segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Promessas...

“Prometa-me o que queres, que te prometo o infinito!”

Impressiono-me com a facilidade que temos em fazer promessas. Mais... O que realmente impressiona na humanidade é a falta de compromisso com as promessas que fazemos.

Quantas vezes, ao iniciarmos um novo ano prometemos mudanças radicais de vida, de visão e de enfrentamento. “Este ano vou começar uma dieta!”, “Vou tirar um tempo para exercícios físicos”; para os mais espiritualizados, “a partir de agora, vou ter mais tempo para rezar!”... E assim, sucessivamente.

Quantos decidiram, “é hora de aprender a tocar violão, ou qualquer outro tipo de instrumento musical que impressione!”... “Ah, é hora de formar minha banda de rock!”. Todos, sentimentos que brotam e que de uma hora pra outra decidimos prometer cumprir, como se estivéssemos dizendo: “quando tiver fome, vou comer o que tiver no armário!”

Como aqui, por exemplo, a cada novo texto que eu posto eu prometo, “farei novos posts semanais”... Ora, mais uma coisa que não cumpro! Assim como não cumpro nenhuma das promessas mirabolantes de emagrecimento e de laços afetivos!

Quantas pessoas ficaram pelo caminho... Sou muito insensível, isso sim, prometo visitar os amigos e não apareço, deixo-os só na espera. Pelo menos eu sei que eles me entendem, talvez eles não cumpram com muitas de suas promessas também.

Reclamamos dos políticos que prometem, prometem e não fazem... Mas, sem querer isentar ninguém de culpa nenhuma, o problema é que hoje em dia usamos as palavras erradas em qualquer momento, pois banalizamos o sentido de muitas delas. Quantas ideias transformadas em promessas, sem querer prometer! Quantas promessas de amor eterno, sendo que não estávamos dispostos a nem a amar, quem dirá prometer.

Promessas, promessas! Promessas que ficam, promessas que vão. São promessas de desejos intuitivos que brotam e que, no mínimo, tentam fazer com que a gente corra atrás de muita coisa.



Paulo dos Santos

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Eternos Devaneios - II

Hoje à noite, fui agraciado ao ler um texto de uma grande amiga. Enquanto lia, no início um pouco a contragosto, pois estava cansado para ler, minha alma começou a se encher de um sentimento que até agora não sei definir. Sei apenas que me tomou por inteiro e me fez pensar em minha própria vida.
            Posso confessar que senti vontade de chorar, não senti a alma pesada, triste, mas senti que meu coração necessitava que eu abandonasse àquelas lágrimas que brotaram ao ler cada linha. Não chorei! Acabei segurando ao máximo a lágrima e não permiti que ela caísse! Me doeu mais segurar a lágrima, do que o fato de tê-la brotado do meu coração enquanto lia e via minha vida passar nos meus olhos.
            Em seguida, fui acometido por uma vontade louca de escrever sobre o sentimento de ler aquelas belas linhas... Ultimamente tem sido assim. Tenho parado pouco, tenho me sentado muito pouco para escrever, mas – ao mesmo tempo – tenho sentido em mim uma grande vontade de encher várias páginas com rascunhos e sentimentos que da minh’alma brotam. Ultimamente, tenho tido vontade de dar vida ao banal!
            Perdoe-me abusar da paciência, mas era necessário deixar registrado, aqui, mais um pouco dos meus eternos devaneios!



Paulo dos Santos