30 de abril de 2011
Temporal
29 de abril de 2011
Felizmente o casamento é hoje
27 de abril de 2011
Acabei o "Out of Africa"
25 de abril de 2011
São rosas...
23 de abril de 2011
Páscoa Feliz!
Apesar da chuva. Apesar das contrariedades que estamos a atravessar. Apesar do apesar:
BOA PÁSCOA! Porque há sempre o bom que merece celebração.
21 de abril de 2011
Hoje foi um dia bom
Escrevi a ouvir música. Uma coisa tão banal e quão distante dessa banalidade eu tenho andado. Ouvi coisas que já não lembrava ter. É como se, aos poucos, fosse recuperando a minha vida e quem eu era. O divórcio nas suas burocracias tem-me consumido, esgotado e penso-o uma forma de bullying negligenciada pela sociedade e calada por quem a sofre. A profissão tem sido um escape e, simultanea e paradoxalmente, algo que me engolfa e me retira Tempo para o ócio da escrita. Depois sobreveio o confronto com esta Casa, com os terrenos, o repegar passados. Colar pedaços de mim para me voltar a encontrar tirou-me a escrita livre e desimpedida. A escrita na ponta dos dedos e horas fluídas. Hoje tive isso e falham-me as palavras. As tantas que me saíram apressadas e ansiosas, faltam-me para descrever o que é escrevê-las.
É como se uma parte de mim voltasse a ser íntegra. Como se a expiação estivesse a acabar. Não foram só as palavras que voltaram, foi o querer desamarrá-las, ter vontade delas. Não sei se no meio da crise em que vivemos imersos ou nos quotidianos atrozes, alguém compreenderá como é possível ser-se feliz na escrita. Talvez só os escritores, os poetas, os que vivem a amargura e a necessidade de parir palavras. Esses poucos, talvez só eles entendam isto e como esta necessidade é tão vital como o vital que fazemos se queremos viver.
Eu hoje escrevi e isso eu não sei escrever...
Suma liberdade
Karen Blixen
Li ontem num livro que ando a ler há tantos anos que me esqueço quantos: Out of Africa.
"Vive livre quem pode morrer." Deve ser essa a máxima liberdade: pensar que podemos morrer que não fica cá nada incompleto ou sujeito a definhar sem nós. Olho para a Mãe e acho que Ela morreu assim que teve liberdade para tal, logo depois de enterrar os pais e assim que nós estávamos a começar a bater as asas. Foi cedo - cedíssimo - mas foi no momento exacto em que Ela atingiu esta liberdade tal que podia morrer. Olho para a Mana com este bebé de cinco meses e sei que ela não pode morrer. E olho para mim... a liberdade plena de que fala a Blixen.
Recomecei a ler Out of Africa que sempre me foi um filme caro mas um livro intragável. Recomecei a ler com a voz da Meryl Streep e a banda sonora das savanas na cabeça e, desse modo, leio páginas e páginas. Fazem-me sentido agora. E, talvez, tenha sido necessário eu chegar aqui para me diluir na leitura.
Como a Karen Blixen, eu tenho a liberdade da Morte, a solidão do caminho compartilhado sem amarras, a gestão de terras (que me dão a preocupação do que fazer com elas e, como ela, receio nunca saber investir sabiamente), e desta Casa de paredes amplas e ecos que cada vez amo mais.
Sim, vive livre quem pode morrer.
20 de abril de 2011
Turbilhão da vida
Elle avait des yeux, des yeux d'opale,
Qui me fascinaient, qui me fascinaient.
Y avait l'ovale de son visage pâle
De femme fatale qui m'fut fatale.
On s'est connus, on s'est reconnus,
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus d'vue
On s'est retrouvés, on s'est réchauffés,
Puis on s'est séparés.
Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie
Je l'ai revue un soir, hàie, hàie, hàie
Ça fait déjà un fameux bail.
Au son des banjos je l'ai reconnue.
Ce curieux sourire qui m'avait tant plu.
Sa voix si fatale, son beau visage pâle
M'émurent plus que jamais.
Je me suis soûlé en l'écoutant.
L'alcool fait oublier le temps.
Je me suis réveillé en sentant
Des baisers sur mon front brûlant.
On s'est connus, on s'est reconnus.
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus de vue
On s'est retrouvés, on s'est séparés.
Dans le tourbillon de la vie.
On a continué à toumer
Tous les deux enlacés
Tous les deux enlacés.
Puis on s'est réchauffés.
Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie.
Je l'ai revue un soir ah là là
Elle est retombée dans mes bras.
Quand on s'est connus,
Quand on s'est reconnus,
Pourquoi se perdre de vue,
Se reperdre de vue ?
19 de abril de 2011
"Foul" à Blonde
Ingredientes:
10 colheres de sopa cheias de favas
1 raminho de coentros (salsa no original)
1 colher de sopa de azeite
cominhos a gosto
1 colher de sopa de sumo de limão
sal a gosto (eu dispenso)
Cozer as favas até quase se esmigalharem. Quase no fim da cozedura juntar os coentros a dar gosto. Escorrer as favas depois de cozidas e esmagá-las com um garfo. Juntar o sumo de limão, os cominhos e o sal. Levar a aquecer enquanto se ligam os ingredientes numa frigideira com o azeite. Mexer. Servir. (e com estas a malta até passa por cozinheira de gabarito internacional e sempre se escapa das clássicas favas com entrecosto)
Bom proveito.
18 de abril de 2011
A desinspiração
A tristeza é inspiradora. A alegria sobrepõe-se à inspiração porque se esquece dela. E os estádios intermédios são uma coisa sensaborona.