Enquanto que no resto do mundo, estão acontecendo as ligas de futebol, já em seu segundo turno ou as copas tradicionais nos países europeus. No Brasil, os times estão voltando de férias e iniciando a pré temporada. (pré-época em português de Portugal).
Muitos criticam a quantidade de jogos e principalmente os campeonatos estaduais pelo amadorismo que é gerido o futebol no Brasil. Inclusive alguns pedem um calendário padronizado ao Europeu.
O que não pensam é que para renegociar as dividas dos clubes em vez de perdoar ou pior fazer vistas grossas, deveriam penalizar os dirigentes que por interesse próprio torna-se dirigente do clube, pois sabe que pode se amparar e ganhar ainda mais grana pois estará protegido pela própria lei e tem muitos envolvidos que lucram junto com os times de futebol, jogadores e o esporte em si. Afinal dependem de lucros para continuar se reelegendo e nada melhor que usar um time de futebol como vitrine politica.
Para ajudar os times de futebol brasileiro, foram criadas time-manias, e outras loterias esportivas e obviamente não deu certo.
Os times favoritos da mídia brasileira, sempre gastaram mais do que ganharam, tem time que está pagando para o jogador ir para outro clube pois lá estaria no banco e com isso seria mais um peso morto para o elenco.
Outros conseguem na calada da noite em um ultimo suspiro fatiar jogadores para empresários.
Se não tiver lei que faça o dirigente provar que trabalhou para o clube de forma em prol ao time e pensando menos em seu bolso nada disso irá mudar.
Mudar a formula do campeonato brasileiro para a volta do mata mata seria um retrocesso incrível que seria premiar a mediocridade e não a regularidade e o planejamento, que pode vir a dar frutos.
Porém pode se pensar que isso é para desviar o foco que pode ser que nem seja culpa do novo presidente do Grêmio e do Santos que assumiram esse ano, mas, estão pagando dividas, pior o caso do Santos que ganhou Libertadores, vendeu o Neymar e o Ganso por um bom dinheiro e está afundado em dividas. A situação do Grêmio é ainda pior que vem de rebaixamento e pagando dividas antigas desde o começo dos anos 2000.
Só que se for pensar a um nível global, 99% dos times brasileiros estão falidos, se tivesse uma lei igual a da UEFA na CONMEBOL por exemplo, talvez não sobraria time nenhum na primeira divisão do Brasil.
Em maio passado, Carlos Alberto Parreira que estava na delegação do tricampeonato em 1970 no México e foi o treinador do tetracampeonato em 94 no EUA, disse: "A CBF é um exemplo para o Brasil. É o Brasil que deu certo, que dá certo. É muito bem organizada". Será que realmente é o Brasil que deu certo? E não só pelo 7x1 naquela fatídica partida contra a Alemanha que estava anunciada pela preparação e como vinha fazendo a copa do mundo. Até mesmo pela preparação.
Mas, por todo o esquema e o balcão de negócios que virou a entidade maior do futebol brasileiro que desde a forma que organiza os campeonatos, até como conduz a profissão de treinador de futebol passando pelo quadro de arbitros e os cursos que oferecem.
Após a copa do mundo realizada em território brasileiro, os arbitros começaram a inventar interpretações que toda bola na mão seria penalti, tanto que prejudicou alguns times no decorrer das rodadas. Depois resolveram voltar atrás.
O Fato é, que enquanto os clubes não se unirem de forma para um bem maior que é o futebol e realmente brigarem para organizar as competições pensando na parte fisiológica do esporte, tecnica e formação de jogadores não apenas para negociar e ganhar dinheiro, o futebol brasileiro estará fadado ao fracasso.
Só comparar a MLS (futebol no EUA) e o no Brasil.
A média de publico lá está aumentando enquanto que no Brasil é cada vez menor e não se deixem enganar que mesmo com o mata mata aos preços que esses dirigentes querem cobrar por uma partida que não apresenta um espetáculo continuará baixa.
As categorias de bases não são para ganhar titulos e mostrar jogadores ao mundo é para educar o jogador a jogar de lateral, meia de armação, ponta de lança. Quantos jogadores que conseguem chegar a linha de fundo atualmente, olhar na área e cruzar a bola para o atacante cabecear e partir para o abraço?
Quantos jogadores que conseguem armar uma jogada e tem o raciocínio rápido de deixar o outro na cara do gol?
E pensar na valorização dá profissão de treinador e criar um plano de carreira, não trocar de treinador a cada 3 meses. Será que não sabem que é o planejamento que faz o sucesso do time?
Por qual motivo, razão ou circunstancia mandar embora um treinador, trazer o anterior de duas temporadas anteriores e após uma temporada que não mudou muita coisa o clube, re-contratar um que recebeu festa de despedida?
Até quando irão continuar com esse amadorismo?
Enfim, que em 2015 o movimento do Bom Senso FC ganhe ainda mais força e consiga repaginar o futebol brasileiro.