Foto do autor do texto
Foram todas inúteis as esperassuspensas de um relógioa derramar o tempo sobre a ansiedadevesti a minha alma com o melhor fatocalcei com sapatos novos a minha vontadee ali fiquei à espera de Julhoo mês das cerejasque trarias às mãos-cheiasera Dezembro ______ ali fiquei como uma estátuaquando me removeramderam o meu nomeao beco onde vivia.
Um verdadeiro drama ,L
ResponderEliminarAcontece nas melhores famílias (como dizem aqui), há esperas que não resultam em chegadas...
Nada que não se cura na outra colheita de cerejas, não ?
Abraço e boa noite
Talvez as cerejas e o seu portador não cheguem a tempo.
EliminarUm abraço.
pensando positivo,M
Eliminarnenhuma chance de errar e ' às mãos cheias' :))
Muito bem, esperemos então pelo tempo das cerejas.
EliminarÉ uma reflexão sobre o desgaste emocional e a impotência diante de uma espera interminável e sem resultado.
ResponderEliminarA fotografia do beco onde vivia é linda demais.
À espera de Godot.
EliminarA expressão “à espera de Godot" é um símbolo de espera vã e de uma busca sem realização, refletindo a temática do absurdo e da incerteza que é característica da obra de Beckett — como também do autor deste poema.
EliminarDe acordo.
EliminarVivemos com a esperança de que tudo volte ao sítio, que tudo se resolva amigavelmente e depois... o depois pode ser muito vazio, muito doloroso...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Muito mais tarde até parece impossível ter ficado à espera.
EliminarUm abraço.
As esperas do quer que seja são tramadas e este poema diz tudo! A foto é linda e gostei muito!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Não é verdade "quem espera sempre alcança".
EliminarBom Dia
Um abraço.
Boa noite,Caro Amigo Pintor/Poeta e Fotógrafo
ResponderEliminarO poema é profundamente melancólico e carregado de imagens poéticas que evocam a passagem do tempo e a espera inútil. A metáfora do relógio que "derrama o tempo sobre a ansiedade" e o eu lírico que "veste a alma com o melhor fato" são marcantes, criando um contraste entre a esperança e a desilusão. O uso de Julho como símbolo de abundância contrasta com o frio Dezembro, acentuando a solidão final.
O desfecho, ao nomear o beco, sugere imortalização e esquecimento, um toque enigmático que reforça o mistério. Apenas consideraria ajustes no verbo "removeram", para suavizar o impacto, e repensar os sublinhados para integrar melhor à fluidez do texto.
É uma peça forte, visual e reflexiva, que prende o leitor no entrelaçar do tempo e das esperas frustradas.
Um trabalho poético muito bom.
A foto está em completa sintonia com o Poema.
Continuação de boa semana.
:)
Esclarecido comentário como habitualmente. Presto muita atenção às suas interpretações.
EliminarMuito Obrigado.
Um abraço.
Gosto da composição poetica, mas a falta de concordância gramatical arrepia-me.
ResponderEliminarNenhum poema a justifica...
Quanto à foto é bela e carismática, essas ruas sem sol foram nichos de tuberculose e de raquitismo por falta de vitamina D...
Tudo de bom.
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Com as minhas desculpas não consegui encontrar as discordâncias gramaticais, erro meu admito.
EliminarAgradeço o seu simpático comentário.
Um abraço.
Há falta de concordância entre o artigo e o substantivo... Seria 'o mês'...
EliminarAcho um erro flagrante muito vulgar no Brasil.
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Certo, agora encontrei. Foi gralha, não foi de propósito.
EliminarObrigado