News - Novidades by Jörn Seemann
Maps and Colours: A Complex Relationship , 2024
Revista Brasileira de Educação em Geografia, 2020
Cartógrafos nem sempre usaram azul como cor convencional para corpos d'água em mapas. Essa estand... more Cartógrafos nem sempre usaram azul como cor convencional para corpos d'água em mapas. Essa estandardização apenas ocorreu no século XIX devido a avanços nas técnicas de produção. A partir de uma discussão sobre o uso de cores na cartografia e na cultura, esse texto reflete sobre a significação e ressignificação de símbolos na cultura popular e nos mapas. Através de exemplos da rede social, da história da cartografia e de mapeamentos indígenas, argumenta-se que a compreensão de cores não é um fenômeno universal ou uma convenção inquestionável. A seleção de cores não pode ser separada de valores culturais, embora os cânones da disciplina insistam na validade absoluta das suas normas que conferem uma segurança ontológica aos leitores e usuários de mapas. Essa desconstrução de convenções tem como objetivo refletir mais profundamente sobre as abordagens teórico-metodológicas sobre o uso de mapas no ensino de geografia, a concepção de símbolos como relações entre significado e significante e os problemas do modelo semiológico de Saussure que interpreta a cartografia como língua em vez de linguagem. Sugere-se um debate mais amplo para pensar sobre metodologias cartográficas que são mais inclusivas e levem em conta diversidade e cultura na educação. P A L A V R A S-C H A V E Cores convencionais, Símbolos na cultura, Segurança ontológica, Linguagem cartográfica.
Highlights - Destaques by Jörn Seemann
Geograficidade, 2013
O livro "A Aventura Cartográfica" (2006) está esgotado, mas foi republicado como número especial ... more O livro "A Aventura Cartográfica" (2006) está esgotado, mas foi republicado como número especial da revista Geograficidade (2013). Alguns artigos foram atualizados e outros permaneceram na sua versão original. Os textos podem ser baixados na seguinte página:
https://periodicos.uff.br/geograficidade/issue/view/Primavera%202013
O ato de mapear é Uma maneira ou outra de Tomar a medida de um mundo. Confi gurando a medida Toma... more O ato de mapear é Uma maneira ou outra de Tomar a medida de um mundo. Confi gurando a medida Tomada de uma maneira assim Para que possa ser comunicada Entre pessoas, lugares ou tempos. A medição do mapeamento Não é restrita ao matemático; Pode ser igualmente espiritual, política ou moral. Pelas mesmas razões, O registro do mapeamento Não é confi nado ao que é para arquivar, Mas também inclui o que é lembrado, imaginado, contemplado. O mundo fi gurado através do mapeamento Pode ser então Material ou imaterial, Existente ou desejado, Inteiro ou em partes, Experimentado, lembrado ou projetado em várias maneiras. Conforme a sua escala, O mapeamento pode traçar uma linha Ou delimitar e defi nir um território De qualquer comprimento ou tamanho, Da totalidade da Criação Aos menores fragmentos; Noções de formas e áreas São, por eles mesmos, de certa forma, O produto de processos de mapeamentos. Atos de mapear são criativos, Às vezes inquietos, Momentos de obter conhecimento sobre o mundo, E o mapa é ao mesmo tempo Uma materialização da cognição E um estímulo para novos compromissos com o conhecimento. Denis Cosgrove, 1948-2008, minha inspiração para essas "cartografi as culturais" (13)
Cartographic Education - Educação Cartográfica by Jörn Seemann
Although Geography is a predominantly visual discipline that
claims the map as one of its most p... more Although Geography is a predominantly visual discipline that
claims the map as one of its most powerful tools, spatial
representations are threatened to lose their meaning in our
image-laden society. For this reason, Cartography must be
appraised as a communication language by excellence in order
to express ideas and emotions about the world that is directly
or indirectly experienced. It is suggested a complementary
approach to scientific Cartography, laying emphasis on
functional mapping and everyone’s spatial creativity and
imagination, which will be illustrated by several concrete
examples.
Keywords
Cartographic language – Functional mapping – Social
Cartography.
Resumo
O presente artigo apresenta idéias sobre como repensar a cartografia para a escola. Aporte... more Resumo
O presente artigo apresenta idéias sobre como repensar a cartografia para a escola. Aportes filosóficos e teóricos para uma cartografia crítica na prática são propostos. O exemplo da arte com mapas é usado como ponto de partida para refletir sobre novos caminhos na disciplina. Essa abordagem alternativa
do estudo de mapas é ilustrado através de diversos exemplos da sala de aula (exercícios com mapas mentais, imagens na internet e a leitura crítica de livros didáticos de geografia). Argumenta-se que a cartografia não serve apenas para fazer a guerra, mas também para formar cidadãos.
Palavras-chave: cartografia crítica; mapas na arte; cartografia na sala de aula.
Abstract
This article presents ideas about how to rethink cartography in school settings. Philosophical and theoretical principles for a critical cartography in practice are proposed. The example of map art is used as a starting point to reflect on new directions in the field. This alternative approach for the study of maps is illustrated by several examples from the classroom (exercises with mental maps, internet images, and the critical reading of geography textbooks). The main argument is that cartography
does not only serve to make war, but also to form citizens.
Keywords: critical cartography; map art; cartography in the classroom.
FORMAÇÃO E DOCÊNCIA EM GEOGRAFIA narrativas, saberes e práticas
The Dutch cartographer and mathematician
Gerardus Mercator is renowned for his maps, atlas editi... more The Dutch cartographer and mathematician
Gerardus Mercator is renowned for his maps, atlas editions
and his famous map projection of 1569 that, originally as a
maritime navigation aid, turned into a model for many world
maps. Radical geographers condemned the Mercator
projection due to its area deformations and distortions
that, at the same time, created an ideologized image of the
world in favour of the dominant economies. Mercator,
however, must be understood within the context of the
Renaissance society in the Netherlands and its social,
religious, political, and economic impacts and influences.
This way, it can be made clear that the Mercator projection,
like any other projection, is only one “vision” of the world
among many others. In a concrete and metaphorical way,
geographers as “mappers” of the world can learn their
lesson from Mercator to remain alert not only towards other
people’s projections, but also towards their own.
Key words: Gerardus Mercator, map projections,
geographical representations.
Researchers dealing with environmental perception have to be conscious about the different approa... more Researchers dealing with environmental perception have to be conscious about the different approaches, methodological proceedings and the interdisciplinary nature of their topic. Since the studies about perception cope with the subjectiveness of vision and all the other senses including their values, attitudes and preferences created by individuals and groups, it is necessary to develop specific strategies to make visible these thoughts, opinions and sentiments towards perceived realities and imagined world visions. Maps as simbolized representations of reality can be a starting point for research. In this coherence, Cartography must be understood in its broadest sense, beyond the normative model of scientific Cartography with its rules of precision and geometry, comprehending the map not as a product, but as a means of communication and a process (mapping) that turns environmental experience shareable. Two different strategies are presented and illustrated by some practical examples in order to approach the maps to environmental perception: the confection, discussion and interpretation of mental maps in different scales and the use of official maps as biographies in order to sharpen perception and stimulate memory. These mappings point out human imagination and can contribute to a broader methodological discussion in the field of environmental perception.
Key-words: Environmental perception, representations, maps, mappings, mental maps, humanistic approach.
Resumo: Apesar dos debates enriquecedores na educação cartográfica brasileira nos últimos 15 anos... more Resumo: Apesar dos debates enriquecedores na educação cartográfica brasileira nos últimos 15 anos, ainda há poucos trabalhos que visam aplicar mapas e mapeamentos como instrumentos para provocar mudanças na sociedade. O referido artigo tem como objetivo discutir as relações entre a educação, a geografia cidadã e a cartografia escolar, tendo como destaque as atividades das chamadas expedições geográficas do geógrafo americano William Bunge que procurou estabelecer uma ligação mais estreita entre comunidades e estudantes nos Estados Unidos nos anos 70. Um estudo de caso de um projeto em um ambiente educacional do Sul do Ceará é usado como exemplo de militância cartográfica para indicar e definir possíveis caminhos futuros para a educação no Brasil. Abstract: Despite the rich debates in cartographic education in Brazil during the last 15 years, there are only few studies that seek to apply maps and mappings as instruments to provoke changes in society. This text aims to discuss the relationship between education, geography of citizenship , and school cartography, highlighting the so-called geographical expeditions organized by the American geographer William Bunge who aimed to establish a stronger relation between communities and students in the United States in the 1970s. A case study from an education-based project from the South of Ceará is used as an example of cartographic militancy, with the intent to indicate and define possible paths for the education in Brazil in the future.
Resumo
Mapas infantis do mundo podem ser uma contribuição valiosa para as pesquisas sobre a perce... more Resumo
Mapas infantis do mundo podem ser uma contribuição valiosa para as pesquisas sobre a percepção do meio ambiente. Como formas de comunicação e expressão gráfica, os mapas permitem revelar os valores, atitudes e emoções das crianças acerca do ambiente. Direcionado a questões ambientais e dentro de uma geografia e uma cartografia centradas nas crianças, será possível obter informações sobre como as crianças concebem e compreendem o meio ambiente nas suas diferentes escalas.
Palavras-chave: Geografia das crianças, Cartografia infantil, mapas infantis, representação do mundo, linguagem gráfica, interpretação do meio ambiente, apreensão da realidade.
.
Abstract
Children’s world maps can be an important contribution to research on environmental perception. As forms of communication and graphical expression, these maps make it possible to reveal children’s values, attitudes and emotions towards environment. Connected to environmental topics and within a geography and cartography centered on children, it will be possible to obtain information about how children conceive and understand the environment in its different scales.
Key-words: Children’s geography, Children’s cartography, Children’s maps, world representation, graphic language, interpretation of the environment, understanding of reality.
A oficialização dos fusos horários no Brasil realizou-se através do Presidente Hermes da Fonseca ... more A oficialização dos fusos horários no Brasil realizou-se através do Presidente Hermes da Fonseca que em 18 de junho de 1913, no "92º ano da Independência e 25º ano da Republica", sancionou o Decreto 2.784 que determinava a hora legal no Brasil: "O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil: Faço saber que o Congresso Nacional decretou e eu sancciono a resolução seguinte: Art. 1º Para as relações contractuaes internacionaes e commerciaes, o meridiano de Greenwich será considerado fundamental em todo o território da Republica dos Estados Unidos do Brazil. Art. 2º O território da Republica fica dividido, no que diz respeito á hora legal, em quatro fusos distinctos" (67)
A cartografia é uma entre muitas linguagens que os seres humanos utilizam para a comunicação. A p... more A cartografia é uma entre muitas linguagens que os seres humanos utilizam para a comunicação. A palavra linguagem pode ser definida como um conjunto ou sistema de signos usado para expressar idéias e sentimentos como a fala, a escrita ou a mímica. Um signo, por sua vez, é composto de dois componentes: uma palavra, um desenho ou outra expressão simbólica (chamado de significante) que é usado para descrever ou apresentar um conceito, um objeto ou um processo (chamado de significado). Por exemplo, a palavra " cadeira " é o significante que utilizamos para denominar aquele objeto que serve para se sentar. Em uma carta topográfica em escala média, um quadradinho preto com uma cruz representa uma igreja, um quadradinho preto com uma bandeira no topo uma escola. No ambiente escolar, esses símbolos convencionais não devem ser considerados como as únicas formas de expressar objetos e lugares. Ao fazer um mapa, a criança pode escolher a sua própria simbologia: o desenho de uma bíblia como símbolo de igreja, uma criança com chapéu de doutor para representar uma escola, uma nota bancária ou uma cifra como banco – não há limites para a criatividade. É justamente aqui que se encontra a diferença entre as palavras e as imagens. Frequentemente o mapa é comparado com um texto para indicar que existe certa semelhança na leitura de palavras e imagens. Portanto, não se trata dos mesmos mecanismos. A leitura de um texto sempre acontece de uma forma linear e seqüencial. Precisamos captar palavra por palavra para descobrir o sentido de uma frase. No caso dos mapas, o olhar não segue um padrão linear. Os olhos simultaneamente registram símbolos, cores, palavras, linhas ou pontos que o leitor tenta associar ou relacionar. Evidentemente, essa mesma estratégia não serve para a leitura de um texto. O resultado seria uma lista de letras e palavras sem conexão. Existe uma diferença entre língua e linguagem. O português é uma língua que segue determinadas regras de ortografia, síntaxe, vocabulário e gramática, enquanto a cartografia pode ser considerada uma linguagem que apesar de usar convenções (por exemplo, lagos, rios e oceanos são representados em azul) não possui uma gramática visual ou um ABC cartográfico que rigorosamente define o que está certo ou errado. Alfabetizar cartograficamente? O termo alfabetização cartográfica é frequentemente usado para definir os processos de aprendizagem da linguagem cartográfica. Portanto, é uma escolha de palavra problemática por várias razões: pela concepção da alfabetização na sociedade brasileira, pela sua diferença e incompatibilidade com a alfabetização por letras e pelo conhecimento prévio sobre o espaço vivido que as crianças possuem e que frequentemente é negligenciado na cartografia dos adultos.
Cultural Geographies & Cartographies by Jörn Seemann
Uploads
News - Novidades by Jörn Seemann
Highlights - Destaques by Jörn Seemann
https://periodicos.uff.br/geograficidade/issue/view/Primavera%202013
Cartographic Education - Educação Cartográfica by Jörn Seemann
claims the map as one of its most powerful tools, spatial
representations are threatened to lose their meaning in our
image-laden society. For this reason, Cartography must be
appraised as a communication language by excellence in order
to express ideas and emotions about the world that is directly
or indirectly experienced. It is suggested a complementary
approach to scientific Cartography, laying emphasis on
functional mapping and everyone’s spatial creativity and
imagination, which will be illustrated by several concrete
examples.
Keywords
Cartographic language – Functional mapping – Social
Cartography.
O presente artigo apresenta idéias sobre como repensar a cartografia para a escola. Aportes filosóficos e teóricos para uma cartografia crítica na prática são propostos. O exemplo da arte com mapas é usado como ponto de partida para refletir sobre novos caminhos na disciplina. Essa abordagem alternativa
do estudo de mapas é ilustrado através de diversos exemplos da sala de aula (exercícios com mapas mentais, imagens na internet e a leitura crítica de livros didáticos de geografia). Argumenta-se que a cartografia não serve apenas para fazer a guerra, mas também para formar cidadãos.
Palavras-chave: cartografia crítica; mapas na arte; cartografia na sala de aula.
Abstract
This article presents ideas about how to rethink cartography in school settings. Philosophical and theoretical principles for a critical cartography in practice are proposed. The example of map art is used as a starting point to reflect on new directions in the field. This alternative approach for the study of maps is illustrated by several examples from the classroom (exercises with mental maps, internet images, and the critical reading of geography textbooks). The main argument is that cartography
does not only serve to make war, but also to form citizens.
Keywords: critical cartography; map art; cartography in the classroom.
Gerardus Mercator is renowned for his maps, atlas editions
and his famous map projection of 1569 that, originally as a
maritime navigation aid, turned into a model for many world
maps. Radical geographers condemned the Mercator
projection due to its area deformations and distortions
that, at the same time, created an ideologized image of the
world in favour of the dominant economies. Mercator,
however, must be understood within the context of the
Renaissance society in the Netherlands and its social,
religious, political, and economic impacts and influences.
This way, it can be made clear that the Mercator projection,
like any other projection, is only one “vision” of the world
among many others. In a concrete and metaphorical way,
geographers as “mappers” of the world can learn their
lesson from Mercator to remain alert not only towards other
people’s projections, but also towards their own.
Key words: Gerardus Mercator, map projections,
geographical representations.
Key-words: Environmental perception, representations, maps, mappings, mental maps, humanistic approach.
Mapas infantis do mundo podem ser uma contribuição valiosa para as pesquisas sobre a percepção do meio ambiente. Como formas de comunicação e expressão gráfica, os mapas permitem revelar os valores, atitudes e emoções das crianças acerca do ambiente. Direcionado a questões ambientais e dentro de uma geografia e uma cartografia centradas nas crianças, será possível obter informações sobre como as crianças concebem e compreendem o meio ambiente nas suas diferentes escalas.
Palavras-chave: Geografia das crianças, Cartografia infantil, mapas infantis, representação do mundo, linguagem gráfica, interpretação do meio ambiente, apreensão da realidade.
.
Abstract
Children’s world maps can be an important contribution to research on environmental perception. As forms of communication and graphical expression, these maps make it possible to reveal children’s values, attitudes and emotions towards environment. Connected to environmental topics and within a geography and cartography centered on children, it will be possible to obtain information about how children conceive and understand the environment in its different scales.
Key-words: Children’s geography, Children’s cartography, Children’s maps, world representation, graphic language, interpretation of the environment, understanding of reality.
Cultural Geographies & Cartographies by Jörn Seemann
https://periodicos.uff.br/geograficidade/issue/view/Primavera%202013
claims the map as one of its most powerful tools, spatial
representations are threatened to lose their meaning in our
image-laden society. For this reason, Cartography must be
appraised as a communication language by excellence in order
to express ideas and emotions about the world that is directly
or indirectly experienced. It is suggested a complementary
approach to scientific Cartography, laying emphasis on
functional mapping and everyone’s spatial creativity and
imagination, which will be illustrated by several concrete
examples.
Keywords
Cartographic language – Functional mapping – Social
Cartography.
O presente artigo apresenta idéias sobre como repensar a cartografia para a escola. Aportes filosóficos e teóricos para uma cartografia crítica na prática são propostos. O exemplo da arte com mapas é usado como ponto de partida para refletir sobre novos caminhos na disciplina. Essa abordagem alternativa
do estudo de mapas é ilustrado através de diversos exemplos da sala de aula (exercícios com mapas mentais, imagens na internet e a leitura crítica de livros didáticos de geografia). Argumenta-se que a cartografia não serve apenas para fazer a guerra, mas também para formar cidadãos.
Palavras-chave: cartografia crítica; mapas na arte; cartografia na sala de aula.
Abstract
This article presents ideas about how to rethink cartography in school settings. Philosophical and theoretical principles for a critical cartography in practice are proposed. The example of map art is used as a starting point to reflect on new directions in the field. This alternative approach for the study of maps is illustrated by several examples from the classroom (exercises with mental maps, internet images, and the critical reading of geography textbooks). The main argument is that cartography
does not only serve to make war, but also to form citizens.
Keywords: critical cartography; map art; cartography in the classroom.
Gerardus Mercator is renowned for his maps, atlas editions
and his famous map projection of 1569 that, originally as a
maritime navigation aid, turned into a model for many world
maps. Radical geographers condemned the Mercator
projection due to its area deformations and distortions
that, at the same time, created an ideologized image of the
world in favour of the dominant economies. Mercator,
however, must be understood within the context of the
Renaissance society in the Netherlands and its social,
religious, political, and economic impacts and influences.
This way, it can be made clear that the Mercator projection,
like any other projection, is only one “vision” of the world
among many others. In a concrete and metaphorical way,
geographers as “mappers” of the world can learn their
lesson from Mercator to remain alert not only towards other
people’s projections, but also towards their own.
Key words: Gerardus Mercator, map projections,
geographical representations.
Key-words: Environmental perception, representations, maps, mappings, mental maps, humanistic approach.
Mapas infantis do mundo podem ser uma contribuição valiosa para as pesquisas sobre a percepção do meio ambiente. Como formas de comunicação e expressão gráfica, os mapas permitem revelar os valores, atitudes e emoções das crianças acerca do ambiente. Direcionado a questões ambientais e dentro de uma geografia e uma cartografia centradas nas crianças, será possível obter informações sobre como as crianças concebem e compreendem o meio ambiente nas suas diferentes escalas.
Palavras-chave: Geografia das crianças, Cartografia infantil, mapas infantis, representação do mundo, linguagem gráfica, interpretação do meio ambiente, apreensão da realidade.
.
Abstract
Children’s world maps can be an important contribution to research on environmental perception. As forms of communication and graphical expression, these maps make it possible to reveal children’s values, attitudes and emotions towards environment. Connected to environmental topics and within a geography and cartography centered on children, it will be possible to obtain information about how children conceive and understand the environment in its different scales.
Key-words: Children’s geography, Children’s cartography, Children’s maps, world representation, graphic language, interpretation of the environment, understanding of reality.
A toponímia é definida como estudo etimológico dos nomes de
lugares. A análise dos topônimos, portanto, costuma se restringir aos aspectos lingüísticos e históricos da sua origem sem levar em conta que a denominação dos lugares é, de fato, um processo político-cultural que merece uma abordagem além do nomeatribuído a uma localidade. Sob uma perspectiva histórica na Geografia Cultural, sugerem-se diferentes focos de pesquisa para o estudo da toponímia que serão ilustrados através de exemplos concretos: 1) A análise dos nomes dos lugares, suas diferentes origens (por exemplo, tupi, português) e sua distribuição espacial, levando-se em conta as diferentes escalas de análise desde locais isolados como fazendas, municípios, regiões ou estados; 2) A pesquisa histórica contextualizada dos nomes dos lugares para revelar a dinâmica da sua denominação e renominação no tempo e no espaço e os motivos e agentes político-culturais atrás desse processo (o exemplo da política territorial de Getúlio Vargas); 3) A
correlação entre a toponímia e o mapa como legitimador da
validade dos nomes; 4) A interpretação do significado dos nomes
dos lugares no processo de construir identidades e territorialidades em face do simbolismo e da iconografia do lugar. A tarefa da Geografia Cultural seria investigar, comparar e interpretar o significado dos nomes dos lugares e as diferentes versões e visões da sua topogênese para contribuir para uma melhor compreensão da relação entre espaço e cultura no passado e no presente.
Palavras-chave: toponímia brasileira; geografia cultural; geografia
histórica.
Abstract
Toponymy is defined as the etymological study of place names.
However, the analysis of toponyms used to be confined to
linguistical and historical aspects of their origin, without taking into account that the denomination of places is, in fact, a political and cultural process that deserves an approach beyond the names given to a locale. Under a historical perspective in Cultural Geography, different research lines for toponymy studies can be proposed: 1) the analysis of place names, their different origins and their spatial distribution in respect to the different scales of analysis, from isolated places as farms to cities, counties, regions or states; 2) the research within the historical context of place names in order to reveal the dynamics of its naming and renaming in time and space and the reasons as well as political and cultural agents behind this process (the example of the territorial policies of the Vargas government between 1930-1945); 3) the correlation between the toponymy and the map as a legitimizer of name validities; 4) the
interpretation of the meaning of place names in the process of
identity and territory shaping in respect to symbolism and place
iconography. The task for cultural geographers should be the
investigation, comparison and interpretation of the meanings of
place names and the different versions and visions of their
topogenesis in order to contribute to a better understanding of the relation between space and culture in the past and in the present.
Keywords: Brazilian place names; cultural geography; historical
geography.
Como tema de pesquisa, mapas e mapeamentos a partir de uma perspectiva cultural têm se tornado cada vez mais popular durante as últimas duas décadas. Portanto, estudos sobre a autoria e a ação humana na produção de mapas e como os fazedores de mapas se entrosam com o lugar e o espaço ainda estão aguardando uma análise mais aprofundada. Sob esse ângulo, mapas devem ser compreendidos como processos e ações em movimento e eventos em formação constante e não como produtos finalizados ou meras representações. Esse artigo trata dessas reflexões teóricas através de um estudo de caso sobre narrativas cartográficas, performance de mapeamento e navegação. A reconstrução parcial do itinerário de viagem do botânico brasileiro Francisco Freire Alemão que viajava pelo nordeste em meados do século XIX é usada como exemplo para mostrar a natureza “emocional e movediça” dos mapeamentos e sua importância não apenas como uma forma de compreender paisagens, mas também como um ato de revelar a noção de geografia do próprio geógrafo.
Palavras chave: Produção de mapas. Navegação. Mobilidade. Relatos de viagem. Francisco Freire Alemão. Cariri (Ceará)
ABSTRACT
As a research topic, maps and mappings within a cultural perspective have become increasingly popular over the last two decades. However, studies on the authorship and human agency in mapmaking, and how mapmakers engage with place and space are still awaiting a deeper analysis. From this angle, maps can be understood as processes, as actions in motion and events in constant becoming, rather than as finished products or simple representations. This paper addresses these theoretical reflections through a case study on cartographic narratives, performance of mapping, and navigation. The partial reconstruction of the travel route of the nineteenth-century Brazilian botanist Francisco FreireAlemão through parts of Northeast Brazil is presented to show the (e)motional nature of mapping and its importance not only as a way of understanding landscapes, but also as an act of drawing out the mapmaker's own geographical self.
Keywords: Mapmaking wayfinding. Mobility. Travel accounts. Francisco Freire Alemão. Cariri (Ceará)
cartográfica. Mapas não são produtos neutros, mas criações humanas responsáveis pela construção de imagens do mundo, que precisam ser interpretadas dentro do contexto da sua própria sociedade, levando-se em conta as suas condições socioculturais e econômico-políticas. Para esta finalidade,
a leitura das representações cartográficas não pode se restringir às aparências e formas, mas deve revelar também os significados e o simbolismo que os mapas transmitem. Para as aulas de Geografia,sugere-se a utilização de dois tipos de mapas para realizar uma análise crítica das representações
cartográficas: (1) Os mapas turísticos destacam e omitem determinadas informações. Eles têm como objetivo mostrar ao turista o lado mais vantajoso de uma cidade, eliminando todos os vestígios de pobreza, sujeira e violência do desenho. (2) Os atlas infantis são responsáveis pelas primeiras impressões
que uma criança ganha da representação do mundo, muitas vezes criando uma imagem naturalizada, despolitizada e estereotipada da realidade, que pode constituir a fonte predominante na formação das representações geográficas na sociedade. Estes dois tipos de mapas permitem uma leitura
entre as suas “linhas” e revelam as suas agendas escondidas para pensar, discutir e compreender o espaço e suas inúmeras representações.
Palavras-chave: Cartografia – educação cartográfica – interpretação de mapas – mapas turísticos –
atlas infantil.
The study of the relations between literature and cartography deserves an analysis beyond the conventional forms of investigation in the light of recent discussion on spatiality and maps in literature and the influence of new approaches in the debates on cartography that invite us to rethink maps. Whereas writers show an increasing interest in the metaphorical potential of maps, cartographers have started to investigate the performative and processual nature of maps and employ cartographic tools to reveal plots and stories. I present different approaches to strengthen this interdisciplinary dialogue between literary works and cartographic representations. Inspired in recent publications from the field of cultural geography, I argue that concepts such as “event”, “narrative” and “story” could open up new avenues for the study of the interface between literary studies and cartography as sociocultural practices. For this bibliographic review, I employ an unusual strategy through which I aim to question and break the rigid structure of narratives in literary works in order to move texts closer to the simultaneous and relational nature of maps. The body of the text has the characteristic of an abstract and consists of less than two pages, whereas the endnotes serve as true sections of an article that need not be read in sequential order.