Atitude do Pensar

Atitude do Pensar

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

vermelho x laranja


Quero ser madura!

Ou quem sabe me tornar madura, pensando que isto é um processo e não um momento em si.

Quntos já não tiveram e ainda possuem essa idéia? Bem, no meu caso, ela não surgiu do nada, mas sim, de certas posturas e padrões que fui construindo com o passar dos anos.

Últimamente, estamos tão acostumados a ouvir falar de modelos e padrões, que acabamos nos adaptando a eles, e não faço esta colocação tendo como base somente o padrão de beleza ou estética, pois esse padrão já superei a muito tempo.

Entretanto, isso é visível nas instituições: Empresas (que implantão ISO, SGQ - sistema de gestão da qualidade, no intuito de padronizarem seu processo, e sucessivamente seus funcionários. Mas ainda não falo nesse sentido); Igrejas; Escolas; Família; e todos os tipos de relações sociais.

Quanto ao meu questionamento, está relacionado ao modelo de vida que sonhamos, e que em muitos casos é um sonho utópico.
Não somos perfeitos, mas a maioria gostaria de uma vida perfeita. Isso pra quê? Para ao ser conquistado constatar que a perfeição é desinteressante?

Bom, essa é a minha opinião, pessoas perfeitas, vida perfeita... além de ser sem graça, tem um aspecto de hipocrisia (uma das coisas que mais abomino).

Concordo que somos seres, e nesse sentido temos singularidades, isto é, gosto, interesse e aptidões diferentes. No entanto, é essa mesma singularidade que muitas vezes nos prende a um modelo desnecessário.
Mas calma aí, nada de deixar de ter suas singularidades. Não é isso que quero colocar nessas linhas.
Afinal, o tema é amadurecimento, e ao resgatá-lo, posso compartilhar com vocês que me sinto madura para inúmeras coisas, e em algumas, até amadureci antes do tempo.

Mas foi somente na faculdade que resolvi ter atitudes que deveria ter tido na adolescência. No entanto, se for avaliar minuciosamente, não foi bem uma escolha (tenho uma concepção bem ampla sobre esta palavra), e sim, uma alternativa quase imposta, uma vez que o contexto colocou essa exigência. Todavia, sobre esse assunto especificamente não quero falar nesse instante.

Em suma: cansei de ter um padrão de amigos, de namorados, de atitudes. Não desisto de sonhar, mas por que não ampliar meus sonhos...

Confuso, né, pessoas?
Mas tudo bem, isso é apenas um desabafo. Porém, continuo insistindo em amadurecer. Se gosto de vermelho por que não gostar do laranja?

Eis um desafio: Enxergar além (das situações, das pessoas, e principalmente, de mim). Um bom exercício para uma futura antropóloga.

Hasta!






quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O balão


As pessoas apaixonadas geralmente padecem dos mesmos sintomas: calafrio, tremor, taquicardia, tiques, entre outros.

Nesse sentido, há uma certa graça.

São sensações que inclusive idêntificam-se muito com a gripe. Talvez por isso se assemelhe tanto com uma doença.

Dentro desse universo, ainda existe uma outra sensação dos apaixonados que é retratada nos filmes de Wood Allen: O flutuar...

Interessante como isso é contraditório, pois ao nos apaixonar nos enchemos de sentimentos e sensações, mas mesmo assim nos sentimos leve ao ponto de flutuar.

Isso me remete a um objeto: o balão!

Objeto que alegra as crianças, composto de plástico, gás ou o próprio ar.

Porém, infelizmente as sensações não param por aqui.

Ao ser estourado o balão, isto é, ao não ser correspondida, a paixão gera sintomas e sensações mais doentios ainda: tristeza, dor, choro, rancor, surtos de loucura e por aí vai.

Nesse sentido, só posso concluir que o melhor é não se apaixonar!!!!


rsrsrsr


Lógico, que isso é uma brincadeira.

Mas cá para nós, eita momentinho difícil.

Para a cura: Basta o remédio certo.

Difícil é encontrá-lo!!!!!!

Uma dica: Amigos. Sempre são a melhor opção no auxílio para esse momento. A companhia dessas pessoas é milagrosa.


Té mais.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Saudosimo, saudade, liberdade e escolhas




Se existe alguém totalmente saudosista, essa pessoa sou eu!


Desde novinha sempre me apeguei a momentos e pessoas do passado. Nesse sentido, por inúmeras vezes sentia-me culpada pensando não estar desfrutando do presente.


Entretanto, somente na vida adulta descobri a diferença entre saudade e saudosismo: O primeiro elemento citado, remete-nos a falta de algo, a necessidade de voltar a isso ou a esse. No entanto, o segundo é mais completo, representa algo que foi bom, sem ter exatamente a necessidade de ser retornado, tendo apenas que ser mantido na memória.


Diante dessa grande descoberta (acreditem, me ajudou muito), passei a me cobrar menos e sucessivamente valorizar os bons momentos existentes em nossa vida, que não só apenas podem, mas devem ser lembrados.


É óbvio que para eu estar escrevendo essas linhas tive que ser motivada por algum saudosimo momentâneo. ~Caso contrário, o assunto seria outro (últimamente milhões de pensamentos, pena não ter tempo para compartilhá-los)


Isto, caros colegas, é claro para mim.

Eis o saudosimo atual: Eu

Sim, isso mesmo...

Esse saudosimo é de mim (me recuso a escrever mim mesma, eu mesma, consigo mesma...repudio esse tipo de linguagem)

Quem não sente saudades de si???

Então, estou me namorando, resgatando parte do que sou e o amor próprio...

Esse passo, tem sido paulatinamente... não tenho pressa!!!!!

Portanto, que o saudosismo se instale e fique bem a vontade.


Segundo um amigo de alta criticidade, todos iniciam essa fase ao ser aproximar dos 30. Mas será????


Não que eu coloque em dúvida sua teoria, contudo, sem generalizações, né!?

Nesse caso (meu caso) é algo mais do que pessoal (ui exagero)!!!

Afinal, é algo intríseco. Sabe por que???


Sou livre!!! Com alguns condicionantes, mas finalmente me tornei um ser livre. E eu adoro essa sensação...


Acreditem, realmente libertei-me dos vínculos ou amarras que me prendiam a uma certa pessoa, que apesar de não ter deixado de ser querida, permitiu que eu me reecontrasse.


A escolha foi feita, e dessa vez, eu quem fiz!!!!!!!!!!!!

Parando por aqui...


KASSUMAY KEP (paz e harmonia) para vocês!!!!!!!!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A era do efêmero - Parte 1


Ontem, fui à Mostra Indie 2010, fato este que agrada muito, pois cinéfila como sou, aprecio especialmente esses momentos.
No entanto, como bem sabem, sempre há um filme que acabamos por gostar mais, no caso d eonte o maior impacto veio do filme francês "A outra", longa metragem de Patrick Mario Bernard e Pierre Trividic, ambos franceses. A obra traz como roteiro a história de Anne-Marie, uma mulher na passagem entre os 40-50, portanto madura, e ainda muito atraente que trabalha como assistente social. Por ansiar maior liberdade "para si" Anne deixa seu namorado mais jovem, continuando no entanto a se encontrarem. Até que Alex conta que vem se encontrando com outra mulher, e daí por diante Anne-Marie lentamente naufraga rumo à locura e obsessão pela nova namorada de Alex.
Como perceberam, o texto acima foi uma síntese do filme para incitá-los a irem na Mostra, mas vamos nos ater ao que nos interessa no momento.
O ponto de reflexão advindo desse filme, veio extamente do questionamento que constantemente faço: Será que realmente a linha entre a razão e loucura é extremamente tênue?
Bem, infelizmente, ainda não sou dotada de tanto conhecimento, aliás, se soubesse tal resposta, estaria rica...mas isso não me desmotiva, pois com certeza muitos psiquiatras também ainda não a tenha.
Mas tal questionamento, leva-me a pensar em outro assunto: vivemos na era do efêmero, onde não somente os objetos se tornaram passageiros, mas as próprias relações. E dentro desse contexto, sofremos com a "a falta que faz", isto é, enquanto o individualismo pós-industrial nos leva a sentir o reflexo desse fenômeno, padecemos de relações concisas, meramente superficiais, medíocres.
Nesse sentido, penso que ninguém nasceu para ser impar e sim para ser par, tendo como objetivo a coletividade, por menor que seja.
É perceptivo, que nós seres humanos precisamos de outros da nossa espécie para sobreviver. E para que fique bem claro, meus caros, não faço minha colocação somente no sentido da reprodução, pois isto pode ser suprido pela ciência. Mas pontuo no âmbito da necessidade de troca de afetos, troca de conhecimento, enfim, de ser um sujeito social.
E isso tudo, dentro de uma visão bem critica, pois reconheço ser uma pessoa não muito sociável.
Contudo, por mais que alguns de nós sejamos possuidores da habilidade de viver sem parceiros, não devemos confundir esse tipo de relação com a relação em questão. Pois esta vem da necessidade de outros para nos auxiliar na formação do ser social. Afinal, isso só conquistamos através de relações de intimidade,veracidade, e que somente criamos entre familiares e amigos. No entanto, desta relação, muitas vezes fugimos. E por diversos fatores: Medo, Dificuldade em iniciar uma relação, dificuldade na manutenção das relações, entre outros itens.
Mas convenhamos, queremos ser parte, isto é, nos sentir parte, e para isso podemos dar o primeiro passo: revelar o nosso infinito particular, permitindo que assim sejamos descobertos, conhecidos.
Se será fácil?
Com certeza, não. Antes o contrário, será inundado de muitos contras.
Contudo, entre a dor de estar só no meio da multidão, antes arriscar-me nas aventuras das relações, e como bem diz Marisa Monte "só não se perca ao entrar no meu infinito particular".
E os amigos, irão aprender a respeitar os momentos de individualidade que é totalmente diferente de individualismo.
Até mais.