DIVAGAÇÕES DO NÃO
Não canto
Não divago
Não falo
Apenas permanece o silêncio...
Incomodado até à exaustão
Não! Fico quieto
Não me mexo
Não!
Será que penso? Ou não?
Não!
Apenas reflito
No não refletir
Mas se reflito... penso....
Que contradição!
Não. Não nego a reflexão
Mas... E a opinião?
Dou ou não?
Se é dia de negação
Devo estar calado pois então
E o silêncio não é afirmação?
Pode ser... ou não
Depende da situação
Que grande confusão!
Se me calo
Não sou livre
Nem dou azo
À liberdade de expressão
E calar não é opressão?
Amarras da saturação
E das ditaduras sempre à mão?
Pode ser que sim
Ou talvez não
Urge por isso por travão
A tudo o que impede a libertação
Não, não e não!
À corrupção
Ao desamor e desunião
E aos que não permitem
Que falemos com liberdade e emoção.
Por isso digo não!
E permaneço em silêncio
Com amor e devoção
Até haver a transformação
Da negação em afirmação
Daniel Braga
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