A Geografia como ciência carrega em si o processo educacional, denominado de Educação Geográfica. Nesse escopo, o ensinar e o aprender, cada qual com seu método de abordagem, geram conhecimento e requer ir além da metodologia de ensino e...
moreA Geografia como ciência carrega em si o processo educacional, denominado de Educação Geográfica. Nesse escopo, o ensinar e o aprender, cada qual com seu método de abordagem, geram conhecimento e requer ir além da metodologia de ensino e didática, deve transmutar o aprendizado para seu cotidiano. A educação nessa realidade geográfica, torna-se estratégia para compreensão de várias geografias, que na sua maioria é visual. Porém, uma delas é a geografia que não se vê, mas que está nos outros sentidos carreados por outras sensações seja em conjunto com a audição, cinestésica, hápticas, entre outras. E o desafio nessa reflexão, se materializa em como ensinar o que é visível para quem não enxerga? Respondendo a essa questão, este capítulo visa apresentar a experiência de como ensinar um conteúdo geográfico do campo da geomorfologia, da educação superior em Geografia para quem não enxerga, trazendo aspectos da educação inclusiva e suas conquistas sociais demonstrada na legislação; trazer o exemplo de um ramo da Geomorfologia tratada na disciplina “Geomorfologia do Quaternário e Mudanças Climáticas Globais” que no seu processo de ensinar é prioritariamente visual, porém sendo adaptada para o invisível através da Metodologia LabTATE. E também mostrar como um curso de graduação em geografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) conseguiu formar no Bacharelado e Licenciatura uma estudante deficiente visual congênita, permitindo a Geografia transitar numa linguagem tátil e sonora, atendendo a uma educação geográfica inclusiva.