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domingo, 5 de janeiro de 2014

Eusébio da Silva Ferreira

A notícia do falecimento de Eusébio, aos 71 anos, apanhou o país de surpresa, apesar de ser do conhecimento público as várias complicações de saúde que sofreu nos últimos anos.
Como jogador, Eusébio envergou a camisola auri-negra na época 76-77, tendo a sua contratação e o seu vencimento sidos assegurados com as receitas de bilheteira dos jogos no Estádio Mário Duarte.
Em 2001, Eusébio recordou aqui a sua passagem pelo Beira-Mar, tendo estado presente no Jantar Comemorativo do 80º aniversário do clube, que teve lugar no Pavilhão do Alboi, em que tive o privilégio de o cumprimentar.
O Eusébio será sempre uma referência intemporal do país, que muito ajudou a projetar o nome de Portugal no mundo. E arrisco dizer que uma figura desta dimensão, tal como Amália Rodrigues, será eternizada, naturalmente, na memória coletiva de muitas gerações.

 
 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Recordações

Do meu baú de memórias, aqui ficam três momentos importantes da história do Beira-Mar.

Actualização - Agora já com o bilhete em falta, como muito bem recordou o Pedro Nuno




quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A passagem de Eusébio pelo Beira-Mar...

... 318, 319 e 320. E pronto, Eusébio fechou a loja. A 6 de Março de 1977, o melhor jogador português de todos os tempos marcou o seu 320º e último golo no campeonato nacional, ao longo de 17 épocas, desde Junho de 1961. O incrível é que não foi pelo Benfica, mas sim pelo Beira-Mar. O adversário, esse, só poderia ser o eterno rival Sporting, do qual Eusébio disse há um ano que "não gostava como clube", porque o tentou raptar nos tempos de Lourenço Marques.

Mas Eusébio jogou no Beira-Mar? Sim senhor, de Setembro de 1976 a Março de 1977! No Verão de 1976, o Pantera Negra aterrou em Lisboa como campeão da NASL (liga profissional do futebol dos EUA), pelo Toronto Metro Croatia, com 18 golos em 25 jogos. "Na altura, fiz um contrato de cinco meses nos EUA e outros cinco de férias mas não queria descansar tanto." Quando chegou a Portugal, falou-se num regresso ao Benfica.

"O Toni, capitão, e o Humberto Coelho, vice-capitão, puxaram-me mas havia uma pessoa dentro do Benfica que não me queria [Romão Martins, chefe do departamento de futebol]. Ao mesmo tempo, choviam propostas, a mais importante do Sporting, através do presidente João Rocha." Mas era melhor não ir por aí... O Belenenses interessou-se mas não aceitou as condições de Eusébio. Já o Beira-Mar, sim. "Sugeri um esquema que foi aceite: treinava-me no Benfica e só ia para Aveiro ao sábado, onde ficava hospedado no Hotel Imperial."

AVENTURA NA VENEZA DE PORTUGAL
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Eusébio começou a jogar pelo Beira-Mar, ao lado de Manuel José, esse mesmo, o treinador do Boavistão dos anos 90 e pentacampeão africano pelos egípcios do Al Ahly, e Sousa, esse mesmo, o homem do pontapé canhão de FC Porto e Sporting. Dos três golos Eusébio destaca um no Bonfim, ao V. Setúbal. "Num livre ali entre o meio-campo e a grande área, o Vaz [guarda-redes], em tom brincalhão para ver se me desmoralizava, gritou-me da baliza que o meu tempo já passara. Acertei tão bem na bola que nem lhe dei hipótese." Foi o 2-2 aos 70' mas o Vitória ganhou 5-3.

Houve mais um golo, em casa, no Estádio Mário Duarte, ao Portimonense, antes da despedida oficial, com o Sporting, também em Aveiro, com Matos, na ausência de Conhé, por lesão, a levar com o último balázio de Eusébio. Foi o 320º golo na 1ª divisão e o 24º ao Sporting.

"Foi um golo à Eusébio", lembra Manuel José. "Eu já me tinha cruzado com ele no Benfica em 1968, e é claro que oito anos depois havia diferenças físicas, mas ainda era o Eusébio. Empatámos 1-1 com o Sporting e ele marcou a 30 ou 35 metros da baliza. Ele puxou do pé esquerdo e cá vai disto."

Do que Manuel José mais se lembra é de uma digressão do Beira-Mar pela Venezuela. "Estava eu, o Abel e o Eusébio a dar um passeio e entrámos numa rua meio manhosa. Parámos numa loja de relógios, porque o Eusébio adorava vê-los. Estávamos fora da loja quando o dono se pôs à porta, a olhar fixamente para o Eusébio. Perguntou-lhe se era ele. À resposta positiva, ele sacou de uma máquina fotográfica e chamou a mulher dele para lhe tirar uma fotografia. Depois ofereceu-lhe o relógio, que tinha máquina calculadora e tudo. O Eusébio reconhecido na Venezuela, numa rua daquelas? Quem poderia imaginar? Mesmo eu que já o conhecia, fiquei espantado."

Dessa aventura aveirense, Eusébio também guarda recordações de um Beira- Mar-Benfica. "Estava 2-2 aos 90 minutos e havia um livre directo no limite da área do Benfica. Não sei o que se passou comigo, mas comecei a tremer com aquelas camisolas vermelhas todas à minha frente, aquelas caras familiares. E recusei bater o livre. Passei a bola ao Sousa, que atirou por cima. Esse falhanço foi esquisito pois senti-me aliviado pelo Benfica não ter saído derrotado de Aveiro." Sousa confirma. "Havia três marcadores de livres: o Eusébio, o Manuel José e eu. Nesse momento, o Eusébio recuou e passou-me a bola." Ficou 2-2, o Beira-Mar desceu de divisão, mas o Benfica foi campeão nacional, para contentamento de Eusébio.
In Jornal I de 06-03-2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O desafio do futuro

Há algumas semanas, num qualquer programa televisivo onde se reflectia sobre a história do último meio século do futebol português e se identificava a mesma com os períodos cíclicos de domínio do mesmo por parte dos três grandes, alguém notava que esse longo período de quase sessenta anos se podia dividir em três grandes épocas - a que terão correspondido três distintas hegemonias clubísticas. A primeira dessas fases, coincidente com a era do amadorismo quase total, terá ocorrido até finais da década de cinquenta, princípios dos anos sessenta. Foi o período dourado do Sporting, construído sobretudo em torno dos míticos «cinco violinos». Essa fase de futebol quase completamente amador deu lugar a uma época de verdadeiro profissionalismo a partir do início dos anos sessenta e até meados da década de oitenta. Liderou, nacional e internacionalmente, o Benfica, com triunfos e glórias que ainda hoje perduram e ajudaram a própria selecção nacional dos meados dos anos sessenta. A partir de meados dos anos oitenta entrou-se na actual fase do futebol nacional e mundial: o futebol enquanto «desporto-indústria» - o profissionalismo levado a extremos, o desporto transformado em indústria, a valorização das organizações e a emergência dos clubes-empresa personificados nas SAD's, valorizando-se activos, criando-se namings, fundos de jogadores, etc, etc.. Coincide, a nível interno, com a supremacia indiscutível do FC Porto, só ocasionalmente interrompida e sempre de forma esporádica. Perguntar-se-á, com razão, que terá tudo isto a ver com o nosso SC Beira-Mar. Passo a explicar.
Em minha modesta opinião o nosso Beira-Mar soube adaptar-se e «modernizar-se» de forma razoavelmente consistente quando houve a passagem do amadorismo ao profissionalismo. Coincidiu, de resto, esse período do início dos anos sessenta, com a primeira subida do nosso Clube à primeira divisão. E por lá andou, com passagens mais ou menos longas, oscilando entre as primeira e segunda divisões, sem nunca ter regressado à terceira mas também sem alguma vez se sentir em perigo a própria existência e subsistência do Clube. O problema, em minha opinião, veio a seguir. No momento seguinte o Clube não soube, não pôde ou não foi capaz de se adaptar às realidades dos novos tempos, dos tempos do futebol «desporto-indústria». E esse foi e continua a ser o nosso problema e o nosso drama. Num mundo do futebol «desporto-indústria» o Beira-Mar continuou a ser, apenas, um simpático clube profissional. E nada mais do que isso. Um grupo profissional de futebol, dirigido por amadores e com uma rectaguarda desprotegida e inexistente. Logo, concorrendo em manifesta situação de desigualdade e inferioridade com muitos dos seus competidores directos que nos ganharam avanço em termos de organização e de estruturação.
Ora, salvo outra e melhor opinião, o desafio futuro imensamente urgente do nosso Beira-Mar é exactamente esse - saber organizar-se, saber estruturar-se, saber disciplinar-se, por forma a competir em competições que são mais do que simples provas desportivas profissionais, com meios e instrumentos minimamente iguais aos dos seus mais directos adversários. Esse é, sem dúvida e em minha opinião, o enorme e o imenso desafio futuro que, enquanto Clube, o Beira-Mar, todos nós, temos pela frente. Desafio que ou se ganha ou será definitivamente perdido. Sou dos que acreditam que teremos de ter a necessária arte e o suficiente engenho para saber «dar a volta por cima», captar Aveiro e os aveirenses para a sua (nossa) causa. Porque, sem alarmismos nem derrotismos, mas com sentido de realismo, também sou dos que pensam que não haverá uma segunda oportunidade para encetar tão urgente missão.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Passados 8 anos...

Não sei se ele é o melhor do Mundo, mas parece ter uma estrelinha da sorte que o acompanha nos momentos-chave. O que é Mourinho tem a ver com o Beira-Mar? Neste fim-de-semana o Inter ganhou de uma forma incrível ao Siena, quando aos 87' perdia em casa por 2-3. Eis que em 5 minutos o Inter dá a volta e consegue vencer o jogo por 4-3. Mourinho não perde um jogo em casa a contar para o campeonato desde 2002, já lá vão 8 anos! Lembram-se contra quem?

Pois é, contra o Beira-Mar, quando fomos ganhar às Antas por 2-3, com golos de Cristiano e Fary (2). Recorde aqui as incidências do jogo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Desafio aos Beiramarenses

Aqui vai um desafio futebolístico dirigido, principalmente, àqueles que acompanham o Beira-Mar há mais anos.
O desafio é o seguinte: Na caixa de comentários deste post, coloquem aquele que, na vossa opinião, seria o melhor "onze" de sempre do Beira-Mar.
Podem escolher o sistema táctico que preferirem para enquadrar o vosso onze. Não se esqueçam é de indicar a posição em campo dos vossos seleccionados. Para efeitos deste desafio, valem todos os atletas que, ao longo da história do clube, envergaram a camisola auri-negra.
Aguardo com grande expectativa os vossos contributos.