Quando o sol nasceu fui até à falésia, num passo compassado, calmamente, numa calma imposta pela própria calma daquele sítio, que me faz esquecer por algum tempo as preocupações, e sou transportada para outros mundos longínquos que só existem na minha imaginação.
O mar estava agitado, muito agitado mesmo, não desci até á praia, sentei-me, fechei os olhos e deixei-me transportar e voar até onde a mente me levasse.
Ao ouvir as ondas bater na areia interroguei-me, de onde viriam, onde eram formadas, por onde teriam já passado. Aquele mar tão imenso teria certamente muitas histórias para contar, princesas de reinos distantes, sereias com corpos prateados, a bailar nas profundezas das águas, os maravilhosos corais com cores multifacetadas, as estrelas-do-mar com feitios tão diferentes, os búzios onde a música, não era música mas um embalar de sons e múrmurios vindos do fundo.
Onde grandes peixes comunicavam uns com os outros numa linguagem difusa, mas também onde os mais fracos eram engolidos pelos mais fortes.Quantos naufrágios, quantas lágrimas.
No meio de tanta beleza e impotência, a imensidão levava-me a sentir um arrepio pela espinha,
fazia medo, um medo incontido pela força e pelo poder, contra quem ninguém podia lutar, porque a Natureza é imbatível. Como tudo isto é contraditório, beleza e medo estão de mãos dadas
também.
Mas apeteceu-me ficar ali eternamente, naquela paz inquietante, sentir o forte vento na cara,
os cabelos a esvoassarem para longe.
Achei que naquele momento conseguiria voar e que nada me aconteceria, era só acreditar, era a liberdade total, o meu pensamento voava para tão longe que nem eu própria o conseguiria agarrar naquele momento, mas abri os olhos e o sonho acabou, tive que voltar.
A realidade esperava-me.
Mas entre o céu e o mar eu flutuei durante breves instantes...!!!!
O mar estava agitado, muito agitado mesmo, não desci até á praia, sentei-me, fechei os olhos e deixei-me transportar e voar até onde a mente me levasse.
Ao ouvir as ondas bater na areia interroguei-me, de onde viriam, onde eram formadas, por onde teriam já passado. Aquele mar tão imenso teria certamente muitas histórias para contar, princesas de reinos distantes, sereias com corpos prateados, a bailar nas profundezas das águas, os maravilhosos corais com cores multifacetadas, as estrelas-do-mar com feitios tão diferentes, os búzios onde a música, não era música mas um embalar de sons e múrmurios vindos do fundo.
Onde grandes peixes comunicavam uns com os outros numa linguagem difusa, mas também onde os mais fracos eram engolidos pelos mais fortes.Quantos naufrágios, quantas lágrimas.
No meio de tanta beleza e impotência, a imensidão levava-me a sentir um arrepio pela espinha,
fazia medo, um medo incontido pela força e pelo poder, contra quem ninguém podia lutar, porque a Natureza é imbatível. Como tudo isto é contraditório, beleza e medo estão de mãos dadas
também.
Mas apeteceu-me ficar ali eternamente, naquela paz inquietante, sentir o forte vento na cara,
os cabelos a esvoassarem para longe.
Achei que naquele momento conseguiria voar e que nada me aconteceria, era só acreditar, era a liberdade total, o meu pensamento voava para tão longe que nem eu própria o conseguiria agarrar naquele momento, mas abri os olhos e o sonho acabou, tive que voltar.
A realidade esperava-me.
Mas entre o céu e o mar eu flutuei durante breves instantes...!!!!
Isabel Cabral