Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Thursday, March 27, 2008

O AMIGO DA ONÇA...

Suponho que esta é a origem da expressão "Amigo da Onça". Será que foi memo assim? Podia ter sido... Aqui fica a visão Drfunkensteiniana.

Há muito, muuuuuuuito tempo...(sim, porque o "amigo da onça" já é velhinho, quiçá sempre existiu desde que o Homem é um ser gregário e social); atravessavam a floresta Amazónica, dois caçadores furtivos brasileiros, assim como furtiva era a visão que tinham de amizade um pelo outro. Por entre riachos e vegetação densa e húmida conversavam. Trocaram opiniões, experiências e aventuras de caça, sempre ao despique, tentando constantemente impressionar-se um ao outro. Um chamava-se Mateus, o outro Tadeu. Já tinham percorrido dezenas de hectares de selva e continuavam caminhando em busca do local onde começara a caçada. Tinham apanhado algumas aves e uma pequena capivara, mas seguiam com a desconfiança de algum perigo eminente e sempre presente naquele habitat selvagem.

Começou a escurecer e os ruídos da floresta transformaram-se. O som era menos intenso mas o efeito cada vez mais desconcertante. Ao mínimo ruído Mateus parava. Tadeu estremecia e suspirava de seguida, dando graças a Deus por cada minuto sem história e sem memória. Conclusão: estavam perdidos. A única solução era esperar pelo raiar do Sol da manhã, abrigando-se o melhor possível de tudo e qualquer precalço.

Pararam numa clareira e aí decidiram pernoitar. Encostados a um tronco largo, coberto de musgo, olhavam o escuro à sua volta. Constantemente as orbitas oculares percorriam o espaço da esquerda para a direita e vice versa. Pareciam assistir a um jogo de ténis mas não era a bola que seguiam mas sim os sons. Com as pálpebras e a íris dilatadas, a sua fisiologia preparava-lhes a visão nocturna. Podiam ouvir a respiração intensa e ofegante provocada pela humidade, mas sobretudo pelo medo e a necessidade de permanecerem despertos. Disso dependiam.

Passaram-se algumas horas e Tadeu decide quebrar o gelo.

-Mateus, tá acordado?
-O que é que cê acha?! - responde irritado pelo tom irónico do companheiro.
-Ué! Tá bom meu irmão, num tava zombando não. Olha, se agora aparecesse um ONÇA aí à sua frente o que é que você fazia??
-Uma ONÇA?! Pegava logo na espingarda e atirava no bicho.
-Então e se você esquecesse a espingarda em casa?
-Bem, nesse caso sacava da minha catana, e cortava-lhe o pescoço de um só golpe.
-Muito bem. Mas, e se você não tivesse consigo a sua catana?
-Nesse caso, pegava aqui neste punhal. Tá vendo? E espetava no pescoço do animal.
-Tá certo! Mas escuta aqui uma coisa. E se você também não tivesse esse punhalzinho??
Já irritado com as suposições de pirraça do Tadeu, Mateus responde:
-Dasssssssssse, chega pra lá moço agoirento. Mas você é meu amigo ou é "Amigo da Onça"??!!
Num mundo de amigos da onça, aquele que é mais feliz, tenho a certeza que é a Onça.
E já que estamos numa de caçadores, deixo aqui uma sugestão musical pra quem gosta de boa onda: Herbie Hancock - "Head Hunters".
Abraço do DrFunkenstein

Sunday, March 16, 2008

Assassinos da Música e afins...

É com muita desilusão que vos escrevo este post, pelas razões que podereis constatar mais abaixo. Apesar de não ser novidade e estar careca de saber que a música é uma fonte de sons, que combinados nas proporções ideais ou definidas e com uns pozinhos mágicos de arte, técnica e saber, produz composições melódicas quase infinitas. Se bem que me atrevo a retirar o "quase" pois acredito nessa fonte inesgotável de sons que provocam os delírios de tantos, os imaginários de muitos e grandes sensações em outros. Pra mim o Funk é o mais claro exemplo... mas sou suspeito. Provavelmente alguns já puderam assistir a algumas diarreias musicais nos meandros do ciberespaço, "cagados" regularmente em sites de vídeos, nomeadamente Youtube e outros. Para os apreciadores de boa música, a única reacção possível será uma gargalhada ou sorriso amarelo em homenagem aos que as produzem. Não quero com isto ser mal interpretado, pois valorizo, e muito, o espírito criativo por mais reles que seja. O que não signifique que valorize o conteúdo. Isso é outro assunto...

Um dos temas que sempre ficará nas minhas preferências é o Thriller do Michael Jackson, uma verdadeira obra de arte. Comparo-o com um Picasso ou um Salvador Dali da música. Eterno!! Mas quando uma obra é adulterada ou assassinada é como um quadro roubado, copiado toscamente e vendido na Conforama ou no Ikea. PROCURAM-SE OS RESPONSÁVEIS!!! Como seria de esperar, o povo mais copista da humanidade (não tenho rigorosamente nada contra os nossos irmão indianos, pelo contrário, sou fã da sua cultura) decidiu por mãos à obra. Agradeço-lhes as baterias dos telemóveis, os óculos de marca da kandonga, o software, os aparelhos electrónicos, etc, etc, mas ARTE é ARTE.

Vejam, seguidores do groove, o assassinato de um clássico. Até dá pena!!! AaaHHHH!!
No Tollywood, versão de Hollywood indiana, a produção da cena da 7ª arte e musical daquele país, produziu o famoso "Thriller" de Michael Jackson numa versão indiana com tradução de lucho e à letra... "Golimaar".



Mas nem só de cópias ridículas, o Zé Povinho nacional e internacional se diverte. Há aqueles que também se aproveitam do Youtube pra explanar toda a sua sexualidade, de forma exagerada por certo. Existem diversas formas bem mais interessantes, menos monótonas e descaradas de o fazer. Sou a favor da diversidade da livre opção musical, espiritual e sexual mas com franqueza, que o digam os amigos gays, se este vídeo tem qualidade. Antes um bom espectáculo de transformismo, uma teatralização temática, um filme cativante, uma canção com qualidade musical, um livro de referência ou um vídeo sensibilizador. Provavelmente com esta qualidade só será apreciado em circuitos fechados, o que é pena pois é mais um contributo gay contra si próprio, para uma visão de exclusão e rejeição a uma minoria com os mesmos direitos. Pessoalmente, um autêntico tiro nos pés, a favor da opinião pública insensível e descriminadora. E não me venham dizer que "é assim porque é gay". Isso é ridículo!! Basta ver os inúmeros exemplos da história da música. Excessos haverá sempre e em todo o lado mas seja como for há referências que permanecerão sempre nas nossas memórias...

Viva o Fredy Mercury, viva o David Bowie, viva o Boy George! Viva a qualidade.

Eis o vídeo mais gay e abichanado do Youtube de Samwell - "What What (in the Butt)" Que em bom português quer dizer: "O quê, o quê? No meu cú?!! Tá bem!!!


http://www.youtube.com/watch?v=fbGkxcY7YFU