Hoje trago-vos algo surpreendente. Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa fria e muito pouco romântica, por isso deve ser muito improvável para vocês que eu tenha a música que segue na cabeça tantas vezes. É uma balada romântica, sim senhor, e daquelas bem poderosas. Ora cá vai: Taras e Manias, do Marco Paulo.
E porque é que eu gosto desta música? Ora bem, como uma vez li no Menino de sua mãe: As histórias de amor parecem ser outra coisa: nunca ninguém falou da tesão de Romeu por Julieta. Mas ninguém duvida que ela tenha existido pois não? "Taras e Manias" é sobre isso mesmo: é sobre a tesão que vem acompanhada de qualquer paixão assolapada. Existem muitas baladas sobre o amor, mas existem poucas sobre cambalhotas (pelo menos, que vinguem nas playlists). Uma pessoa ouve um disco do Tony Carreira e aquilo é sempre a mesma conversa, mas o Marco Paulo chamava as coisas pelos nomes!
Já não me lembro da primeira vez que ouvi esta música, sempre fez parte da minha vida, da mesma maneira que já nem me lembro da quantidade de vezes que ela começou a tocar numa festa da aldeia e eu me pus automaticamente em sentido e gritei com emoção
"E mexe, remexe se encosta, se enrosca
Se abre se mostra pra mim
Me agarra, me morde, me arranha,
Não mude que eu quero você sempre assim"