliers. Por el lado del paldas. Los carniceros, con grandes delantales
Mercado del Trigo, las esquinas de las calles for- blancos, m a r c a b a n la carne con u n timbre, la
m a b a n b a r r i c a d a s con nuevos obstáculos de ca- acarreaban, la pesaban, y la suspendían de las
rros y de carretas. Florencio no intentó seguir barras del puesto de la a l m o n e d a ; en tanto que,
l u c h a n d o ; los Mercados volvían a apoderarse de con el rostro pegado a las verjas, contemplaba
él; la ola le anegaba de nuevo. Volvió lentamen- Florencio aquellas hileras de cuerpos colgados,
te a t r á s y se halló de nuevo en la puerta de San los bueyes y carneros rojos, las t e r n e r a s m á s pá-
Eustaquio. lidas, m a n c h a d a s de amarillo por la grasa y los
tendones, con el vientre abierto. Pasó de allí al
Ahora escuchaba el gran r u m o r que p a r t í a de Mercado de la tripería, por entre las lívidas ca-
los Mercados. P a r í s m a s c a b a los bocados p a r a bezas y los pies de las terneras, las tripas limpia-
sus dos millones de habitantes. E r a como u n mente arrolladas en cajas, los sesos colocados
gran órgano central q u e latiese furiosamente, delicadamente en cestas planas, los hígados san-
lanzando la sangre de la vida a todas las venas. guinolentos, los ríñones violáceos. Detúvose ante
Ruido de m a n d í b u l a s colosales, estrépito hecho las grandes c a r r e t a s de dos ruedas, cubiertas de
con todo el r u i d o del aprovisionamiento, desde uft cuero redondo, que t r a n s p o r t a n mitades: d e ' o Lton
los restallidos del látigo de los revendedores al
! , • *»TAMA
BÍBUQTEGA M CITARÍA
MYÍS" .
de diez oficios. Florencio pensaba que su h e r m a - patos y de las grandes pavas. P e r m a n e c í a así
no tenía razón, y que no puede u n o meterse en horas enteras, r o j o p o r las danzantes claridades
u n a cosa con repugnancia. Sólo que la h e r m o s a de la l l a m a r a d a , algo entontecido, riéndose va-
aplicación de Quénu, que quería ganarse la vida, gamente ante los grandes animales q u e se asa-
costaba m u y cara al presupuesto de los dos jó- ban, y sin despertarse hasta que los q u i t a b a n del
venes. Desde que corría por los talleres, hacía asador. Las aves caían en las f u e n t e s ; los asa-
sin cesar nuevos gastos, ora de ropas, ora de co- dores salían de s u s vientres h u m e a n d o ; los vien-
midas f u e r a de su casa, ora de bienvenidas que tres se vaciaban, d e j a n d o afluir la grasa por los
había q u e pagar a los c a m a r a d a s . Los mil ocho- agujeros del trasero y de la garganta, y llenando
cientos f r a n c o s de Florencio n o b a s t a b a n ya. la tienda d e , f u e r t e olor a asado. Entonces el ni-
Había tenido q u e aceptar otras dos lecciones q u e ño, en pie, seguía con los o j o s la operación, batía
daba p o r la noche. Por espacio de ocho años palmas, hablaba a las aves, y les decía q u e e r a n
llevó la m i s m a levita. muy buenas, q u e se las comerían y q u e los gatos
Los dos h e r m a n o s h a b í a n adquirido u n ami- no roerían m á s que los huesos. Y se sobresaltaba
go. L a casa tenía u n a f a c h a d a a la calle de Saint- cuando Gavard le daba u n a r e b a n a d a de pan,
Jacques, y allí se abría u n a gran pollería, pro- que ponía a cocer l e n t a m e n t e en la grasera por
piedad de u n digno sujeto llamado Gavard, cuya espacio de media h o r a .
m u j e r se m o r i a del pecho, en medio del olor Allí sin d u d a f u é donde Quénu tomó el gusto
graso de las aves. Cuando Florencio regresaba a la cocina. Más tarde, después de haber probado
demasiado tarde, p a r a poder guisar algún trozo todos los oficios, volvió f a t a l m e n t e a las aves
de carne, c o m p r a b a en la tienda u n pedazo de que se quitan del asador, a las grasas q u e obli-
p a v a o u n pedazo de ganso de doce sueldos. E r a n gan a lamerse los dedos. Al principio t e m í a con-
aquellos dias de gran banquete. Gavard acabó trariar a su hermano, que era u n pobre comedor
por interesarse p o r aquel m u c h a c h o delgado, co- que hablaba de las cosas buenas con el desdén
noció su historia, y se a t r a j o al menor. Y m u y del h o m b r e ignorante. Después, al ver q u e Flo-
pronto Quénu n o salió de la pollería. Desde q u e rencio le escuchaba cuando le explicaba algún
se m a r c h a b a su h e r m a n o , b a j a b a él, se instalaba plato combinado, le confesó su vocación, y entró
en el fondo de la tienda, y sé e n t u s i a s m a b a al en u n gran r e s t a u r a n t . Desde entonces, la vida
ver los cuatro asadores gigantescos que giraban de los dos h e r m a n o s estuvo arreglada. Conti-
con ruido suave, encima de las altas llamas n u a r o n habitando el cuarto de la calle Royer-
claras. Colard, en donde se encontraban cada noche; el
uno con el rostro rejuvenecido por sus h o r n o s ;
Los anchos cobres de la chimenea relucían,
el otro, con el semblante i m p r e g n a d o de su mi-
los volátiles h u m e a b a n , la grasa cantaba en la seria de profesor sucio. Florencio conservaba
grasera y los asadores acababan por c h a r l a r en- su t r a j e negro, distrayéndose con los deberes de
tre sí, por dirigir f r a s e s amables a Quénu, quien, sus alumnos, en tanto q u e Quénu, p a r a estar a
con u n a cuchara larga en la mano, rociaba de- sus anchas, se ponía su delantal, su chaqueta
votamente los dorados vientres de los obesos
EL VIENTRE DE PARÍS. 5 TOMO I
blanca y su blanco gorro de m a r m i t ó n , dando nester de largos meses p a r a encorvar los h o m -
vueltas alrededor del sartén o distrayéndose con bros y aceptar sus padecimientos de h o m b r e feo,
alguna golosina h e c h a al h o r n o . Y a veces son- mediocre y pobre. Deseoso de h u i r de las tenta-
reían al verse así, el u n o todo blanco, el otro ciones de maldad, se a r r o j ó en plena bondad
todo negro. L a gran habitación parecía medio ideal, y se creó u n refugio de justicia y de ver-
enfadada, medio alegre con aquel luto y aquella dad absolutas. E n t o n c e s f u é cuando se hizo re-
alegría. N u n c a se entendió m e j o r u n a p a r e j a tan publicano; e n t r ó en la república del m i s m o mo-
desigual como aquella. Por m á s que el mayor do que e n t r a n en el convento las m u j e r e s deses-
enflaquecía q u e m a d o por los a r d o r e s de su pa- peradas. Y como no e n c o n t r a r a u n a república
dre, y p o r m á s q u e el m e n o r engordaba, como bastante tibia, b a s t a n t e silenciosa para adorme-
digno h i j o de n o r m a n d o , se a m a b a n por su m a d r e cer sus males, se f o r j ó u n a a su m a n e r a . Los
común, p o r aquella m u j e r q u e era toda ternura. libros le d e s a g r a d a b a n ; todo aquel papel enne-
T e n í a n u n pariente en París, u n h e r m a n o de grecido en medio del cual vivía, le recordaba la
su m a d r e , u n Gradella, establecido de salchicero hedionda clase, las bolitas de papel mascado de
en la calle Pirouette, barrio de los Mercados. los pilluelos, la t o r t u r a de las largas h o r a s esté-
E r a u n gran avaro, u n h o m b r e b r u t a l , que los riles. Además, los libros no le h a b l a b a n de otra
recibió como a m u e r t o s de h a m b r e , la p r i m e r a cosa q u e de rebelión; le i m p u l s a b a n a sentir or-
vez que se presentaron en su casa. Volvieron a gullo, y era de olvido y de sosiego de lo q u e tenía
ella r a r a s veces. El día del santo del h o m b r e necesidad imperiosa. Mecerse, dormirse, soñar
aquél, Quénu le llevaba u n r a m o de flores y re- que era completamente feliz, que el m u n d o es-
cibía u n a pieza de diez sueldos. Florencio, de taba a p u n t o de llegar a serlo t a m b i é n ; construir
altivez enfermiza, s u f r í a c u a n d o Gradelle exa- la ciudad republicana en q u e hubiese deseado
m i n a b a su levita delgada, con el ojo inquieto y vivir. Tal f u é su recreo, la obra e t e r n a m e n t e re-
suspicaz de u n taeaño que olfatea la d e m a n d a comenzada en s u s h o r a s de libertad. Ya n o que-
de u n a comida o de u n a pieza de cien sueldos. ría leer nada, a p a r t e de las necesidades de la en-
Un día, tuvo la ingenuidad de cambiar en casa señanza; subía por la calle de Saint-Jacques,
de su tío u n billete de cien francos. El tío tuvo hasta los bulevares exteriores, y m u c h a s veces
menos miedo al ver llegar a los pequeños, como hacía u n a gran caminata, h a s t a regresar por la
él les llamaba. P e r o en esto q u e d a r o n las amis- barrera de Italia; y m i e n t r a s d u r a b a su paseo,
tades. con los ojos clavados en el barrio Mouffetard,
que se extendía a sus pies, f o r j a b a medidas mo-
Aquellos años f u e r o n p a r a Florencio u n largo rales, componía proyectos de ley h u m a n i t a r i o s ,
ensueño dulce y triste. Gustó todas las alegrías que h u b i e r a n trocado esta vida de padecimientos
a m a r g a s de la abnegación. E n su casa no tenia en otra vida de felicidad. Cuando las j o r n a d a s
m á s q u e t e r n u r a s . F u e r a de ella, en las h u m i - de Febrero e n s a n g r e n t a r o n a París, Florencio se
llaciones que le p r o d u c í a n s u s discípulos, en el sintió consternado, y recorrió los clubs, pidiendo
contiguo codear de las aceras, se sentía perverso. el rescate de aquella sangre p o r medio de " e l
Sus m u e r t a s ambiciones se agriaban. Hubo me-
beso f r a t e r n a l de los republicanos del universo hacer algo por aquel pobre muchacho, le ofrecio
e n t e r o " . Convirtióse en u n o de aquellos oradores que le t o m a r í a a su lado. Sabía q u e Q u é n u era
iluminados que p r e d i c a r o n la revolución como un buen cocinero, y necesitaba u n ayudante.
u n a religión nueva, toda d u l z u r a y toda reden- Ouénu temía hasta tal p u n t o el volver solo a la
ción. F u é preciso q u e llegaran las j o r n a d a s de gran habitación de la calle de Royer-Collard, que
diciembre p a r a sacarle de su t e r n u r a universal. aceptó el ofrecimiento. D u r m i ó en casa de su tío
E s t a b a desarmado. Dejóse coger como u n corde- aquella misma noche, en lo m á s alto, en el fondo
rillo y f u é t r a t a d o como u n lobo. Cuando des- de un negro hueco en el que apenas podía esti-
pertó de su sermón de f r a t e r n i d a d , se sintió rarse. Allí lloró menos de lo q u e hubiese llorado
morir de h a m b r e sobre las f r í a s losas de una en presencia del lecho vacío de su h e r m a n o .
c a s a m a t a de Bicetre. Por fin logró que le d e j a r a n ver a Florencio.
Quénu, q u e contaba entonces veintidós años, Pero al regresar de Bicetre tuvo que meterse
se sintió sobrecogido por m o r t a l angustia al no en la c a m a ; u n a s calenturas le tuvieron por es-
ver regresar a su h e r m a n o . Al día siguiente f u é pacio de cerca de t r e s s e m a n a s en u n a somno-
a buscarle, en el cementerio de Montmartre, en- lencia de embrutecimiento. F u é su p r i m e r a y
tre los m u e r t o s en el bulevar, que h a b l a n sido única e n f e r m e d a d .
colocados en línea, b a j o la p a j a ; las cabezas se Gradelle enviaba al republicano de su sobrino
sucedían, espantosas. El corazón faltaba a Qué- a todos los diablos. Cuando se enteró de su par-
nu, las lágrimas le cegaban, y tuvo que pasar, tida p a r a Cayena, u n a m a ñ a n a , dió unos golpes
por dos veces distintas, a lo largo de toda la fila en las mano¿ a Quénu, le despertó y le anuncio
de muertos. Por fin, en la p r e f e c t u r a de policía, la noticia b r u t a l m e n t e . Esto provoco en el joven
al cabo de ocho días interminables, averiguó que una crisis tal, que al día siguiente estaba y a en
su h e r m a n o había sido hecho prisionero. No le pie. Su dolor se f u n d i ó ; sus carnes f o f a s pare-
f u é posible verle. Como insistiera p a r a conse- cieron beberse sus últimas lágrimas. Un mes
guirlo, le a m e n a z a r o n con prenderle a él t a m - más tarde, se reía, se encolerizaba, tristísimo
bién. Entonces corrió Quénu a casa de su tío por haberse reído; después el b u e n h u m o r que-
Gradelle, que era p a r a él u n p e r s o n a j e , esperan- daba victorioso, v Q u é n u se reía sin saberlo.
do q u e lo d e t e r m i n a r í a a salvar a Florencio. Pe- Aprendió la salchichería. E n ella experimen-
ro el tío Gradelle m o n t ó en cólera, sostuvo que le taba a ú n m á s goces que en la cocina. Pero el tío
estaba bien empleado y q u e aquel g r a n imbécil Gradelle le decía q u e no debía descuidar dema-
no tenía necesidad n i n g u n a de entremezclarse siado las cacerolas, que los salchicheros, buenos
con aquellos canallas de republicanos; llegó a cocineros a la vez, e r a n raros, y que era u n a gran
añadir que Florencio había de acabar m u y mal, suerte p a r a él el haber p a s a d o por u n r e s t a u r a n t
p o r q u e así lo llevaba escrito en el rostro. Quénu antes de e n t r a r en su casa. P o r otra parte, utili-
lloraba todas las lágrimas de su cuerpo. P e r m a - zaba las disposiciones de su sobrino; le hacia
neció sin moverse de allí, asfixiándose. El tío, u n preparar comidas p a r a f u e r a , y le encargaba es-
tanto avergonzado, y comprendiendo que debía pecialmente de los asados y de las costillitas de
cerdo con pepinillos. Como el muchacho le pres- SUS economías, u n a decena de ^ / e ^ n c o s
taba verdaderos servicios, Gradelle le quiso a su T isa permaneció ocho días sola en la habita
manera, pellizcándole los brazos en los días de c i | d é l a calle de Cuvier; allí f u é ¿onde se pre-
buen humor. Había vendido el pobre mobiliario sentó en su busca Gradelle. Conocíala por ha-
de la calle de Royer-Collard, y conservaba el di- berta visto a menudo con su ama cuando esta
nero obtenido, cuarenta y tantos francos, para á n i m a iba a su casa, en la calle de Girouette.
aquel picarón de Quénu—decía—no los tirara Pero al verla en el entierro le pareció t a n em-
por la ventana. Sin embargo, acabó por darle bellecida, t a n sólidamente formada, que llegó
cada mes seis francos para sus gastos menudos. hasta el cementerio. Mientras que b a j a b a n el
Quénu, escasísimo de dinero, y m u c h a s veces ataúd, reflexionaba Gradelle que Lisa estaría so-
tratado con brutalidad, era, no obstante, perfec- berbia en la salchichería. Echaba cálculos, y se
tamente feliz. Gustábale que le diesen la vida ya decía que bien podría ofrecerle treinta tonco,
mascada. Florencio le había educado demasiado mensuales con casa y manutención. Cuando le
como niña perezosa. Además, se había hecho con hizo proposiciones, pidió Lisa veinticuatro horas
una amiga en casa del tío Gradelle. Cuando éste para d a S e una respuesta. Despues una mana-
perdió a su esposa, tuvo que tomar una mucha- na, llegó con su escaso a j u a r y sus diez mil I r á n
cha para el servicio del mostrador. La escogió de
buen aspecto, apetitosa, porque sabía que esto ^ m t m á f t ^ d e , toda la casa le p e r t e n e c ^ ,
alegra al cliente y hace honor a las carnes asa- Gradelle, Quénu, sobre todo, se hubiera dejado
das. Conocia, en la calle de Cuvier, cerca del cortar los dedos por ella. Cuando Lisa sonreía
J a r d í n de Plantas, a u n a señora viuda, cuyo ma- el joven permanecía allí, riéndose con toda su
rido había desempeñado la dirección de correos
en Plassans y u n a sub-prefectura en el Medio- ^ T . i s a ^ q m T erT^a 3 h i j a mayor de los Macquart
día. Aquella dama, que vivía de una pequeña ren- de Plassans, tenia todavía padre. Decía ella que
ta vitalicia, con muchísima modestia, habíase estaba en el extranjero, y no le escnb.a nunca^
traído desde aquella ciudad una niña linda y A veces, lo único que se dejaba decir era que su
gruesa, a quien trataba como a su propia hija. madre había sido, en vida, u n a ^ a b a j a d o r a in-
Lisa la cuidaba con talante plácido, con h u m o r fatigable, y que ella había salido a la madre.
siempre igual; algo seria, y hermosa de veras Mostrábase, en efecto, m u y paciente para el tra-
cuando sonreía. El gran encanto suyo provenía bajo. Pero añadía que la valiente m u j e r había
de la manera exquisita con que adoptaba su r a r a tenido demasiado constancia, hasta el p u n t o de
sonrisa. Entonces su m i r a d a era una caricia, y matarse por que la casa saliese adelante Ha-
su gravedad ordinaria daba u n precio inestima- blaba entonces de los deberes de la esposa y de
ble a aquella repentina ciencia de seducción. La los deberes del marido con gran sabiduría y de
anciana señora solía decir con frecuencia que un modo honestísimo que entusiasmaba a tjue-
una sonrisa de Lisa la llevaría al infierno. Cuan- nu. Este le aseguraba que compartía en absoluto
do la m a t ó el asma, dejó a su h i j a adoptiva todas sus ideas. Las ideas de Lisa eran que todo el
m u n d o tiene que t r a b a j a r para comer; que la honor, h a r í a la b u r r a d a de casarme con ella... E s
felicidad no depende sino de u n o m i s m o ; que el oro molido, muchacho, u n a m u j e r como esa en
que cultiva la pereza hace u n mal, y en fin, que Cl
si h a y desgraciados, tanto peor para los que no Cménu la ponderaba m á s todavía. Sin e m b a r -
hacen n a d a . Esto era u n a condenación clarísima go se echó a reir a m a n d í b u l a batiente u n día
de la embriaguez, de las legendarias gandulerías aue u n vecino le acusó de estar e n a m o r a d o de
del viejo Macquart. Pero sin q u e Lisa se diese Lisa Esto no le a t o r m e n t a b a gran cosa. E r a n
cuenta, Macquart hablaba m u y alto en ella; la muv buenos amigos. Por la noche subían j u n t o s
joven n o era m á s que u n a Macquart equilibra- a acostarse. Lisa ocupaba, al lado del negro agu-
da, razonable, lógica con sus necesidades de iero en que se t u m b a b a el joven, u n a habitación
bienestar, porque había comprendido que la me- pequeña, que h a b í a convertido en clarísima,
jor m a n e r a de d o r m i r s e en u n a tibieza feliz es adornándola por todas partes con cortinillas de
la de p r e p a r a r s e por sí mismo u n lecho de feli- muselina. Quedábanse allí u n instante, sobre el
cidad. A este blanco lecho consagraba todas sus rellano de la escalera, con las p a l i a t o r i a s en la
horas, todos sus pensamientos. Desde la edad mano, charlando y metiendo la llave en la cerra-
de seis años, consentía en ser m u y b u e n a y en dura. Y volvían a c e r r a r las p u e r t a s , diciéndose
estar m u y quietecita en su silla d u r a n t e el día amistosamente:
entero, con la condición de que la recompensa- B u e n a s noches, señorita Lisa.
rían con un pastelillo por la noche.
— B u e n a s noches, señor Q u é n u .
En casa del salchichero Gradelle, Lisa prosi- Quénü se metía en cama, oyendo como Lisa
guió su vida tranquila, regular, iluminada por arreglaba sus cosas. El tabique era t a n delgado,
sus hermosas sonrisas. No había aceptado a ton- que el joven podía oir con claridad cada u n o de
tas y a locas la oferta de aquel h o m b r e ; sabia sus movimientos. P e n s a b a : " ¡ T o m a ! Ahora co-
que hallaría en él u n a égida y presentía quizás, rre las cortinas de la ventana. ¿Qué diantre pue-
en aquella sombría tienda de la calle de Pirouet- de hacer delante de la cómoda? Ahora se sienta
te, con el olfato de las personas a f o r t u n a d a s , el Y se quita las botinas. Pues, señor, b u e n a s no-
porvenir sólido q u e sonaba, u n a vida de goces ches; h a apagado la vela. D u r m a m o s . Y si oía
sanos, u n t r a b a j o sin fatiga,' cuya recompensa crujir la cama, m u r m u r a b a r i e n d o : ¡Larape.
trajese cada h o r a q u e transcurriera. Cuidó del No es m u y ligera que digamos, la señorita Lisa .
m o s t r a d o r con los t r a n q u i l o s cuidados q u e ha- Esta idea le regocijaba; y acababa por dormirse,
bía prodigado a la viuda del director de correos. pensando en los j a m o n e s y en las t i r a s de adobo
Muy pronto la limpieza de los delantales de Lisa que había de p r e p a r a r a la m a ñ a n a siguiente.
f u é proverbial en todo el barrio. El tío Gradelle Esto d u r ó u n año, sin u n sonrojo de Lisa, sin
estaba t a n satisfecho de la h e r m o s a m u c h a c h a , una turbación de Quénu. Por la m a n a n a , en o
que decía a veces a Quénu, m i e n t r a s ponía los f u e r t e del t r a b a j o , c u a n d o la joven e n t r a b a en la
cordeles a sus salchichones: cocina, las m a n o s de ambos se encontraban en
— S i n o tuviese sesenta a ñ o s largos, palabra de medio de los picadillos. Lisa le a y u d a b a a veces,
sosteniendo las t r i p a s con sus dedos regordetes, Una m a ñ a n a el tío Gradelle f u é herido como
en tanto q u e Q u é n u las llenaba de c a r n e y de un rayo por u n a t a q u e de a p o p l e g i a m i e n t r a s
tocino. O bien probaban j u n t o s la carne cruda e s t a b a p r e p a r a n d o u n a galantina. Gayo de boca
de las salchichas, con la p u n t a de la lengua, obre la tabla de picar. Lisa no perdió la sangre
p a r a ver si estaba bien sazonada de especias. Ella ría. Dijo q u e no era posible d e j a r a m u e r t o en
era inteligente y sabia algunas recetas del Me- mismo centro de la cocina, y le hizo l l e v a r a l
diodía, q u e probó con buen éxito. A m e n u d o la fondo, a u n gabinete en donde d o r m í a el tío.
sentía Quénu detrás de su hombro, m i r a n d o al Después, compuso toda u n a historia con los de-
fondo de las m a r m i t a s y acercándose tanto, que pendientes; el tío tenía que haber m u e r t o en su
Quénu tenía su t u r g e n t e seno sobre la espalda. cama, si no se quería asquear a todo el barrio y
Lisa le daba u n a cuchara, u n plato. E l g r a n fue- perder la clientela.
go les inflamaba la sangre b a j o la piel. E l por P
Quénu ayudó a llevar el muerto, entontecido,
n a d a del m u n d o h u b i e r a d e j a d o de menear las asombradísimo al n o hallar u n a lagrima. Mas
g r a s a s hervidas q u e espesaban encima del hor- tarde, Lisa y él lloraron j u n t o s . Q u e n u era el
no; en tanto que ella, completamente grave, dis- único heredero, con su h e r m a n o Florencio. L a s
cutía el p u n t o de cochura. Después del medio comadres de las calles vecinas suponían al viejo
día, cuando se vaciaba la tienda, c h a r l a b a n tran- Gradelle u n a f o r t u n a considerable. L a verdad es
quilamente d u r a n t e h o r a s enteras. Ella p e r m a - que no se descubrió ni u n solo escudo de dinero
necía detrás del mostrador, algo retrepada, ha- contante y sonante. Lisa sintió inquietud Q u e n u
ciendo calceta de u n a m a n e r a dulce y regular. la veía reflexionar, m i r a r en torno de ella desde
El se sentaba sobre u n tajo, con las piernas col- por la m a ñ a n a h a s t a por la noche, como si hu-
gantes y d a n d o con los talones en el bloque de biese perdido alguna cosa. Por fin, la joven dis-
encina. Y se entendían a maravilla; h a b l a b a n de puso u n gran lavado, pretendiendo q u e se chis-
todo; generalmente era de cocina, y después del morreaba? que la historia de la m u e r t e del viejo
tío Gradelle y a u n del barrio entero. Ella le con- corría, y que era preciso m o s t r a r u n a limpieza
taba cuentos como a u n n i ñ o ; los sabía m u y lin- extremada 4 Una tarde, c u a n d o llevaba ya dos
dos, leyendas milagrosas, llenas de corderos y horas en el sótano, en donde lavaba por si mis-
de angelitos, que r e f e r í a con voz aflautada, y con ma las artesas de salar, reapareció llevando algo
su gran aspecto de seriedad. Si entraba alguna en el delantal. Quénu picaba hígados de cerdo.
parroquiana. Lisa, p a r a no molestarse, pedía al Lisa a g u a r d a b a a que hubiese acabado, charlan-
joven el pote de la m a n t e c a de cerdo, o la c a j a do con él con voz indiferente. Pero sus ojos te-
de los caracoles. A las once, subían a acostarse, nían vislumbres extraordinarios; sonrió al jo-
lentamente, como la víspera. Después, al volver ven con u n a h e r m o s a sonrisa, diciéndole q u e le
a c e r r a r la p u e r t a , se decían con su t r a n q u i l o quería hablar. Subió la escalera penosamente,
acento: con los muslos embarazados por la cosa q u e lle-
vaba v que distendía su delantal h a s t a reventar.
— B u e n a s noches, señorita Lisa. En el tercer piso resollaba fuerte, y tuvo que
— B u e n a s noches, señor Q u é n u .
a p o y a r s e u n i n s t a n t e c o n t r a la p a r e d . Quénu, Habían d e s c o m p u e s t o la c a m a ; l a s s á b a n a s se
a s o m b r a d o , la siguió sin decir p a l a b r a h a s t a su S a n y el oro, sobre la a l m o h a d a q u e les r e p a -
alcoba. F u é la p r i m e r a vez q u e Lisa le invitó a aba f o r m a b a huecos, c o m o si dos c a b e z a s se
e n t r a r en ella. Cerró la p u e r t a , y soltando las hubieran h u n d i d o allí, a r d i e n t e s d e P * f o n .
p u n t a s del delantal, q u e n o p o d i a n sostener por Se l e v a n t a r o n t u r b a d o s , con el a i r e d e c o n f u -
m á s t i e m p o sus e n v a r a d o s dedos, d e j ó r e s b a l a r sión de dos e n a m o r a d o s q u e a c a b a n de c o m e t e r
s u a v e m e n t e sobre su lecho u n a lluvia de mone- una p r i m e r a f a l t a . Aquella c a m a ^ d e s h e c h a c o n
d a s de p l a t a y de m o n e d a s de oro. H a b í a halla- todo a q u e l dinero, les a c u s a b a e una a ^ n a
do, en el f o n d o de u n salador, el tesoro del tío
prohibida q u e h a b í a n gozado c o a la P " e r ^ c e
Gradelle. E l m o n t ó n hizo u n g r a n b a c h e e n aquel
lecho delicado y b l a n d o d e doncella. rrada. Aquello f u é l a caída de e l l o s L i s a q u e se
suietaba l a r o p a c o m o si h u b i e s e h e c h o el m a l ,
La alegría d e Lisa y de Q u é n u f u é sosegada. u f e n b u s c a de sus diez m i l f r a n c o s . Q u é n u q m -
S e n t á r o n s e en el b o r d e del lecho, L i s a a la cabe- o q u e los pusiese con los o c h e n t a y c i n c o r m l
cera, Q u é n u a los pies, a a m b o s lados del mon- del tío - mezcló las s u m a s r i é n d o s e y d i c i e n d o
t ó n ; y c o n t a r o n el d i n e r o sobre la colcha, p a r a nue el d i n e r o t a m b i é n debía p r o m e t e r s e c o m o
no h a c e r r u i d o . H a b í a c u a r e n t a mil f r a n c o s dé ellos Y q u e d ó convenido q u e seria L i s a l a q u e
oro, t r e s m i l f r a n c o s de p l a t a y en u n estuche guardase el " g a t o " en su c ó m o d a . C u a n d o lo
de h o j a l a t a c u a r e n t a y dos mil f r a n c o s en bi- l u b o encerrado y compuesto la cama, a m b o s ba-
lletes d e b a n c o . E m p l e a r o n dos h o r a s l a r g a s en jaron t r a n q u i l a m e n t e . E r a n m a r i d o y
s u m a r todo aquello. L a s m a n o s de Q u é n u tem- L a b o d a se celebró al m e s siguiente E l b a r r i o
b l a b a n u n poco; Lisa f u é la q u e hizo m á s t r a b a - la e n c o n t r ó n a t u r a l , conveniente p o r t o d o s estilos^
jo. O r d e n a b a n l a s pilas de oro sobre la a l m o h a - V a g a m e n t e se conocía la h i s t o r i a d e t e s o r o , y l a
da, d e j a n d o la p l a t a en el b a c h e d e la colcha. probidad de Lisa era o b j e t o de elojios; i n t e r m i -
C u a n d o h u b i e r o n h a l l a d o la c i f r a , p a r a ellos nables. D e s p u é s de todo, podia n o h a b e r d i c h o
e n o r m e , de o c h e n t a y cinco mil francos, charla- nada a Q u é n u , g u a r d á n d o s e los escudos p a r a e l l a ,
r o n . N a t u r a l m e n t e h a b l a r o n del porvenir, de su si h a b í a hablado, e r a p o r p u r a h o n r a d e z , p u e s t o
m a t r i m o n i o , sin q u e j a m á s se h u b i e r a t r a t a d o nue n a d i e la h a b í a visto. Bien m e r e c í a q u e
d e a m o r e n t r e ellos. Aquel d i n e r o p a r e c í a des- Quénu la t o m a s e p o r esposa. A q u e l Q u e n u
a t a r l e s la l e n g u a . Se h a b í a n h u n d i d o m á s en la tenia s u e r t e ; no era guapo, y e n c o n t r a b a u n a
c a m a , r e c o s t á n d o s e c o n t r a la pared, b a j o l a s cor- m u j e r h e r m o s a q u e le d e s e n t e r r a b a u n a f o r -
t i n a s de m u s e l i n a blanca, con las p i e r n a s m u y tuna. L a a d m i r a c i ó n llegó a tal e x t r e m o q u e
poco e x t e n d i d a s ; y como, m i e n t r a s h a b l a b a n , la gente acabó p o r decir en voz m u y b a j a q u e
h u n d í a n las m a n o s e n la p l a t a , las h a b í a n halla- " L i s a h a b í a sido v e r d a d e r a m e n t e t o n t a p o r h a -
do en contacto, olvidándose la u n a en la otra, ber h e c h o lo q u e h a b í a h e c h o " . L i s a s o n r e r a
en m e d i o d e las piezas d e cien sueldos. Allí les c u a n d o le h a b l a b a n de esto con m e d i a s p a l a b r a s
s o r p r e n d i ó el ocaso. S o l a m e n t e e n t o n c e s se son- e i n d i r e c t a s . Ella y su m a r i d o vivían c o m o ;m-
r o j ó L i s a al verse al lado de a q u e l m u c h a c h o . tes, en b u e n a a m i s t a d , en sosiego feliz. E l l a le
ayudaba, tropezaba con sus m a n o s en medio de —No, no compro m á s en su casa; no les toma-
los picadillos, se inclinaba por cima de su hom- ría u n pedazo de chorizo, amiga mía... E n su
bro p a r a echar u n vistazo a las m a r m i t a s . Y, co- cocina tuvieron u n muerto...
mo antes, solamente el gran fuego de la cocina Quénu lloró. Aquella historia del m u e r t o en
era lo q u e les i n f l a m a b a la sangre b a j o la piel. su cocina ganaba terreno. Quénu acababa por
E n t r e t a n t o , Lisa, era u n a m u j e r inteligente sonrojarse ante los parroquianos, c u a n d o les
que h a b í a comprendido al p u n t o la tontería de veía olfatear demasiado de cerca su mercancía.
d e j a r d o r m i r sus noventa y cinco mil francos El fué el q u e volvió a h a b l a r a su m u j e r de su
en el c a j ó n de la cómoda. Quénu los hubiera idea de m u d a r s e . Ella, sin decir palabra, h a b í a
vuelto a poner de b u e n a gana en el fondo del comenzado a d a r pasos p a r a la nueva t i e n d a ;
salador, a la espera de haber ganado otro tanto; había hallado allí al ladito, en la calle de Rabu-
entonces se h u b i e r a n retirado a Suresnes, un teau, maravillosamente situado. Los Mercados
rincón de la b a r r e r a q u e les a g r a d a b a m u c h o . centrales, q u e se a b r í a n enfrente, triplicarían la
Pero ella tenía o t r a s ambiciones. L a calle Pi- clientela y h a r í a n q u e la casa f u e r a conocida
rouette ofendía a sus ideas de limpieza, su ne- en los c u a t r o extremos de París.
cesidad de aire, de luz, de salud robusta. L a tien- Quénu se dejó a r r a s t r a r a locos gastos; empleo
da en que, sueldo a sueldo, había a m o n t o n a n d o más de treinta mil francos en mármoles, en espe-
su tesoro el tío Gradelle, era u n a especie de in- jos, en dorados. Lisa pasaba h o r a s e n t e r a s con
testino negro, u n a de esas salchicherías dudosas los obreros, dando su parecer sobre los m e n o r e s
de los viejos barrios, cuyas desgastadas losas detalles. Cuando, por fin, pudo instalarse en su
conservan el p e n e t r a n t e olor de las carnes, a pe- mostrador, la gente f u é en procesión a c o m p r a r
sar de los f r e g a d o s ; y la joven soñaba u n a de a su casa, sólo por ver la tienda. El revestimien-
esas claras tiendas modernas, de u n a riqueza de to de las paredes era todo d e m á r m o l blanco; en
salón q u e reflejara la nitidez de sus espejos en el techo, u n inmenso espejo c u a d r a d o se encua-
la acera de u n a calle a n c h a . Por otra parte, no draba en u n g r a n m a r c o de estuco, dorado y
era que sintiese el deseo mezquino de echár- adornadísimo, d e j a n d o colgar, en el centro, u n a
selas de señora d e t r á s de u n m o s t r a d o r ; tenía lámpara de c u a t r o brazos; y detrás del m o s t r a -
conciencia m u y clara de las l u j o s a s necesidades dor, ocupando todo el testero, y también a la
del nuevo comercio. Quénu se quedó asustado, izquierda y en el fondo, otros espejos, s u j e t o s en
la p r i m e r a vez, c u a n d o Lisa le habló de m u d a r s e las planchas de m á r m o l , ponían lagos de clari-
y de gastar parte de su dinero en decorar u n a dad, p u e r t a s que parecían abrirse a o t r a s salas,
tienda. Ella se encogía suavemente de hombros, hasta lo infinito, llenas todas de carnes colga-
sonriendo. das. A la derecha, el m o s t r a d o r , m u y grande, pa-
reció, sobre todo, a la gente u n hermoso traba-
Un día, al c e r r a r la noche, y c u a n d o la salchi- jo; losanges de m á r m o l rosa d i b u j a b a n m e d a -
chería estaba negra, los dos esposos oyeron, de- llones simétricos. E n el suelo había, como lo-
lante de la p u e r t a , a u n a m u j e r del barrio que sas, cuadros blancos y rosados alternando, y con
decía a o t r a :
EMLLIO ZOLA
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K8STKWK, MEXtCff
Madame Lecceur respondió u n " n o " m u y se-
co. E n los lugares en q u e los huesos le atravesa- otra c o n t i n u a b a escudriñando las fuentes, bus-
ban el rostro, la piel, estirada, era de u n r o j o de pando qué m á s iba a pedir. Cuando el plato va-
ladrillo, y la llama sorda q u e q u e m a b a sus pár- riado estuvo pesado ya, f u é preciso q u e la sal-
pados a n u n c i a b a a l g u n a e n f e r m e d a d del hígado, chichera le añadiese gelatina y pepinillos. E l
q u e latía en s u s celosas acritudes. Volvióse hacia bloque de gelatina, que tenía la f o r m a de u n
el mostrador, siguiendo cada a d e m á n de Lisa, pastel de Saboya, en medio de u n a plancha de
con la m i r a d a de desconfianza de u n a p a r r o q u i a - porcelana, tembló b a j o la m a n o de Lisa, b r u t a l
n a convencida de que la van a robar. de cólera; y la salchichera hizo salpicar el vina-
gre al tomar, con las yemas de los dedos, dos
—No m e ponga usted morcilla—dijo.—No me grandes pepinillos del pote q u e estaba d e t r á s del
hace gracia.
calentador.
Lisa h a b í a cogido u n cuchillo delgado y cor-
taba r a j a s de salchichón. Pasó después al j a m ó n —¿Son veinticuatro sueldos, verdad?—pre-
al h u m o y al j a m ó n ordinario, cortando l o n j a s guntó m a d a m e Leeoeur sin apresurarse.
m u y finas, algo encorvada, con la vista clavada Veía p e r f e c t a m e n t e la sorda irritación d e Lisa.
en el cuchillo. Sus m a n o s regordetas, de vivo co- Gozábase en ella, sacando las m o n e d a s con len-
lor de rosa, q u e tocaban las viandas con blanda titud, como si se le perdiera la m a n o entre las
ligereza, conservaban de ellas u n a especie de piezas de diez céntimos de su bolsillo. Miraba a
ductilidad grasienta, dedos ventrudos en las fa- Gavard de reojo, satisfecha del embarazoso si-
lanjes. Adelantó u n barreño, p r e g u n t a n d o : lencio que prolongaba su presencia allí, y j u -
r a n d o q u e no se iría, p u e s q u e a n d a b a n " d e ta-
—Quiere usted t e r n e r a mechada, ¿verdad?
p u j o s " con ella. Por fin la salchichera le puso su
Madame Lecceur pareció reflexionarlo larga- paquetito en la m a n o , y m a d a m e Lecceur tuvo
m e n t e ; después aceptó. La salchichera cortaba que retirarse. Se m a r c h ó sin decir u n a palabra,
ya en los barreños. Cogía en el borde de u n cu- lanzando u n a m i r a d a larga alrededor de la
. chillo de h o j a a n c h a r o d a j a s de ternera mecha- tienda.
da y de pastel de liebre. Y ponía cada r o d a j a en
medio de la h o j a de papel, sobre la balanza. Cuando se h u b o m a r c h a d o la vieja, Lisa es-
—¿No me da usted cabeza con pistachos? talló.
observó m a d a m e LeeoeUr, con su voz perversa. - — T a m b i é n es la d e Saget la que nos h a envia-
Lisa tuvo q u e ponerle cabeza con pistachos. do a esta otra. ¡Irá esa vieja chismosa a hacer
Pero la vendedora de m a n t e q u i l l a se ponía cada que desfile por aquí toda la gente de los Merca-
vez m á s exigente. Quiso dos r u e d a s de gelatina, dos p a r a saber lo q u e decimos!... ¡Y q u é m a l a s
q u e le gustaba m u c h o . Lisa, i r r i t a d a ya, j u g a n - son!... ¿Cuándo se h a visto c o m p r a r chuletas re-
do llena de impaciencia con el m a n g o de los cu- bozadas y platos variados a las cinco de la tarde?
chillos, se vió obligada a decirle que la gelatina Reventarían de u n a indigestión antes de q u e d a r -
era t r u f a d a y que no podían ponerla m á s q u e en se sin saber... P u e s les aseguro q u e si la Saget
los platos Variados de a tres f r a n c o s la libra. La me m a n d a otra, van a ver de q u é modo la reci-
m
ñ
cY, MEXICO-
bo. A u n q u e f u e s e m i m i s m a h e r m a n a , la pon- airosamente, con su cadena de oro sonando so-
dría de patistas en la calle. bre el delantal, los descubiertos cabellos peina-
Al ver la cólera de Lisa, los tres h o m b r e s se dos a la moda, y su corbata, u n lazo de e n c a j e s
callaban; Gavard h a b í a ido a apoyarse de codos que hacía de ella u n a de las reinas de la coque-
en la barandilla del mostrador, y se quedaba ab- tería en los Mercados. E x h a l a b a u n olor vago de
sorto, haciendo girar u n o de los b a l a u s t r e s de pescado fresco; y en u n a de las m a n o s , cerca del
cristal tallado, desprendido de la varilla de latón. dedo meñique, tenía pegada u n a escama de aren-
Después, levantando la cabeza: que q u e ponía allí u n toque anacarado. L a s dos
—Yo había considerado eso como u n a g r a n mujeres, que h a b í a n vivido en la m i s m a casa,
jugarreta. en la calle Pirouette, e r a n amigas íntimas, m u y
— ¿ E l q u é ? — p r e g u n t ó Lisa extremecida a ú n . unidas por u n a p u n t a de rivalidad q u e las hacía
— L a plaza de inspector del pescado. hablar u n a de o t r a continuamente. E n el barrio
Lisa levantó las manos, miró p o r ú l t i m a vez a se decía la bella N o r m a n d a , como decían la bella
Florencio se sentó en la b a n q u e t a rellena de pe- Lisa. Esto las oponia, las comparaba, las cons-
lote del m o s t r a d o r y no despegó m á s los labios. treñía a sostener cada cual su f a m a de belleza.
Gavard explicaba de cabo a rabo su idea; el m á s Inclinándose u n poco la salchichera, desde su
burlado, en r e s u m e n , sería el gobierno, a quien m o s t r a d o r veía, en el pabellón de e n f r e n t e , a la
le costaría los cuartos. Repetía con complacencia: pescadera, en medio de sus salmones y de s u s
—Amigo mío, esos belitres le h a n d e j a d o a rodaballos. L a s dos se vigilaban m u t u a m e n t e . L a
u s t e d morir de hambre, ¿verdad? Pues bien, es h e r m o s a Lisa se a p r e t a b a m á s los corsés. L a
necesario q u e a h o r a se deje usted n u t r i r p o r bella N o r m a n d a añadia sortijas a sus dedos y
ellos... E s magnífico, y desde el p r i m e r m o m e n - lazos a sus hombros. Cuando se encontraban,
to m e h a seducido la idea. m o s t r á b a n s e m u y cariñosas, m u y cumplidas,
con los ojos furtivos b a j o los p á r p a d o s medio
Florencio sonreía y seguía diciendo que no.
cerrados, buscando defectos. Hacían alarde de
Quénu, p a r a d a r gusto a su esposa, intentó bus-
servirse la u n a en casa de la otra y de apreciarse
car buenos consejos. Pero Lisa no parecía ya es-
mucho.
cucharle. Desde hacía u n instante, m i r a b a con
atención hacia la p a r t e de los Mercados. Brusca- Diga usted, ¿es m a ñ a n a c u a n d o hacen las
m e n t e se volvió a poner en pie, e x c l a m a n d o : morcillas?—preguntó la N o r m a n d a con su son-
— ¡ Ah! Ahora m e envían a la N o r m a n d a . Peor riente rostro.
p a r a ella. L a N o r m a n d a p a g a r á por las otras. Lisa permaneció fria. La cólera, m u y poco fre-
Una g r a n m o r e n a e m p u j a b a la p u e r t a de la cuente en ella, era tenaz e implacable. Respondió
tienda. E r a la h e r m o s a pescadera Luisa Méhu- que sí, secamente, de dientes p a r a a f u e r a .
din, llamada la N o r m a n d a . E r a ésta de u n a be- — E s que... m i r e usted, me gusta a r a b i a r la
lleza atrevida, m u y blanca y delicada de cutis, morcilla caliente, c u a n d o sale de la m a r m i t a .
casi tan f u e r t e como Lisa, pero de m i r a r m á s Vendré a c o m p r a r m a ñ a n a .
desvergonzado y de pecho m á s viviente. E n t r ó
Tenía clara conciencia de la m a l a acogida de
su rival. Miró a Florencio, que pareció interesar-
l a ; después, como no q u e r í a salir de la tienda te, q u e los tres hombres, aturdidos, n o h a b í a n
sin decir algo, sin p r o n u n c i a r la ú l t i m a palabra, tenido tiempo de intervenir. Lisa se reportó m u y
tuvo la i m p r u d e n c i a de a ñ a d i r : pronto. Volvía a e m p r e n d e r la conversación, sin
hacer la m e n o r alusión a lo que a c a b a b a de ocu-
— A n t e a y e r le compre a usted morcilla... Por rrir, c u a n d o entró de la calle Agustina, la criada
cierto q u e n o estaba m u y fresca. de la tienda.
— ¡ N o estaba m u y fresca!—repitió la salchi-
Entonces Lisa llamó apai te a Gavard y le dijo
chera, m á s blanca q u e el papel, con los labios
que no diese n i n g u n a contestación al señor Ver-
temblorosos.
laque; ella se encargaba de decidir a su cuñado,
Probablemente se hubiera reprimido todavía, y sólo pedía dos días de tiempo, todo lo m á s .
p a r a q u e la N o r m a n d a n o creyese que estaba Quénu volvió a la cocina. Cuando Gavard se lle-
despechada por c a u s a de s u corbata de encaje. vaba a Florencio y e n t r a b a n a t o m a r u n ver-
P e r o ya no se contentaban con espiarla, sino que m o u t h en casa del señor Lebigre, le mostró tres
i b a n a ofenderla, y esto p a s a b a ya de castaño m u j e r e s , en la calle cubierta, entre el pabellón
obscuro. Se encorvó, apoyando los p u ñ o s en el de pescado fresco y el pabellón de las aves.
mostrador, y con voz u n tanto e n r o n q u e c i d a :
— E s t á n de c h i s m o r r e o — m u r m u r ó Gavard con
—¡Diga u s t e d ! L a semana pasada, c u a n d o me aire de envidia.
vendió usted aquel p a r de lenguados, ¿sabe us-
Vaciábanse los Mercados, y allí estaban, en
ted? ¿Acaso f u i yo a decirle a usted delante de
efecto, mademoiselle Saget, m a d a m e Lecoeur y
gente q u e estaban todos podridos?
la Sa.riette, en el borde de la acera, La solterona
—¡Podridos!... ¡Mis lenguados podridos!—ex- peroraba.
clamó la pescadera, con el rostro teñido de púr-
—Cuando yo se lo decía a usted, m a d a m e Le-
pura.
coeur. Su c u ñ a d o de usted está metido siempre
Quedáronse u n i n s t a n t e sofocadas, m u d a s y en la tienda de ellos... Le h a visto usted, ¿ver-
terribles, sobre las carnes del mostrador. Toda dad?
su h e r m o s a amistad salía p i t a n d o ; u n a p a l a b r a
— ¡ O h ! Con m i s propios ojos. E s t a b a -sentado
había bastado p a r a m o s t r a r los agudos dientes,
encima de u n a mesa. Lo m i s m o que si estuviera
b a j o las sonrisas.
en su casa.
— E s usted u n a grosera—dijo la h e r m o s a nor- — Y o — i n t e r r u m p i ó la Sarriette—no h e oído
m a n d a . — ¡ C u a l q u i e r día vuelvo yo a poner los nada de malo. No sé a qué vienen todas esas su-
pies a q u í ! posiciones.
— V a y a usted, vaya u s t e d — d i j o la bella Lisa. Mademc'selle Saget se encogió de hombros.
— Y a sabemos a q u é atenernos. — ¡ A h í Bueno—repuso.—Usted es todavía de
L a pescadera salió, después de u n a palabrota buenas tragaderas, preciosa mía... Pero, ¿no ve
q u e soltó la salchichera, temblando de pies a usted por qué quieren los Quénu atraerse a Ga-
cabeza. L a escena había p a s a d o tan r á p i d a m e n - vard? Yo apuesto cualquier cosa a que dejará
cuanto tiene a la niña, a Paulina.
—¡ Usted cree eso!—exclamó Madame Lecceur, vano los sesos... El señor Gavard le conoce, con
lívida de f u r o r . toda seguridad... Yo h e debido de verle en algu-
Después prosiguió con voz doliente, como si na parte, pero no recuerdo dónde.
acabase de recibir u n golpe t r e m e n d o : Aún estaba h u r g a n d o en su memoria, c u a n d o
—Yo soy sola, n o tengo quien me d e f i e n d a - llegó la N o r m a n d a como u n a t o r m e n t a . Acababa
Ese h o m b r e puede hacer lo q u e se le antoje... Ya de salir de la salchichería.
h a oído usted... Su sobrina se pone de su parte. —'Está m u y bien educada, esa animalaza de
H a olvidado y a todo lo que m e cuesta, y seria la Quénu—exclamó la pescadera, dichosa p o r
capaz de e n t r e g a r m e atada de pies y manos. poder desahogarse.—¡ P u e s no acaba de decirme
—No, no, t í a — d i j o la Sarriette.—Usted es la que yo vendo pescado podrido!... ¡Ah! ¡Buena
que n o h a tenido n u n c a m á s que m a l a s palabras la h e p u e s t o ! ¡Vaya u n barracón, con esas por-
p a r a mí. querías averiadas q u e envenenan a la gente!
Se reconciliaron i n m e d i a t a m e n t e y se besaron. — ¿ P e r o qué es lo que le h a dicho usted?—pre-
L a sobrina prometió no volver a hacerla enfa- guntó la vieja, gozosísima, e n t u s i a s m a d a , al en-
d a r ; la tía j u r ó , por lo m á s sagrado que p a r a ella terarse de que las dos m u j e r e s se h a b i a n pe-
existía, q u e consideraba a la Sarriette como a su leado.
propia h i j a . Entonces mademoiselle Saget les —¿Yo?... Nada absolutamente. Ni esto siquie-
dió consejos respecto al modo como debían con- ra..: Había yo e n t r a d o con toda amabilidad a
ducirse p a r a obligar a Gavard a q u e n o derro- prevenirle q u e iría a c o m p r a r morcilla m a ñ a n a
chase su f o r t u n a . Quedó establecido que los Qué- por la tarde, y entonces m e h a dicho las mil ne-
n u e r a n unos cualquier cosa, y que les vigilarían. cedades... Maldita hipócrita... con su aire de hon-
radez... Me las pagará, y m á s c a r a s de lo que se
—No sé qué demonios o c u r r i r á en su casa—
cree.
dijo la solterona;—pero no m e huele n a d a bien.
¿Qué piensas ustedes de ese Florencio de ese L a s tres m u j e r e s c o m p r e n d í a n m u y bien q u e
p r i m o de m a d a m e Q u é n u ? la N o r m a n d a n o les decía la v e r d a d ; pero n o por
L a s t r e s m u j e r e s se acercaron más, b a j a n d o ello hicieron menos coro a su riña con u n a ola
la voz. de m a l a s palabras. Volvíanse hacia el lado de la
—Bien saben ustedes — r e p u s o m a d a m e Le- calle de R a m b u t e a u , insultantes, i n v e n t a n d o
cceur,—que le vimos u n a m a ñ a n a , con los za- chismes sobre la suciedad de la cocina de los
patos rotos, la ropa llena de polvo y con todo el Quénu, hallando acusaciones v e r d a d e r a m e n t e
aspecto de u n l a d r ó n que h a dado u n mal golpe... prodigiosas. Si los salchicheros hubiesen ven-
Ese individuo m e da miedo. dido carne h u m a n a , la cólera de aquellas m u -
jeres n o h u b i e r a sido, m á s a m e n a z a d o r a . F u é
—No; está flaco, pero n o es u n mal h o m b r e — preciso que la pescadera volviera a empezar su
m u r m u r ó la Sarriette. narración por t r e s veces.
Mademoiselle Saget reflexionaba, pensando en
voz a l t a : —¿Y el p r i m o ? ¿Qué h a dicho el primo?—apre-
—Estoy i n d a g a n d o hace quince días, m e de- tó p e r v e r s a m e n t e mademoiselle Saget.
EMILIO ZOLA
— ¡ El p r i m o ! — respondió la N o r m a n d a con
voz a g u d a . — ¿ U s f i p cree en el primo?... ¡Vaya cha. E n cuanto se h u b o alejado, dijo solapada-
u n enamorado, el m u y pazguato! mente Madame L e c t é u í :
L a s otras tres comadres gritaron protestando. — E s t o y segura "de q u e la N o r m a n d a se h a b r á
L a honradez de Lisa era u n o de los artículos de puesto hecha u n a insolente; es su c o s t u m b r e -
fe del barrio... Haría m u y bien en no h a b l a r de los p r i m o s que
caen como llovidos del cielo, después de haber
— ¡ D e j e n ustedes! ¿Acaso se puede saber n u n -
encontrado u n niño en su puesto de p e s c a d o -
ca, con esas s a n t a s de pega, que no son m á s q u e
grasa? ¡Quisiera yo ver su virtud sin camisa!... Las t r e s se echaron a reir, mirándose. Des-
¡Tiene u n m a r i d o demasiado calzonazos p a r a n o pués, c u a n d o Madame Lecoeur se h u b o alejado
ponerle cuernos! a su vez:
—Mi tía, h a c e m u y m a l en preocuparse por
Mademoiselle Saget movía la cabeza, como di-
todas estas cosas; eso la hace adelgazar—dijo la
ciendo que n o estaba m u y lejos de c o m p a r t i r
Sarriette.—Me pegaba c u a n d o m e m i r a b a n los
aquella opinión. Dulcemente r e p u s o :
hombres... Buena está también, se lo aseguro a
— ¡ ¡ a n t o m á s c u a n t o que el p r i m o h a venido usted...
no se sabe de dónde, y q u e la historia contada
p o r los Q u é n u es b a s t a n t e d e s m a ñ a d a . Mademoiselle Saget se rió de nuevo. Y en
cuanto se halló sola, al doblar la e s q u i n a de la
— ¡ O h ! E s el a m a n t e de la gorda—afirmó de
calle Pirouette, pensó q u e " a q u e l l a s tres péco-
nuevo la pescadera.—Algún t u n a n t e , algún va-
r a s " no valían lo que costara u n a cuerda p a r a
go-a quien h a b r á recogido del medio del arroyo.
ahorcarlas. Por otra parte, sería u n a necedad
Eso está clarísimo.
grandísima el pelearse con los Quénu-Gradelle,
— L o s h o m b r e s flacos son m u y fuertes-—decla- personas ricas y m u y estimadas al fin y a la
ró la Sarriette con acento de convicción. postre. Dió u n rodeo, y f u é a la calle de Turbigo,
—Se h a vestido de nuevo de pies a cabeza— a la p a n a d e r í a de Taboureau, la m á s hermosa
hizo observar Madame Lecceur.—lío h a debido panadería del barrio. Madame Taboureau, que
de costarle poco. era í n t i m a amiga de Lisa, tenía en todas las co-
—Sí, sí, podría usted m u y bien tener r a z ó n — sas u n a autoridad incontestable. Cuando se de-
m u r m u r ó la solterona.—Será necesario que ave- cía " m a d a m e T a b o u r e a u h a dicho esto, m a d a m e
rigüemos... Taboureau h a dicho lo otro", no h a b í a que ha-
Entonces se comprometieron a tenerse al co- cer m á s que inclinarse. L a vieja señorita, con
r r i e n t e u n a s a o t r a s de lo que ocurriera en la pretexto, el día aquel, de saber a qué h o r a esta-
pocilga d e los Quénu-Gradelle. L a vendedora de ría el h o r n o caliente, p a r a llevar u n a f u e n t e de
m a n t e q u i l l a sostenía q u e quería abrir los ojos a peras, dijo mil elogios de la salchichera y se
su c u ñ a d o acerca de las casas que f r e c u e n t a b a . deshizo en alabanzas de la limpieza y de la ex-
Entretanto, la N o r m a n d a se había sosegado celencia de s u s morcillas. Después, contenta por
u n poco; se m a r c h ó , c a n s a d a de haber dicho de- aquella compensación moral, encantada por ha-
masiado, porque en el fondo era b u e n a m u c h a - ber atizado el fuego de la ardiente batalla que
EMILIO ZOLA
olfateaba, sin haberse peleado con nadie, volvió siento de la salchichería, que le tenía t a n lángui-
definitivamente a su casa, <?on la conciencia m á s damente invadido.
descargada, y revolviendo cien veces en su me- Volvía hacia su casa, c u a n d o se encontró con
m o r i a la imagen del primo de m a d a m e Quénu. Claudio Lantier. El pintor, encerrado en el fon-
do de su verdoso gabán, tenia la voz enronque-
Aquel m i s m o dia, por la noche, después de co-
cida, llena de cólera. Despotricó en contra de la
mer, salió Florencio y se paseó algún tiempo por
pintura, de la q u e dijo era u n oficio de perros,
u n a de las calles cubiertas d e los Mercados. Su-
j u r a n d o que en su vida volvería a coger u n pin-
bía u n a débil neblina, y los vacíos pabellones
cel. Aquella tarde, después de comer, había des-
tenían u n a tristeza gris, a g u j e r e a d a p o r las lá-
trozado de u n p u n t a p i é u n estudio que hacía,
grimas amarillas del gas. P o r p r i m e r a vez, Flo-
sirviéndole de modelo aquella d e s a r r a p a d a de
rencio comprendía que era i m p o r t u n o ; tenía
Cadina. El infeliz estaba s u j e t o a estos a r r e b a -
conciencia de la d e s m a ñ a d a m a n e r a con q u e ha-
tos de artista impotente en presencia de las obras
bía caido en medio de aquel m u n d o grueso, co-
sólidas y vivientes q u e soñaba. Entonces, n o
mo u n flaco ingénuo; se confesaba r o t u n d a m e n -
existía ya n a d a p a r a él; correteaba p o r las ca-
te q u e molestaba a todo el barrio y q u e empeza-
lles, viéndolo todo negro, y esperando el día de
ba a ser u n estorbo p a r a los Quénu, u n primo de
m a ñ a n a como u n a resurrección. De ordinario,
contrabando, de aspecto comprometedor en de-
decía q u e se sentía alegre por la m a ñ a n a y ho-
masía. Estas reflexiones le p o n í a n m u y triste, y
rriblemente desgraciado p o r la t a r d e ; cada u n o
n o porque h u b i e r a observado en su h e r m a n o ni
de sus dias era u n largo esfuerzo desesperado. A
en Lisa la m e n o r d u r e z a ; hacíale s u f r i r la mis-
Florencio le costó t r a b a j o reconocer en Claudio
m a bondad de ellos; se acusaba de falta de de-
al i n d i f e r e n t e gandúl de las noches del Mercado.
licadeza al instalarse de aquel modo en su casa.
Ya se h a b í a n visto en la salchichería. Claudio,
Asaltábanle dudas. El recuerdo d e la conversa-
que conocía la historia del deportado, le había
ción en la tienda, por la tarde, le causaba u n
estrechado la mano, diciéndole que era u n va-
malestar vago. Sentíase como invadido por aquel
liente. Por otra parte, el pintor iba m u y r a r a s
olor de carnes del mostrador, y se veía deslizar
veces a casa de los Quénu.
a u n a cobardía muelle y saciada. Quizá había
hecho mal en rechazar aquel destino de inspec- —¿Sigue usted viviendo en casa d e m i tía?—
ción que le ofrecían. Este pensamiento desperta- dijo Claudio.—No sé cómo se las .compone usted
ba en él u n a gran l u c h a ; era preciso q u e hiciese para permanecer en medio de aquella cocina.
grandes esfuerzos p a r a volver a hallar las rigi- Huele mal allí dentro. Cuando paso yo allí u n a
deces de su conciencia. hora, m e parece (jue h e comido de sobra p a r a
tres días. He hecho m u y mal en e n t r a r esta ma-
Entretanto, se había alzado u n viento h ú m e - ñ a n a en la salchichería; eso es lo q u e m e h a he-
do, que soplaba b a j o la cubierta, calle. Florencio cho estropear mi estudio.
recobró algo de calma y de c e r t i d u m b r e cuando
se vió obligado a abrocharse el redingote. El Y después de dar algunos pasos en silencio,
viento se llevaba de sus vestidos aquel olor gra- añadió:
— ¡ A h ! ¡Buenas gentes! Le aseguro a usted
de las r e j a s q u e d a b a n a los sótanos de los Mer-
q u e m e d a n pena, de tan bien como están. Yo
cados, en donde a r d e el gas eternamente. Allí,
había pensado hacerles unos retratos, pero no he
en aquellas p r o f u n d i d a d e s , hizo ver a Florencio
podido n u n c a llegar a d i b u j a r esos rostros re-
a Marjolin y Cadina, q u e cenaban t r a n q u i l a -
dondos, que no tienen huesos... ¡Vaya! De segu-
mente, sentados sobre u n a de las piedras de ma-
ro que no sería m i tía Lisa la que diera punta-
tanza de los depósitos de aves. Los dos golfos te-
piés a sus cacerolas. ¡Qué b r u t o he sido por ha-
nían procedimrentos originales para esconderse
ber estropeado la cabeza de Cadina! Ahora que
y habitar los sótanos, u n a vez que se h a b í a n ce-
bien lo pienso, quizá n o estuviera del todo mal.
rrado las v e r j a s .
Entonces se pusieron a h a b l a r de la tía Lisa. — ¿ E h ? ¡Qué animal, qué hermoso a n i m a l ! —
Claudio d i j o que su m a d r e n o veía a la salchi- repetía Claudio h a b l a n d o de Marjolin con envi-
chera desde hacía m u c h o tiempo. Dió a entender diosa admiración.—¡Y decir que ese animal es
q u e Lisa estaba algo avergonzada de su h e r m a - feliz! Así que se h a y a n tragado las patatas, se
na, q u e se había casado con u n obrero; además, acostarán j u n t o s en u n o de esos e n o r m e s cestos
n o le hacían gracia los desgraciados. E n cuanto llenos de plumas. E s o es vivir, por lo menos... A
a él, refirió q u e u n buen s ú j e t o se h a b í a pro- fe mía, hace usted bien en quedarse en la salchi-
puesto enviarle a u n colegio, seducido por los chería; puede ser que eso le h a g a a usted en-
asnos y por las b u e n a s m u j e r e s q u e d i b u j a b a , gordar.
desde la edad de ocho a ñ o s ; el buen h o m b r e ha-
bía fallecido, d e j á n d o l e mil francos de renta, lo Partió bruscamente. Florencio subió a su
cual le impedía morirse de h a m b r e . guardilla, t u r b a d o por aquellas inquietudes ner-
viosas q u e despertaban sus propias i n c e r t i d u m -
—•Pero no i m p o r t a — prosiguió Lantier.—Yo bres. Al día siguiente, evitó p a s a r la m a ñ a n a en
h u b i e r a preferido ser obrero... Mire usted, eba- la salchichería y se fué a d a r u n gran paseo a lo
nista, p o r ejemplo. Los ebanistas son dichosísi- largo de los muelles. Pero, a la h o r a de almorzar,
mos. T i e n e n u n a m e s a que hacer, ¿ v e r d a d ? P u e s le asaltó de nuevo la dulzura persuasiva de Lisa.
la hacen y se acuestan, satisfechos por haber Esta le volvió a h a b l a r del destino de inspector
t e r m i n a d o la mesa, absolutamente satisfechísi- del mercado, sin insistir con exceso, y como de
mos... Pero yo, n o d u e r n o g r a n cosa de noche. u n a cosa que merecía ser reflexionada. Floren-
Todos esos malditos estudios que n o puedo ter- cio escuchaba, con el plato lleno, ganado a pesar
m i n a r , me bailotean por la cabeza... Nunca con- suyo por la devota limpieza de la sala comedor;
sigo acabar, n u n c a , n u n c a . la a l f o m b r a ponía b l a n d u r a s b a j o sus pies; los
Se le desgarraba la voz, h a s t a llegar casi a los colgantes de la suspensión de cobre, el amarillo
sollozos. Después, p r o c u r ó reírse. Soltaba ter- claro del papel y de la encina clara d e los mue-
nos, buscaba p a l a b r a s i n m u n d a s , se h u n d í a en bles, le p e n e t r a b a n de u n sentimiento de h o n r a -
pleno fango, con la rabia fina de u n espíritu de- dez dentro del bienestar, q u e p e r t u r b a b a sus
licado y exquisito q u e d u d a de sí m i s m o y sueña ideas acerca de lo verdadero y de lo falso. Sin
con m a n c h a r s e . Acabó por agacharse ante u n a embargo, tuvo f u e r z a s p a r a negar todavía, repi-
tiendo sus razones, a pesar de la conciencia que sa e i n q u i e t a n t e de alguna cocina del infierno.
tenía del mal gusto que era el ostentar brutal- Después, todo a lo largo de las paredes, en es-
m e n t e sus rencores y s u s testarudeces en u n lu- tantes y h a s t a b a j o las mesas, se a m o n t o n a b a n
gar como aquel. Lisa n o se incomodó; por el tarros, lebrillos, cubos, fuentes, utensilios de ho-
contrario, sonreía, con u n a h e r m o s a sonrisa que jalata, u n a batería de cacerolas grandes, e m b u -
embarazaba a Florencio m á s q u e la irritación dos ensanchados, panoplias de cuchillos y ma-
sorda de la víspera. A la h o r a de comer, n o se chetes, hileras de asadores y de a g u j a s , todo u n
habló m á s q u e de las grandes salazones de in- m u n d o anegado en grasa. L a grasa se desborda-
vierno, que i b a n a tener ocupadísimo a todo el ba, a pesar de la excesiva limpieza, r e z u m a n d o
personal de la salchichería. por e n t r e los azulejos, barnizando los c u a d r a d o s
L a s veladas empezaban a ser frías. E n cuanto rojos del pavimento, d a n d o u n reflejo grisáceo
se había comido, p a s a b a n todos a la cocina, en al hierro colado del horno, puliendo los bordes
donde hacía m u c h o calor. Además, la cocina era de la tabla de picar con u n a t r a n s p a r e n c i a de
t a n grande, q u e podían estar a sus a n c h a s varias encina barnizada. Y en medio de aquella lejía
personas, sin estorbar el servicio, alrededor de a m a s a d a gota a gota, de aquella evaporación con-
u n a m e s a c u a d r a d a colocada en el centro. L a s tinua de las tres m a r m i t a s , en las q u e se derre-
paredes de la pieza, a l u m b r a d a p o r gas, esta- tían los cerdos, n o habia, desde el suelo h a s t a el
b a n recubiertas de azulejos blancos y azules has- techo, ni u n solo clavo q u e no chorrease grasa.
ta la a l t u r a de u n hombre. A la izquierda se ha-
llaba el gran h o r n o de hierro fundido, atravesa- Los Quénu-Gravelle lo fabricaban todo en su
do por t r e s agujeros, en los cuales tres robustas casa. No m a n d a b a n traer de f u e r a casi m á s q u e
m a r m i t a s h u n d í a n sus panzas negras por el ho- los platos de las casas m á s r e n o m b r a d a s , las sal-
llín del carbón de t i e r r a ; en el rincón, u n a pe- chichas, las latas de conservas, las sardinas, los
q u e ñ a chimenea, m o n t a d a sobre u n hornillo, quesos, los caracoles. De m a n e r a que, a partir
servía p a r a los asados; y p o r cima del horno, del m e s de septiembre, se t r a t a b a de rellenar los
m á s alto que las e s p u m a d e r a s , las c u c h a r a s y sótanos, vaciados d u r a n t e el verano. L a s veladas
los tenedores de largos mangos, en u n a hilera se prolongaban entonces h a s t a después d e h a -
de cajones numerados, se alineaban el pan r a - berse cerrado la tienda. Quénu, a y u d a d o por Au-
yado, el ñ n o y el grueso, la miga de p a n p a r a re- gusto y por León, hacía los salchichones, prepa-
bozar, las especias, el clavo, la nuez moscada, las r a b a el j a m ó n , derretía l a s mantecas, p r e p a r a n -
pimientas. A la derecha, la tabla de picar, enor- do los tocinos del pecho, los tocinos delgados,
me bloque de encina adosado a la pared, osten- los tocinos de picar. E r a u n ruido formidable
taba su pesadez, llena de huecos y a r a ñ a z o s ; de m a r m i t a s y de picadores, con olores de coci-
en tanto que varios aparatos fijados en el blo- n a q u e ascendían por la casa entera. Esto sin
que, u n a bomba de inyectar, u n a m á q u i n a impe- perjuicio de la salchichería corriente; de la sal-
Iente, u n a picadora mecánica, p o n í a n allí, con chichería fresca, los pasteles de hígado y de lie-
sus e n g r a n a j e s y sus manivelas la idea misterio- bre, l a s galantinas, las b u t i f a r r a s y las morcillas.
Aquella noche, a eso de las once, Quénu, q u e
h a b í a puesto al fuego dos m a r m i t a s de m a n t e c a tro dedos de cuchillo; es la medida... Pero, m i r e
tuvo q u e dedicarse a la morcilla. Augusto ú usted, la m e j o r señal es c u a n d o fluye a ú n la
ayudo. En u n a esquina de la c u a d r a d ! mesa, sangre y yo la recibo golpeándola con la m a n o
Lisa y Agustina r e p a s a b a n la ropa blanca- en en el cubo. E s preciso que tenga buen calor, q u e
t a n t o que, en f r e n t e de ellas, al otro lado de la sea cremosa, pero n o espesa con exceso.
i ¡ 8 l C l 0 r . e n T , S e h a b í a s e n t a d ° . con el rostro Agustina había d e j a d o la a g u j a . Con los ojos
vuelto hacia el horno, sonriendo a la pequeña levantados, contemplaba a Augusto. Su semblan-
Paulina, la cual, apoyada en sus rodillas, quería te coloradote, de f u e r t e s cabellos castaños, ad-
q u e la hiciese " s a l t a r en el aire". Detrás de ellos quiría aspecto de p r o f u n d a atención. Por otra
León picaba c a r n e p a r a b u t i f a r r a s sobre el blo- parte, Lisa y h a s t a la pequeña Paulina, escucha-
q u e de encina, con golpes lentos y regulares ban con g r a n interés.
A
m | f s t ; comenzó por ir a b u s c a r al patio dos ; —Yo pego, pego, pego, ¿entienden ustedes?—
colodras llenas de sangre de cerdo. El era el q u e continuó el m a n c e b o agitando la m a n o en e l va-
sangraba en el matadero. T o m a b a la sangre v el cío como si batiese u n a c r e m a . — P u e s bien, cuan-
i" l 0 S / " Í m f l e s ' d e j a n d 0 a los despelle- do retiro la m a n o y la miro, es preciso q u e esté
adores el cuidado de llevar a la tienda, por la como e n g r a s a d a por la sangre, de m a n e r a que
tarde, los cerdos completamente p r e p a r a d o s en esa especie de g u a n t e rojo sea del m i s m o rojo
el coche. Quenu pretendía que A u g u í t o sangra- por todas partes. Entonces se puede decir sin
b a como n i n g ú n oficial de salchichero de París equivocarse: " L a morcilla será b u e n a " .
Lo cierto era que Augusto era inteligentísimo en Permaneció u n i n s t a n t e con la m a n o en el
lo tocante a la calidad de la sangre; la morcilla aire, placenteramente, con actitud muelle; aque-
buena 11 " 113 S1Gmpre qUe decía:
" L a morcilla será lla m a n o que vivía en los cubos de sangre, mos-
trábase por completo rosada, con f u e r t e s uñas,
— B u e n o ; ¿ t e n d r e m o s b u e n a morcilla?—ore-
F al extremo de la blanca m a n g a . Q u é n u había
gunto Lisa.
aprobado con u n movimiento de cabeza.
Augusto dejó en t i e r r a las dos colodras yJ len- Hubo u n a p a u s a . León continuaba picando.
tamente dijo:
Paulina, que se h a b í a quedado pensativa, se vol-
—Así lo creo, m a d a m e Quenu, sí; así lo c r e o . vió a a p o y a r en las rodillas de Florencio, gritan-
Empiezo por verlo en la m a n e r a como fluye la do con. su clara voz:
sangre. Cuando retiro el cuchillo, si la sangre —Oye, primo, vuélveme a contar la historia
cae demasiado despacio, no es b u e n a señal, por- de aquel señor que f u é comido por las fieras.
q u e p r u e b a q u e es pobre... Sin d u d a la idea de la sangre de los cerdos ha-
eso
f , i n t e r r u m p i ó Quénu, — depende bía despertado en la mocosa la de " a q u e l señor
también de como h a y a sido h u n d i d o el cuchillo. que f u é comido por las fieras". Florencio n o com-
El lívido rostro de Augusto m o s t r ó u n a son- prendía, y p r e g u n t a b a qué señor era. Lisa se
n S3. echó a reir.
—No, no—respondió.—Yo m e t o siempre cua- :
— P i d e la historia de aquel desgraciado, ¿sabe
usted? Aquella historia q u e contó usted u n a no- la m á q u i n a del barco, c a l e n t a b a n de tal modo los
che a Gavard. P a u l i n a debió de haberla oído. sollados, q u e diez de los forzados se m u r i e r o n
Florencio se había puesto m u y grave. L a niña de calor. D u r a n t e el día, les hacían subir de cin-
se dirigió a t o m a r en brazos al g r a n gato ama- cuenta en cincuenta, p a r a permitirles q u e respi-
rillo y f u é a dejarlo sobre las rodillas del primo, rasen el aire del m a r ; y como les tenían miedo,
diciéndole q u e t a m b i é n Mouton quería oir la his-
dos cañones estaban siempre p r e p a r a d o s en el
toria. Pero Mouton saltó sobre la mesa. Quedó-
pequeño espacio en q u e se paseaban. E l pobre
se allí, sentado, redondeado el dorso, contem-
plando a aquel alto p e r s o n a j e flaco, que, desde hombre estaba contentísimo c u a n d o le llegaba
hacía quince días, parecía ser p a r a él u n tema la vez. Sus sudores se calmaban u n poco. Ya n o
de p r o f u n d a s reflexiones. Entretanto, P a u l i n a se comía, y estaba m u y enfermo. P o r la noche,
e n f a d a b a y d a b a p a t a d i t a s queriendo oir la his- cuando les volvían a b a j a r y c u a n d o el m a l tiempo
toria a todo trance. Como se llegara a poner ver- del m a r le hacía r o d a r entre dos de sus compa-
d a d e r a m e n t e insoportable: ñeros, el pobre infeliz se sentía cobarde y llora-
ba, sintiéndose dichoso p o r poder llorar sin q u e
—Yaya, cuéntele usted lo que pide—dijo Lisa le vieran.
a Florencio,—a ver si nos d e j a tranquilos.
P a u l i n a escuchaba con los o j o s agrandados, y
Florencio g u a r d ó a u n silencio por unos ins- con las dos m a n e c i t a s devotamente cruzadas.
tantes. Tenía la vista clavada en el suelo; des-
H — P e r o — l e i n t e r r u m p i ó , — e s a no es la historia
pués, alzando l e n t a m e n t e la cabeza, contempló
del señor que f u é comido por las fieras... Esa es
f i j a m e n t e a las dos m u j e r e s que estaban t i r a n d o
de la a g u j a y m i r ó a Q u é n u y a Augusto, que otra historia, ¿verdad, p r i m o ?
p r e p a r a b a n la m a r m i t a para la morcilla. El gas —Espera, ya lo verás—respondió dulcemente
a r d í a t r a n q u i l a m e n t e ; el calor del h o r n o era m u y Florencio.—Ya llegaremos a la historia del se-
dulce, y toda la grasa de la cocina relucía con ñor... Ahora te la estoy contando entera.
u n bienestar de digestión lenta. E n t o n c e s Flo- — ¡ A h ! B u e n o — m u r m u r ó la niña con aspecto
rencio sentó a P a u l i n a sobre u n a de sus rodillas, de felicidad.
y sonriendo con triste sonrisa, y dirigiéndose a Sin embargo, permaneció pensativa, visible-
la niña, comenzó: m e n t e p r e o c u p a d a por a l g u n a gran dificultad
que no podía resolver. P o r fin se decidió:
— E r a s e u n a vez u n pobre hombre. Le envia-
—¿Y q u é h a b í a hecho el pobre h o m b r e — p r e -
ron m u y lejos, m u y lejos, al otro lado del mar...
g u n t ó — p a r a q u e le enviaran t a n lejos y le metie-
E n el barco que se lo llevaba, había cuatrocien-
tos forzados con los cuales le pusieron. El pobre r a n en el barco?
h o m b r e tuvo que vivir cinco semanas en medio Lisa y Agustina sonrieron. Las e n t u s i a s m a b a
de aquellos bandidos, vestido como ellos de tela el talento de la niña. Y Lisa, sin responder direc-
de saco, comiendo en su m i s m a escudilla. Devo- tamente, aprovechó la circunstancia p a r a darle
rábanle piojos enormes, y u n o s sudores horribles u n a lección de m o r a l ; y dejó a la niña m u y sor-
le d e j a b a n sin fuerzas. L a cocina, la panadería, prendida al decirla que m e t í a n de aquella m a n e -
r a en el barco a los niños que no e r a n buenos.
—-Entonces observó juiciosamente Paulina, ían flacos, t a n abandonados, con u n a s barbas
— e s t a b a bien becho, si el pobre h o m b r e q u e dice tan largas, q u e daban compasión...
mi p r i m o lloraba p o r las noches. —Augusto, deme usted el tocino—gritó Quénu.
Lias volvió a coser, b a j a n d o los h o m b r o s . Qué- Y c u a n d o tuvo la fuente, hizo resbalar con
n u n o había oído. Acababa de cortar en la m a r - ' suavidad h a s t a la m a r m i t a las l o n j i t a s de tocino,
m i t a u n a s r o d a j a s de cebolla, q u e adquirían, so- empujándolas con el cabo de la cuchara. Las
b r e el fuego, vocecillas claras y a g u d a s d e ciga- lonjas se f u n d í a n . Un vapor m á s espeso subió
r r a s a c h i c h a r r a d a s de calor. Aquello olía m u y del horno.
bien. L a m a r m i t a , al h u n d i r Quénu en ella en su —¿Y qué les d a b a n de comer?—preguntó P a u -
g r a n c u c h a r a de palo, c a n t a b a m á s fuerte, lle- lina p r o f u n d a m e n t e interesada.
n a n d o la cocina con el olor p e n e t r a n t e de la ce- —Les d a b a n arroz lleno ele g u s a n o s y carne
bolla frita. Augusto, en u n a fuente, p r e p a r a b a que olía pial—respondió Florencio, c u y a voz se
las l o n j a s de tocino. Y el picador de León sonaba iba poniendo sorda.—Era preciso q u i t a r los gu-
con golpes m á s vivos, r a s c a n d o la tabla a veces, sanos p a r a comerse el arroz. L a carne, asada
p a r a recoger la c a r n e de b u t i f a r r a q u e comen- o m u y frita, a ú n se podía comer; pero hervida
zaba a convertirse en pasta. echaba u n olor t a n atroz, q u e m u y a m e n u d o
— C u a n d o llegaron p o r fin—continuó Floren- daba cólicos.
cio,—llevaron al h o m b r e a u n a isla l l a m a d a " Isla —Yo p r e f e r i r í a comer sólo p a n seco—dijo la
del Diablo". Allí estaba con otros camaradas, a niña después d e reflexionar.
quienes también h a b í a n expulsado de su país, León, que h a b í a acabado de picar, llevó la
l o d o s f u e r o n desgraciadísimos. Al principio, les carne" en u n a fuente, a la m e s a c u a d r a d a . Mou-
obligaron a t r a b a j a r como a los forzados. El gen- ton, q u e había permanecido sentado, con los ojos
d a r m e q u e les g u a r d a b a los contaba tres veces fijos en Florencio, como sorprendido en extremo
al día, p a r a estar bien seguro de q u e no faltaba por la historia, tuvo que retroceder u n paso, lo
nadie. Más tarde, les d e j a r o n en libertad de ha- que hizo de malísima gana. Se hizo u n ovillo,
cer lo q u e quisiesen; sólo los encerraban por la roncando, con el hocico sobre la carne picada. E n -
noche, en u n a g r a n c a b a ñ a de m a d e r a , en donde tretanto, Lisa parecía no poder ocultar su asom-
dormían en u n a s h a m a c a s tendidas entre dos bro ni su repugnancia. El arroz lleno de gusa-
nos y la c a r n e q u e olía m a l le parecían segura-
barrotes. Al cabo de u n año, i b a n descalzos, y
mente porquerías apenas creíbles, completamen-
s u s vestidos estaban tan destrozados que d e j a -
te deshonrosas para aquel que las había comido.
b a n la piel al descubierto. Se h a b í a n construido Y en su hermoso rostro sosegado, en la turgen-
u n a s chozas con troncos de árboles, p a r a res- cia de su cuello, se veía u n vago espanto ante
g u a r d a r s e del sol, cuyas llamas lo q u e m a n todo aquel h o m b r e alimentado con cosas i n m u n d a s .
en aquellas t i e r r a s ; pero las chozas n o podían
preservarles de los m o s q u i t o s que, p o r la noche, —No, no era u n lugar de delicias—prosiguió
les cubrían de g r a n o s y de ronchas. De esto m u - Florencio, olvidando a la n i ñ a y con los ojos va-
rieron varios; los otros se pusieron amarillos. gamente posados en la m a r m i t a q u e humeaba.—-
EL VIENTRE DE PARÍS. 9 TOMO I
\
Gada día v e j á m e n e s nuevos, u n a humillación sus chozas. Una noche p a r t i e r o n sobre algunas
continua, u n a violación de toda justicia, u n des- malas vigas que h a b í a n u n i d o c o n , r a m a s secas.
preció de la caridad h u m a n a q u e exasperaban a El Viento las impelía hacia la costa. Iba y a a des-
los prisioneros y les q u e m a b a n lentamente con p u n t a r el día, c u a n d o la almadia se estrelló con-
u n a c a l e n t u r a d e rencor enfermizo. Vivían como tra u n banco de a r e n a con tal volencia, que los
animales, con el látigo e t e r n a m e n t e levantado desatados troncos de los árboles f u e r o n arras-
sobre los hombros. Aquellos miserables querían trados por las olas, Estuvo en u n tris q ü e los t r e s
m a t a r al hombre... No se puede olvidar, no, no desgraciados q u e d a r a n en la arena. H u n d í a n s e
es posible— Aquellos padecimientos c l a m a r á n en ella h a s t a la e i n t u r a ; h u b o u n o de ellos q u e
venganza algún día. p se h u n d i ó h a s t a la garganta, y los otros dos tu-
Había b a j a d o la voz, y el tocino q u e silbaba vieron que retirarle de allí. P o r fin llegaron a
alegremente en la m a r m i t a la apagaba con su una roca, en la q u e a p e n a s h a b í a b a s t a n t e espa-
r u i d o de hirviente f r i t u r a . Pero Lisa le oía, asus- cio p a r a sentarse. Cuando se levantó el sol, divi-
tada por la expresión implacable q u e brusca- saron e n f r e n t e de ellos la costa, u n a línea de
m e n t e había tomado su rostro. Le juzgó hipócri- acantilados grises que ocupaba todo u n lado del
ta, por aquel aspecto de dulzura que sabía fingir. horizonte. Dos de ellos, que sabían n a d a r , se de-
cidieron a ganar los acantilados. P r e f e r í a n arries-
El sordo acento de Florencio había llevado al
garse a ahogarse en seguida antes q u e morirse
colmo el placer de Paulina. La niña se agitaba
lentamente de h a m b r e sobre la roca. Prometie-
sobre la rodilla del primo, encantada con el re-
ron a su c a m a r a d a q u e i r í a n en su busca en
lato de ésté,
cuanto hubiesen tocado tierra y se h u b i e r a n pro-
" ¿ Y el h o m b r e ? ¿Y el h o m b r e ? — m u r m u r a b a . porcionado u n a barca.
Florencio miró a la niña, pareció recprdar, y
volvió a verse en Süs labios su sonrisa triste. — ¡ A h ! ¡Bueno. Ahora ya lo sé!—exclamó
— E l h o m b r e — d i j o — n o estaba contento con P a u l i n a batiendo p a l m a s de alegría.-—Es la his-
hallarse en la isla. No tenía m á s idea q u e u n a ; toria del señor q u e f u é comido p o r las fieras.
irse, atravesar el m a r p a r a llegar a la costa, cuya —-Los dos pudieron llegar a la costa—prosi-
línea blanca se veía en el horizonte / e n los días guió Florencio.—Pero la h a l l a r o n desierta, y tan
de büen tiempo. Pero esto no era fácil. E r a pre- sólo al cabo de c u a t r o días pudieron e n c o n t r a r
ciso construir u n a almadía. Como ya h a b í a n h u í - u n a barca... Cuando volvieron a la roca, vieron a
do otros prisioneros, h a b í a n echado a b a j o todos su compañero tendido boca arriba, con los pies
los árboles de la isla, con objeto d e q u e los otros y las m a n o s devorados ,el rostro roído, el vientre
n o pudieran procurarse m a d e r a , L a isla estaba lleno de u n a infinidad de c a n g r e j o s q u e agitaban
talada por completo, tan desnuda, tan árida b a j o la piel dé los costados, como si u n estremeci-
los ardientes soles ( que la p e r m a n e n c i a en ella miento furioso hubiera sobrecogido a aquel ca-
se hacía a ú n m á s horrible y peligrosa. Entonces dáver medio comido y reciente todavía.^
el h o m b r e tuvo la idea, con dos d e süs enmara- Lisa y Agustina d e j a r o n escapar u n gruñido
das, de servirse de los troncos de los árboles de de r e p u g n a n c i a . León, q u e p r e p a r a b a las tripas
CNiygRSigñB DE NUEVO LEON
I^QIE^ «ATARIA
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EMILIO ZOLA
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camas parecían esmaltes divididos en celdillas
era- u n soplo fresco, u n viento de m a r q u e recor- y bronceados; los g r a n d e s lucios, alargando sus
daba m u y bien, a m a r g o y salado. Traía a la me- feroces picos, bandoleros de las aguas, rudos,
moria el recuerdo de las costas de la Guayana, de un color gris de h i e r r o ; las tencas, sombrías y
los buenos tiempos de la travesía. Parecíale q u e magníficas, s e m e j a n t e s a r o j o cobre m a n c h a d o de
era aquello u n a bahía, cuando se r e t i r a n las cardenillo. E n medio de ellos, cestas de gubios y
aguas y h u m e a n las algas al sol; las rocas, pues- de percas, lotes de truchas, m o n t o n e s de brecas
tas al descubierto, se secan, y la grava exhala u n comunes, pescados vulgares cogidos con espara-
hálito f u e r t e de pescado fresco. A su alrededor, vel, adquirían b l a n c u r a s vivas, dorsos azulados
toda aquella variedad de peces, de g r a n d i s i m a de acero suavizándose poco a poco en la t r a n s -
* frescura, tenía u n buen aroma, ese a r o m a u n parente palidez de los vientres; y los grandes
tanto áspero e i r r i t a n t e q u e estraga el apetito. barbos, de blanco de nieve, e r a n la nota a g u d a
El señor Verlaque tosió. L a h u m e d a d le pene- de luz en aquella colosal n a t u r a l e z a m u e r t a .
t r a b a hasta los huesos, y le hacía esconderse Despacito, i b a n vertiendo en los víveres sacos de
m á s en su b u f a n d a . carpas jóvenes; las c a r p a s giraban sobre sí mis-
—Ahora—dijo,—vamos a p a s a r al pescado de mas, p e r m a n e c í a n u n i n s t a n t e sobre u n o de los
a g u a dulce. costados, y después desfilaban, se perdían. Ces-
Allá, por el lado del pabellón de las f r u t a s , y tas de p e q u e ñ a s anguilas e r a n vaciadas de golpe,
el último en dirección a la calle de R a m b u t e a u , y caían en el fondo de los d e p a r t a m e n t o s como
el banco de la subasta está rodeado de dos un solo n u d o de serpientes; al paso que las grue-
viveros circulares separados en d e p a r t a m e n t o s sas, las q u e t e n í a n el espesor de u n brazo de ni-
distintos por v e r j a s de hierro fundido. Unos gri- ño, levantando la cabeza, se deslizaban ellas
fos de cobre, en f o r m a de cuello de cisne; arro- mismas b a j o el agua, con el hábil impulso de las
j a n sin cesar delgados hilillos de agua. E n cada culebras que se esconden b a j o u n a maleza. Y,
departamento, se ven confusos hormigueros de acostados sobre el m a n c h a d o m i m b r e de las ces-
cangrejos, movibles lienzos de los negruzcos dor- tas, otros pescados, cuya agonía d u r a b a desde la
sos de las carpas, vagos n u d o s de anguilas, sin mañana, acababan de m o r i r lentamente, en me-
cesar atados y desatados. El señor Verlaque vol- dio del estrépito de las s u b a s t a s ; a b r í a n la boca,
vió a ser acometido por pertinaces golpes de tos. con los costados oprimidos, como para beber la
L a h u m e d a d era m á s sosa, como u n olor blan- humedad del aire; y con silenciosos hipos, cada
ducho de río, de a g u a tibia dormida sobre la tres segundos, bostezaban d e s m e s u r a d a m e n t e .
arena.
Entretanto, el señor Verlaque había vuelto a
L a llegada de los cangrejos de Alemania, en
conducir a Florencio a los puestos del pescado
c a j a s y canastos, era m u y grande aquella m a ñ a -
de mar. Le paseaba p o r allí, le daba detalles com-
na. Los pescados blancos de Holanda y de Ingla-
plicadísimos. E n los tres costados interiores del
t e r r a atestaban t a m b i é n el mercado. Desembar-
pabellón, alrededor de las nueve oficinas, se ha-
caban las doradas carpas del Rhin, tan h e r m o s a s
bían a m o n t o n a d o oleadas de m u c h e d u m b r e , q u e
con sus rojeces metálicas, y cuyas placas de es-
f o r m a b a n en cada borde pilas de movibles cabe- t u r a s . Florencio no le hacía gran caso. Contem-
zas, d o m i n a d a s por los empleados, sentados en , plaba a la m u j e r de la tablilla q u e f r e n t e a sí
alto, y escribiendo sobre los registros. tema, en u n a de las sillas altas. E r a u n a m u j e r
— P e r o — p r e g u n t ó Florencio, — esos emplea- alta y morena, de treinta años, con grandes o j o s
dos ¿pertenecen todos a los factores? negros y aspecto m u y grave; escribía, con los
E n t o n c e s el señor Verlaque, d a n d o la vuelta dedos alargados, como u n a señorita que h a re-
por la acera, le llevó al recinto de u n o de los pues- cibido instrucción.
t o s de subasta. Le explicó los d e p a r t a m e n t o s y el Pero p r o n t o le separó de ella la atención el
personal de l e g r a n oficina de m a d e r a amarilla, berrear del subastador, q u e exponía a las p u j a s
oliendo a pescado, m a n c h a d a por las salpicadu- u n magnífico rodaballo.
r a s de las cestas. E n todo lo aito, en u n a especie — ¡ H a y postor a treinta francos!... ¡A treinta
de garita, acristalada, el agente de los ingresos francos!... ¡Treinta f r a n c o s !
municipales t o m a b a nota de las c i f r a s de las pu- Y repetía la cantidad en todos los tonos, su-
jas. Más bajo, en elevadas sillas, con los p u ñ o s biendo en u n a gama extraña, llena de sobresal-
apoyados en estrechos pupitres, estaban senta- tos. Era jorobado, con el rostro de través, espe-
das las dos m u j e r e s que tenían las tablilas de luznados los cabellos, con u n gran delantal azul
v e n t a por cuenta del factor. El banco es doble; de barbero. Y con el brazo extendido, violenta-
a cada lado, en u n extremo de la m e s a de piedra mente, lanzando llamas por los o j o s :
q u e se extiende delante de la oficina, u n subas- — ¡ T r e i n t a y uno!... ¡Treinta y dos!... ¡Treinta
tador depositaba las cestas, poniendo precio a los y tres!... T r e i n t a y tres cincuenta!... ¡Treinta y
J
lotes y a las piezas g r a n d e s ; en tanto q u e la m u - tres cincuenta!...
jer de la tablilla, p o r cima de él, con la p l u m a en T o m ó aliento dando vuelta a la cesta, hacién-
la m a n o esperaba la adjudicación. Y el señor dola sobresalir de la mesa de piedra, en tanto q u e
Verlaque mostró a Florencio, f u e r a del recinto, las pescaderas se inclinaban, tocando ligeramen-
allí enfrente, en otra garita de m a d e r a a m a r i - te el rodaballo con las y e m a s de los dedos. Des-
lla, a la cajera, u n a m u j e r vieja y enorme, que pues el jorobado volvió a empezar con nueva fu-
arreglaba los montones de calderilla y de piezas ria, lanzando con la m a n o u n a cifra a cada pos-
de cinco francos. tor sorprendiendo los menores ademanes, los
— H a y dos inspecciones—decía el señor Ver- dedos levantados, el enarcar de las cejas, el avan-
laque.—La de la p r e f e c t u r a del Sena y la de la zar de los labios, el e n t o r n a r de ojos; y esto con
p r e f e c t u r a de policía. E s t a última, que n o m b r a tal rapidez, con tales chapúrreos, q u e Florencio
los factores, pretende tener el encargo de vigi- que no podía seguirle, se quedó desconcertado
larlos. L a administración del Ayuntamiento, por cuando el hombre, con voz m á s cantante, salmo-
su parte, entiende que h a de asistir a las t r a n - dio con tono de c h a n t r e que t e r m i n a u n ver-
sacciones, q u e grava con u n impuesto. sículo :
Y continuó con su vocecilla fría, refiriendo con — ¡ C u a r e n t a y dos! ¡Cuarenta y dos! ¡A cua-
renta y dos f r a n c o s el rodaballo!
toda p r o l i j i d a d la d i s p u t a entre las dos prefec-
EMILIO ZOLA
q u e lanzaba a los c u a t r o vientos, con la boca
torcida, los cabellos despeinados por el aire, y
E r a l a bella N o r m a n d a j - J £
$in a r r a n c a r ya a su seco gaznate m á s q u e u n
ú l t i m a p u j a . Florencio la M t ^ ]os barrotes silbido ininteligible. E n lo alto, el empleado de
pescaderas, c o l o c a d a s de espaKla ^ los ingresos municipales, u n viejecito todo arre-
5e hierro que c e r r a b ^ rec ni« ^ u n a ^ b u j a d o en u n cuello de imitación a s t r a k á n , no
d a . L a m a n a n a e f f r e s ^ v e ^ des m o s t r a b a m á s que la nariz b a j o el casquete de
de cuellos de pieles, u n escapar 5 terciopelo negro; y la gran tablillera morena, en
su elevada silla de m a d e r a , escribía sosegada-
d e l O T t a l e S S
Chos, h o mri-s Kenormes.
m o S A
b r o s blanca e stoÉ t o d ^ adornadí- mente, con los ojos t r a n q u i l o s en el rostro algo
simo de y deh,cacla ^ ^la her.
m o s t r a a
enrojecido por el frío, sin pestañear siquiera, al
mosa N o r m a n d a f , p 1 l e r a s tocadas con oir los berridos de c a r r a c a del jorobado, que su-
e n „ e d i o , de^ crespas c b e U e r a s ^ ^ ^ ^
bían a lo largo de su falda.
u n p a ñ u e l o , d e l a s naric r o s t r o s an-
— E s e Logre es soberbio—dijo entre dientes el
señor Verlaque sonriendo.—Es el m e j o r subas-
tador del Mercado... Sería capaz de vender suelas
¡ f f i de cucM- de zapatos por pares de lenguados.
Volvió con Florencio al pabellón. Al p a s a r de
nuevo por delante de la subasta del pescado de
señor Verlaque r e n u n c i o agua dulce, en donde las p u j a s e r a n m á s frías,
le dijo q u e aquella venta b a j a b a , q u e la pesca
fluvial en F r a n c i a se encontraba m u y compro-
metida. Un subastador, rubio y canijo, sin hacer
un a d e m á n , a d j u d i c a b a con voz m o n ó t o n a lotes
de anguilas y cangrejos; en tanto que, a lo largo
l l o n e s ! " con u n " ^ X i m b r e de los Mer-
de los viveros, los contadores-vaciadores i b a n
do que hacía fluian pescando con redes de cortos mangos.
cados. Los sacos de g ^ l ^ m de
Cn 138
E n t r e t a n t o , a u m e n t a b a el bullicio en torno de
r t a " S S K con las rayas, las oficinas de venta. El señor Verlaque cumplía
u n a pala. L a s c a n ^ p s C O ngrios, los sal- a conciencia su papel de instructor, abriéndose
ios lenguados las caballas & contadores-
! P
mones, llevados % J f ^ s £ e r r i d o s q u e redo- paso a codazo limpio, y seguía paseando a su su-
vaciadores, en medie, de lo» wff 4 ban.
cesor por lo m á s compacto de las subastas. Las
biaban y del aplastamiento de las g grandes revendedoras estaban allí, sosegadas, es-
p e r a n d o ^as piezas h e r m o s a s y cargando sobre
de los h o m b r o s de los p o r t a d o r e s los atunes, los sal-
0 C J c ^ i S encendido, •
mones, los rodaballos. E n el suelo, las vendedo-
r a s a m b u l a n t e s se dividían cestas de sardinas y
de c i f r a s |
EMILIO ZOLA
j
concentrada y l a d r a n t e ; ordinariamente, habla- hicieron servir sendos vasitos, y la conversación
ba d e política con el aspecto f u r i b u n d o con que continuó, m á s t u m u l t u o s a y caldeada, en c u a n t o
exponía a las p u j a s u n a canasta de lenguados. la r e u n i ó n estuvo completa.
E n c u a n t o a Charvet, se ponía m á s y m á s gla- Aquella noche, al través d e la e n t o r n a d a puer-
cial, entre la neblina de las pipas y del gas que ta del tabique, vió Florencio u n a vez m á s a m a -
impregnaba el estrecho gabinete; su voz adqui- demoiselle Saget, en pie delante del m o s t r a d o r .
ría sequedades de machete, en tanto que Robme La vieja h a b í a sacado u n a botella de d e b a j o del
balanceaba suavemente la cabeza, sin separar delantal, y estaba m i r a n d o a Rosa, q u e la llena-
la b a r b a del pomo de marfil de su bastón. Des- ba con u n a gran m e d i d a de " c a s i s " y con otra
pués, u n a p a l a b r a de Gavard hizo q u e la conver- ; medida m á s pequeña de aguardiente. Después
sación fuese a p a r a r a las m u j e r e s . la botella desapareció de nuevo d e b a j o del de-
La m u j e r — declaró r o t u n d a m e n t e Charvet lantal y con las m a n o s escondidas, mademoiselle
—es igual al hombre, y con tal título, n o debe Saget se puso a h a b l a r delante del gran reflejo
estorbarle en la vida. El m a t r i m o n i o es u n a aso- blanco del m o s t r a d o r , e n f r e n t e del espejo, en el
ciación... Todo por mitad... ¿No es verdad, Cle- cual los t a r r o s y las botellas de licor parecían
mencia? suspender hileras de farolillos venecianos. P o r
Indudablemente—respondió la joven, con la la noche, el recalentado establecimiento se ilu-
cabeza apoyada en el tabique y los ojos clavados m i n a b a con todo su m e t a l y todos sus cristales.
La solterona, con sus negras faldas, f o r m a b a allí
en el aire.
u n a m a n c h a e x t r a ñ a de insecto, en medio de
P e r o Florencio vió e n t r a r al vendedor ambu-
aquellas c r u d a s claridades. Florencio, al perca-
lante Lacaille y al amigo Claudio Lantier, Ale-
tarse de q u e la vieja p r o c u r a b a h a c e r h a b l a r a
j a n d r o el f u e r t e . Estos dos h o m b r e s h a b í a n es-
Rosa, sospechó que le había visto por la p u e r t a
tado m u c h o tiempo concurriendo a la otra mesa
entornada. Desde que había e n t r a d o en los Mer-
del gabinete; n o pertenecían a la m i s m a peña
cados, se tropezaba con ella a cada paso, hallán-
que aquellos señores. Pero, m e d i a n t e la ayuda
dola p a r a d a b a j o las calles cubiertas, general-
de la política, sus sillas se f u e r o n aproximando
m e n t e en compañía de m a d a m e Lacoeur y de la
y acabaron p o r f o r m a r p á r t e de la reunión. Char-
Sarriette, examinándole l a s t r e s a h u r t a d i l l a s
vet, a cuyos ojos r e p r e s e n t a b a n el pueblo, les
y con aspecto de p r o f u n d í s i m a sorpresa por su
adoctrinó largamente, al m i s m o tiempo q u e Ga-
nuevo empleo de inspector. Sin d u d a Rosa n o
vard se mostraba como tendero sin prejuicios al
estuvo m u y a b u n d a n t e en palabras, p o r q u e ma-
alternar con ellos. A l e j a n d r o poseía u n a hermo-
demoiselle Saget se volvió u n i n s t a n t e y pareció
sa alegría de coloso, u n aspecto de niño grande y
quererse acabar al señor Lebigre, q u e j u g a b a a
feliz. Lacaille, agriado, canoso ya, con a g u j e t a s
los naipes con u n p a r r o q u i a n o , en u n a de las
t o d a s las noches p o r su eterno corretear p o r las
mesas de barnizado hierro. Poco a poco, iba aca-
calles de París, contemplaba alguna vez con mi-
bando por colocarse al lado del tabique, c u a n d o
r a r atravesado la placidez burguesa, los buenos
Gavard la vió. L a detestaba.
zapatos y el grueso gabán de Robine. Ambos se
—Cierre usted la p u e r t a , Florencio—dijo con
mesa, u n a f e m e n t i d a m e s a de m a d e r a blanca,
brusquedad.-^-No puede u n o estar en su casa
habían q u e d a d o hilos, a g u j a s , u n devocionario
aquí.
al lado de un m a n c h a d o e j e m p l a r de la "Clave
Al d a r las doce y m a r c h a r s e , Lacaille cruzó de los s u e ñ o s " ; y u n vestido de verano, blanco
algunas p a l a b r a s en voz b a j a con el señor Lebi- con motas amarillas, colgaba olvidado de u n cla-
gre. Este, a l ' darle u n apretón de m a n o s , le en- vo, en tanto que, sobre la tabla que servía de to-
tregó c u a t r o m o n e d a s de cien francos, sin que cador, detrás del j a r r o del agua, u n frasco derra-
nadie lo viera, diciéndole al oído: mado de bandolina, había d e j a d o u n a gran m a n -
— Y a sabe usted, son veintidós f r a n c o s p a r a cha. Florencio hubiera s u f r i d o en u n a alcoba de
m a ñ a n a . L a persona que presta no quiere ya ha- m u j e r ; pero de toda la habitación, de la estrecha
cerlo por menos... No olvide usted tampoco que cama de hierro, de las dos sillas de p a j a , h a s t a
debe tres días d e carro... Será menester pagarlo del papel pintado, de borroso color gris, n o se
todo. desprendía m á s que u n olor de tontería ingenua,
El señor Lebigre dió las b u e n a s noches a aque- un olor de m u c h a c h o n a pueril. Y Florencio era
llos señores. Iba a d o r m i r como u n lirón, decía. feliz por aquella pureza de las cortinas, por aque-
Y bostezaba ligeramente, e n s e ñ a n d o u n o s dien- llas niñerías de las c a j a s doradas, por aquella
tes fortísimos, en tanto q u e Rosa le contempla- desmañada coquetería que m a n c h a b a las pare-
ba, con su m i r a d a de criada sumisa. E l señor Le- des. , Todo aquello le refrescaba, evocaba en él
bigre le dió u n e m p u j ó n , m a n d á n d o l e que fuese ensueños de j u v e n t u d . Hubiese querido no co-
a apagar el gas del gabinete. nocer a aquella Agustina de los crespos cabellos
E n la acera, Gavard tropezó y estuvo a p u n t o castaños y creer que estaba en casa de u n a her-
de caerse. Como estaba de vena de h a c e r chistes : mana, en casa de u n a b u e n a m u c h a c h a que pu-
— ¡ C a r a m b a ! — d i j o . — ¡ N o estoy apoyado en siera en t o r n o de él, y en las menores cosas, su
luces, a fe m í a ! gracia de m u j e r naciente.
Esto pareció m u y gracioso, y se separaron. Pero, por las noches, era u n gran alivio m á s
Florencio volvió otras noches y le tomó el gusto para él el apoyarse de codos sobre la ventana de
a aquel gabinete acristaládo, a los silencios de su guardilla. Aquella ventana cortaba en el te-
Robine, a las cóleras de Logre, a los helados jado u n estrecho balcón, de alta b a r a n d a de hie-
odios de Charvet. P o r la noche, al volver a su i
rro, j u n t o a la cual Agustina cuidaba u n a plan-
casa, n o se acostaba en seguida. Agradábale su ta en una maceta. Florencio, en c u a n t o las noches
guardilla, aquel cuartito de soltera, en el que empezaron a ponerse frías, e n t r a b a la p l a n t a en la
Agustina había d e j a d o retazos de guiñapos co- habitación, colocándola al pie de su cama. Algu-
sas tiernas y baladíes de m u j e r , que a n d a b a n p o r nos m i n u t o s permanecía en la ventana, aspiran-
todas partes. E n la chimenea h a b í a a ú n horqui- do con fuerza el aire fresco que le llegaba del
llas, c a j a s de c a r t ó n dorado llenas de botones, Sena, por encima de las casas de la calle de Rí-
de grabados recortados, de tarritos de p o m a d a voli. Abajo, confusamente, las t e c h u m b r e s de los
vacíos que a ú n olían a j a z m í n ; en el c a j ó n de la Mercados extendían sus lienzos grises. E r a n CQ-
m o lagos adormidos, en medio de los cuales el a su f r e s c u r a soberbia, aquel apodo de la bella
furtivo reflejo de algún vidrio a l u m b r a b a el res- Normanda, q u e h a b í a heredado su h i j a mayor.
plandor argentado de u n a ola. A lo lejos, los te- Hoy, hecha u n fardo, avacada, llevaba s u s sesen-
chos del pabellón d e la carnicería y de la Vallée ta y cinco a ñ o s como m a t r o n a cuya voz h a b í a
se divisaban a ú n m á s sombríos, como si no fue- enronquecido la h u m e d a d del pescado fresco,
r a n m á s q u e a m o n t o n a m i e n t o s de tinieblas que azuleándole el cutis; estaba reventando por la
hicieran retroceder al horizonte. Florencio goza- vida sedentaria, con la c i n t u r a desbordante y la
ba del gran pedazo de cielo q u e tenía enfrente, cabeza echada hacia a t r á s por la f u e r z a del pe-
de aquel i n m e n s o desenvolvimiento de los Mer- cho y p o r la ascendente ola de la grasa. Por otra
cados, que le daba, en medio de las ahogadas ca- parte, n u n c a h a b í a querido r e n u n c i a r a las mo-
lles de Paris, la vaga visión de u n a orilla de m a r , das de su t i e m p o ; conservó el vestido rameado,
con las aguas m u e r t a s y pizarrosas de u n a ba- la pañoleta amarilla, la toca de las pescaderas
hía, a p e n a s estremecidas por el r e t u m b a r leja- clásicas, con la voz elevada, el a d e m á n rápido,
no de las olas. Quedábase abstraído y soñaba los brazos en j a r r a s y con todo el l e n g u a j e del
cada noche en u n a costa nueva. Le ponía tristí- catecismo t r u h a n e s c o Huyéndole de los labios.
simo y m u y alegre a la vez el volver a r e c o r d a r Echaba m u y de m e n o s el mercado de los Ino-
los ocho años de desesperación q u e había pasa- centes, hablaba de los antiguos derechos de las
do f u e r a de F r a n c i a . Después, estremecido de d a m a s del mercado, y mezclaba a las anécdotas
pies a cabeza, cerraba de nuevo la ventana. A de puñetazos cruzados con los inspectores de po-
menudo, c u a n d o se quitaba el cuello delante de licía otros relatos de visitas a la Corte, en tiem-
la chimenea, la fotografía de Augusto y de Agus- po de Carlos X y de Luis-Felipe, con t r a j e de
tina le i n q u i e t a b a n ; ambos le m i r a b a n desnu- seda y grandes ramilletes en la m a n o . L a tía Mé-
darse, con su sonrisa lívida, cogidos de la m a n o . hudin, como se la llamaba, había sido m u c h o
tiempo p o r t a - e s t a n d a r t e de la cofradía de la Vir-
L a s p r i m e r a s semanas que pasó Florencio en gen, en Saint-Leu. E n las procesiones de la igle-
el pabellón del pescado f u e r o n en extremo peno- sia, llevaba t r a j e y sombrero de tul, con lazos
sas. Había hallado en los Méhudin u n a abierta de raso, y sostenía m u y en alto, con los hincha-
hostilidad que le puso en p u g n a con el mercado dos dedos, la dorada v a r a del e s t a n d a r t e de seda
entero. La bella N o r m a n d a se proponía vengar- con rica f r a n j a , en el q u e estaba b o r d a d a u n a
se de la bella Lisa, y el p r i m o de ésta era u n a Madre de Dios.
víctima q u e ni h e c h a de encargo.
Los Méhudin e r a n oriundos de Rouen. L a m a - L a tía Méhudin, a j u z g a r por los chismorreos
d r e de Luisa refería a ú n cómo había llegado a del barrio, debía de h a b e r r e u n i d o u n a gran for-
París, con u n a s c u a n t a s anguilas en u n cesto. t u n a ; pero ésta casi n o aparecía m á s q u e en las
Ya n o dejó n u n c a la pescadería. Se casó con u n j o y a s de oro macizo con que, en los días que re-
empleado de los consumos, q u e m u r i ó dejándole picaban recio, se cargaba el cuello, los brazos y
dos n i ñ a s pequeñas. Ella f u é la que, en otro el pecho. Más tarde, sus dos h i j a s n o lograron
tiempo, mereció, gracias a s u s anchas caderas y avenirse. L a menor, Clara, u n a r u b i a perezosa,
se q u e j a b a de las b r u t a l i d a d e s de Luisa, y decía cuando Luisa, haciendo ostentación de sus cor-
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con voz lenta q u e n o sería en su vida la criada batas de lazos, se burlaba de sus pañoletas m a l
de su h e r m a n a . Como i n d u d a b l e m e n t e h u b i e r a n prendidas. Contábase q u e el h i j o de u n rico ten-
acabado por pegarse, la m a d r e les separó. Cedió dero del barrio se había ido a viajar, rabioso p o r
a Luisa su puesto de pescado, y Clara, a quien no h a b e r podido obtener de ella u n a sola palabra
hacía toser el olor de las r a y a s y de las sardinas, agradable.
se instaló en u n puesto de pescado de agua dul- Luisa, la bella N o r m a n d a , se h a b í a m o s t r a d o
ce. Y, a pesar de que h a b í a j u r a d o retirarse, la m á s tierna. E s t a b a ya concertado su m a t r i m o n i o
m a d r e iba de u n o a otro puesto, entrometién- con u n empleado del mercado del trigo, c u a n d o
dose a ú n en la venta y c a u s a n d o eternos disgus- el desgraciado m u c h a c h o quedó con los ríñones
tos a sus h i j a s por sus insolencias demasiado destrozados por la caída de u n saco de h a r i n a .
gordas. No por ello dejó la N o r m a n d a de d a r a luz u n
Clara era una c r i a t u r a caprichosa, m u y dulce robusto niño siete meses m á s tarde. Las perso-
y que se l a m e n t a b a continuamente. No hacía n a s q u e rodeaban a los Méhudin consideraban
n u n c a , según decían, m á s q u e lo q u e se le ponía como viuda, a la bella N o r m a n d a . La anciana
por m o n t e r a . Tenía, al propio tiempo que u n pescadera decía a veces: " C u a n d o vivía m i ver-
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semblante soñador de virgen, u n a testarudez no"...
m u d a , u n espíritu de independencia q u e la i m - | E r a n u n a potencia los Méhudin. Cuando el se-
p u l s a b a a vivir aparte, n o aceptando n a d a q u e ñor Verlaque acabó de poner a Florencio al co-
se pareciera a los demás, con u n a rectitud abso- rriente de sus nuevas ocupaciones, le recomendó
l u t a hoy y m a ñ a n a con u n a injusticia q u e su- que no se m a l q u i s t a r a con algunas vendedoras,
blevaba. E n su puesto, revolucionaba a veces el si no quería hacerse imposible la vida; llevó la
mercado, alzando y b a j a n d o los precios, sin q u e simpatía h a s t a el extremo de enseñarle los pe-
nadie pudiese explicarse p o r qué. Al acercarse a queños secretos del oficio, las tolerancias nece-
los treinta, se presentía que su delicadeza de sarias, las severidades de comedia, los regalos
t e m p e r a m e n t o , su fino cutis q u e el agua de los aceptables. Un inspector es a la vez comisario
viveros refrescaba continuamente, su pequeño de policía y juez de paz, pues tiene que velar
rostro de d i b u j o aguado, sus ágiles miembros, se por el buen orden del mercado y q u e conciliar
h a b í a n de t o r n a r espesos, cayendo en el apol- las diferencias entre c o m p r a d o r y vendedor.
t r o n a m i e n t o de u n a s a n t a de vidriera encana- Florencio, débil de carácter, se envaraba, pasa-
llada en los mercados. Pero entonces, a los vein- ba de la m e d i d a cada vez que tenía q u e hacer
tidós años, parecía u n Murillo, en medio de sus u n acto de a u t o r i d a d ; y además, tenía en contra
c a r p a s y sus anguilas, según la f r a s e de •Claudio suya la a m a r g u r a de sus largos padecimientos,
L a n t i e r ; u n Murillo despeinado con frecuencia, su r o s t r o sombrío de paria.
con zapatos gruesos y con vestidos cortados a
hachazos que la vestían como u n a tabla. No era La táctica de la bella N o r m a n d a consistió en
coqueta; m o s t r á b a s e e~ extremo despreciativa atraerle a alguna riña. Había j u r a d o que Flo-
rencio no conservaría quince días su destino.
— ¡ A h , b u e n o ! — d i j o a m a d a m e Lecoeur, a levantó los o j o s y la vió en pie, apoyada en el
quien encontró u n a m a ñ a n a . — S i la gorda Lisa pie de bronce de los dos mecheros de gas q u e
cree q u e q u e r e m o s sus obras... T e n e m o s m á s a l u m b r a n los c u a t r o asientos de cada puesto. La
gusto q u e ella... ¡ E s horrible su h o m b r e ! pescadera le pareció m u y alta, subida en alguna
Después de las subastas, c u a n d o Florencio co- c a j a p a r a preservar los pies de la h u m e d a d .
menzaba su vuelta de inspección, a paso corto, F r u n c í a los labios, m á s h e r m o s a a ú n que de or-
a lo largo de los a n d e n e s chorreantes de agua, veia dinario, peinada con rizos, con la cabeza soca-
p e r f e c t a m e n t e a la h e r m o s a N o r m a n d a q u e le se- rrona, algo b a j a , y con las m a n o s demasiado ro-
guía con descarada risa. Su puesto, en la se- s a d a s sobre la b l a n c u r a del gran delantal. J a -
g u n d a hilera a la izquierda, cerca de los puestos m á s le había visto Florencio t a n t a s j o y a s ; la
de los pescados de a g u a dulce, caía e n f r e n t e de N o r m a n d a llevaba largos aretes, u n a cadena al
la calle de R a m b u t e a u . L a bella N o r m a n d a se euello, u n broche y u n a infinidad de anillos en
volvía, sin separar los ojos de su víctima, y b u r - los dedos de la m a n o izquierda y en u n dedo de
lándose de ella con s u s vecinas. Después, cuan- la m a n o derecha.
do Florencio p a s a b a por delante de su puesto, Como continuase m i r a n d o a Florencio de arri-
e x a m i n a n d o l e n t a m e n t e las piedras, la pescade- b a abajo, sin responder, agregó él:
r a afectaba u n a alegría i n m o d e r a d a , golpeaba — ¿ O y e usted? Haga usted desaparecer esa
los pescados, abría el grifo de par en par, i n u n - raya.
daba el andén. Florencio permanecía impasible. P e r o no había visto a la tia Méhudin sentada
P e r o u n a m a ñ a n a estalló la g u e r r a fatalmen- en u n a silla y h e c h a u n ovillo en u n rincón. Le-
te. Aquel día Florencio, al llegar delante del vantóse la vieja, y apoyando los p u ñ o s en la me-
puesto de la bella N o r m a n d a , percibió u n hedor sa de m á r m o l :
insoportable. Había allí, sobre el m á r m o l , u n -—¡Toma! ¿Y por q u é h a de tirar la r a y a ? Con
salmón soberbio, ya empezado y m o s t r a n d o la toda seguridad no será usted el q u e se la pague.
rosada rubicundez de su c a r n e ; rodaballos de Entonces, Florencio comprendió. L a s o t r a s
b l a n c u r a de c r e m a ; congrios, pinchados por los vendedoras se reían. Sentía a su alrededor u n a
negros alfileres q u e sirven p a r a m a r c a r los tro- rebelión sorda que esperaba u n a palabra p a r a
zos; p a r e s de lenguados, de salmonetes, de la- estallar. Se contuvo. Sacó p o r sí mismo, de de-
bros, todo u n escaparate fresco. Y en medio de b a j o del banco, el cubo de los desperdicios, e
aquellos pescados de ojo vivo, se ostentaba u n a hizo caer en él la raya. L a tía Méhudin se habia
gran raya, rojiza j a s p e a d a de m a n c h a s sombrías, ya puesto en j a r r a s ; pero la bella N o r m a n d a ,
magnífica por s u s extraños matices; la gran raya q u e no había despegado los labios, soltó de nue-
estaba p o d r i d a ; la cola colgaba, y las espinas de vo u n a risita de perversidad, y Florencio se f u é
las aletas a t r a v e s a b a n la d u r a piel. en medio de los m u r m u l l o s , con talante severo y
a p a r e n t a n d o q u e no oía.
— H a y q u e t i r a r esa r a y a — d i j o Florencio acer-
cándose. Cada día f u é u n a n u e v a invención. E l inspec-
La bella N o r m a n d a soltó u n a risita. Florencio tor no recorría ya los a n d e n e s sino ojo avizor,
como si se h a l l a r a en país enemigo. Cogía todas voces enronquecidas y con sus gruesos brazos
las salpicaduras de las esponjas, estaba a cada desnudos de luchadoras.
m o m e n t o a p u n t o de caerse resbalando sobre E n t r e todas aquellas h e m b r a s desatadas, tenía
los desperdicios colocados b a j o sus pies, recibía no obstante, u n a amiga. Clara declaraba r o t u n -
en la n u c a encontronazos de las cestas de los . d a m e n t e que el nuevo inspector era u n simpáti-
portadores. Hasta u n a m a ñ a n a , como riñeran co sujeto. Cuando pasaba ante ella, e n t r e los in-
dos vendedoras, y acudiese Florencio p a r a im- sultos de sus vecinas, Clara le sonreía. Estaba
pedir la pelea, tuvo q u e b a j a r s e p a r a evitar el allí, con mechones de cabellos r u b i o s en el cuello
ser abofeteado en a m b a s mejillas p o r u n a lluvia y sobre las sienes, con el t r a j e s u j e t o de través,
de p e q u e ñ a s p l a t i j a s que volaron p o r cima de su indolente, detrás de su puesto. Pero m á s a me-
cabeza; todo el m u n d o se rió mucho, y Floren- nudo, Florencio la veía en pie, con las m a n o s en
cio creyó siempre q u e las dos vendedoras for- el fondo de sus viveros, cambiando de f u e n t e los
m a b a n p a r t e de la conspiración de los Méhudin pescados, y complaciéndose en d a r vueltas a
bu antiguo oficio de profesor lleno de b a r r o le los pequeños delfines de cobre q u e a r r o j a n u n
a r m a b a de una paciencia evangélica; sabía con- hilillo de agua por la boca. Aquel c h o r r e a r daba
servar u n a frialdad magistral, c u a n d o la cólera a Clara u n a gracia temblorosa de b a ñ i s t a al bor-
ardía en su interior y cuando todo su ser m a n a - de de u n a corriente, con las r o p a s m a l s u j e t a s
ba sangre p o r la humillación. P e r o n u n c a los todavía.
arrapiezos de la calle de l ' E s t r a p a d e h a b í a n te-
nido aquella ferocidad de las d a m a s del m e r c a - Una m a ñ a n a , sobre todo, se m o s t r ó m u y a m a -
do, aquel encarnizamiento de m u j e r e s enormes, ble. Llamó al inspector p a r a mostrarle u n a h e r -
cuyos vientres y pechos saltaban de u n a alegría mosa anguila que, en la subasta, había sido el
gigante, cuando Florencio se dejaba coger en al- asombro del mercado entero. Abrió la r e j a que
g ú n lazo. Los r o j o s semblantes parecían escar- había vuelto a cerrar p r u d e n t e m e n t e sobre el
necerle. E n las inflexiones canallescas de las vo- pilón en cuyo fondo parecía d o r m i r la anguila.
ces, en las a n c h a s caderas, en los cuellos hincha- — E s p e r e usted—dijo,;—va usted a ver.
dos, en los meneos de los muslos, en el abando- Sumergió despacito en el agua s u desnudo b r a -
n o de las manos, adivinaba Florencio toda u n a zo, u n brazo u n tanto delgado, cuyo cutis de seda
ola de i n m u n d i c i a s dirigidas contra él. Gavard m o s t r a b a el pálido color azulado de las venas.
en medio de aquellas f a l d a s i m p u d e n t e s y de E n cuanto la anguila se sintió tocada, se arrolló
f u e r t e s olores, se hubiera hallado m u y a sus an- sobre sí m i s m a , en n u d o s rápidos, llenando el
chas, contentándose con d a r azotes a diestro y estrecho pilón con el verdoso jaspeado de s u s
siniestro si le h u b i e r a n estrechado en demasía anillos. Y en cuanto volvía a quedarse quieta,
Florencio, a quien las m u j e r e s h a b í a n intimida- Clara se entretenía en irritarla de nuevo, con la
do siempre, se sentía poco a poco perdido en u n a p u n t a de las uñas.
pesadilla de m u c h a c h a s de prodigiosos encantos, — E s enorme—creyó deber decir Florencio.—
q u e le rodeaban en inquietante círculo, con s u s Pocas veces h e visto o t r a s tan hermosas.
Entonces Clara le confesó que, en los prime-
ros tiempos, le h a b í a n dado miedo las anguilas.
—no m e fiaría yo de u n lucio. Me cortaría los
P e r o a h o r a sabia y a cómo hay que a p r e t a r los
dedos lo m i s m o que u n cuchillo.
dedos p a r a q u e n o p u e d a n escurrirse. Y allí al
lado, cogió o t r a m á s p e q u e ñ a . L a anguila, en los Y mostraba, en p l a n c h a s lavadas con lejía, de
dos extremos de su cerrado puño, se retorcía. excesiva limpieza, grandes lucios colocados por
Esto hacía reir a la pescadera. Despidióla lejos orden de tamaños, al lado d e las bronceadas
de sí, cogió otra, y h u r g ó en el pilón, removiendo tencas y de lotes de gubios en pequeños m o n -
aquel m o n t ó n de serpientes con sus delgados tones. Ahora tenía las m a n o s m u y grásientas
dedos. por la secreción de las c a r p a s ; las separaba, en
pie en la h u m e d a d de los viveros, p o r encima de
Después permaneció allí u n i n s t a n t e h a b l a n - los m o j a d o s pescados del escaparate. Hubiéra-
do de la venta, que no m a r c h a b a bien. Los ven- sela creído envuelta en a r o m a s de freza, en u n o
dedores de f u e r a , en el g r a n c u a d r a d o de la calle de esos olores espesos q u e se desprenden de los
cubierta, les h a c í a n m u c h o daño. Su brazo des- j u n c o s y de los vasosos n e n ú f a r e s , cuando los
nudo, que no se h a b í a secado, chorreaba, fresco, huevos hacen estallar el vientre de los pescados,
con la f r e s c u r a del agua. De cada dedo le caían p a s m a d o s de a m o r al sol. Secóse las m a n o s en
g r u e s a s gotas. el delantal, sin d e j a r de sonreír, con su t r a n q u i -
; lo aspecto de niña grande con la sangre helada,
—¡Ah!—dijo b r u s c a m e n t e . — E s preciso que le.
enseñe a usted también mis carpas. en aquel estremecimiento de las voluptuosida-
Abrió u n a tercera r e j a , y con las dos manos, des f r í a s y desaboridas de los ríos.
asió u n a c a r p a q u e daba coletazos estertorando.
Aquella simpatía de Clara era u n débil con-
P e r o buscó u n a menos g r a n d e ; aquélla, p u d o su-
suelo p a r a Florencio. Le valía b r o m a s m á s su-
j e t a r l a con u n a sola m a n o , q u e el soplo de los
cias aún, c u a n d o se detenía p a r a h a b l a r con la
costados a b r í a u n poco a cada respiración del
joven. Esta se encogía de hombros, y decía q u e
pez. Clara imaginó meterle el pulgar en la boca
su m a d r e era u n a vieja picara y que su h e r m a n a
en u n o de los bostezos.
no valia gran cosa. L a i n j u s t i c i a del mercado con
— E s t a n o m u e r d e m u r m u r a b a con su dulce el inspector, la llenaba de cólera. E n t r e t a n t o , la
risa.-—No es mala... Lo m i s m o q u e los cangre- g u e r r a continuaba, m á s cruel de día en día. Flo-
jos... Ya n o les tengo miedo. rencio pensaba en a b a n d o n a r su d e s t i n o ; - n o lo
Habia vuelto a sumergir el brazo, y sacaba, de hubiera conservado ni veinticuatro horas, de n o
u n o de los compartimientos, atestado d e u n hor- ser por el temor de aparecer cobarde a los ojos
m i g u e r o confuso, u n c a n g r e j o q u e le h a b í a co- de Lisa. Apurábase p o r lo que ella dijese, p o r lo
gido el dedo m e ñ i q u e . L a joven lo sacudió u n que ella pensase. L a salchichera estaba forzo-
i n s t a n t e ; pero sin d u d a el crustáceo debió de samente enterada del g r a n combate entre las
apretarle con demasiada fuerza, p o r q u e se p u s o pescaderas y su inspector, cuyo r u m o r llenaba
m u y colorada y le r o m p i ó la pata, con p r o n t o los sonoros Mercados, y cada u n o de cuyos nue-
a d e m á n de r a b i a y sin cesar de sonreír. vos golpes era juzgado por el barrio con comen-
— P o r e j e m p l o — d i j o p a r a ocultar su emoción, tarios sin fin.
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dería. Desde la edad de tres años, p e r m a n e c í a
ocho d í a s ! H a r é q u e le retiren el permiso, ¿lo en-
sentado sobre u n pedazo de trapo, en el m i s m o
tiende usted? centro del pescado. Dormía f r a t e r n a l m e n t e al
Y al sentir q u e seguían gritando detras de él, lado de los grandes atunes, se despertaba entre
se volvió con semblante t a n amenazador, que las las caballas y las pescadillas. El mocosuelo olía
pescaderas, dominadas, se hicieron las inocen- de tal modo, q u e se h u b i e r a podido creer que sa-
tes E n c u a n t o las Méhudin hubieron devuelto lía del vientre de algún pescado grande. Su juego
los diez f r a n c o s a la criada de m a d a m e Tabou- favorito f u é m u c h o tiempo, cuando su m a d r e
reau, Florencio las obligó a cesar en la venta in- volvía la espalda, edificar paredes y casas con
m e d i a t a m e n t e . L a vieja se ahogaba de rabia. La sardinas; t a m b i é n jugaba a la g u e r r a , sobre la
h i j a se había q u e d a d o inmóvil, palidísima. ¡Ella, mesa de mármol, alineando las triglas u n a s f r e n -
la bella N o r m a n d a , a r r o j a d a de su puesto! Cla- te a o t r a s ; las acercaba, les hacía chocar las ca-
r a dijo, con su t r a n q u i l a voz de siempre, q u e es- bezas, i m i t a b a con la boca la t r o m p e t a y el t a m -
taba m u y bien hecho, lo cual por la noche, estu- bor, y finalmente las colocaba amontonadas, di-
vo en u n tris q u e n o hiciera a g a r r a r s e del mono ciendo q u e e r a n muertos. Más tarde, f u é a d a r
a las dos h e r m a n a s , en su casa de la calle de Pi- vueltas alrededor de su tía Clara, p a r a coger las
rouette. ,,„ ,. , vejigas de las c a r p a s y de los lucios que aquélla
Al cabo de ocho días, c u a n d o las Mehudin vol- vaciaba; poníalas en el suelo y las hacía reven-
vieron al Mercado, se m o s t r a r o n prudentes, m u y tar, lo cual le entusiasmaba. A los siete años co-
envaradas, m u y breves, con f r í a cólera. Por otra rría por los andenes, se hacía u n ovillo b a j o los
parte, e n c o n t r a r o n el pabellón calmado, resta- puestos, eíitre las c a j a s de m a d e r a f o r r a d a s de
blecido el orden. L a bella N o r m a n d a , a partir de zinc, y era el galopín m i m a d o de las pescaderas.
aquel día, alimentó en secreto u n pensamiento Cuando éstas le enseñaban algún objeto nuevo
de venganza terrible. Comprendía q u e aquel gol- que le encantaba, el arrapiezo j u n t a b a las m a n o s
pe provenía de la bella Lisa; h a b í a encontrado y se quedaba como en éxtasis. Habíanle puesto
a ésta, al día siguiente del conflicto, con la f r e n t e de apodo Muche. Muche p o r allí, Muche p o r allá.
tan altiva, q u e se h a b í a j u r a d o hacerle pagar Todas le llamaban. Hallábasele en todas partes,
cara su m i r a d a de triunfo. Tuvo en los rincones en el fondo de las oficinas de la almoneda, en
de los Mercados i n t e r m i n a b l e s conciliábulos con los m o n t o n e s de canastas, entre los cubos de los
mademoiselle Saget, con m a d a m e Lecceur y con desperdicios. E s t a b a allí como u n barbillo joven,
la Sarriette; pero cuando estaban cansadas ya de rosada blancura, coleando, sumergiéndose,'
de ridículos chismes de las desvergüenzas de Li- suelto en el agua libre. Experimentaba por las
sa con el p r i m o y de los pelos q u e se encontra- aguas corrientes t e r n u r a s de pececillo. A r r a s t r á -
b a n en las morcillas de Quénu, ya n o podía ir base p o r los charcos de los andenes, recibía el
m á s allá la N o r m a n d a , y por otra parte, no que- c h o r r e a r de las mesas. A menudo, abría solapa-
daba satisfecha. Buscaba algo m u y perverso q u e d a m e n t e u n grifo, dichosísimo al ver salpicar el
hiriese a su rival en el corazón. chorro del agua. P e r o donde m á s q u e a n i n g u n a
Su h i j o crecía libremente en medio de la pesca-
p a r t e iba a cogerle su madre, por la noche, era a estufa. E n esta e s t u f a era en lo q u e pensaba Mu-
las fuentes, encima de la escalera de los sótanos; che. Florencio adoraba a los niños. Cuando vió
de allí le sacaba la N o r m a n d a empapado, con las a aquel pequeño, con las p i e r n a s chorreando,
m a n o s azules, con agua en los zapatos y hasta q u e m i r a b a al través de los cristales, le hizo en-
en los bolsillos. t r a r . L a p r i m e r a conversación con Muche le
Muche, a los siete años, era u n hombrecillo asombró p r o f u n d a m e n t e . El chiquillo estaba
lindo como u n ángel y b r u t o como u n carretero. sentado delante de la e s t u f a , y decía con t r a n -
Tenía los cabellos castaños y crespos, hermosos quilo acento:
y tiernos ojos, u n a boca p u r a q u e blasfemaba, —Me voy a tostar u n poco las aletas, ¿sabes?
soltando palabrotas q u e hubieran a r a ñ a d o el Hace u n frío que Dios tirita.
gaznate de u n gendarme. Después soltaba perlinas carcajadas, aña-
E d u c a d o entre la b a s u r a de los Mercados, diendo :
deletreaba el catecismo truhanesco, se ponía — E s t a m a ñ a n a es m i tia Clara la q u e parece
el p u ñ o a la cadera e i m i t a b a a la m a m á Mé- u n a mala pécora... Di, señor, ¿es verdad q u e t ú
h u d i n c u a n d o se encolerizaba. Entonces las v a s a calentarte los pies, por las noches? •
" p e n d a n g a s " , las " z o r r o n a s " , los " a n d a a so- Florencio, consternado, f u é sintiendo de día en
n a r a tu h o m b r e " , los " ¿ a cómo te p a g a n el pe- día m á s e x t r a ñ o interés por aquel golfillo. L a be-
llejo?", p a s a b a n por el hilillo de cristal de su voz lla N o r m a n d a continuaba envarada, y d e j a b a que
de niño de coro. Y quería t a r t a j é a r , y encanalla- su h i j o f u e r a al despacho de Florencio, sin decir
ba su exquisita infancia de niño sonriente sobre u n a palabra. Entonces el inspector se creyó au-
las rodillas de u n a Virgen. L a s pescaderas se torizado p a r a recibirlo; p r o c u r ó atraerle, por las
reían h a s t a d e r r a m a r lágrimas. El mocoso, en- tardes, a n i m a d o poco a poco por la idea de h a -
valentonado, n o soltaba y a dos p a l a b r a s sin cer de él u n m u c h a c h i t o m u y bueno. Parecíale
acompañarlas con una blasfemia al final. P e r o que su h e r m a n o Q u é n u se t o r n a b a chiquillo y
a pesar de ello, era adorable, pues ignoraba to- que se hallaban a ú n ambos en la gran habita-
das aquellas porquerías, le m a n t e n í a n lleno de ción de la calle Royer-Gollard. Su alegría, su se-
salud los frescos hálitos y los fuertes olores del creto en sueño de abnegación, era el vivir siempre
pescado fresco, y rezaba su rosario de i n j u r i a s en compañía de u n ser joven, que no creciese, a
obscenísimas con aspecto extático, como h u b i e r a q u i e n i n s t r u y e r a sin cesar, y por cuya inocencia
rezado sus oraciones. pudiese a m a r a los h o m b r e s . Desde el tercer día
se llevó u n abecedario. Muche le entusiasmó por
Llegaba el invierno. Muche se sintió friolero su inteligencia. Aprendió las letras con la liste-
aquel año. Desde que llegaron los p r i m e r o s fríos, za parisiense de u n n i ñ o de las calles. Los gra-
el despacho del inspector le p r o d u j o vivísima cu- bados del abecedario le divertían extraordina-
riosidad. El despacho de Florencio se hallaba en r i a m e n t e . Luego, en el estrecho despacho, goza-
el ángulo izquierdo del pabellón, p o r el lado de ba de recreos formidables; la estufa continuaba
la calle de R a m b u t e a u . E s t a b a a m u e b l a d o con siendo su gran amiga, u n m a n a n t i a l de placeres
u n a mesa, u n casillero, u n sillón, dos sillas y u n a
sin fin. Empezó por asar en ella p a t a t a s y casta-
ñas, pero esto le pareció soso. Entonces robó a respecto por su instrucción, mezclado con u n a
su tía Clara gubios que ponía a asar uno por curiosidad creciente de verle m á s de cerca, de
uno, en el extremo de u n hilo, a n t e la ardiente penetrar en su vida. Después, bruscamente, se
boca; y se los comía con deleite, sin pan. Un día dió a sí m i s m a u n pretexto, y se persuadió de
llegó a llevar u n a c a r p a ; pero ésta n o quiso asar- q u e ya tenía su venganza; era preciso m o s t r a r s e
se y apestó el despacho h a s t a tal punto,, que f u é a m a b l e con el primo, p a r a ponerle a m a l a s con
menester abrir la p u e r t a y la ventana. Florencio, la gorda Lisa; sería m á s divertido.
c u a n d o el olor de aquellos guisos era demasiado — ¿ T e habla de mí tu buen amigo Florencio?
fuerte, tiraba los pescados a la calle. P e r o gene- preguntó u n a m a ñ a n a a Muche m i e n t r a s le
r a l m e n t e se reía. Muche, al cabo de dos meses, vestía.
empezaba a leer de corrido, y s u s cartapacios ¡Ah, no!—respondió el chiquillo.—Nos en-
de escritura e r a n m u y limpios. tretenemos.
E n t r e tanto, el arrapiezo, por la noche, m a r e a - P u e s bueno, dile q u e y a n o le guardo rencor,
ba a su m a d r e contándole cosas de su buen y que le agradezco m u c h o que te enseñe a leer.
amigo Florencio. El b u e n amigo Florencio había Desde entonces, el niño recibió cada día u n
d i b u j a d o h o m b r e s y árboles en u n a s chozas. El encargo p a r a Florencio. Iba de su m a d r e al ins-
buen amigo Florencio hacía u n gesto, asi, al de- pector y del inspector a su m a d r e , cargado de
cir que los hombres serían m e j o r e s si todos su- f r a s e s 'amables, de p r e g u n t a s y de respuestas
piesen leer. De m a n e r a q u e la N o r m a n d a vivía q u e repetía sin entenderlas; le h u b i e r a n podido
en la intimidad de aquel h o m b r e a quien medi- hacer decir las m á s enormes barbaridades. Pero
taba estrangular. Un día dejó a Muche encerrado la bella N o r m a n d a tuvo miedo de parecer timi-
en su casa, p a r a impedir q u e fuese al despacho d a ; u n día f u é en persona al despacho de Flo-
del inspector; pero el chiquillo lloró de tal m a - rencio, y se sentó en la segunda silla, en tanto
nera, que la m a d r e le devolvió la libertad al día q u e Muche daba su lección de escritura. Mostró-
siguiente. La N o r m a n d a era m u y débil, no obs- se m u y amable, m u y cumplida. Floréncio se
t a n t e su c u a d r a t u r a y su aspecto de osadía. quedó m á s t u r b a d o q u e ella. No hablaron m á s
Cuando el chico le contaba que h a b í a estado q u e del niño. Como m a n i f e s t a s e él el temor de
m u y caliente, c u a n d o volvía con los vestidos se- 110 poder continuar las lecciones en el despacho,
cos, experimentaba u n agradecimiento vago, u n a ella le ofreció que fuese a su casa, por las noches.
gran alegría por saber que estaba abrigado, con Después habló de dinero. El se sonrojó y decla-
los pies j u n t o al fuego. Más tarde, se sintió m u y ró que n o iría si se hablaba de aquello. Entonces
conmovida c u a n d o Muche leyó delante de ella la N o r m a n d a le prometió pagarle en regalos, en
u n pedazo de periódico m a n c h a d o , que envolvía pescados buenos.
u n trozo de congrio. Poco a poco, y de esta suer-
Quedó con esto a j u s t a d a la paz. L a N o r m a n d a
te, llegó la N o r m a n d a a pensar, sin decirlo, q u e
llegó incluso a t o m a r a Florencio b a j o su pro-
quizá Florencio no era u n h o m b r e m a l o ; sintió
tección. Por otra parte, el inspector había aca-
bado por ser aceptado de las pescaderas, que le
terciopelo llena de agua, dos pequeños peces
h a l l a b a n h o m b r e m e j o r que e í señor Ver laque,
blancos que había robado a la tia Clara.
no obstante su m a l a vitola. Sólo la tía Méhudin
se encogía de h o m b r o s ; g u a r d a b a rencor al " l a r - Florencio vivió cerca de ocho meses en los
g u i r u c h o " , como ella le llamaba despreciativa- Mercados, como sobrecogido por u n a continua
mente. Y u n a m a n a n a en q u e Florencio se detu- necesidad de sueño. Al salir de sus siete a ñ o s de
vo sonriente ante u n o de los viveros de Clara, la padecimientos, caían en u n a calma t a n grande,
joven, soltando u n a anguila que tenía en la m a - en u n a vida tan reglamentada, q u e a p e n a s se
no, le volvió la espalda, furiosa, congestionada daba cuenta de que existía. Abandonábase, con
y coloradísima. Florencio se quedó t a n sorpren- la cabeza u n tanto hueca, c o n t i n u a m e n t e sor-
dido, que habló de ello a la N o r m a n d a . p r e n d i d o al verse cada m a ñ a n a sentado en el
m i s m o sillón del mezquino despacho. Aquella
—No h a g a usted caso—dijo ésta.—Es u n a chi- pieza le a g r a d a b a por su desnudez, p o r su pe-
flada... Nunca es del m i s m o modo de pensar de queñez de garita. Refugiábase en ella, lejos de
los demás... Ha hecho eso ú n i c a m e n t e p o r hacer- la gente, en medio del continuo r e t u m b a r de los
me rabiar. Mercados, q u e le hacia p e n s a r en algún m a r
L a N o r m a n d a t r i u n f a b a , y se engallaba en su grande cuyo lienzo le r o d e a r a y aislase por t o d a s
puesto, m á s coqueta, con peinados complicados partes. Pero, poco a poco, le empezó a desespe-
extraordinariamente. Habiéndose tropezado u n r a r u n a inquietud s o r d a ; estaba descontento, se
día con la bella Lisa, le devolvió su m i r a d a llena acusaba de f a l t a s que n o precisaba, y se rebela-
de desdén y llegó a soltarle u n a c a r c a j a d a en ba contra aquel vacío q u e parecía a h o n d a r s e
pleno rostro. La c e r t i d u m b r e d e que iba a deses- cada vez m á s en su cabeza y en su pecho. Des-
perar a la salchichera al atraerse a su primo, le pués, hediondas r á f a g a s , hálitos de pescado co-
daba u n a h e r m o s a risa sonora, u n a risa de gar- rrompido, pasaron por cima de él causándole
ganta, cuyo estremecimiento dejaba ver su cue- grandes náuseas. F u é u n desquiciamiento lentí-
llo grueso y blanco. E n aquel m o m e n t o se le ocu- simo, u n a b u r r i m i e n t o vago que se convirtió en
rrió la idea de vestir a Muche m u y decentemen- ' viva sobreexitación nerviosa.
te, con u n trajecillo escocés y u n a gorrilla de
terciopelo. Muche no había llevado n u n c a m á s Todos sus días se parecían u n o s a otros. An-
que blusas descuidadísimas. Y sucedió que, por daba por en medio de los mismos ruidos, de los
aquella época, Muche se vió de nuevo asaltado m i s m o s olores. Por la m a ñ a n a , el zumbido de las
por u n gran cariño a las fuentes. El hielo se ha- subastas le ensordecía como lejano repicar de
bía derretido y el tiempo estaba tibio. Hizo t o m a r c a m p a n a s ; y con frecuencia, según la lentitud
u n b a ñ o al trajecillo escocés, d e j a n d o m a n a r el de las llegadas, las subastas n o t e r m i n a b a n h a s -
a g u a a pleno grifo, desde el codo h a s t a la m a n o , t a m u y tarde. Entonces, p e r m a n e c í a en el pabe-
lo cual llamaba él j u g a r a las goteras. Su m a d r e llón h a s t a el medio día, incomodado a cada mo-
le sorprendió, en compañía de Otros dos arra- m e n t o por discusiones y por r i ñ a s en las cuales
piezos, viendo cómo n a d a b a n , en la gorrilla de se esforzaba p o r parecer j u s t o h a s t a el último
extremo. Necesitaba h o r a s enteras p a r a librarse
E M I L I O ZOLA
-
que detengan u n a reivindicación del pueblo... El
j a b a por la comisura de los labios bocanadas
pueblo está cansado, y quiere su parte.
débiles de h u m o , p r e s t a n d o m a y o r atención. P a -
E s t a s palabras e n t u s i a s m a b a n a Alejandro.
recía que la discusión se realizara ante ella, y
Este afirmaba, con rostro bonachón y regocija-
que ella tuviese que dar los p r e m i o s al final.
do, que era verdad, y q u e estaba cansado el pue-
blo. Creía ciertamente conservar su puesto de m u j e r
reservando su opinión y n o e n f a d á n d o s e como
—Y q u e r e m o s n u e s t r a p a r t e — a ñ a d í a Lacaille
los hombres. Unicamente, en lo m á s f u e r t e de
con aire m á s amenazador.—Todas las revolucio-
nes son p a r a los burgueses... Ya b a s t a de u n a las discusiones, lanzaba u n a frase, r e s u m í a con
vez. L a p r i m e r a será p a r a nosotros. u n a palabra, e n m e n d a b a la p l a n a al m i s m o
Charvet, según expresión de Gavard. E n el fon-
Entonces ya no se entendían. Gavard ofrecía
do, se creía m u c h o m á s inteligente que aquellos
el reparto. Logre lo rechazaba, j u r a n d o q u e n o
le i m p o r t a b a el dinero. Después, poco a poco, señores. No tenía respeto m á s que a Robine,
Charvet, d o m i n a n d o el tumulto, continuaba él cuyo silencio contemplaba con sus grandes ojos
solo: negros.
Florencio, como los demás, n o r e p a r a b a en
— E l egoísmo de las clases es u n o de los soste-
nes m á s firmes de la tiranía. E s m a l o q u e el pue- que estaba allí Clemencia. P a r a ellos era u n
blo sea egoísta. Si nos ayuda, o b t e n d r á su par- h o m b r e . Le d a b a apretones de m a n o s que la
te... ¿Cómo quieren ustedes q u e yo m e b a t a por descoyuntaban el brazo. U n a noche, Florencio
el obrero, si el obrero se niega a batirse por m í ? asistió a las f a m o s a s cuentas. Como la joven
Además, la cuestión no es esa. Son precisos diez acababa de cobrar, quiso Charvet que le presta-
a ñ o s de d i c t a d u r a revolucionaria, si se quiere se diez f r a n c o s . Pero ella dijo que no, y q u e
a c o s t u m b r a r a u n país como F r a n c i a al ejerci- antes era preciso saber cómo estaban. Vivían
cio de la libertad. con la base del m a t r i m o n i o libre y de la f o r t u n a
— T a n t o m á s — decía r o t u n d a m e n t e Clemen- libre. Cada u n o de ellos pagaba sus gastos es-
"cia,—cuanto q u e el obrero no está m a d u r o y de- trictamente. De este modo, decían, n o se debían
be ser dirigido. n a d a ni e r a n esclavos. El alquiler, la comida, la
L a joven hablaba r a r a s veces. Aquella m u j e r ropa, los gastos menudos, todo estaba a p u n t a -
grave, perdida en medio de aquellos hombres, do, sumado. Aquella noche Clemencia, después
tenía un modo profesoral de oír h a b l a r de polí- de comprobar, demostró a Charvet q u e ya le de-
tica. Se apoyaba en el tabique y se bebía su bía cinco francos. E n seguida le dió los otros
" g r o g " a sorbitos, contemplando a los interlocu- diez, diciendo:
tores con f r u n c i m i e n t o s de cejas, con hinchazón — R e c u e r d a q u e ahora m e debes quince... Me
de la nariz, con aprobación o desaprobación m u - los devolverás el 5, de las lecciones del niño de
das, q u e d e m o s t r a b a n q u e comprendía y q u e te- Léhudier.
nía m u y decididas ideas sobre las materias m á s Cuando se llamaba a Rosa p a r a pagar, ambos
complicadas. A veces liaba u n cigarrillo, y arro- sacaban de sus bolsillos los pocos sueldos de la
consumación. Charvet, riendo, t r a t a b a a Clemen-
SfeÜOTECA
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cia de aristócrata, porque t o m a b a " g r o g " ; de- h a s t a hacerle sangre, Rosa decía q u e no tenía
cía que la joven quería humillarle, hacerle com- cosquillas. E n t r e tanto, el señor Lebigre, e n t r e
p r e n d e r que él g a n a b a menos q u e ella, lo cual el olor del vino y el c h o r r e a r de las cálidas cla-
era cierto; en el f o n d o de sus risas había u n a ridades que le aletargaban, prestaba oído a los
protesta contra aquella ganancia m á s elevada, r u i d o s del gabinete. Levantábase c u a n d o las vo-
q u e le r e b a j a b a , a pesar de su teoría de la igual- ces subían e iba a apoyarse en el tabique; o bien
dad de los sexos. a b r í a la puerta, e n t r a b a y se sentaba u n i n s t a n -
A u n q u e de las discusiones no se sacaba n a d a te, d a n d o u n golpe en el muslo a Gavard. Allí lo
en claro, aquellos señores vociferaban continua- a p r o b a b a todo con la cabeza. El comerciante de
mente. Del gabinete salía u n r u i d o formidable; aves decía que, si bien aquel diablo de Lebigre
los deslustrados vidrios vibraban como pieles no tenía g r a n p a s t a de orador, podían contar
de tambor. A veces, el r u i d o llegaba a ser tan con él " e l día del z a f a r r a n c h o " .
f u e r t e q u e Rosa, con toda su languidez, derra-
m a b a en el m o s t r a d o r alguna copa sobre algu- Pero Florencio, u n a m a ñ a n a , en los Mercados,
na blusa, y volvía la cabeza con i n q u i e t u d . en u n a riña espantosa q u e estalló entre Rosa y
u n a pescadera, a propósito de u n barril de sar-
—¡Ah, bueno, gracias! Parece q u e se pegan dinas q u e la joven había hecho caer de u n co-
allí dentro—decía el d e la blusa, d e j a n d o el va- dazo, sin intención, oyó t r a t a r al señor Lebigre
sito sobre el zinc y limpiándose la boca con el de " s o p l ó n " y de " t r a p o viejo de la p r e f e c t u r a " .
revés de la m a n o . Cuando h u b o restablecido la paz, le d i j e r o n la
—No h a y peligro—respondía t r a n q u i l a m e n t e m a r de cosas acerca del c a f e t e r o ; era de la po-
el señor Lebigre,—son unos señores q u e h a b l a n . licía, y bien lo sabía todo el b a r r i o ; m a d e m o i -
El señor Lebigre m u y h u r a ñ o para con los selle Saget, antes de servirse en su casa, decía
d e m á s parroquianos, d e j a b a a los del gabinete haberle encontrado u n a vez yendo a h a c e r la
q u e gritaran a su gusto, sin hacerles n u n c a la delación; además, era u n h o m b r e de dinero, u n
m e n o r observación. P e r m a n e c í a h o r a s e n t e r a s u s u r e r o que prestaba de u n día p a r a otro a los
sentado en la b a n q u e t a del m o s t r a d o r , con cha- vendedores ambulantes, y q u e les alquilaba ca-
leco de mangas, con la cabezota medio dormida r r o s , exigiéndoles intereses escandalosos. Flo-
apoyada en el espejo, siguiendo con la m i r a d a a rencio quedó m u y emocionado. Aquella m i s m a
Rosa, q u e descorchaba las botellas o que limpia- noche, apagando la voz, creyó q u e debía repe-
ba con u n a rodilla. E n los días de buen h u m o r , tirlo todo a aquellos señores. E s t o s se encogie-
cuando la criada estaba delante de él, s u m e r - r o n de h o m b r o s y se rieron m u c h o de s u s i n -
giendo los vasos en la f u e n t e d e e n j u a g a r , con quietudes.
los brazos desnudos, la pellizcaba f u e r t e m e n t e
en las pantorrillas, sin que le vieran, lo cual — ¡ E s t e pobre Florencio!—dijo perversamen-
aceptaba la joven con sonrisa de satisfacción. te Charvet. — P o r q u e h a estado en Cayena, se
Ni siquiera por u n sobresalto hacía traición a imagina que toda la policia le persigue.
aquella f a m i l i a r i d a d ; c u a n d o le h a b í a pellizcado Gavard dió su palabra de h o n o r de q u e Lebi-
gre era " u n bueno, u n p u r o " . Pero, sobre todo,
f u é Logre el q u e se incomodó. Su silla se estre- aparecía por el lado de la calle de R a m b u t e a u ;
mecía; lanzaba apostrofes, y declaraba q u e no en tanto que Charvet y Clemencia se iban por
era posible continuar de aquella suerte, y q u e si los Mercados, h a s t a el Luxemburgo, el u n o al
se acusaba a todo el m u n d o de ser de la policía, lado del otro, haciendo sonar m i l i t a r m e n t e sus
él p r e f e r í a quedarse en su casa y no h a b l a r m á s tacones y discutiendo a ú n algún p u n t o de polí-
de política. ¡Pues no se h a b í a n atrevido a decir tica o de filosofía, sin darse n u n c a el brazo.
que él lo era, él, Logre! El, que se h a b í a batido El complot m a d u r a b a lentamente. A princi-
en el 48 y en el 51, y q u e h a b í a estado dos veces pios de verano, no se hablaba n u n c a m á s que de
a p u n t o de ser deportado! Y al b e r r e a r esto, mi- la necesidad de " d a r el golpe". Florencio, que,
r a b a a los demás, con la m a n d í b u l a saliente, co- en los p r i m e r o s tiempos, experimentaba cierta
mo si les h u b i e r a querido clavar, violentamente especie de desconfianza, acabó por creer en la
y a pesar de todo, la convicción de q u e n o era posibilidad de u n movimiento revolucionario.
de la policía. Al ver s u s f u r i b u n d a s m i r a d a s , los Ocupábase en él m u y s e r i a m e n t e , / t o m a n d o no-
d e m á s p r o t e s t a r o n con sendos ademanes. E n t r e tas, trazando planes por escrito. Los otros h a -
tanto Lacaille, al oír t r a t a r de u s u r e r o al señor blaban siempre. El, poco a poco, concentró su
Lebigre, había b a j a d o la cabeza. vida en la idea fija q u e le golpeaba el cráneo ca-
L a s discusiones hicieron olvidar este incidente. da noche, hasta t a l punto, que llevó a su h e r m a -
El señor Lebigre, desde q u e Logre había echado a no Quénu a casa del señor Lebigre, n a t u r a l m e n -
volar la idea de u n complot, daba apretones d e te y sin p e n s a r en n a d a malo. Siempre le t r a t a -
m a n o s m á s f u e r t e s a los p a r r o q u i a n o s del gabine- ba hasta cierto punto como su discípulo, y hasta
te. E n verdad, su clientela debía de ser de m u y es- debió de pensar que era su deber el lanzarle por
caso provecho; n i n g u n o de ellos repetía n u n c a el buen camino. Quénu era absolutamente no-
la consumación- Al llegar la h o r a de despedirse, vato en política. P e r o al cabo de cinco o seis
se bebían la ú l t i m a gota de sus vasos, q u e h a - sesiones, se halló al unísono de los otros. Mani-
• b í a n ido consumiendo p r u d e n t e m e n t e d u r a n t e los festaba gran docilidad, u n a especie de respeto
ardores de las teorías políticas y sociales. L a hacía los consejos de su hermano, c u a n d o n o es-
despedida, e n el h ú m e d o f r í o de la noche, iba taba presente la bella Lisa. Por otra parte, lo
a c o m p a ñ a d a de repeluznos. P e r m a n e c í a n * u n q u e le s e d u j o m á s q u e nada, f u é el desenfreno
i n s t a n t e sobre la acera, con los ojos quemados, de burgués de a b a n d o n a r su salchichería, de ir
los oídos medio sordos, como sorprendidos por a encerrarse en aquel gabinete en donde se gri-
el negro silencio d e la calle. Detrás de ellos, Rosa taba t a n fuerte, y en el cual la presencia de Cle-
echaba los b a r r o t e s de l a s p u e r t a s . Después, mencia ponía p a r a él u n p u n t o de olor suspecto
cuando se h a b í a n estrechado las manos, agotados, y delicioso. De modo que ya cerraba los chori-
sin d a r con u n a p a l a b r a , se separaban, m a s c a n d o zos deprisa y corriendo, con objeto de acudir
a ú n sus argumentos, con el pesar de no poder m á s pronto, pues no quería perder u n a palabra
h u n d i r s e m u t u a m e n t e s u s convicciones h a s t a la de aquellas discusiones q u e le parecían magní-
garganta. L a redonda espalda de Robine des- ficas, sin que con frecuencia p u d i e r a seguirlas
hasta el fin. La bella Lisa se percataba m u y bien
de su prisa por m a r c h a r s e . Todavía no decía na-
da. Cuando Florencio se lo llevaba, la joven iba
hasta el dintel de la p u e r t a p a r a verles e n t r a r
en casa del señor Lebigre, u n poco pálida, con
los ojos severos.
F I N D E L TOMO P R I M E R O