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Projetos de Pesquisa
Adorno Benjamin Brecht: o legado de uma controv�rsia
Coordena��o: Patrick Pessoa
Este projeto de pesquisa possui tr�s etapas relativamente aut�nomas: na primeira, a an�lise das cartas trocadas por Walter Benjamin e Theodor Adorno ao longo da d�cada de 1930 serve para mapear as principais diverg�ncias entre ambos e as quest�es est�ticas persistentes presentes em suas obras; na segunda, o foco � a obra brechtiana e, mais especificamente, os textos que tanto Benjamin quanto Adorno escreveram sobre Bertolt Brecht, nos quais assomam compreens�es bastante distintas da import�ncia do dramaturgo e do alcance (est�tico e pol�tico) de sua obra; na terceira, o intuito � investigar o legado da controv�rsia entre Adorno e Benjamin (em torno de Brecht) para o debate est�tico contempor�neo, com base em uma an�lise das quatro vers�es do c�lebre texto de Walter Benjamin sobre �A obra de arte na era de sua reprodutibilidade t�cnica� � luz das posi��es assumidas por Adorno em ensaios que servem de resposta a essa (suposta) brechtianiza��o do pensamento benjaminiano. Esta pesquisa, inesperadamente, acabou por incluir a tradu��o de uma pe�a do jovem Brecht, "Na selva das cidades", publicada em livro em 1926, e tamb�m o trabalho como dramaturgista e ator na montagem desta pe�a realizada pelo diretor Aderbal Freire-Filho em 2011. Ela ser� conclu�da com a publica��o, em 2012, da referida tradu��o acompanhada de um extenso ensaio cr�tico sobre a pe�a, no qual ser�o discutidas as quest�es levantadas tanto por Benjamin quanto por Adorno no que diz respeito � dramaturgia brechtiana e �s complexas rela��es entre arte e pol�tica que lhe servem de pano de fundo.
Fundamentos para uma est�tica aplicada ao cinema
Coordena��o: Patrick Pessoa
O ponto de partida deste projeto � a convic��o de que a filosofia da arte deve ser radicada na cr�tica de arte, isto �, na an�lise de obras de arte espec�ficas. Essa convic��o, que exige o abandono do car�ter abstrato e totalizante das est�ticas tradicionais em prol do que se poderia chamar de �est�tica aplicada�, � a radicaliza��o do pensamento dos primeiros rom�nticos alem�es, especialmente Friedrich Schlegel e Novalis, cujo conceito de cr�tica de arte foi o tema da tese de doutorado de Walter Benjamin. Se, em um fragmento publicado na revista Athen�um, Schlegel afirmou que �toda interpreta��o filos�fica de uma obra de arte deveria ser ao mesmo tempo uma filosofia da interpreta��o�, esta pesquisa pressup�e que toda filosofia da interpreta��o deveria ser simultaneamente a interpreta��o filos�fica de uma obra de arte. Ocorre que uma interpreta��o filos�fica de uma obra de arte liter�ria exige uma fundamenta��o distinta da interpreta��o filos�fica de uma obra cinematogr�fica. Por isso, este projeto foi dividido em tr�s partes: a primeira ser� dedicada a mapear as contribui��es de alguns dos principais fil�sofos da tradi��o ao que se poderia chamar de uma filosofia do cinema; a segunda ser� voltada para o estudo de algumas obras seminais para a fundamenta��o da especificidade da cr�tica de cinema face � cr�tica de outras formas de arte; finalmente, a �ltima parte deste projeto ser� dedicada � reda��o de um livro em que os 40 cl�ssicos da tradi��o cinematogr�fica que integraram a mostra �A hist�ria da filosofia em 40 filmes�, que organizei no Teatro Nelson Rodrigues, juntamente com Alexandre Costa, entre maio de 2009 e fevereiro de 2010, ser�o interpretados filosoficamente � luz do conceito de cr�tica fundamentado pelas duas primeiras etapas da pesquisa. Este livro dever� ser lan�ado em 2012, concluindo esta pesquisa.
Imagina��o e sensibilidade na est�tica kantiana
Coordena��o: Vladimir Vieira
O objetivo central dessa pesquisa consiste em ganhar clareza sobre o papel que sensibilidade e imagina��o desempenham para a doutrina est�tica kantiana, tal como exposta na Cr�tica da faculdade de julgar. Duas hip�teses, a serem verificadas ao longo do trabalho, servem de fundamento para essa investiga��o. Em primeiro lugar, a participa��o das faculdades ditas inferiores na solu��o que � desenvolvida na terceira cr�tica � tribut�ria do modo como elas s�o abordadas no per�odo pr�-moderno desse debate, isto �, no contexto das discuss�es sobre belo e sublime que se desenvolveram, especialmente na Inglaterra, ao longo do s�culo XVIII. Em segundo lugar, se por um lado o modo como Kant articula esse legado em sua obra d� testemunho de suas origens, por outro ele tamb�m o radicaliza em certas dire��es que indicam uma ruptura com essa mesma tradi��o.
O papel da Bildung na est�tica alem� do s�culo XIX
Coordena��o: Vladimir Vieira
Este projeto tem por objetivo analisar o desenvolvimento da quest�o da Bildung no pensamento est�tico alem�o do s�culo XIX. Tal problema, que det�m uma relev�ncia apenas marginal na terceira cr�tica de Kant, ganhar� entre os autores que escreveram sob sua influ�ncia na Alemanha um destaque cada vez maior, articulando-se, de modo mais profundo, com a tentativa de fundar uma identidade nacional tomando a Antiguidade, especialmente grega, como um modelo a partir do qual se pode refletir sobre o moderno.
A recep��o da obra de arte. Uma investiga��o a partir de Kant, Benjamin e Gadamer.
Coordena��o: Bernardo Oliveira
Este projeto visa abordar obras filos�ficas que enfatizaram a experi�ncia da obra de arte pelo vi�s da atividade da sua recep��o, ou seja, que enfatizam a constru��o da arte em seu processo de julgamento, de cr�tica ou de interpreta��o. Os autores escolhidos s�o Kant, Benjamin e Gadamer, os quais, de modos diversos, enfatizaram processos de recep��o como constituidores disto que denominamos obra de arte, seja atrav�s do julgamento de gosto, que marca um modo de rela��o com um objeto que recusa a leitura finalista, ou atrav�s da explicita��o da criticabilidade/intepretabilidade da obra. Assim, Walter Benjamin postulou a criticabilidade como conceito-chave do problema filos�fico da arte, retomando o tema dos primeiros rom�nticos alem�es, F. Schlegel e Novalis, estes, por sua vez, fortemente determinados pela leitura da terceira cr�tica kantiana. J� Gadamer retoma em parte o pensamento rom�ntico, atrav�s da an�lise dos elementos constituintes do processo de interpreta��o, realizando tamb�m, uma importante releitura da terceira cr�tica kantiana. Os dois autores do s�c. XX s�o, neste projeto, abordados como desdobramentos da perspectiva aberta pela Cr�tica da faculdade do ju�zo, de Kant, que, em sua primeira parte, aborda uma forma paradigm�tica da capacidade de julgar reflexiva, o ju�zo de gosto puro, que tem, para a est�tica, o resultado de deslocar o eixo do problema da beleza, natural ou art�stica, das qualidades do objeto para a modalidade do ju�zo a seu respeito, ou seja, para a recep��o, entendida aqui em sentido lato de produtividade iniciada ap�s o contato intuitivo com o objeto, por�m, fundado em princ�pios a priori da pr�pria faculdade de julgar reflexiva. O pensamento rom�ntico, em sua apropria��o benjaminiana e gadameriana, ser� o ponto de articula��o hist�rica entre Kant e os autores contempor�neos escolhidos.
Sublime, est�tica e modernidade em Friedrich Schiller
Coordena��o: Pedro S�ssekind
Pretendo desenvolver um estudo sobre o pensamento de Friedrich Schiller, identificado como um precursor da est�tica filos�fica desenvolvida a partir do s�culo XIX. Um plano de pesquisa que acompanhe desde os ensaios de 1791-2 at� o livro Poesia ing�nua e sentimental, de 1796, abrange praticamente toda a produ��o te�rica do autor nos anos em que ele se dedicou � Est�tica. Essa pesquisa mostrar� como Schiller, partindo de uma discuss�o sobre o belo e o sublime baseada na Cr�tica da faculdade do ju�zo, procurou pensar filosoficamente a arte e antecipou-se aos prop�sitos da Est�tica do Idealismo Alem�o. A refer�ncia � filosofia de Kant e a discuss�o sobre as principais no��es est�ticas da terceira cr�tica se encontram especialmente nos ensaios �Gra�a e dignidade� e �Do sublime�, assim como nas cartas a K�rner (Kallias ou sobre a beleza). J� nos ensaios de Schiller sobre a trag�dia, esta pesquisa abordar� um desdobramento espec�fico: a proposta inovadora de uma reflex�o sobre o tr�gico baseada n�o mais na tradi��o aristot�lica, mas sim no conceito de sublime, ligado � quest�o da liberdade. Essa reflex�o busca uma articula��o entre as id�ias da raz�o e o mundo sens�vel, identificando a arte e a est�tica como dimens�o articuladora. Evidencia-se, assim, a necessidade de uma compreens�o do papel da est�tica na sociedade, tema de Sobre a educa��o est�tica do homem. Como tentativa de definir a cultura moderna, em compara��o com a cultura antiga e de discutir a tarefa da poesia na �poca de Schiller, Poesia ing�nua e sentimental rompe com as no��es tradicionais da po�tica e indica uma via nova de considera��o da arte. � preciso investigar, ent�o, de que modo sua reflex�o sobre as caracter�sticas da cultura moderna e sobre o papel da arte nessa cultura se articulam ao projeto de uma educa��o est�tica.
O sublime na est�tica contempor�nea
Coordena��o: Pedro S�ssekind
Meu objetivo nesta pesquisa � investigar teorias contempor�neas do sublime, para elaborar tr�s hip�teses principais. (1) A primeira hip�tese � a de que a passagem da teoria moderna para a teoria contempor�nea do sublime est� ligada n�o s� � transposi��o do sublime na natureza para o sublime na arte, mas tamb�m a uma apropria��o, em novo contexto hist�rico, de ideias elaboradas por autores modernos. (2) A segunda hip�tese � a de que o conceito de sublime caracteriza o rumo da arte, ou a nova fun��o da arte na cultura, ap�s um processo hist�rico de ruptura com rela��o ao sentido e � fun��o tradicionais. (3) A terceira hip�tese � a de que existe, como indica Nancy, um nexo fundamental entre a teoria do sublime e as teorias atuais do fim da arte. Essa investiga��o ter� como base as obras de tr�s fil�sofos contempor�neos que refletiram sobre o tema do sublime ou sobre o tema do fim da arte: Adorno, Lyotard e Danto. Trata-se de autores que prop�em retomadas e discuss�es de teorias elaboradas por fil�sofos modernos, por isso levarei em conta, a cada etapa, as refer�ncias principais de cada proposta: a teoria de Burke, no caso de Lyotard; a teoria de Kant, no caso de Adorno; a filosofia da arte de Hegel, no caso de Danto.