Cuadernos Relal No4-Pedagogia Lasallista
Cuadernos Relal No4-Pedagogia Lasallista
Cuadernos Relal No4-Pedagogia Lasallista
Octubre de 2012
Bogotá D.C., Colombia
Derechos reservados, RELAL - Región Latinoamercana Lasallista
7 Presentación
Presentation
Hno. Niky Murcia Suárez
L
a invitación de la Asamblea Internacional 2013 para
tratar el tema sobre la Pedagogía Lasallista o Lasallana,
condujo en RELAL al desarrollo del conversatorio virtual
sobre el tema proponiendo algunas temáticas a las que
como lasallistas debemos atender entre ellos el tema de la
identidad, el diálogo con corrientes pedagógicas actuales y el
futuro de lo que denominamos Pedagogía Lasallista.
7
La pregunta por la identidad nace en medio de las incerti-
Pedagogía Lasallista
dumbres, las transformaciones vertiginosas y los cambios
de paradigmas teóricos en los que vive la sociedad actual
produciendo la transformación, la movilidad, la dinámica
de la identidad. Asumida así, la identidad de la Pedagogía
Lasallista es ubicada en un continuo movimiento que nos
permite preguntarnos por sus dinamismos, sus rasgos
identitarios, sus tensiones y en especial por aquellos suje-
tos que la asumen en su vida diaria, ya sea como colectivo
o de manera personal.
y globales que alientan y retan, de modo que junto a la rollo del conversatorio, al igual que a todos aquellos par-
memoria le permiten a la pedagogía estar en movimiento ticipantes que aportaron sus ideas al respecto.
constante buscado elementos que le permitan el fin último
la Gloria de Dios en la salvación de los niños. Por último, deseo invitar a los lasallistas a continuar con la
reflexión sobre la pedagogía Lasallista ya que nos permite
De este modo, el primer capítulo (versión portuguesa y es- repensar nuestra labor a partir de los derroteros que va
pañola) desarrollado por el Hermano Cledes Casagrande presentando los nuevos tiempos y nos anima a seguir tra-
permitirá entrever el diálogo de la Pedagogía Lasallista con bajando desde la educación por la transformación para un
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
algunas corrientes de pensamiento y algunos derroteros que mundo más humano y equitativo para todos. ●
invitan a la reinvención y creatividad de los lasallistas para
atender de mejor manera los procesos educativos en medio
de las transformaciones constantes de nuestro tiempo. Hno. Niky Murcia Suárez
Pedagogía Lasallista
Secretario Regional de Misión
En el segundo capítulo, el Hermano Patricio Boltón realiza
una relectura de los rasgos identitarios de la Pedagogía
Lasallista de los orígenes proponiendo para el presente la
definición de “Pedagogía lasallana, es el modo en que una
comunidad vive una espiritualidad de encarnación y de fi-
8 delidad histórica, de cara a una población empobrecida, 9
generando junto a ella, una propuesta educativa que es
Pedagogía Lasallista
Ir. Cledes Antonio Casagrande1
Nesse mundo em mudanças, enquanto Lassalistas, compar- Vivemos, hoje, um tempo em que necessitamos, enquanto
tilhamos da missão de formar as novas gerações. Nossos Lassalistas, entender o mundo no qual estamos inseridos,
centros educativos estão imersos nesse mundo em constan- questionar o modo de conceber a educação e de praticá-la e,
te mudança e são os educadores os primeiros a perceber, na ao mesmo tempo, precisamos dar respostas renovadas aos
prática, que a educação e os estudantes de hoje não são os desafios que se apresentam. Sob a ótica teórica, podemos
mesmos que os de há poucos anos passados. afirmar que estamos vivenciando um momento de mudança
de paradigma, um momento de crise social, no qual os mo-
No campo da educação, são visíveis as perdas de refe- delos de ciência, de teoria e de educação estão sendo substi-
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
renciais e a falta de claridade nos objetivos e nas fun- tuídos, aos poucos e não sem percalços. Reafirmamos que a
ções da escola. Não temos certeza acerca do que ensina- crise não está somente no campo educacional, mas em nos-
mos e constantemente somos criticados pela sociedade. sa sociedade, no modo como ela se organiza, se reproduz e
Diante do sentimento de crise que se alastra pelo campo subsiste. Crise esta, que, por sua vez, é sentida na educação.
Pedagogía Lasallista
educacional nos perguntamos: que pedagogia Lassalis-
ta é viável e necessária hoje? O que ensinar? Como ser No modelo paradigmático em crise, denominado moderno, a
educador Lassalista hoje? tarefa fundamental da escola era formar de indivíduos dotados
de habilidades e de competências necessárias para a expansão
Obviamente não conseguiremos discorrer acerca de todas dos processos de racionalização do mundo, através da ação lo-
essas questões no curto espaço de tempo que temos. Des- cal, tópica e instrumental. Todos os sujeitos deveriam, median-
12 se modo, proponho abordar sinteticamente quatro tópicos: te rituais e tempos de escolarização, estar aptos a encarnar o 13
a tradição Lassalista e os novos tempo; a questão do co- modelo cientificista de apreender, de reproduzir o mundo e de
nhecimento válido em educação; o papel do educador Las- intervir com eficiência nas situações concretas da vida.
salista; e alguns desafios gerais à educação Lassalista.
Com a crise e o estabelecimento de novos modos de orga-
nização da vida humana, importam mais os processos de
1. A tradição Lassalista de educação diante da crise do comunicação, de mediação e de diálogo acerca das regras
modelo social atual: morais e do conhecimento válido. Tanto o conhecimento
uma crise teórico-prática da educação quanto as regras não possuem mais valor em si mesmos,
mas devem ser justificados e legitimados consensualmen-
te. Mais do que o produto final, o que importa é o processo
A tradição pedagógica Lassalista, que remonta a La Sal- estabelecido para se chegar a esse conhecimento ou a essa
le e aos primeiros Irmãos das Escolas Cristãs, caracteri- regra. Importa que todos se sintam partícipes e implicados.
zou-se, nos seus 330 anos de existência, por incorporar É o que denominamos que um modelo de adesão em detri-
elementos da cultura e da situação histórica e social nos mento a um modelo hierárquico ou lógico-formal dedutivo.
locais em que era colocada em prática. Os Lassalistas de
todas as épocas souberam dialogar com o seu tempo, in-
corporar elementos científicos, metodológicos e sociais 2. A questão do conhecimento
que lhes auxiliaram a manter uma fidelidade criativa ao
carisma. A forma de ensinar e de aprender nas escolas
Lassalistas evoluiu como um modo concreto de responder No momento de crise em que vivemos nos perguntamos
às necessidades que se apresentavam. diversas vezes acerca do que ensinar (conteúdos) e, prin-
Región Latinoamericana Lasallista - RELAL A Pedagogia Lassalista diante das novas teorias educacionais: uma oportunidade
reflexão e de diálogo sobre nossa práxis pedagógica. / Português
cipalmente, se o que ensinamos enquanto instituição edu- ceitos advindos de referenciais teóricos, das vivências
cativa condiz com as reais necessidades de nossos alunos. quotidianas dos educandos, das pré-compreensões, das
diversas ciências e disciplinas do currículo escolar. Por um
Neste cenário de incertezas é importante reconhecer que o lado necessitamos entender que tais conceitos são produ-
conhecimento e a verdade acerca de algo possuem um fun- ções históricas e passíveis de revisão e de reconstrução,
damento humano e social que necessita ser respeitado: nes- ou seja, a assimilação dos conteúdos advindos da tradição
se viés podemos entender que o conhecimento é transmitido, cultural não pode ser ingênua ou desprezar os processos
apropriado, reconstruído e justificado de forma comunicacio- de atualização ou certificação. Por outro lado, necessita-
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
nal. Disso se depreende que a modalidade pedagógica ati- mos reconhecer que “os estudantes não vão à escola para
nente ao conhecimento consiste na comunicação interativa aprender o que já sabem” (YOUNG, 2011, p. 614). Nesse
entre os diversos sujeitos que, intersubjetivamente, estabe- viés, os conceitos oriundos da cultura, da ciência e do co-
lecem as situações metodológicas necessárias à efetividade nhecimento justificado são conteúdos formativos de pri-
Pedagogía Lasallista
dos processos de ensino e de aprendizagem, as relações ló- meira grandeza. Ninguém pode ser alijado do trabalho do
gico-racionais necessárias à legitimação do saber e as con- conceito, visto que “o desenvolvimento intelectual é um
dições epistêmicas para o avanço na pesquisa e na ciência. processo baseado em conceitos e não em conteúdos ou
habilidades” (YOUNG, 2011, p 614).
Importa ressaltar que o conhecimento de algo está sempre
atrelado a um contexto de experiência linguístico-comu- Além disso, sob o enfoque escolar, é mister que, sob os cui-
14 nicativa mediante o qual os diversos sujeitos, implicados dados dos educadores, cada educando seja capaz de pro- 15
numa situação interativa, são capazes de justificar discur- duzir sentidos, de construir e de reconstruir conceitos e,
sivamente a validade daquilo que estão afirmando. A ne- em última instância, de aprender por si mesmo. A práxis
cessidade de justificação traz consigo a noção de falibi- pedagógica não pode fazer que algo, como um conceito,
lidade e de provisoriedade das afirmações e dos saberes passe do educador ao educando. Ou seja, a aprendizagem e
alocados no discurso. A ponte entre verdade e justificação a construção e reconstrução do conhecimento pressupõem
de um saber pode ser estabelecida mediante a aprendiza- uma elaboração realizada na perspectiva do próprio educan-
gem. Assim, o processo do conhecimento não pode ser en- do que aprende, uma aprendizagem em perspectiva própria.
tendido como algo distante das questões que atravessam
a vida quotidiana dos sujeitos porque a aprendizagem, a
aquisição de novos conhecimentos e a revisão de saberes 3. O papel do educador Lassalista diante de
do senso comum dependem da experiência de resolver os novos cenários
problemas quotidianos que se apresentam. Aprender algo
implica superar uma explicação, uma verdade, uma crença
ou um conceito existente por algo novo, melhor justificado Diante desse cenário apresentado nos perguntamos: qual o
e que melhor solucione o problema ou situação vigente. papel do educador Lassalista? Entendemos que podemos es-
De modo geral, descortina-se, pois, um quadro que nos boçar uma resposta a partir de quatro elementos, que seguem:
remete à provisoriedade, à falibilidade e ao caráter proce-
dimental do conhecimento. [i] Capacidade de crítica e autocrítica em relação à pró-
pria atuação, ao seu papel de educador, bem como
Em relação aos conteúdos atinentes aos processos de en- acerca dos pressupostos a partir dos quais fundamen-
sino e de aprendizagem, podemos encontrá-los nos con- ta a própria prática educativa.
Región Latinoamericana Lasallista - RELAL A Pedagogia Lassalista diante das novas teorias educacionais: uma oportunidade
reflexão e de diálogo sobre nossa práxis pedagógica. / Português
[ii] Capacidade de mediar o acesso ao conhecimento, o [ii] O convite a que todos os educadores Lassalistas sejam
caminho de apropriação, de construção e de recons- sinais e exemplos vivos da fraternidade: A fraternidade
trução do conhecimento escolar válido. O professor como modo de vida. Ou seja, ser e viver, no ambiente
deve ser capaz de desafiar os alunos a que progridam, escolar e na sociedade, sob o signo da fraternidade,
a que esbocem novas hipóteses e que superem o sen- colocando em prática a integração entre fé e zelo.
so comum vigente. Deve estar apto a demonstrar a
provisoriedade dos conteúdos e das regras mediante [iii] O compromisso com uma educação de qualida-
as quais o conhecimento e a ciência são legitimados e de: Necessitamos primar pela excelência nos con-
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
Pedagogía Lasallista
pobreza, como nos atesta o PERLA. de de aprender, sempre. Somente teremos excelência
nos processos educativos se investirmos na formação
[iv] Testemunho de vida: ser capaz de atestar, mediante o continuada dos Irmãos e dos Colaboradores Lassa-
modo de ser e de agir, que um caminho de formação listas. Um processo de formação continuada em três
e de aprendizagem é possível. níveis: formação pessoal; formação institucional; e
formação técnico-científica e macroestrutural. A for-
16 mação continuada é também um modo de valorização 17
4. Desafios e possibilidades da pedagogia Lassalista da profissão/vocação de educador. ●
Pedagogía Lasallista
Cuaderno No. 4
En este mundo en cambio, los lasallista, compartimos la las Lasallistas evolucionó de forma concreta para respon-
misión de formar las nuevas generaciones. Nuestros cen- der a las necesidades que se presentaban.
tros educativos están inmersos en ese mundo en constante
cambio y son los educadores los primero en percibir, en la Vivimos, hoy en día, un tiempo en el que necesitamos, en
práctica, que la educación y los estudiantes de hoy no son cuanto Lasallista, entender el mundo en el cual nos encon-
los mismos que aquellos de hace algunos años atrás. tramos insertos, cuestionar el modo de concebir la educa-
ción y de practicarla, al tiempo, que precisamos de respues-
En el campo de la educación, son visibles la pérdida de tas renovadas a los desafíos que se presentan. Desde la
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
referentes y la falta de claridad en los objetivos y las óptica teórica, podemos afirmar que estamos vivenciandi un
funciones de la escuela. No tenemos certeza acerca de momento de cambio de paradigma, un momento de crisis
que aquello que enseñamos y constantemente somos social, en la cual los modelos de ciencia, de teoría y de edu-
criticados por la sociedad. Dentro del sentimiento de cación están siendo substituidos, poco a poco y sin muchos
Pedagogía Lasallista
crisis que avanza por el campo educacional nos pregun- contratiempos. Reafirmamos que la crisis no solo está en
tamos: ¿qué pedagogía lasallista es factible y necesaria el campo de la educación, sino en nuestra sociedad, en el
hoy en día?, ¿Qué enseñar?, ¿Cómo ser educador lasa- modo como ella se organiza, se reproduce y subsiste. Está
llista en la actualidad? crisis, en consecuencia, es sentida en la educación.
Obviamente o conseguiremos discutir sobre todas esas Este modelo paradigmático en crisis, denominado mo-
20 preguntas en este corto espacio que tenemos. De este derno, la tarea fundamental de la escuela era formar 21
modo, propongo abordar sintéticamente cuatro tópicos: individuos dotados de habilidades y de competencias ne-
la tadición Lasallista y los nuevos tiempos; la cuestión cesarias para la expansión de los procesos de raciona-
sobre el conocimiento válido en la educación; el papel lización del mundo, a través de la acción local, tópica e
del educador lasallista; y algunos desafíos generales a la instrumental. Todos los sujetos devenían, mediante ri-
educación lasallista. tuales y tiempos de escolarización, estaban aptos para
encarnar el modelo cientificista de aprender, de reprodu-
cir el mundo y de intervenir con eficiencia las situaciones
1. La tradición educativa Lasallista en la crisis del concretas de la vida.
modelo social actual: una crisis teórico – práctica
de la educación. Con la crisis y el establecimiento de nuevos modos de
organización de la vida humana, importaban más los
procesos de comunicación, de mediación y de diálogo
La tradición pedagógica Lasallista se remonta a La Salle y acerca de las reglas morales y de conocimiento válido.
a los primeros Hermanos de las Escuelas Cristianas, carac- Tanto el conocimieto en cuanto las reglas no poseían
terizándose, en sus 330 años de existencia, por incorporar más valor que en sí mismo, pero debían ser justificados
elementos de la cultura y de la situación histórica y social y legitimados consensualmente. Más que el producto
locales en la que era puesta en práctica. Los lasallistas de final, lo que importa es el proceso establecido para lle-
todas las épocas sabían dialogar con y en su tiempo, in- gar a este conocimiento o regla. Importa que todos se
corporaron elementos científicos, metodológicos y sociales sientan involucrados y participantes. A eso le denomi-
que les auxiliaron para mantener una fidelidad creativa del namos modelo de pertenencia a través de un modelo
carisma. La forma de enseñar y de aprender en las escue- jerárquico o formal lógico-deductivo.
Región Latinoamericana Lasallista - RELAL La Pedagogía Lasallista ante las nuevas teorías de la educación: una oportunidad
para el diálogo y la reflexión sobre nuestra práctica educativa. / Español)
Pedagogía Lasallista
desde este sesgo se puede entender que el conocimiento contenidos procedentes de la tradición cultural no pueden
se transmite, se apropia y se justifica de modo comuni- ser ingenuos o despreciar a los procesos de actualización o
cacional. De esto se deduce que la modalidad pedagógica de certificación. Por otro lado, tenemos que reconocer que
que respecta al conocimiento consiste en la comunicación “los estudiantes no van a la escuela a aprender lo que ya
interactiva entre los diferentes sujetos, que intersubjetiva- saben” (Young, 2011, p. 614). En consecuencia, los con-
mente, establecen las condiciones metodológicas necesa- ceptos de la cultura, la ciencia y el conocimiento justificado
22 rias para la efectividad de la enseñanza y el aprendizaje, son contenidos formativos de primer nivel. Nadie puede 23
las relaciones lógico-racionales necesarias para la legiti- ser alijado del trabajo de concepto, ya que “el desarrollo
mación de los conocimientos y las condiciones epistémicas intelectual es un proceso basado en conceptos más que en
para avanzar en la investigación y la ciencia. contenidos o habilidades” (Young, 2011, p 614).
Es importante tener en cuenta que el conocimiento de algo Por otra parte, bajo el enfoque escolar, es necesario que,
está siempre ligado a un contexto de la experiencia lin- bajo el cuidado de los educadores, cada estudiante sea ca-
güística y comunicativa a través del cual los sujetos que paz de producir sentidos, construir y reconstruir conceptos
intervienen en una situación interactiva, son capaces de y, en última instancia, aprender por sí mismo. La praxis pe-
justificar discursivamente la validez de lo que están dicien- dagógica no puede hacer que algo, como un concepto, pase
do. La necesidad de justificación trae la noción de falibili- del educador al educando. Es decir, el aprendizaje y la cons-
dad y provisionalidad de los saberes asignados al habla. El trucción y reconstrucción del conocimiento presupone una
puente entre la verdad y la justificación del conocimiento elaboración realizada desde la perspectiva del propio edu-
puede ser establecido por el aprendizaje. Así, el proceso de cando que aprende, un aprendizaje en perspectiva personal.
conocimiento no puede ser entendido como algo lejano de
las cuestiones que atraviesan la vida cotidiana de las per-
sonas, porque el aprendizaje, la adquisición de nuevos co- 3. El rol del educador Lasallista en los nuevos escenarios.
nocimientos y revisión de los conocimientos de sentido co-
mún depende de la experiencia de resolver los problemas
cotidianos que se presentan. Aprender algo implica superar Ante este escenario, nos preguntamos ¿cuál es el rol del
una explicación, una verdad, una creencia por un concepto educador lasallista? Entendemos que podemos esbozar
nuevo, mejor justificado y que resuelva de mejor forma el una respuesta en cuatro elementos, a saber:
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[i] Capacidad de crítica y autocrítica sobre su propio trabajo, procesos comunicativos y la estructuración consensual
su papel como educadores, así como acerca de los su- del mundo, la sociedad y los individuos.
puestos de los que fundó su propia práctica educativa.
[ii] La invitación a todos los educadores lasalianos para
[ii] Capacidad para mediar el acceso al conocimiento, el ca- que sean ejemplos vivos de la fraternidad: la fraterni-
mino de apropiación, construcción y reconstrucción del dad como una forma de vida. En otras palabras, ser y
conocimiento escolar válido. El profesor debe ser capaz vivir en el ambiente de la escuela y la sociedad, bajo
de desafiar a los estudiantes a que progresen, a que el signo de la fraternidad, la puesta en práctica de la
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
Pedagogía Lasallista
las estructuras de nuestras instituciones educativas.
[iii] Responsabilidad histórico -social: observar los signos
de los tiempos, sobre todo los signos de exclusión, [iv] La formación continua de los docentes: La necesidad
pobreza, como nos invita el PERLA. de aprender, siempre. Contaremos con la excelencia
en los procesos educativos si invertimos en la forma-
[iv] Testimonio de vida: ser capaz de atestiguar, mediante ción continua de los Hermanos y colaboradores lasa-
24 el modo de ser y de actuar, como un camino de for- llistas. Un proceso de formación continúa en tres nive- 25
mación y de aprendizaje posible. les: la formación personal, la capacitación institucional
Pedagogía Lasallista
Cuaderno No. 4
Unos destinatarios:
“los hijos de los arte-
sanos y los pobres”
… pero por sobre todas las cosas… una mirada de fe, Entonces podemos decir que…
vivida comunitariamente, que unifica todos los ele-
mentos • No hay pedagogía lasallana, sin comunidad educativa
• La pedagogía lasallana de la comunidad de los orí- • No hay pedagogía lasallana, sin comunidad que dis-
genes, era el modo de vivir el hecho educativo que cierne la realidad social a la luz de la fe, sobre todo la
implicaba: realidad de injusticia y pobreza
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
• Reconocer que Dios los enviaba a los “hijos de los • No hay pedagogía lasallana, sin una comunidad, que
pobres y artesanos”, descubriendo en ellos al mismo a la luz de la fe, construye una respuesta educativa
Jesucristo que quiere ser respuesta de transformación del mun-
do, según el querer de Dios
Pedagogía Lasallista
• Reconocer que Dios los constituía en ministros y em-
bajadores de Jesucristo, en comunidades educativas • No hay pedagogía lasallana, sin una comunidad que
como fin último, tiene buscar la Gloria de Dios, el Rei-
• Para que aprendan a vivir bien, cristianamente y “el no de Dios, en este tiempo y en esta tierra
día de mañana puedan…”, para Gloria de Dios
28 • En una escuela que les brindaba, “durante todo el día”, 2. Pedagogía lasallana 29
la enseñanza del leer, escribir, contar, el catecismo, y
Para la comunidad de los orígenes, esa pedagogía la- de estar empleados particularmente en instruir a los po-
sallana estaba en parte sistematizada en sus registros bres” (MF 143,2,2). “Todos los días tienen ustedes a niños
pobres a quienes instruir” (MF 166,2,2). “Ustedes están
todos los días con los pobres” (MF 189,1,2). “La mayoría
[de sus alumnos] han nacido pobres” (MR 202,2,2).
Pedagogía Lasallista
• Leyendo su experiencia con ojos de fe, La Salle y los
• Las meditaciones para Hermanos la vivían como una participación en el desig-
domingos y fiestas nio salvador de Dios. Y así se reconocían en textos como
• Las meditaciones para estos: “[Los Hermanos] manifestarán a todos sus alum-
los tiempos de Retiro nos igual afecto, y más aún a los pobres que a los ricos,
• La explicación del método porque están mucho más encargados por su Instituto
de oración mental
30 de aquéllos que de éstos” (RC 7,14). “Ustedes tienen 31
obligación de instruir a los hijos de los pobres”; deben
encargados de amar a los pobres, ya que la función que ción de un conocimiento socialmente significativo, a los fi-
en él ejercen es dedicarse a instruirlos” (MF 173,1,2). nes de ayudar a las personas y a los pueblos, a vivir bien,
“Ustedes han sucedido a los Apóstoles en su empleo de al buen vivir, al buen convivir, en clave cristiana.
catequizar e instruir a los pobres” (MR 200,1,2).
Dicho hecho educativo es construido, animado, evaluado,
• Otra recompensa que Dios les otorga (…) consiste sostenido por una comunidad de seglares y/o hermanos,
en que sentirán satisfacción muy especial cuando que discierne críticamente la realidad empobrecida, y des-
[sus alumnos] sean mayores, al ver que viven se- de ella, piensa lo educativo como respuesta de transforma-
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
gún justicia y piedad, alejados de malas compañías ción social, de construcción del Reino de Dios, de aporte a
y practicando buenas obras (…); ver que, por medio augurar Otro mundo posible.
del establecimiento de las escuelas de cuya direc-
ción Él los ha encargado, aumentan la religión y la Cada comunidad educativa tiene una respuesta original,
Pedagogía Lasallista
piedad entre los fieles, y particularmente entre los que es el fruto de su fidelidad histórica a Dios y a los hom-
artesanos y los pobres” (MR 207,3,1.2). bres, que es fruto de una doble contemplación, que es fru-
to de entender que el conocimiento que se transmite y se
• “Dios se los ha confiado”. “Por esta razón los pone construye junto a otros tiene una función humanizadora y
Dios, en cierto modo, bajo la tutela de ustedes. Él los emancipadora, que subjetiva y construye cultura.
mira compasivo, y cuida de ellos como quien es su
32 protector, su apoyo y su padres; pero se descarga en En un sistema de capitalismo global salvaje que se va ago- 33
ustedes de ese cuidado” (id). tando, porque se va agotando el planeta, porque los gritos
Pedagogía lasallana es el modo en como es vivido el hecho La escuela lasallana, que nació siendo respuesta comunita-
educativo, es decir, el proceso de transmisión y construc- ria a la realidad circundante para enseñar a vivir bien, tiene
Región Latinoamericana Lasallista - RELAL Pedagogía Lasaliana Hoy
que recuperar el desafío de leer críticamente la realidad en • las características psicológicas y sociales de los suje-
todas sus formas, y pensar procesos educativos en claves tos y de los grupos,
de subjetividad y de construcción de cultura que ayuden
al buen vivir, al buen convivir hoy, en un sentido global, • las lógicas disciplinares y de cada campo del cono-
holístico, cristiano y crítico. cimiento,
Sólo desde ahí se puede pensar un curriculum alternativo. • los conocimientos necesarios para el tratamiento di-
dáctico metodológico del mismo,
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
Pedagogía Lasallista
desarrollo humano integral y sustentable, a la democracia sociedad
participativa y la ciudadanía radical, a la instauración de
un sistema social de ecojusticia social, de lucha contra la • Los conocimientos necesarios para el trabajo, la vida
pobreza y la desigualdad inhumana. ciudadana, el continuar los estudios
La comprensión y la asunción del conocimiento como he- Pero organizados desde la construcción de un conocimien-
34 rramienta estructurante del sujeto y de la cultura: estruc- to que permita: 35
turante de miradas del mundo, de modos de entender y
Un curriculum hoy debe tener… Es decir, en otras palabras, se trata de construir y transmitir…
Los presupuestos básicos asumidos hasta aquí por toda agen- 4.1 Conocimientos que ayuden a develar, deconstruir,
da pedagógica didáctica y por lo que venimos haciendo: desnaturalizar, denunciar lógicas y dinámicas huma-
nas que deshumanizan, que ayuden a cada alumno
• la consideración sobre los conocimientos previos de y a cada sociedad a sentir indignación ética ante la
los sujetos, injusticia y el mal.
Región Latinoamericana Lasallista - RELAL Pedagogía Lasaliana Hoy
4.2 Conocimientos que ayuden a nombrar nuevas for- “Seamos, pues, de nuestro tiempo, carísimos Hermanos,
mas, nuevas dinámicas y nuevas experiencias de ser Como lo fueron los santos,
humano y de ser sociedad. Como lo fue especialmente nuestro venerable Padre;
Seamos también de nuestra tierra,
4.3 Conocimientos que permitan nombrar nuevos sue- Como el Santo de los Santos,
ños, nuevas utopías, nuevas esperanzas. Nuestro Divino Maestro y Modelo (…)
Amémosla, apeguémonos a ella, (…)
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
4.4 Conocimientos que permitan miradas globales, sisté- Que su enseñanza tenga, en cierto sentido, color local (…)
micas, holíticas, integrales, complejas, de inclusión de
lo distinto. H. Superior General, Irlide, 6/1/1881
Pedagogía Lasallista
4.5 Conocimientos que pongan en movimiento la pala-
bra y la acción, que den poder, que empoderen, que
ayude a los sujetos y a los pueblos a saberse sujetos
históricos, con responsabilidad histórica.
en Movimiento1
Niky Murcia Suárez2
Santiago Amurrio3
Ramón Eduardo Botero4
R
38 ealizar una reflexión sobre la Pedagogía Lasallista en 39
el contexto actual de América Latina y el Caribe es
Pedagogía Lasallista
Cuaderno No. 4
a los lasallistas a partir de diferentes referentes pedagógicos novedosa, es, en el contexto de la región más desigual
y de la realidad actual. Un segundo aspecto, corresponde al del mundo (CEPAL, 2008, 21), una exigencia que incita a
contexto de realidad sobre el cual se hace reflexión, es decir, trabajar creativa y audazmente en propuestas educativas
el contexto de los lasallistas de América Latina y el Caribe. concebidas no sólo como un servicio, sino como una for-
ma de garantizar y promover el derecho a la educación,
Para alcanzar este cometido, el texto versará sobre dos en clave de equidad, inclusión, permanencia y oportunidad
ámbitos, el primero el contexto externo a la Pedagogía La- que pretende una educación de calidad expresada en un
sallista que la cuestiona desde las realidades continentales desarrollo humano integral y sustentable.
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
Pedagogía Lasallista
estudiante como un sujeto digno de ser educado, es decir, el
reconocimiento ontológico y teológico de una naturaleza cuya
1. Primer Ambito: El Contexto Externo. dignidad como sujeto de formación, era prácticamente no es-
timada, salvo para casos particulares, a partir de los cuales
es posible determinar que la educación como tal no esta-
Para este apartado es preciso señalar que la lectura que se ba extendida al servicio de todos, tal como se pretende hoy
40 hace en torno a la educación, se soporta sobre la base del cuando se alude explícitamente al derecho a la educación. 41
reconocimiento explícito de los derechos humanos, y en es-
pecial, del derecho a la educación como horizonte a partir del El aspecto señalado remite a la idea que dicha afirmación
cual puede ser pensada la educación. Si para el pensamiento trasluce un fuerte halo de humanidad que sitúa al estu-
de La Salle el acceso abierto y gratuito a las escuelas cristia- diante como un “otro posible de ser potenciado”, como al-
nas fue una forma concreta de materializar la educación uni- guien cuya condición natural de ser humano, y de ser hijo
versal, en la perspectiva de un carisma que nace por la inter- de Dios, le permite acceder a la búsqueda de ser mejor
pelación en torno a una realidad política, social, económica y a través de la educación. Podría señalarse, en esta línea
religiosa específica, creemos que para los lasallistas, resituar de reflexión, que la alteridad, el reconocimiento del otro,
e interpretar hoy, a la luz de las complejas realidades, esta es un elemento sobre el cual la educación de La Salle se
misma inspiración, remite ipso facto, a reconocer la relevan- hace posible, aspecto que también es vital en una pro-
cia que contiene el trabajo por los derechos humanos, y muy puesta educativa en clave de derechos, pues sólo el reco-
especialmente por el derecho a la educación. nocimiento de los derechos recae sobre aquel que ha sido
reconocido como sujeto de los mismos, en otras palabras,
Considerar la educación hoy, desde esta perspectiva, es alguien cuya condición se ampara en la aceptación de un
no sólo emprender la tarea de abrir escuelas o centros nivel ontológico, material, histórico, político y social, sobre
que ofrezcan el servicio de acceso y permanencia en el el cual éstos son posibles.
sistema educativo, como suele suceder en la mayoría de
lugares donde la presencia lasallista despliega su labor for- En este sentido se puede decir que a la base del reconoci-
mativa. Sino ser avezados, a la manera de La Salle, quien miento del sujeto formativo, así como del sujeto de dere-
se arriesgó a crear una propuesta educativa incluyente y chos, existe una comprensión del otro en términos de alte-
englobante, que para la época resultó ser significativa y ridad, fundamento afín a la propuesta educativa de La Salle
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construida sobre una mirada antropológica que otorga un afectadas con un nivel de analfabetismo local que oscila
valor significativo a la persona, y para hoy, a sus derechos. entre el 5, el 10 y el 19%.
Recordar que la educación no sólo es fruto de una inusita-
da inspiración educativa, sino también de una sensibilidad Este mismo informe recuerda que “un adolescente analfa-
notable que humaniza, es asumir el reto de trabajar por un beto es un niño que nunca fue a la escuela, o que si lo
derecho que permita la humanización y mejoramiento de la hizotuvo un paso rápido por ella; es a su vez un proyecto
condición integral de quienes disfrutan plenamente de él. de adulto que no tiene como horizonte probabilidades de
inserción laboral ni social” (SITEAL, 2009) que le permita un
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Si de La Salle se esforzó franca y abiertamente por lo- que los gobiernos suelen hacer para garantizar y sostener la
grar que muchos niños pudiesen asistir a la escuela, in- educación, tal como lo indica la ex-relatora especial para el
cluso aquellos cuyas oportunidades eran completamente Derecho a la Educación de la Comisión de Derechos Huma-
desfavorables, logrando plantear la universalización de la nos de Naciones Unidas, Katarina Tomasevsky, en muchos
educación a través del acceso a la enseñanza gratuita en casos el incumplimiento de los mismos es manifiesta:
la Francia del siglo XVIII, para una época como la que es-
42 tamos viviendo este denodado esfuerzo parece identificar- La necesidad de los derechos humanos se origina 43
se plenamente con una de las tareas que mayor valor ha en la facilidad con que las promesas políticas se
cobrado en los últimos tiempos: el derecho a la educación. olvidan o ignoran. La educación lo ilustra bien:
los acuerdos globales para garantizar la educa-
Al observar la preocupación que La Salle sentía al intentar ción primaria universal se han firmado una vez
que los niños pudiesen participar de la escuela cristiana y por década, pero ninguno se materializó. Cada
gratuita, debido a la difícil situación que muchos de ellos pacto roto fue seguido por otro similar, que tam-
vivían al encontrarse fuera de toda posibilidad de forma- bién fue roto. (Tomasevsky, 2004, 18).
ción, y por tanto de mejoramiento de sus condiciones de
vida, no se puede quedar más que sorprendidos al contras- De otra parte, cabe preguntarse qué ocurre con un niño o
tar esta misma realidad, muchos siglos después, como la niña cuyas condiciones de pobreza, desigualdad y exclusión
que se vive hoy. son tan evidentes que no puede acceder al sistema educa-
tivo. En un contexto como el de América Latina y el Caribe,
La preocupación no deja de ser vigente. Sin lugar a dudas, donde los índices de violencia se han elevado en las últimas
sigue siendo inquietante el hecho de que muchísimos chi- décadas, parece obvia la respuesta: participación creciente
cos y chicas en pleno siglo XXI, no puedan ir a una escuela de niñas y niños en eventos delictivos cuya consecuencia es
a recibir la educación que merecen y necesitan; por ejem- la imposibilidad de incluirse adecuadamente en el ámbito
plo, en América Latina y el Caribe, según el informe del social, al igual que verse sometidos al riesgo permanente de
Sistema de Información sobre Tendencias Educativas en perder la vida. Por esto, no es extraño encontrarse con ci-
América Latina (SITEAL, 2009), el 3% de los adolescentes fras alarmantes que constatan cómo los más empobrecidos
son analfabetas, y en algunos países de la región el por- y los más vulnerables -niñas, niños, jóvenes y mujeres- son
centaje asciende al 10%, siendo las áreas rurales las más los más afectados por este tipo de situaciones.
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Una chica o un chico que no van a la escuela tienen mayores que de producto o servicio, es indiscutible que los avances
probabilidades de verse involucrados en situaciones de vio- realizados serán poco significativos. Por tanto, la cuestión
lencia, pues al verse truncadas las opciones de vida surgen del derecho a la educación es algo más que garantizar que
otras alternativas asociadas a ésta como el trabajo infantil los niños, niñas y jóvenes aprendan lo fundamental para
y juvenil, la explotación sexual, el consumo de drogas y el hacer parte del grupo de los alfabetizados.Realmente, esto
delito, que sin duda alguna no sólo amenazan sus posibili- tiene mucho que ver con la inclusión y cohesión social, la
dades de desarrollo pleno, sino que ponen en riesgo su vida. participación, la vida ciudadana activa y la construcción de
A propósito de la violencia juvenil en la región, la CEPAL en una sociedad democrática, solidaria y equitativa, aspectos
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un informe presentado en el año 2008 indica lo siguiente: que obviamente requieren de las habilidades y aprendizajes
básicos que tienen lugar en la escuela.
En las últimas décadas, el tema de la violencia
juvenil en América Latina ha adquirido creciente Esto quiere decir que el derecho a la educación es impor-
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relevancia en el debate público, en las agendas tante en cuanto favorece la inclusión social y permite que
de los gobiernos y en los foros y las conferencias las niñas, niños, adolescentes y jóvenes puedan también
internacionales. La violencia creció en la mayor disfrutar de todos los derechos que les son inherentes, pues
parte de la región en los últimos años, los jóve- una “educación basada en los derechos humanos implica
nes se encuentran claramente sub representados garantías para el derecho a la educación, los derechos hu-
en la incidencia y gravedad de esta tendencia, manos en la educación y la promoción de todos los derechos
44 como víctimas y perpetradores. En muchos paí- humanos a través de la educación” (Tomasevsky, 2004, 19). 45
ses latinoamericanos, los jóvenes comenten deli- Esto supone entender que “la educación es un derecho hu-
tos violentos a edades cada vez más tempranas y mano fundamental y un bien público porque gracias a ella
mueren cada vez más tempranamente por efecto nos desarrollamos como personas y como especie y contri-
de esos delitos. (CEPAL, 2008a, 23) buimos al desarrollo de la sociedad” (Unesco, 2007, 25).
En este mismo sentido, el informe “Juventud y cohesión Por consiguiente, la acción de vulnerar el derecho a la edu-
social en Iberoamérica, un modelo para armar”, presenta- cación conlleva una pauperización creciente de las opor-
do por la CEPAL y la OIJ (Organización Iberoamericana de tunidades que las niñas y niños tienen de realizar su vida
Juventud), en Octubre de 2008, reitera lo señalado en el a través del acceso a la escuela, y por tanto, de contacto
comentario anterior al afirmar que “el incremento de la vio- y aprendizaje directo de las habilidades, normas, valores
lencia juvenil en que los jóvenes son tanto víctimas como y criterios de cohesión y participación en el mundo social.
victimarios es tema recurrente en Ibeoramérica y tiene es- Tal vez por ello no se duda en afirmar que:
trecha relación con problemas de cohesión social” (CEPAL,
2008b, 24). Es clara la difícil situación a la que los adoles- La educación es el principal mecanismo que per-
centes y jóvenes se ven abocados, especialmente cuando mite avanzar en múltiples dimensiones de la co-
su incorporación formal a las instituciones que garantizan la hesión social: mayor igualdad de oportunidades,
cohesión social, como lo es la escuela, es inexistente. capital humano para la movilidad social futura,
formación de ciudadanos activos y respetuosos
Ante todo este panorama, una de las opciones más contun- de los derechos, familiaridad con códigos cultu-
dentes y oportunas es la educación, pero sin una conciencia rales diversos y acceso al mercado laboral con
clara sobre lo que ésta significa en términos de derecho, más mayores opciones. (CEPAL, 2008b, 27)
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Ahora bien, con lo que hemos señalado recalcamos la im- que se puede exigir formal y debidamente lo que nos
portancia de la educación y en la necesidad de atender de- compete en virtud de la condición y de los compromisos
cididamente aquellas realidades que muestran un panorama que el Estado ha contraído.
desalentador. Conviene ahora hacer mención de cómo el
tema del derecho a la educación compete al mundo lasallista, Por otro lado, “promover” es sumarse a la tarea de dar a
y de qué manera le atañe directamente como reto y desafío, conocer lo que contiene el derecho a la educación, es decir,
tal como Juan Bautista De La Salle lo vivió en su tiempo. comprometernos en difundir su significado, naturaleza e
implicaciones, así como sus relaciones con otros derechos.
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de que puedan disfrutar plenamente del derecho a la educa- por el Derecho a la Educación (CLADE)2.
ción significa para todos los lasallistas un profundo y radical
llamado al trabajo por su garantía, promoción y defensa. Si De igual forma, “promover” significa dar a conocer la im-
para La Salle crear y mantener escuelas de enseñanza gra- portancia de los contenidos fundamentales del derecho a
tuita, ofrecidas a todos sin distinción alguna, fue una labor la educación, que para este caso, intentaremos sinteti-
titánica y al mismo tiempo atrevida, para quienes seguen su zar, siguiendo el esquema de las cuatro “Aes” de K. Toma-
46 inspiración fundacional en el mundo de hoy el trabajo por el sevski (2004, 77 y 78) : 47
derecho a la educación debe movilizarlos a vivir un riesgo
similar que los lleve decididamente a trabajar como actores • Asequibilidad: Entendida como disponibilidad, es de-
sociales comprometidos con esta importante causa. cir, como la acción para disponer de escuelas, estruc-
turas físicas y equipamientos suficientes y apropiados
De esta manera, cuando se refiere a “garantizar” el derecho para que niñas y niños puedan disfrutar de la educa-
a la educación, se está aludiendo a la acción de contraparte ción. También se entiende como el compromiso del
de “exigir” a quienes deben cumplir con este derecho, es gobierno de favorecer y asegurar la educación obliga-
decir a los Estados, que lo concreten plenamente y a ca- toria y gratuita, haciéndola asequible para todos los
balidad. Esto implica romper el paradigma de la educación niños, niñas y jóvenes.
como un servicio, a la que podríamos estar habituados,
que si bien lo es, es mucho más cuando se le posiciona • Accesibilidad: Se define en función de la garantía de
como un derecho. acceso al sistema educativo para las niñas, niños,
adolescentes y jóvenes. Está vinculado, según el ni-
La exigibilidad de la educación no es otra cosa que tra- vel educativo, con la acción de facultar la educación
bajar en el establecimiento y construcción de una cultura obligatoria y gratuita. El gobierno se compromete a
educativa en la que los sujetos son los actores y des- permitir el acceso a la educación obligatoria y gratui-
tinatarios fundamentales de su desarrollo y aplicación; ta en los primeros años de formación, y en la etapa
una cultura donde las personas son parte de un Estado postprimaria, en la medida de lo posible.
de derecho que tiene obligaciones con los ciudadanos y
responsabilidades que cumplir con respecto a sus nece-
1 http://www.cme-espana.org/action.html
sidades fundamentales; una cultura donde se aprendes 2 http://www.campanaderechoeducacion.org/?L=es
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• Aceptabilidad: Corresponde al nivel de calidad sobre Por último, no menos importante, es la “defensa” del de-
el cual debe garantizarse el derecho. En este sentido, recho que implica permanecer en una actitud de alerta
se garantiza la educación obligatoria y gratuita con continua, además de seguir y monitorear la realidad edu-
niveles suficientes de calidad que permitan el disfrute cativa del país y muy particularmente la ejecución de las
pleno del derecho. Según lo dicho, cabe afirmar que políticas públicas destinadas a darle cumplimiento y con-
la “mejora de la calidad de la educación es uno de creción. Este aspecto nos lleva a participar activamente en
los desafíos más importantes que tienen planteados la interlocución con los gobiernos, no sólo favoreciendo la
los sistemas escolares de América Latina y el Cari- realización de éste derecho a través de nuestra actividad y
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be” (Unesco, 2009, 8), por tanto, debe constituirse en compromiso expresado en las diferentes obras educativas
una prioridad inherente a la educación. que ponemos al servicio de todos, sino señalando pública
y activamente toda situación de vulneración o quebran-
• Adaptabilidad: Hace referencia a la pertinencia del tamiento del derecho, al igual que la exigencia de su con-
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currículo con relación a las realidades y necesidades secuente restitución.
específicas de los estudiantes. En otras palabras, es
hacer una oferta educativa flexible y contextual que Si se parte de la idea de que “el derecho a la educación
responda a las especificidades de los sujetos. y la exigibilidad de este derecho han experimentado una
drástica erosión en los últimos años, sin que la sociedad
Tener claridad sobre lo que en sí contiene el proceso educa- -y los pobres específicamente- reaccione con la fuerza ne-
48 tivo, a partir de los aspectos antes señalados, puede ayudar cesaria para protestar y cambiar esta situación” (Torres, 49
a comprender que éste es algo más que exigir la posibilidad 2005, 35), requerimos afirmar contundentemente que su
de ir a la escuela. Contemplar el derecho a la educación, por defensa se hace hoy más relevante que nunca.
ejemplo, incluyendo un claro y definido concepto la calidad
que apunte hacia “el desarrollo de las competencias necesa- Es importante, en contextos como los de América Latina
rias para participar en las diferentes áreas de la vida huma- donde la vulneración del derecho a la educación es pan
na, afrontar los desafíos de la sociedad actual y desarrollar de cada día, conocer y aplicar los recursos normativos
el proyecto de vida en relación con los otros” (Unesco, 2007, y jurídicos que operan como herramientas a través de
9), es un hecho primordial que trasciende la idea de que las cuales se exige el cumplimiento y restitución del de-
disfrutar la educación es sólo acceder y permanecer en el recho. Además de esto, también es necesario participar
sistema educativo. como sociedad civil en la consolidación de una cultura de
los derechos humanos y de la democracia, donde la edu-
De seguro, los lasallistas están llamados a responder intensa cación sea defendida, ya que al ser parte de alguna ins-
y oportunamente a las realidades que demandan una acción titución reconocida por su aporte y trayectoria educativa,
contundente orientada a garantizar y defender la educación es posible promover espacios para la vida comunitaria,
para tantos niños, niñas y jóvenes que no tienen oportu- además de ejercer cotidianamente la democracia y la so-
nidad de acceder a ésta. De este modo, a la manera de La lidaridad (Papacchini, 2003) como plataforma adecuada
Salle, quien supo responder a una realidad en la que los ni- para su concreción.
ños, niñas y adolescentes de su época no eran considerados
como sujetos de formación, hoy nuestro compromiso funda- No podemos olvidar que todo aquello que se haga en pro de
mental ha de perfilarse hacia una perspectiva de trabajo en su garantía permite posicionar en el ámbito social, político y
la que sean comprendidos como sujetos de derechos. cultural, la premisa de que “la educación como derecho hu-
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mano y bien público permite a las personas ejercer los otros menius – La Salle (Norodowski, 2007), quienes despunta-
derechos humanos” (Unesco, 2007, 7), y que por esta razón, ron la escuela moderna como hoy en día se conoce y que
nadie puede quedar exento de ella. Procurar un impacto que ha trascendido las fronteras físicas de la institución esco-
movilice a los gobiernos a dar cumplimiento a las obligacio- lar hasta llegar a pedagogizar la misma sociedad como lo
nes que se desprenden de su responsabilidad frente al dere- plantea Mario Díaz.
cho a la educación, es una acción que se nos presenta hoy
como un imperativo ético y político sobre el cual sea posible Las grandes tendencias identitarias de la pedagogía: arte,
construir una sociedad más equitativa y e inclusiva. técnica, ciencia, discurso y acción, coexistente simultánea-
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medio de reglas y normas (en un primer momento); que
El desarrollo de la Pedagogía Lasallista a lo largo de más luego son transmitidas en la relación con los otros; en accio-
de tres siglos de historia ha contado con factores que le nes constantes; con la ayuda y uso de las herramientas co-
han permitido configurarse permanentemente como: la rrectas que posibilitaran la forma deseada (Viviane Castro,
experiencia carismática fundacional, la expansión de la 2012)”publisher”:”Universidade Federal do Rio Grande do
propuesta pedagógica a diferentes partes del mundo, el Sul, Faculdade de Educacao, Programa de Pós- Graduacao
50 diálogo con los contextos donde se acentó, los debates con em Educacao”,”publisher-place”:”Porto Alegre”,”number-of- 51
otras ciencias y disciplinas y el desarrollo compartido de pages”:”203”,”genre”:”Tese (Doutorado.
La Pedagogía es tan antigua como la cultura literaria y los La tercera acepción, es comprender la pedagogía como
estudios sobre su carácter histórico han mostrado como “ciencia” es decir como un corpus de conocimiento com-
su identidad oscila entre ser definida como arte, técnica, partido por un grupo de personas que conforman una co-
ciencia, acción o discurso. El desarrollo de los diferentes munidad académica que tienen una agenda sobre lo que
sistemas conceptuales dominantes del momento histórico implica la elección de los problemas y la estructura teórica
condujo y conducen a los pensadores a darle matices y que los sustenta, el empleo de uno o varios métodos com-
formas a la pedagogía creando un movimiento al interior partidos, la validación de la producción científica, la apro-
del campo conceptual que poco a poco se ha constituido. piación y la distribución de esta producción científica en
Este movimiento ha instaurado una serie de conceptos, la sociedad, y el cómo una persona puede convertirse en
técnicas, discursos, y prácticas que oficialmente fueron miembro de tal comunidad académica. Estos descriptores
reconocidos entre el siglo XVII y XVIII entre el eje de Co- conducen a pensar a la pedagogía dentro de la historia de
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la ciencia asumiendo las posiciones histórica, sociológica La pedagogía lasallista como arte parte de la transforma-
y filosófica; A concebir al conocimiento pedagógico lejos ción de la persona desde afuera hacia el interior de modo
del dogmatismo, considerándolo conocimiento en cons- que, se parte de la ayuda y uso de las herramientas co-
trucción que evoluciona en el transcurso del tiempo en rrectas que posibilitaran la forma deseada (entre ellas se
tanto que pedagógico ha de ser científico (García Carrasco cuentan la disciplina, el orden, el manejo del tiempo y el
& García del Dujo, 1996). espacio, etc.) como condición para formar el carácter y
desarrollar la naturaleza humana (MF 160.3 y MR 194); Y
La cuarta aproximación, la pedagogía como “discurso” del cuidado especial que debe tener el maestro para orien-
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permitió entender la pedagogía como: un aparato de po- tar al estudiante, cuidado fortalecido por el trabajo interior
der, un dispositivo de regulación de discursos/significa- del maestro para brindar el testimonio y ejercer adecuada-
dos y practicas/formas de acción; y una disciplina “que mente su ministerio (MR 193,2) de modo que conduzcan a
conceptualiza, aplica y experimenta los distintos conoci- los estudiantes a su conversión, a la transformación de la
Pedagogía Lasallista
mientos acerca de la enseñanza de los saberes específicos vida de tal forma que, la persona del estudiante subjetive
en una determinada cultura” (M. Díaz, 2000, p. 150) es- un modo particular de ser ciudadano y creyente.
tructurada por las nociones de Saber pedagógico, prácti-
ca pedagógica, memoria activa del saber pedagógico y el Una segunda consideración es la pedagogía Lasallista
campo conceptual. como un discurso. Desde esta mirada, la Pedagogía Lasa-
llista es un saber, comprendido más allá del conocimiento
52 Por último, la pedagogía como acción en cuanto a “en- pero menos sistemático que una disciplina, estructurado 53
tenderse con” implica la interacción y especialmente la en diferentes niveles y umbrales de refinamiento más o
“acción comunicativa” (Habermas) que conduce coope- menos dispersos, fragmentados, y que permite reconocer
rativamente al entendimiento. En este proceso se hacen las prácticas pedagógicas como prácticas donde se produ-
presentes elementos explícitos e implícitos, y en especial cen objetos de saber (Vasco et al., 2008; C. Díaz, Jiménez,
estos últimos actúan como acuerdos preestablecidos en & Turriago, 2006, p. 10).
los procesos educativos. Esta característica de la peda-
gogía la asemeja a las disciplinas como la lingüística y la Este saber pedagógico Lasallista asume la práctica peda-
psicología cognitiva, que logran transformar un saber – gógica como transformación de la cultura, como lo plan-
cómo en un saber – qué; se trata de explicitar el sentido tean algunas vertientes seguidoras de la Pedagogía de
del dominio de una práctica y convertirlo en un discurso Paulo Freire develando los sistemas asimétricos de poder
que se puede contrastar, criticar y reelaborar (Mockus, en nuestras sociedades y creando oportunidades de supe-
1995, p. 5) entendiendo también la enseñanza de la dis- ración de la marginalidad y la pobreza como lo plantea el
ciplinas como un proceso de socialización en una cultura texto “Quiero ir a tu escuela, La pedagogía lasaliana en el
especializada, que se renueva continuamente en su es- siglo XXI” (Capelle, 2006) y las experiencias de educación
tructura conceptual y aplicaciones. popular adelantadas por lasallistas en el continente.
En este arcoíris de conceptualizaciones ¿cómo se entiende El desarrollo histórico del saber pedagógico lasallista ha
la pedagogía en la Pedagogía Lasallista? La o las com- consolidado una memoria activa que se puede encontrar en
prensiones sobre pedagogía en la Pedagogía lasallista el corpus construido a lo largo de los tres siglos. Entre los
pueden ser variadas pero con mayor acento en concep- textos más sobresalientes están “La Guía de las Escuelas”,
ciones como arte, saber y acción. “Las doce virtudes del buen maestro”, y “La Declaración
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del Hermano en el mundo actual” que establecen redes bilidades, la red conceptual o por lo menos los conceptos
conceptuales articuladoras paradigmáticas que impulsaron articuladores mayores de la propuesta como es el caso
la creación y desarrollo de nuevos discursos a lo largo y de la pedagogía del oprimido, la pedagogía por objetivos,
ancho del mundo lasaliano. la pedagogía conceptual, etc. Siguiendo esta premisa se
puede preguntar ¿Qué indica lo lasallista? Lo más rápido
Por último, se puede encontrar en la Pedagogía Lasallista y seguro es remitir a un nombre: De La Salle, pero aún
el empleo de dispositivos como el de la “Tradición peda- así no permite entrever la red de conceptos, o por lo me-
gógica” enunciado en su doble función de anamnético nos los conceptos articuladores. De ahí, la importancia
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
y proyectivo; el primero vinculado a una memoria del de preguntar por ¿Cuál es su red de conceptos?, ¿cuál es
talante creativa y no solo acumulativa que permitió una la naturaleza de esos conceptos?, ¿cuáles de esos con-
conciencia histórica a los lasallistas; y por otro lado, la ceptos son mayores o articuladores?, ¿existe variaciones
proyectiva que capacitaba el “idear y crear” escenarios ya sean históricas, conceptuales, culturales, etc. sobre
Pedagogía Lasallista
diversos de acuerdo a los contextos donde se insertaba esos conceptos?, ¿cómo son construidos o reconstruidos
(C. Díaz et al., 2006). tales conceptos?
La tercera concepción más reiterada es asumir a la Pedago- Dentro de las características que se consideran propias
gía Lasallista como acción. La transformación de un saber a la Pedagogía Lasallista se enuncia un barrido rápido
– cómo en un saber – qué por medio de la sistematización de autores del mundo lasallista para ilustrar la necesidad
54 de las prácticas exitosas de enseñanza, transformándolo de identificar los conceptos articuladores dentro la gran 55
en un saber reconstruido como es el caso de la “La Guía lista que se enuncian y aquellos conceptos que se dis-
de las Escuelas” (Guía de las Escuelas No 2) en su elabo- tribuyen en el saber de la pedagogía lasallista como lo
ración inicial y sus posteriores reconstrucciones y adapta- muestra la Tabla 1.
ciones, sin olvidar su carácter nomotético, constituye un
buen ejemplo, al igual que los esfuerzos adelantados en el En esa línea, se podría plantear la existencia de peda-
siglo XX de la sistematización de experiencias en diferentes gogía lasallistas (en plural) y no de una única pedagogía
partes del continente. lasallista (en singular) lo cual conduce a pensar ¿qué es
lo universal de la pedagogía lasallista? Y ¿qué es lo local
En síntesis, el hecho que los lasallistas puedan preguntar- o variable? de acuerdo a las diversas culturas o grupos
se por la comprensión de pedagogía invita precisamente humanos a donde ha llegado. Del mismo modo, se podría
a establecer los modos de articulación interna y devenir realizar un acercamiento a preguntar dentro de la red
histórico que entran en diálogo con las corrientes de otras conceptual ¿qué conceptos hacen parte de la pedagogía
disciplinas, otras pedagogías, otras formas culturales y católica y cuáles serían propiamente lasallistas? Ya que
científicas de pensar el hecho educativo. siendo parte de éste primer grupo puede presentar va-
riaciones como lo demostraron Díaz y sus compañeros
(2006) para el caso del Lasallismo en Colombia.
2.2 ¿Qué es lo lasallista en la Pedagogía Lasallista?
Rangel & Weschenfelder, 2010 que actualmente está latente en los ambientes
personal
Celo Rangel & Weschenfelder, 2010 educativos y que es una opción que aglutina hoy
a los pedagogos: la de una sociedad que se es-
Rangel & Weschenfelder, 2010; Henge-
Centrada en el alumno fuerza por aprender. (Francois Cros & Francine
Pedagogía Lasallista
müle, 2009; Alcalde, 1961
Ligada a la vida Hengemüle, 2009
Vaniscotte, 2012, p. 72)
Hengemüle, 2009 ; Fraterna, vida en co-
Eficaz y eficiente mún, asociación Rangel & Weschenfelder,
El pasar del enfoque de “enseñar” al “aprender”, se con-
2010; Hengemüle, 2009; Quiceno, 2004 vierte en un reto importante para la Pedagogía Lasallista
Hengemüle, 2009; Instituto de los Herma- debido a sus raíces históricas ancladas en modos de en-
Abierta al mundo señanza centradas en el silencio, la escucha, la figura del
nos de las Escuelas Cristianas, 1976
56 Simplicidad y humildad Rangel & Weschenfelder, 2010 maestro como poseedor del conocimiento, y contenidos 57
Pedagogía de
universales preestablecidos. Estas características contras-
Alcalde, 1961 tan con las nuevas valoraciones del conocimiento, el em-
La abnegación
Quiceno, 2004; Chico, 1988; Instituto de pleo de las nuevas tecnologías, la atención a la diversidad y
Pedagogía de la fe los Hermanos de las Escuelas Cristianas, el acento en el aprendizaje dado no sólo en la escuela sino
1976; Alcalde, 1961 en la sociedad en general.
Salvación C. Díaz et al., 2006 ; Orden Norodowski, 2007
Vigilancia y silencio Norodowski, 2007 En este punto el Hno. Cledes Casagrande (2012) nos pro-
Pedagogía de la contem-
pone la relación de la Teoría Comunicativa con la Pedagogía
Alcalde, 1961 Lasallista, develando como el aprendizaje y el conocimien-
plación en la acción
Pedagogía de la santidad Alcalde, 1961 to crean nuevas relaciones y son fruto desde nuevas posi-
El realismo cultural Alcalde, 1961
ciones que implican directamente el diálogo entre sujetos.
Optimismo pedagógico Alcalde, 1961
Es importante tener en cuenta que el conocimien-
Rangel & Weschenfelder, 2010; Chico, to de algo que está siempre ligado a un contex-
Pedagogía del corazón
1988; Pungier, 1987; Alcalde, 1961
to de la experiencia lingüística y comunicativa a
Rangel & Weschenfelder, 2010; Quiceno,
Predilección por través del cual los sujetos que intervienen en una
2004; Chico, 1988;Pungier, 1987;Instituto de
Los pobres
los Hermanos de las Escuelas Cristianas, 1976 situación interactiva, son capaces de justificar
discursivamente la validez de lo que están dicien-
Tabla 1. Características de la Pedagogía Lasallista según do. La necesidad de justificación trae la noción de
autores. Estados y falibilidad provisional y conocimientos
asignados en el habla. El puente entre la verdad
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y la justificación del conocimiento puede ser es- lizar la educación escolar y un método que posibilitó la trans-
tablecido por el aprendizaje. Así, el proceso de misión racional de los contenidos (Norodowski, 2007, pp. 169
conocimiento no puede ser entendido como algo – 171) se ve en crisis ante un sistema que busca, en la ma-
lejano a temas que atraviesan la vida cotidiana yoría de los casos, responder por la pregunta de la calidad,
de las personas, porque el aprendizaje, la adqui- pregunta que pasa necesariamente por los procesos de cons-
sición de nuevos conocimientos y revisión de los trucción, deconstrucción y reconstrucción del conocimiento y
conocimientos de sentido común depende de la una valoración altísima del sujeto como individuo. Este nueva
experiencia de resolver los problemas cotidianos vertiente ubica al docente en una nueva posición de favore-
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que se presentan. Aprender algo implica superar cer la capacidad de crítica y autocrítica en su propio rol de
una explicación, una verdad, una creencia o un educador; la capacidad de mediar el acceso al conocimiento,
concepto existente de algo nuevo y mejor jus- su construcción y reconstrucción; el dar testimonio de vida;
tificadas y que mejor resuelve el problema o la y el comprender que la formación es para toda la vida y por
Pedagogía Lasallista
situación actual. En general, se abre, por tanto, ende su formación es continua (Casagrande, 2012).
una imagen que nos recuerda la temporalidad, la
falibilidad y el carácter del conocimiento procedi-
mental. (Casagrande, 2012) 2.4 ¿Cómo se entiende la comunidad en la Pedago-
gía Lasallista?
El acento en el diálogo de saberes, en este caso directo
58 entre los saberes del educando, los saberes del docente, 59
los saberes de una disciplina, los saberes de una cultura Desde la propuesta adelantada por el Hno. Patricio Boltón
se enuncia a la comunidad como característica esencial de
voto particular de los Hermanos en el “Juntos y por asocia- trategias de construcción de comunidad, el acompañamien-
ción” pero que hoy en día se ha extendido a los seglares que to, el liderazgo, las intencionalidades al respecto, debido a
se unen en la misión compartiendo un mismo carisma. Esta un contexto que promulga la individualidad, que propone la
nueva realidad ha conllevado a pensar la comunidad educati- objetivación de la persona, y estimula el consumo hasta de
va no desde una comunidad de consagrados sino una comu- las mismas relaciones; todo eso unido a un movimiento que
nidad abierta a diferentes niveles de compromiso en la mi- promueven la democratización de las Instituciones, la parti-
sión pero que buscan compartir una misma visión educativa. cipación directa y responsable en la toma de decisiones. De
ahí que preguntas tales, ¿cómo se toman las decisiones?,
Cuaderno(s) RELAL - MISIÓN
A este nivel, pueden surgir algunas preguntas de impor- ¿cuáles son los escenarios de participación?, ¿cuáles son los
tancia ¿cómo mantener una pedagogía Lasallista con cier- temas que se ponen en consideración a los miembros de la
tos elementos esenciales comunes a todos los lasallistas y comunidad?, ¿Cuáles son los mecanismos o dispositivos de
comunidades lasallistas?, ¿Qué estancias o quiénes pue- construcción de comunidad se establecen?, etc. pueden ser
Pedagogía Lasallista
den valorar algo como pedagogía Lasallista? ¿La pedagogía preguntas que jalen a la comunidad a repensarse a sí misma.
Lasallista es sólo aquello construido por el Fundador y los
primeros Hermanos? Estas preguntas conducirían precisa- Por último, ¿cómo se vinculan los nuevos miembros a la
mente a la necesidad de tener una comunidad académica comunidad Lasallista? Y ¿Cómo se renuevan los miembros
que permitiera la reflexión, la crítica, el ámbito de posibi- ya presentes en la comunidad?, este aspecto cobra espe-
lidades, y la escritura de aquello que denominamos Peda- cial importancia por lo denominado como procesos forma-
60 gogía Lasallista; que posibilite encuentros académicos que tivos dentro de una comunidad que implica el compromiso 61
analicen los nuevos retos y establezca comunicación con personal de sus miembros. Los procesos formativos en lo
nuevas teorías o disciplinas vecinas. profesional pero sobre todo en la subjetivación de la identi-
dad lasallista hacen relevante el pensar los miembros y las
Esta comunidad relevante que contempla, discierne y actúa vinculaciones a la comunidad desde unas características
sobre las realidades tiene varias dimensiones al presentar- propias tanto personales como colectivas. Estos dinamis-
se como internacional. Lo local y lo global, hacen parte de mos conllevan también a revisar la cultura y en especial la
una nueva realidad que en tiempos del fundador no existía cultura escolar como dinámica y susceptible a la transfor-
y que el Instituto de los Hermanos tomó plena concien- mación que tienda cada vez más a la comunidad propuesta
cia en la “Declaración del Hermanos en el mundo actual” por Jesús en el evangelio.
cuando dijo “La comunidad de los Hermanos no queda cir-
cunscrita a la casa en que viven. Se extiende al distrito y
al Instituto entero” (1976, Numeral 21). En estos nuevos 2.5 ¿Cómo se entiende la relación Pedagogía Lasallista
niveles ¿Cómo se pueden plantear las relaciones comuni- y evangelización hoy en día?
dad local lasallista y comunidad distrital o internacional la-
sallista? ¿Cuáles son las estrategias de comunicación entre Dentro de las diferentes intervenciones a lo largo del con-
los diferentes niveles? ¿Es posible la participación activa y versatorio se encontró la constante preocupación de la re-
directa en los distintos niveles? lación entre Pedagogía Lasallista y evangelización, no tanto
en la claridad de la finalidad de dar a conocer y vivenciar
Un punto nuevo que surge en la Pedagogía Lasallista es la el evangelio de Jesucristo sino en el cómo se desarrolla tal
forma de organización de las comunidades, sus relaciones proceso en el día a día. Algunos han planteado que la pe-
interpersonales, las espacios previstos de compartir, las es- dagogía lasallista por estar inscrita en una ética de máxi-
Región Latinoamericana Lasallista - RELAL Pedagogia Lasallista en Movimiento
propuestas de talantes religiosos como la propuesta Lasa- de Desarrollo Humano Integral y Sustentable dentro de los
llista. Estas leyes en algunas ocasiones, se ven reforzadas contextos donde se encuentran las escuelas lasallistas. Y el
por políticas de gobierno anticlericalistas que llegan a afec- Interno, que pregunta por la conformación del saber peda-
tar el servicio educativo. Todo este asunto ya lo plasmó La gógico y la constitución de una comunidad académica que
Pedagogía Lasallista
Conferencia de Obispos en el documento de Aparecida en el promueva, reflexione y ahonde en la estructuración interna
numeral 481 (2007) resaltando la necesidad de los conteni- de la propuesta pedagógica lasallista. Dos retos que plan-
dos religiosos como parte de la formación integral. tean desafíos a los lasallistas del presente y herederos de la
rica historia pedagógica de La Salle en el mundo entero. ●
Por último y el tema que más preocupa a los lasallistas es la
concepción del proyecto educativo como un proyecto evan-
62 gelizador. En la Guía de las Escuelas se entiende fácilmente Bibliografia 63
la propuesta de ser creyentes en la Iglesia y ser ciudadanos
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