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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Na hora da despedida

O inimitável Tristão da Silva volta aqui com mais um dos seus fados inesquecíveis

Aqui canta uma letra de autor desconhecido para a música do fado puxavante que grande polémica tem sobre a sua autoria


Quando o lobo desce a serra
na fome que a neve traz
não há nada que resista
à sua fome voraz

Falar-se de honestidade,
é bom para quem muito tem,
mas da serra da verdade
todos são lobos também

É lobo aquele que na gloria
quer um trono requintado
foi lobo aquele que na história
teve um lugar demarcado

Quando a a fome bate à porta,
do honrado cidadão,
não é homem mas é lobo,
se não é lobo é ladrão

Nesta alcateia de lobos,
a que chamam sociedade,
não há lugar para todos,
nem para os que falam verdade.




sexta-feira, 4 de junho de 2010

Engraxador


Um fado muito antigo de autor desconhecido e que vale por isso mesmo como recordação, porque obviamente a letra se encontra absolutamente descontextualizada dos tempos de hoje

A voz é de Maria Lisboa uma fadista "desaparecida" das lides e que começou a sua carreira como Milú Mendes. Alguém sabe dela ?

Se eu pudesse com a luz minha
dar luz à minha mãezinha
que bom seria meu Deus
cegou para me dar à luz
e hoje por sua cruz
não tem luz nos olhos seus

Era a suplica dum filho
ao ver os olhos sem brilho
da mãe que tanto adorava
põe ao ombro a tosca caixa
mas antes de ir para a graxa
beija a mãe e então parte

Na rua alguém o chamou
a quem o petiz engraxou
e lhe diz sem artifícios
quem diria rapazinho
que tu assim tão miudinho
já sabias o oficio

Diz o pobre em voz serena,
o ver brilhar faz me pena,
eu queria cegar também,
ponho o calçado a brilhar
mas brilho não posso dar
aos olhos de minha mãe

Disse o freguês ao garota
Deus ouviu o teu pedido
porque a tua alma é bela
se tua mãe é ceguinha
porém não é sozinha
também és cego por ela


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Amor ausente


Falar de Ricardo Ribeiro, é muito fácil basta dizer "Talento" e repeti-li até à exaustão.

Muito jovem ainda mas já um nome importante, que não deixou de se impor, desde que duplo vencedor indiscutível da Grande Noite do Fado, em juniores e em seniores, começou a sua carreira, nessa local de eleição, onde nascem fadistas e outros se reafirmam, o Restaurante "Os Ferreiras" em Lisboa, pela mão do saudoso Fernando Maurício, que muito o apreciava.

Aqui canta uma letra de Autor desconhecido com musica do Fado Solene de Alberto Correia

Já não vejo o sol nascente
é noite dentro de mim
eu vivo de amor ausente
minha noite não tem fim

Tantas noites sem te ver
tantas preces faço a Deus
que me importa assim viver
se não vejo os olhos teus

Neste maldito desejo
de te querer e de gostar
podes crer se não te vejo
não vejo a noite passar

A noite que me enlaça
a tristeza de te querer
enquanto a noite não passa
passar sem ti é morrer