Defense Industrial Base

O Brasil e a Índia compartilham semelhanças, tais como grande população, economia e democracia em amadurecimento. Além disso, os dois países são importantes membros dos acrônimos IBAS e BRICS. A similaridade dos países nos supramencionados quesitos proporcionam o status de futuras potências mundiais. Sendo assim, as Políticas de Defesa de Índia e Brasil possuem grande relevância no mundo contemporâneo. Tendo isso como foco, o objeto do trabalho em pauta é uma pesquisa comparada das Políticas de Defesa da Índia e do Brasil, a fim de melhor compreender as diferenças e semelhanças, bem como eventuais conexões já existentes de que possam se estabelecer ou ampliar. O tema insere-se na linha de pesquisa de Estudos da Paz e da Guerra e se revela bastante atual, justificando-se pela análise de suas Políticas de Defesa de forma comparativa, a fim de buscar melhor entendimento sobre as possibilidades e limitações de uma agenda de Defesa em comum. Para consecução dos objetivos foi realizada uma pesquisa bibliográfica baseada em livros, publicações, artigos científicos nacionais e estrangeiros e outros documentos ligados ao tema, além de consultas de apoio à Aditância Militar da Índia e em endereços eletrônicos de think tanks de renome. Metodologicamente, o trabalho se baseou em um estudo comparado, por concordâncias e discrepâncias, dos modelos estudados. Em sua elaboração foi considerada a análise dos modelos de Políticas de Defesa para avaliação, com base em parâmetros específicos, incluindo tanto o modelo brasileiro, quanto o modelo indiano, bem como a análise dos pontos de aproximação e de afastamento de cada modelo. Os resultados apresentados permitirão elaborar um conjunto de evidências sobre a situação das Políticas de Defesa dos países em estudo, identificando as principais características de cada modelo. Por fim, integrando os conhecimentos adquiridos, foi verificada a oportunidade de contribuir para a temática de Defesa ao constatar conexões entre o Brasil e a Índia possíveis de se estabelecer ou de se ampliar.

We are experiencing a technical revolution in biotechnology that will change the way we live as much as any technological advance in human history. Advances in gene sequencing, gene editing, and gene synthesis have shifted our relationship with the building blocks of life. This new science, synthetic biology, is in its early stages but has already created distinct threats and opportunities in US national security. It promises advances in materials science, manufacturing, logistics, sensor technology, medicine, health care, and human augmentation while simultaneously increasing the possibility and severity of man-made pandemics through unintended consequences in genetic experiments or improved bioweapons. This article proposes a National Strategy for Synthetic Biology (NSSB) to defend the homeland and promote American strength by building security into synthetic biology and by making synthetic biology an investment priority. The United States can achieve greater security by regulating and controlling synthetic biology to prevent unintended consequences while investing in people and industries to maintain a security advantage in the field.

The defense industry is part of a country’s industrial base and often has multiple uses, serving both civilian and military purposes. It does not stand alone and is a significant part of the country’s industry. From this perspective, this article demonstrates the Brazilian military’s influence on industrialization policies. Such influence has not always been vested with legitimacy, as in the 1964 coup d’état and the subsequent military government (1964-1985), nor has it always been due to internal reasons. Political-military events, such as World War I and especially World War II, have directly affected the country’s industrialization policies. The methodology employed in this article is a review of policies, institutions, laws, and historical facts. The conclusions highlight that during the 20th century Brazil went from the stage of not producing defense equipment to the status of one of the largest exporters in the world. This role underwent profound changes in the 1990s, and 2000s. However, there are threats that a new dictatorship could be established in Brazil. If the country suffers another democratic-era coup d’état, what happened in the 1990s could repeat itself. That is, deindustrialization and the subsequent dismantling of what remains of the defense industry, which would also affect the civilian industry. Keywords: Brazilian industry; Brazilian defense industrial base; military influence in Brazil; defense industry; civil-military relations.

This research project studies the feasibility of managing of Army Aviation simulation devices through the system of Public-Private Partnership. Initially, the research shows the evolution of public management models used in the modern state. The following, general aspects of supply management and managerial characteristics in the Brazilian Army were evidenced. These topics observed also issues related to Brazilian law. Similarly, the documents related to Public-Private Partnership were studied, covering concepts, experiences and laws, as of foreign countries as Brazil, both in civil and in military areas. Continuing, the research described the characteristics and peculiarities of flight simulation devices and presented the use of these equipments in other nations and in Brazilian Army Aviation. Finally, the management of Army Aviation simulation devices through traditional public arrangements and the Public-Private Partnership were analyzed, where items concerning efficiency and sustainability in the implementation of these two models were highlighted. In addition, focal points of management for PPP also were listed with the National Defense Policy, National Defense Strategy and the Brazilian Army Transformation Process.
Key-words: Public-Private Partnership. Brazilian Army. Army Aviation. Public Management. Simulation devices. Flight Simulator. Technology. Defense. Defense Industrial Base.

Este artigo pretende investigar a viabilidade da constituição de uma Base Industrial de Defesa Sul-Americana (BIDSA), que é um dos objetivos específicos do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS) e, sendo viável, quais são os benefícios econômicos para a região. Para tanto, foi realizada uma revisão da literatura, quando diversas fontes bibliográficas fo-ram analisadas, no sentido de subsidiar a pesquisa em questão. A fim de amparar os resul-tados, a fundamentação teórica abordou experiências de cooperação industrial na OTAN e na Base Industrial e Tecnológica de Defesa Europeia. Foi verificado que a constituição de uma BIDSA seria viável podendo gerar benefícios para a toda a região, no entanto, será uma tarefa bastante complexa e exigirá uma série de medidas por parte dos Estados, indús-trias e organismos multilaterais. A BIDSA representaria uma oportunidade para, conjunta-mente, desenvolver e capacitar a indústria sul-americana de defesa e dinamizar a economia regional. Seria a oportunidade de substituir a condição dos países da América do Sul de meros compradores para a posição de participantes de projetos, desenvolvimento e produ-ção de produtos de defesa.

ABSTRACT This article intends to investigate the feasibility of setting up a South American Defense Industrial Base (BIDSA), which is one of the specific objectives of the Council of South American Defense (CDS) and the economic benefits arising from it. for the region. Thus, a literature review was carried out when different sources of literature were subject to a close analysis, to base the research in question. In order to subsidize the results, the theoretical framework addresses industrial cooperation experiences in North Atlantic Treaty Organization (NATO) and European Defense Technological and Industrial Base. It was found that the formation of a BIDSA would be feasible and could generate benefits for the whole region , however, it is a complex task and will require a series of measures by States, industries and multilateral organizations. The BIDSA represents an opportunity to jointly develop and empower the South American defense industry and stimulating the regional economy. It would be the opportunity for the South American countries to change their condition from mere buyers to projects participants, developers and defense material producers.

O livro apresenta resultados de pesquisas e análises científicas sobre fenômenos nacionais e internacionais que manifestam a interação entre Estado, Instituições e Inovação na constituição de polos produtivos integrados aos setores de Defesa e Segurança. É parte dos esforços de mobilização da comunidade científica, além de stakeholders civis e militares, pelo Grupo de Estudos em Capacidade Estatal, Segurança e Defesa (GECAP) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), desde a sua fundação, em 2015. O objetivo fundamental é a propagação de conhecimento confiável e acessível sobre tema tão sensível ao desenvolvimento regional e nacional. São abordadas as problemáticas da gestão da Tríplice Hélice, as adaptações das ­firmas, as capacidades estatais necessárias, os modelos de governança disponíveis, os arranjos institucionais fortalecedores da inovação, além da importância da inserção internacional política e comercial. Essas e outras questões são colocadas à luz de experiências internacionais e nacionais, com o intuito de avaliar e prospectar caminhos para o desenvolvimento do Polo de Defesa e Segurança de Santa Maria-RS e de iniciativas semelhantes no Brasil.

Após considerações sobre a indústria de defesa e segurança circunstanciada pelas principais fases do capitalismo industrial, apresentam-se ensinamentos teóricos, sobre firmas, dos neoclássicos, em sua versão disseminada em manuais de economia, da teoria dos custos de transação (TCT), da teoria do crescimento da firma, de Edith Penrose, e, por fim, da abordagem evolucionária neoschumpeteriana. Encerra-se o texto com a confrontação entre as teorias em quadro comparativo seguido da análise de qual teoria é relevante para auxiliar a compreensão de processos de desenvolvimento da indústria de defesa e segurança.

Capítulo 2 do livro "Polos de Defesa e Segurança: Estado, instituições e inovação", organizado por Igor Castellano da Silva e Júlio Eduardo Rohenkohl.