Aviso logo que o post é mega grande! hahaha!
Ao meu redor, entre minhas primas, irmã e amigas, várias estão grávidas. E outras tiveram seus bebês recentemente. Atrelado a isso, tem essa minha vontade de ser mamãe em breve. Sendo assim, a conversa sobre parto tem sido corriqueira e natural nas minhas rodinhas de bate papo. O engraçado é que todo mundo fica meio espantado comigo quando descobre a quantidade de informações que eu já tenho sobre o assunto, achando incrível isso! rsrs! Na verdade, todo mundo devia procurar se informar, ler bastante, ter definições concretas ANTES de ter um filho, como eu estou fazendo, né? A bronca é que todo mundo só corre atrás de entender as coisas depois que os nenéns já estão na barriga e assim fica fácil ser "enrolada" por médicos e acabam fazendo o que mandam e não o que elas mesmas querem.
Pois bem, como eu disse, converso muito com todo mundo sobre partos. Sempre que eu posso, dou uma pescadinha pra saber como foi com uma e com outra, como alguma vai querer o parto e se já encontrou um médico legal que tope a humanização (é uma pena falar isso, mas infelizmente todo mundo sabe que é a realidade - hoje em dia tem que encontrar um médico que "tope" ser humanizado, quando isso deveria ser regra). E as experiências e opiniões são diversas. Conversei com minhas avós, mãe, irmã, sogra, tias, etc etc etc. Todo mundo com quem tenho oportunidade de falar sobre isso, eu falo. hahahahaha! É um exercício ótimo pra fortalecer as minhas opiniões e deixar uma sementinha de ideia na cabeça de algumas doidinhas também, rs!
Vamos falar dos partos de algumas das minhas queridas então? Minha avó paterna teve 11 filhos. Todos nasceram de parto normal, os 6 primeiros deles em casa e os 5 últimos em hospital. Perguntei à minha velhinha o porquê dessa mudança e ela me explicou que quando o 6 filho nasceu em PD, logo em seguida ela teve uma hemorragia grave e precisou ser hospitalizada. Só ela, porque o bebê ficou super bem. Ela se recuperou rapidinho, mas decidiu que os demais filhos nasceriam em hospital para o caso de acontecer algo inesperado. Imagino o quanto esse sangramento deve ter assustado ela, pois naquela época (década de 50/60) as coisas aconteciam de outras maneiras, as parteiras não tinham formação médica em si, era tudo na base da experiência de vida mesmo e nem sempre elas podiam resolver tudo. Mas a minha avó foi uma super guerreira que pariu 11 bebês de forma naturalíssima! Ponto pra vovó! hehehe!
Minha avó materna teve 7 filhos, e todos eles nasceram em casa, na mesma cama em que ela dorme até hoje com meu avô lindo! <3 Uma coisa curiosa que ela me contou foi que "o parteiro" (sim, era homem, hahaha!) era o AVÔ dela, imaginam? Ou seja, o meu tetravô era parteiro! hahahaha! Se fosse comigo, eu acho que teria vergonha, sei lá, mas ela disse que era super tranquilo porque ele era muito experiente e fazia o parto de todas as mulheres da cidadezinha e dos arredores! Então, o fato que mais impressionou (e essa história eu conheço desde muito menina) foi o parto em que minha mãe nasceu. Segundo ela, minha mãe estava "de cabeça pra cima", o que entendi que seria pélvico, rs! Imagina isso? Ela conta que na hora de empurrar o bebê, saíram os pés primeiro e ela entrou em pânico. Minha avó nem sabe dizer quantas horas passou nesse trabalho de parto e no expulsivo em si, mas disse que foi tempo suficiente pra ela quase ter um treco e fazer uma promessa pra uma santa (minha mãe se chama Maria do Carmo por isso). Segundo ela, depois de pedir muito a Deus, a neném finalmente "desceu" perfeita, sem nenhum osso quebrado e sem hemorragia pra mamãe. Coisa linda de viver! Depois disso os outros partos foram tranquilos (minha mãe é a 4ª filha). Mais uma vovó parabenizada! hehe!
Anos se passaram e os tempos mudaram. Quando minha mãe fez a última ultrassom, viu que euzinha aqui estava completamente enlaçada. O cordão umbilical estava com 2 voltas no pescoço e 1 no bracinho (yes, eu fui uma bebê muito traquina na barriga! hahahahaha!). Já imaginam o que aconteceu, né? Para o médico - que inclusive era amigo dela, pois mamy trabalhava na maternidade em que eu nasci - era uma cesariana na certa! Apesar da minha mãe querer um parto normal, o médico colocou logo medo, dizendo que poderia acontecer algo mais grave e que a cirurgia era o indicado no caso. Pffff! Hoje em dia a gente sabe que bebê enlaçado não é motivo pra cesariana, mas minha mãe era inexperiente e resolveu ouvir o conselho do amigo e foi pra faca. Maaaaaas, pelo menos ela esperou entrar em TP, a bolsa estourar e sentir as contrações todas, além de ter dilatação quase total antes de entrar no centro cirúrgico. Quando ela teve a minha irmã, já tinha definido de antemão que seria outra cesariana por causa do parto anterior. Balela, né? Falei isso pra ela! rsrs! Enfim, eu e minha irmã nascemos por PC, como boa parte dos bebês da década de 80.
Minha sogra também teve os seus dois filhos por cesariana. Mas o histórico dela era um pouco complicado. Ela teve 4 abortos antes de conseguir ter os bebês, precisou fazer cerclagem, teve pré-eclâmpsia e tudo mais. Foi uma vitória muito grande ela ter conseguido segurar a gestação até o final, foi tudo com muito repouso. Embora tenham sido cesarianas, no final das contas ela conseguiu ter os filhos tão desejados!
Eu já disse aqui que quando a minha irmã teve a minha sobrinha eu não estava no Brasil. Então não acompanhei tão de perto isso... Ela queria normal, mas um belo dia a bolsa estourou (ela não tinha nem completado 38 semanas ainda) e o líquido estava esverdeado. Mecônio. Correu pro hospital e ainda queria o parto normal, mas esperou algumas horas e não teve dilatação. Ficou com medo de esperar mais, pois o bebê poderia estar entrando em sofrimento. Resultado: cesariana. Não sei dizer se era mesmo necessária, gente! Como eu não estava aqui e ela mesma não consegue me dar informações mais precisas, fica difícil. Mas deu tudo certo, Letícia nasceu super bem! O problema é nessa gravidez de agora... Já que a primeira filha nasceu de PC, ela quer ter a segunda da mesma forma. Não teve conversa, dica, leitura ou filme que a fizesse repensar isso. Ainda estou trabalhando essa ideia com ela, mas ela decidiu que quer o ligamento das trompas e acredita que a cesariana é a melhor momento pra fazer isso. Tô na batalha com ela, vamos ver se muda de ideia! rsrsrs!
Quanto a mim, já devem ter percebido que eu quero um parto normal, né? Já estou buscando conhecer os médicos humanizados da minha cidade, quero tudo de uma forma natural e perfeita! Se as minhas avós conseguiram parir em tempos muito mais difíceis do que hoje em dia, por que eu não conseguiria? Eu quero, eu posso, eu consigo! rsrs! Quando chegar a minha hora, vai ser assim, se Deus quiser! :)
Beijos, meninas! E obrigada por terem lido até aqui! hahahaha!