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domingo, 10 de julho de 2016

Euro2016 - Sofrimento até ao fim


Estive a passar férias em Porto Côvo, no parque de campismo da vila e aproveitei para ver alguns jogos do Euro de França na televisão do café do parque. Podia ver sozinho no apartamento, mas a emoção é maior no colectivo. No jogo País de Gales x Bélgica, apenas 5 pessoas a assistir, mas no jogo seguinte (Alemanha x Itália) o café estava repleto.


Como o jogo estava a ser muito táctico, peguei no caderno e comecei com alguns desenhos. Numa das mesas estavam duas jovens alemãs a vibrarem com as jogadas e o resto via o jogo com neutralidade, se calhar a apoiar mais a Itália para a Alemanha não passar.


A Alemanha esteve em vantagem e quase no fim um penalti por uma mão do jogador alemão Boateng. Termina empatado com o penalti marcado pelos italianos. A tensão começava a subir na sala no prolongamento.


Um grupo mais velho desiste de ver o jogo e com a chegada de outro companheiro instalam a mesa atrás de mim para o dominó. O prolongamento termine sem mexida no resultado e segue para os penaltis. As duas alemãs davam gritos por cada golo dos alemães e quase choravam com os falhanços e golos dos italianos. A certa altura todo o café via a marcação de cada penalti e depois olhávamos para as reacção das alemãs. Já torcíamos pela Alemanha em apoio ao sofrimento das duas raparigas. Terminou bem para elas.


Pela hora que escrevo este post ainda não sei o resultado da Final, mas espero que a equipa lusa traga a taça. A manhã começou bem com a vitória da Sara Moreira na meia-maratona dos Europeus de Atletismo em Amesterdão. Não tem o impacto do futebol, mas para mim dignifica muito o desporto nacional e motiva muitos a irem para a rua correr. 

terça-feira, 17 de junho de 2014

Frustração no Mundial


Na segunda-feira, tudo parado a ver o jogo entre Portugal e a Alemanha para o Campeonato do Mundo de Futebol. Esplanadas cheias em frente aos televisores. Vi um pouco da 2ª parte no Terreiro do Paço, quando Portugal já perdia por 3 e com apenas 10 em campo. Frustração geral. Até as raparigas da claque estavam de braços caídos a ver o massacre.
Claro que no fim do jogo surgem logo os protestos contra o árbitro, o calor, a hora...
Apenas tenho uma questão sobre a escolha da base de treinos escolhida - Campinas, no sul do Brasil e os jogos são no Norte. Implicam diversas viagens de avião e mudança de clima para humidades elevadas. Os alemães escolheram bem em ficar em Salvador, tendo mais uma semana de adaptação ao calor.
Claro que são estratégias, mas fazem parte deste jogo que emociona pessoas em todo o mundo e faz vender muitas cerveja. Veremos como corre o próximo jogo com os EUA.
Por enquanto os países ibéricos estão a sofrer com os do norte da Europa, mas os espanhois ainda têm uma coroação do novo rei para quinta-feira. Nós temos um piquenique na Avenida da Liberdade em Lisboa.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Maio Maduro Maio


Entramos em Maio com temperaturas mais altas e um "cheiro" a verão. Apetece apanhar sol. Já vejo muitos turistas vermelhos como camarões, de calções e chinelos. 
De chinelos começo logo a ver alguns portugueses nos centros comerciais. Parece que estavam no jardim a regar as plantas e foram chamados com urgência para ver umas leggings numa loja. Desde logo requer uma atenção maior no estado dos pés, do tamanho das unhas, ter o pé apresentável.
A venda de gelados aumenta logo e despacham-se os gelados mais velhos do ano anterior. Por isso peçam sempre um gelado da nova época.

Com este calor, a nossa cabeça relaxa mais e não reagimos tão depressa a saídas da troika ou aumento de impostos. Parece tudo mais longínquo, temos um mundial de futebol a querer começar (veremos!) e a praia torna-se muito mais atraente que a mesa de voto ou os cartazes que vão surgindo. O habitual.
Calcem os chinelos, comprem um gelado e aproveitem os passeios para saborear coisas mais simples como o entardecer ou som das gaivotas. Em Maio.

terça-feira, 25 de março de 2014

Os rapazes da revolução


Ao final da tarde passei pelo torreão poente do Terreiro do Paço, onde decorria a apresentação de um novo livro com o título "Os rapazes dos tanques" do jornalista Adelino Gomes e do fotógrafo Alfredo Cunha.Vi a entrevista deles no Público onde diziam que no 25 de Abril tinham 29 e 20 anos respectivamente. Neste livro quiseram ir atrás dos jovens militares de 20 anos que estiveram presentes naquele dia em plena acção.
Interessante ver os autores que eram jovens jornalistas na altura e que assistiram a estes jovens militares enfrentarem a pressão e a responsabilidade naqueles tanques militares. Um dos taques estava junto ao torreão como cenário e chamariz para quem quisesse espreitar.
Quando cheguei assisti a um desses "jovens", o antigo cabo Alves Costa a dar uma entrevista à equipa da RTP. Este antigo cabo nunca mais tinha voltado a Lisboa desde esse dia de 1974 e foi um mistério para o descobrir. O papel dele foi muito relevante no frente-a-frente entre as forças revolucionárias e as forças leais ao governo nessa manhã. Achei muito interessante a entrevista dele ao Público. Um "rapaz" inocente que ficou de frente para uma situação terrível e decidiu bem. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Futuro do Património do Passado



Estive a ler uma notícia do Público sobre a descoberta de um Baptistério Paleocristão em Mértola. Mais uma descoberta importante numa vila que é um exemplo de valorização do património em benefício da terra. Tem o Festival Islâmico de 2 em 2 anos que é um sucesso. São exemplos destes que devíamos aplicar noutras terras que têm património, mas que não está dísponível para o turismo e para usos culturais.

Casos como a Torre velha de S. Sebastião da Caparica que fica de frente para Lisboa, que faz parelha com a Torre de Belém e no entanto está toda degradada. 
Outro exemplo e que vejo diáriamente é de um edífico que fica na Baixa Lisboeta, perto da rua da Madalena e a caminho da Sé. Dentro do edíficio estão as ruínas das Termas romanas dos Cássios, com materiais de construção e sem acesso ao visitante. É lamentável que estes casos com potencial cultural e financeiro não sejam aproveitados. 
Vejo casos em Inglaterra com milhões de visitas aos principais museus e de tudo fazem uma atração que patrocina mais projectos e investimento.
Itália é outro país que vive muito da história e da arte. Incrível como tantos visitam a "varanda da Julieta" em Verona e trata-se apenas de uma personagem fictícia de uma peça de Shakespeare. Mas a cidade soube valorizar o facto e o turismo compensa.

Podem-se fazer mais hoteis e restaurantes, mas se não houver nada para se ver não vale a pena vir. A questão, acho, não é tanto financeira mas de união de esforços entre diversas entidades, criar itinerários, promover um conjunto que puxe tudo para uma ideia. Pensamos em cidades portuguesas, mas tudo em separado - Gastronomia, Pintura, desportos radicais, caminhadas...

Há muito trabalho a fazer. Começa agora.

Desenho: Pousada de São Filipe em Setúbal, antiga fortaleza do século XVII.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Verão quente... de 2013!


Ontem a notícia era a demissão do Vitor Gaspar e a nomeação da nova ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. Diáriamente passo pelo ministério das finanças, uns dias há manifestações noutros a visita da troika. Desta vez as câmeras apontavam a porta de saída do ex-ministro.
Um trabalho de paciência, com horas à espera da passagem fugaz de um BMW com um ex-ministro lá dentro e um directo para o jornal das 20h a falar durante 2 minutos. Mas é interessante ver o relacionamento entre as equipas das diferentes estações de televisão. Com horas à espera, vão-se conhecendo melhor e quem passa vai olhando para o arsenal.
Hoje o Paulo Portas também pediu demissão.
Parece que passamos a vida a ver sempre o mesmo filme, como o Bill Murray no "Feitiço do tempo".

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Um Carnaval diferente


Terça de Carnaval a trabalhar. Não me lembro de me acontecer isto, mas não vejo qualquer problema. Há trabalho e o tempo está meio frio e molhado. O problema coloca-se quando vários serviços estão a meio gaz e não são assim tão poucas as pessoas que trabalharam hoje.
Assim, a ligação fluvial entre o Barreiro e Lisboa funcionou hoje com o horário de sábado. Em vez de barcos com 10m de intervalo, tivemos 30 minutos de espera entre cada viagem. Soube-me bem não pagar o estacionamento, mas já não pude entrar no barco que queria, por ter lotação esgotada. Paciência e mais meia-hora. Depressa a estação fluvial foi enchendo até fecharem a entrada por nova lotação completa bem antes da chegada de novo barco. Protestos, reclamações com os seguranças e logo algumas pessoas passaram por baixo e por cima dos torniquetes. É mais fácil quando são muitos a fazer. Alvoroço e comunicação com a empresa. Um barco extra para recolher o excesso de passageiros. Ao final da tarde, mais calmo e também muitas pessoas.
Portugal continua a andar em 2 velocidades. A falta de organização piora quando para uns, hoje foi sábado e para outros terça-feira. Por mim, o feriado continuava a existir. Não é por isto que perdemos competitividade com outros países. E quando os outros param para comemorar o dia do Armistício ou outras coisas, a produtividade cai?
Reflitam antes na baixa natalidade e no avanço de algumas tecnologias.
E hoje ainda é dia de Carnaval!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Arriscar no estrangeiro

Todos os dias a ser bombardeado com notícias da crise, vou-me interessando em ver outros aspectos que se vão falando. Um deles é o da emigração dos portugueses.
Vi uma reportagem numa televisão sobre os problemas de cidadãos nacionais em problemas em Inglaterra e na Suíça. Os casos que vi eram da construção civil, que devido à falta de obras em Portugal, resolveram tentar a sorte fora.


A reportagem acompanhou um homem num expresso com destino a Genebra, na parte francesa da Suíça. Tinha pago o bilhete de transporte, estava a ser entrevistado sobre as condições que esperava e apenas com 60 euros no bolso. Não sabia falar francês, mas tinha um contacto que lhe prometera um trabalho razoavelmente bem pago. Cheio de esperança, desce no destino e tem logo o apoio de um português que vive há muito lá e estava a ajudar recém chegados. Tentaram logo telefonar numa cabine e o contacto dava impedido. O homem soltou logo uma série de asneiras e no olhar o desespero surge de repente. Sozinho, sem saber a língua e sem dinheiro para comprar um bilhete de volta.


Há o risco mas também há que ter um plano B para o caso de algo falhar. Nesta altura até nesses países há desemprego. E sem qualificações, nada o vai distinguir de um espanhol, um italiano ou de um grego nas mesmas situações. É o desespero que vem ao de cima.

E o sol continua. Sem chuva à vista. O verão vai mesmo ser quente e seco. Como em 1975?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Filas de espera

E continuamos com os dias quentes. Não dá para andar muito na rua. Logo de manhã chego ao trabalho com uma pinga a escorrer pelas costas. Assim, continuo a usar o metro apesar destes dias em que apetece passear pela baixa.


Diáriamente, vejo as filas de miúdos na estação do metro da Avenida que esperam para tirar o passe até aos 18. As caras deles impacientes, com o segurança a ir a todos ver se os papeis estão ok. Ao final da tarde, a fila preenche o corredor e alguns ficam sentados no chão. Outro dia já havia um tipo exaltado, se calhar a pensar que algum teria passado à frente. Fez-me lembrar as filas para a cantina na faculdade. Enquanto esperava, havia sempre algum conhecido que me via e se "encostava" à conversa. E lá passava uns quantos. Também fazia o mesmo, por isso não ficava a perder. O espírito de entreajuda e chico-espertice. O pior é quando isto se aplica em vários sectores do país. Alguns exaltam-se e outros aproveitam os conhecidos.
Amanhã lá estarão mais uns miúdos à espera.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Pensamentos a 25º com vento

Devem ter descido o rating ao mês de Julho. Há muito que não via um mês de verão com tão baixas temperaturas e frio à noite. Até parece de propósito. O negócio está mau para as esplanadas e bom para o chá e torradas. Agosto vai ser diferente. É sempre diferente.


Tenho visto com alegria o final do "Peso pesado". Há ali muito esforço compensado com melhoria da qualidade de vida e alterações físicas evidentes. Tirando o facto de ser um jogo, observo que um estágio como aquele funciona muito bem e os resultados estão à vista. Mas saíndo da quinta, como será ao voltar à rotina diária, a alimentação e o exercício? Ali é como se fosse uma escola e para o futuro está na cabeça de cada um. Provavelmente alguns voltarão a engordar um pouco, mas a lição está ali. É preciso esforço e trabalho para alcançar os objectivos. Assim, teremos nós de fazer para "emagrecer" a dívida do país. O problema também se coloca que não temos todos o mesmo "peso". Tudo para a passadeira!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Semana pascal

Não assisti ao jogo de hoje da Luz, mas reconheço que o FC Porto está a revelar uma mentalidade ganhadora e capaz de ultrapassar as dificuldades. Com uma desvantagem de 2 golos, conseguiu ganhar por 3 a 1 contra o SL Benfica. Contrariando o ambiente político-económico do país, tem sido uma equipa que mostra unidade e resultados com uma boa liderança que apesar de jovem tem dado frutos.


Felizmente há bons exemplos que possamos seguir. Ultimamente, a nível político tem passado para a "plateia" uma ideia de incapacidade, interesses pessoais e alheamento face à realidade. Torna-se dificil fazer um esforço em conjunto com tão fracas lideranças políticas. E não só a nível nacional, a desorientação é europeia.

Esta semana também fiquei a conhecer um estudo nos jornais, de que há uma teoria em que a "Última Ceia" foi a uma quarta e não a uma quinta-feira, como ficou para a história. Para mim é um absurdo pensar que haja quem gaste tempo a pensar nestes pormenores. Se eu soubesse que Vasco da Gama chegou à Índia às 15h40 ficaria mais satisfeito? Este ano os miúdos ficam a saber que o 25 de Abril foi a seguir à Páscoa.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Páscoa de Abril

Este ano por causa de uma série de factores astronómicos, a Páscoa chega mais tarde e encosta ao 25 de Abril. Costumo vivenciar os 2 períodos distintamente, com curiosidade histórica por ambos. Se pela Páscoa gosto das tradições e pelos documentários sobre a vida no tempo de Cristo, pelo 25 de Abril gosto de conhecer os factos da época, o espírito da altura e como nós portugueses ultrapassámos as dificuldades do fim de uma ditadura e uma descolonização expresso.


Este ano é um mix de sentimentos e vai ser dificil saborear bem os 2, mas penso que a salada de notícias dos últimos dias sobre o FMI, me farão lembrar dos outros assuntos. Enquanto não houver novo governo, vai ser só boatos, falsas notícias e nenhuma decisão. Acalmem-se, comam um pouco de folar e andem com o cravo na lapela. Mais calmos saberemos decidir melhor para o futuro. Para já, soube que temos 3 equipas nas meias finais da Liga Europa. Parece-me um bom sinal para olharmo-nos com mais orgulho.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ver o futuro lembrando o passado

Alguns de nós sentimos às vezes que o que já passou é passado, não tem interesse e que temos de olhar para o futuro. Mas é curioso como por vezes analisando factos do passado, descobrimos o futuro. E aí se torna mais fácil, conhecendo os erros do passado. Estou errado?


Capa do Diário de Lisboa de 18 Julho de 1983. Era muito novinho para perceber o que se passava.

Imagem retirada daqui.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Censos que informam

Este fim de semana preenchi os Censos 2011 na internet, antes que me esquecesse. No dia a seguir vi que tinha cometido um erro ao preencher o questionário sobre a minha filha que tem pouco mais de 1 ano. Quando cheguei às questões sobre se conseguia vestir-se ou tomar banho sozinha, respondi que não e não entendia a questão sobre uma pessoa com tão pouca idade. Disseram-me que devia ter lido as instruções e responder tudo sim nesse questionário. Continuo a não entender porque precisam dessas informações. Mais à frente tive de responder que ela não sabia ler nem escrever. Não seria melhor o questionário estar vedado nessas questões?


Outra informação que não entendi é o pedido dos nomes das pessoas que compôem a família. Querem saber os nomes de toda a população? Procurar laços familiares pelos apelidos? Além de que pedem os números de telemóvel e e-mail. Iremos passar a receber newsletters do INE?
Se calhar sou eu que penso demais, mas continuo a achar estranho. Pelo menos só iremos preencher outro em 2021. Imagino algumas das questões nessa altura:
- Ainda fala e escreve em português corretamente?
- Onde se encontrava às 0h00 do dia 17 de Junho de 2018?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Conversas imaginadas 2

Parece que este ano todos sabem o nome do vencedor do Festival da Canção. Não conheço a música, mas tem feito um alvoroço na Net. À nossa maneira, vamos tentando ser um pouco rebeldes e a querer que alguém parta a loiça toda. Andamos enebriados com as revoluções do Magrebe. E alguns tentam que o mesmo aconteça por aqui.

Os "outros" é que ficam sentados e acomodados. "Nós" somos dinâmicos e prontos para revolucionar tudo. Pelo menos nas opiniões. Muito gostamos de conversar e discutir. Será que os tipos vão cantar na Alemanha?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Num dia separados e no outro juntos.

Ontem foi feriado nacional, o 1º de Dezembro. Uma homenagem aos nobres que em 1640, se revoltaram contra o governo do Filipe IV de Espanha. A partir dessa data deixámos de estar integrados no império espanhol. Para nos lembrarmos dessa separação e da independência que tanto apreciamos, anualmente, festejamos este dia com as compras de Natal e uma ponte se o feriado fôr à quinta-feira. Poucos devem pensar no significado do dia, mas como é feriado, tudo bem.



Hoje, dia 2 de Dezembro, os primeiros-ministros de Portugal e Espanha, estão juntos em Zurique para mostrar como somos 2 países amigos e capazes de realizar um evento mundial. Curioso como no dia a seguir a homenagearmos os dissidentes, estamos ansiosos para que os nossos dois países sejam os vencedores da escolha da organização do Mundial de Futebol de 2018.
Tantos séculos depois da imagem que temos de Espanha, cada vez mais nos viramos para eles para conseguir alguma presença a nível mundial. Em tempos de crise, há quem pense em juntar esforços para uma União Ibérica, outros pensam que nos safamos melhor sozinhos e mais pequenos. Veremos o que nos reserva o futuro e o qual o motivo para termos TGV para Madrid. Ainda há razão para comemorar o 1º de Dezembro?

Logotipo daqui.
Mais informação sobre os outros candidatos aos mundiais de 2018 e 2022.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Falta-nos confiança para fazer coisas bonitas

Assisti um pouco ao jogo de hoje, entre Portugal e Espanha e gostei. Portugal deu 4 à selecção campeã da Europa e do Mundo. O jogo no âmbito de uma campanha para a realização em conjunto, do Mundial 2018/2022, fez-me ver que com uma equipa confiante os resultados aparecem.

A equipa tem algumas alterações, especialmente no líder e foi o suficiente para mostrar o gozo, a paixão que aqueles jogadores têm para jogar em conjunto. No Mundial, a confiança, a desorientação não estava na África do Sul e sofremos para saír de lá com alguma dignidade.


É um pouco essa a visão que temos de passar para o resto. O que este país ainda consegue fazer para se elevar do buraco que nos colocámos, quando tudo parecia fácil. Agora é necessário, procurar os melhores líderes e fazer funcionar a equipa que todos somos. Por enquanto somos um conjunto de pessoas, com ideias diversas, muitas acusações e disparos para todos os lados. Precisamos de estar virados para o mesmo lado e pensar neste país com alguma confiança.

Acabo esta noite cheio de ideiais, que de manhã já se sumiram. Mas alguma coisa fica e acho que temos equipa para continuar a jogar sem a intervenção de equipas estrangeiras. O FMI não é um personal trainer, somos nós que temos que nos pôr em forma.

sábado, 6 de novembro de 2010

Parar para observar

Andamos todos na discussão sobre o problema do país, da crise, dos políticos... Isso é uma coisa que os portugueses sempre fizeram bem - Discutir. Podemos passar horas a discutir um jogo de futebol ou em reuniões de condomínio, mas as decisões não aparecem. Falamos, falamos, falamos.


Lembrei-me disto por causa de uma crónica da Helena Matos, no jornal Público da passada quinta-feira, dia seguinte à votação do Orçamento de Estado.
A crónica a certa altura referia-se à visita do Presidente da China a Portugal este fim-de-semana, com uma estória sobre 9 portugueses que estavam presos na China em meados do século XVI.
A estória que surge no capítulo 115 do livro Peregrinação do Fernão Mendes Pinto, refere-se a 9 homens que estando presos não se lembraram de melhor que discutirem sobre quem "tinha melhor moradia na casa de el-rei nosso Senhor, se os Madureiras se os Fonsecas". É curioso como ainda mantemos o vício de arranjar discussões sem nexo com os problemas actuais à nossa volta.
Com o Porto x Benfica e o caso "Face Oculta", duvido que este fim-de-semana alguém se lembre da razão da visita do Presidente da China ao nosso país.
É melhor parar para observar e pensar no futuro.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Conversas imaginadas 1


Pego nos desenhos que faço diáriamente na travessia do Tejo e por vezes acrescento algumas coisas que vão pelo meu pensamento. A coitada da senhora ficou com o a minha questão sem saber que lhe fiz isto.

Anda meio mundo a pensar na crise. Outro dia ouvi 2 tipos a falarem em emigrarem para a Suiça. Cada português que emigra é menos um elemento desta equipa nacional e mais uma "exportação".
Nos piores momentos aparecem ideias, soluções e até líderes, que escasseiam.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Desertificação do interior


Estas fotos são da linha do Sabor, perto da última estação da linha do Douro, no Pocinho. A ponte está toda ferrugenta e a linha cheia de mato e as madeiras podres. É pena porque é uma viagem lindíssima e não há investimento para uma linha que ia até à fronteira com Espanha. As linhas vão fechando porque há menos utentes e que por sua vez vão ficando mais isolados no interior.


O interior está a ficar vazio. Na sexta passada li sobre o fecho de 701 escolas do ensino básico e parece-me que não vão ficar por aqui. Se não há população suficiente, não vale a pena manter escolas vazias. Mas a descida da natalidade e a saída para a emigração estão a começar a chegar ao litoral. Também vi na lista escolas que não ficam no interior, mas nos centros das cidades onde também vai havendo menos gente.
Por este andar, qualquer dia as faculdades vão a casa convidar os futuros alunos para preencher vagas. Não estou a ver grandes mudanças no futuro.

Recomendo este blogue com imagens das estações e linhas que já fecharam em Portugal. Uma aventura no interior do país.

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