Os sonhos são como a criatividade, quanto mais se sonha e se conta, mais sonhos aparecem.
Hoje foi fuga novamente, antigamente eu apenas fugia. Atualmente eu tenho tido mais êxito em cada fuga.
Hoje foi diferente, porque a cidade havia sido tomada por homens que estavam ali para chacinar, matavam quantidades enormes de pessoas, porque “as pessoas não são nada”. Eu procurava fugir, sentia muito medo, a morte estava rondando, a qualquer instante, o fogo poderia vir contra minha vida. Mas vi que eu não deveria fugir da cidade, cuidando apenas de mim.
Fui parar na casa de uma pessoa, quando chegaram várias outras pessoas fantasiadas, era festa à fantasia. Chegou também Evandro, o meu namorado, com um óculos engraçado, meio gangster, e depois ele saiu.
Felipe, meu irmão, também não teve medo de ir às ruas, e encontrar com assassinos, ele foi, como se vai numa segunda feira, para um novo dia de trabalho.
Os malvados foram reduzindo nosso espaço, mais ou menso como com os judeus no campo de concentração. Iam destruindo tudo, botando fogo, desfazendo construções. Eu estava num pátio, e ainda tentei fugir, mas voltei, e fiquei ali com tantos outros, sem saber o que aconteceria conosco.
Ali eu fiquei sabendo, que o Evandro e um colega mais velho falaram para o chefe da gangue, que aquele velho, era o pai dele. E no final, o chefão se emocionou, e o comentário era que “o problema do chefe era o pai”. O bandido estava comovido ao encontrar aquele que o deixara ainda pequeno. A frase era “ o problema dele é o pai”
Receei que o malvado descobrisse toda a farsa.
Depois alguém me falava que o importante naquela situação, era que fossemos solidários uns aos outros, e mais uma vez eu entendia, que eu não deveria mesmo ter fugido.
De certa forma o Evandro junto com o colega estavam colocando suas vidas em risco, para salvar toda a cidade. Fez papel de herói no meu sonho. E eu fiz bem, de não abandoná-los. Imagina que desonra, enquanto ele frente a frente com o assassino tenta salvar a todos, eu sozinha fujo cheia de medo e egoísmo! Ainda bem que eu fiquei.