Bom, para mim, dizer que o filme é mau, é um elogio.. Já é um elogio chamar a isto um filme português, feito pelos nossos, e que envergonha tanta outra sétima arte lusa como "Aquele Querido Mês de Agosto" ou "A Outra Margem".
Ainda estou para perceber como é que alguém não se apercebeu da asneira que fez ao rodar aquele filme, como é que na ante-estreia puderam dizer que o filme é óptimo e que Nicolau Breyner tem uma brilhante estreia na realização... Não tem não, é bom que volte à representação onde já é tão monótono, mas ainda assim, bom. Mas vou agora ser mais específico:
Cláudia Vieira disse numa entrevista, e toda cheia de orgulho, que o filme foi feito em 24 dias. É que ela própria mostra neste filme a sua escola representativa feita "à pressa", a sua escola "Morangos com Açúcar". Já Pedro Lima, mostra aquilo que é, um actor pouco versátil, sempre com a mesma cara, com os mesmos gestos, com as mesmas reacções, uma "seca" portanto. Sofia Aparício confirma que nunca devia ter optado por uma carreira de modelo e de representação. Eu cá não percebo muito de moda, mas tendo em conta o que ela faz neste filme.. Bom, chamar-lhe actriz é um erro. No entanto, uma medalha de ouro para as prestações de Vítor Norte, José Raposo, Nicolau Breyner, José Wallenstein e para a menina com Tricemia 21 que encantou o público. O problema é que as participações destes actores foram curtas, quando comparadas com o protagonismo (mal) atribuído a outros actores.
Quanto à história, simplesmente horrível de tão previsível que era. Um argumento fraquissimo, diálogos com deixas fora de tempo, interpretados com pouco ênfase pelos actores, uma história repetida e que desiludiu, e muito. A banda sonora tem poucas músicas. A principal é bastante boa, muito bem composta, mas a forma como é aplicada no filme é ridícula, o que deita tudo a perder. O filme é grande, é um sofrimento.. Nunca mais acabavam aquelas duas horas que retratavam uma produção de 24 dias feita à pressa, feita sem jeito nem dedicação. Quanto à realização de Breyner, volto a sublinhar que foi um fracasso, tendo em conta que todos os fracassos referidos anteriormente só terem acontecido com aprovação do realizador. Positivo apenas o facto de ter conseguido transmitir aquilo que pretendia, a ética e a moral entre a Máfia, mas de facto, é uma ideia repetitiva e gasta. A tentativa de "americanizar" o filme é triste, não façam isto outra vez, a sério.
Sei que está muita gente a afluir às salas para ver este filme, sei que muitos dizem estar muito bom. Mas por favor, vamos ser sinceros e esquecer que o filme é português, passar à frente, ao "Second Life" que vai levar com público muito mais exigente e chateado devido a este fracasso, apoiado claro, pela TVI, que consegue sempre ser o apoio das melhoras coisas.. Mas isso agora são outras conversas.
EXAME
Realização: 3/10
Actores: 3/10
Argumento/Enredo: 1/10
Banda Sonora: 3/10
Duração/Conteúdo: 1/10
Transmissão da principal ideia do filme para o espectador: 2/10
Média Global: 2,3/10
Crítica feita por Pedro Gonçalves
Informação
Ainda estou para perceber como é que alguém não se apercebeu da asneira que fez ao rodar aquele filme, como é que na ante-estreia puderam dizer que o filme é óptimo e que Nicolau Breyner tem uma brilhante estreia na realização... Não tem não, é bom que volte à representação onde já é tão monótono, mas ainda assim, bom. Mas vou agora ser mais específico:
Cláudia Vieira disse numa entrevista, e toda cheia de orgulho, que o filme foi feito em 24 dias. É que ela própria mostra neste filme a sua escola representativa feita "à pressa", a sua escola "Morangos com Açúcar". Já Pedro Lima, mostra aquilo que é, um actor pouco versátil, sempre com a mesma cara, com os mesmos gestos, com as mesmas reacções, uma "seca" portanto. Sofia Aparício confirma que nunca devia ter optado por uma carreira de modelo e de representação. Eu cá não percebo muito de moda, mas tendo em conta o que ela faz neste filme.. Bom, chamar-lhe actriz é um erro. No entanto, uma medalha de ouro para as prestações de Vítor Norte, José Raposo, Nicolau Breyner, José Wallenstein e para a menina com Tricemia 21 que encantou o público. O problema é que as participações destes actores foram curtas, quando comparadas com o protagonismo (mal) atribuído a outros actores.
Quanto à história, simplesmente horrível de tão previsível que era. Um argumento fraquissimo, diálogos com deixas fora de tempo, interpretados com pouco ênfase pelos actores, uma história repetida e que desiludiu, e muito. A banda sonora tem poucas músicas. A principal é bastante boa, muito bem composta, mas a forma como é aplicada no filme é ridícula, o que deita tudo a perder. O filme é grande, é um sofrimento.. Nunca mais acabavam aquelas duas horas que retratavam uma produção de 24 dias feita à pressa, feita sem jeito nem dedicação. Quanto à realização de Breyner, volto a sublinhar que foi um fracasso, tendo em conta que todos os fracassos referidos anteriormente só terem acontecido com aprovação do realizador. Positivo apenas o facto de ter conseguido transmitir aquilo que pretendia, a ética e a moral entre a Máfia, mas de facto, é uma ideia repetitiva e gasta. A tentativa de "americanizar" o filme é triste, não façam isto outra vez, a sério.
Sei que está muita gente a afluir às salas para ver este filme, sei que muitos dizem estar muito bom. Mas por favor, vamos ser sinceros e esquecer que o filme é português, passar à frente, ao "Second Life" que vai levar com público muito mais exigente e chateado devido a este fracasso, apoiado claro, pela TVI, que consegue sempre ser o apoio das melhoras coisas.. Mas isso agora são outras conversas.
EXAME
Realização: 3/10
Actores: 3/10
Argumento/Enredo: 1/10
Banda Sonora: 3/10
Duração/Conteúdo: 1/10
Transmissão da principal ideia do filme para o espectador: 2/10
Média Global: 2,3/10
Crítica feita por Pedro Gonçalves
Informação
Título original: Contrato
Ano: 2009
Realização: Nicolau Breyner
Actores: Cláudia Vieira, Pedro Lima, Nicolau Breyner