(...)Every breath you take, Every move you make,
Every bond you break,
Every step you take,
I'll be watching you(...)
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Como gosto de que os meus textos sejam lidos e sei que vocês não têm muita paciência para textos longos, vou tentar abordar este tema de uma forma sucinta e peço desde já que tenham isto em consideração. Falar sobre este assunto, dá pano para mangas e bainhas e dava para eu usar muitas letrinhas. Mas como é incontestável não o vou poder aprofundar como ambicionaria. Isto não é propriamente a revista "Cosmopolitan"aonde teria mais espaço e vocês poderiam pegar nela e ir ler com calma o texto para a casa-de-banho. Explicações à parte, contagem decrescente para o início do texto:
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Nunca compreendi os ciúmes. Os terrestres são estranhos, sim. Mas nunca consegui processar verdadeiramente na minha cabeça, o conceito de ciúmes numa relação a dois.
Aquele tipo de relações em que o casal partilha uma vida e onde não há motivos para existirem ciúmes. Quero dizer: nenhumas das partes tem uma conduta que possa ser posta em causa. E esta é posta em causa. Não alcanço o motivo de um deles, começar a "bater mal" e a suspeitar do parceiro. É como se um Alien lhe tivesse instalado um "chip" e de repente este começasse a desconfiar a torto e a direito de tudo o que a sua cara-metade realiza.
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É ridículo. Os homens desconfiam de com quem elas falam ao telefone. Com quem se dão no emprego. Desconfiam das amigas porque as podem levar para o caminho da perdição. Chegam a casa e são interrogadas, examinadas, sondadas até à exaustão. Basicamente o que lhes estão a chamar é de: VACAS! Sim. Estão a verbalizar: tu, mal eu viro as costas vais-te colocar debaixo do primeiro gajo que apareça. E elas ou escolhem aturar isto, ou pegam nas malas e porta fora. É humilhar a parceira basicamente, até ela dizer chega. Se não vivem juntos, não é preciso fazer as malas. Os tempos são outros. Manda-se uma sms a dizer: és doente, cansei-me!
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Elas, seja o marido ou o companheiro, um homem lindo de morrer ou a maior aberração à face do planeta metem na cabeça de que todas as mulheres os querem comer. E chegam ao ponto de ler as mensagens do telemóvel, de snifar que nem caniches as camisas, de verificar os cartões de crédito, até de os seguir. Enfim, de fazer figuras tristes. Quando muito provavelmente o homem até dá graças aos céus por ter conseguido engatar aquela mulher e casado com ela. Isto antes de ela ter tido o "chip" instalado.
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Ciúmes. Insanidade temporária?
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Como se cura?
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O ser humano aprende com a experiência e algum sofrimento. Sim porque o ser humano é como o macaco, se lhes damos choques eléctricos eles mudam o seu comportamento. Estes seres humanos, à custa de perderem outros que amavam graças aos malditos ciúmes, começam a pesar as suas atitudes. Pode levar o seu tempo. Mas vão mudando. Até que algures no espaço e no tempo aparece outro ser humano que voltam a amar e que devido à experiência dos choques eléctricos, começam a olhar para a relação de outra forma. E mesmo que tenham pequenas recaídas, guardam-nas para si. Estes seres humanos vencem os ciúmes. Vencem a doença. Esta doença tão triste, que degrada tanto o ser humano.
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Uma relação para funcionar é necessário que o outro saiba dar ao seu companheiro/a espaço. Que não esteja constantemente a respirar em cima do seu pescoço. A palavra "indivíduo" não existe à toa. Apesar de formarem um casal, dentro desse casal existem dois indivíduos que necessitam de ar, se esse ar é suprimido por um ciúme doentio, o outro não tem como respirar, como viver. É assim que eu vejo os ciúmes.
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Quem ama não desconfia, confia.
O ciúme mata o amor.
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Mas isto sou só eu.
Deu-me para aqui, a importância da ervilha na alimentação Portuguesa é algo em que também ando a pensar. Fica para a próxima.
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My wife's jealousy is getting ridiculous.
The other day she looked at
my calendar and wanted to know who May was.
Rodney Dangerfield
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The jealous are possessed by a
mad devil and a dull spirit at the same time.
Johann Kaspar Lavater