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Depois de Freud e da psicanálise impôs-se uma nova ideia de arte, a de uma procura em direção ao interior. Seja ela tipificada no corpo orgânico e visceral, de alguns quadros de Soutine, de Bacon, nos corpos fatigados do escultor contemporâneo Ron Mueck, ou recuando mais atrás, no "Boi Esventrado" de Rembrandt. Na paisagem, orgânica também, é visível marca desse interior nos primeiros expressionistas, Munch, Van Gogh, Kirschner, e ainda nalguns desenhos de árvores solitárias e despidas de Schiele, e que a par o nosso Alvarez, pinta em recortes surdos da Galiza. Essa ideia de arte introspetiva exploradora dos trilhos mais recônditos do nosso ser é tomada pelos surrealistas numa aventura a que chamaram de "automatismo psíquico", sedentos que estavam de chegar mais além do que o consciente permitia, e que se desenha nas pinturas de areia de Masson, nos "Raiogramas" de Man Ray, nas florestas assombradas de Max Ernst, nos enigmas de Magritte, ou nas "Soprofiguras" e nas "Sismografias" de Cesariny.
Resenha do Livro Do Material ao Imaterial: patrimônios culturais do Brasil. CORÁ, Maria Amélia Jundurian. São Paulo: EDUC, FAPESP, 2014. 360p.
Revista internacional de folkcomunicação, 2021
O artigo mostra as estratégias para a preservação de saberes e fazeres tradicionais. O objeto da pesquisa são projetos documentais transmídia que por meio da digitalização difundem expressões culturais de uma comunidade. O estudo parte da análise de dois proje tos surgidos após o Iphan declarar que o Som dos Sinos e o Ofício de Sineiro são considerados Patrimônio Cultural Imaterial. O objetivo é analisar como a digitalização de patrimônios, por meio de projetos documentais transmídia, permite a preservação e a disseminação de bens culturais. Para discutir sobre documentário transmídia utilizam-se os estudos de Jenkins (2009) e (2011), Renó (2013) e Gosciola (2014). À luz da teoria da modernidade tardia o estudo ampara-se em Giddens (2000) e Luvizotto (2010) para dissertar sobre o caráter de continuidade de tradições que são reincorporadas e reinventadas no ciberespaço. Conclui-se, portanto, que a formatação de projetos transmídia sobre patrimônios imaterias atua na preservação e difusão de saberes e expressões culturais.
Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 2024
O Pampa Gaúcho é um vasto território carregado de características materiais e imateriais, que apresentam como potencialidades e oportunidades para a agropecuária familiar agroecológica. A presente pesquisa visa identificar os aspectos materiais e imateriais presentes na agricultura e na pecuária familiar agroecológica no Pampa Gaúcho. A pesquisa se classifica como qualitativa e exploratória e foi realizada a partir de estudo de caso. As técnicas de coleta de dados foram: entrevistas semiestruturadas e observação não participante. Efetuaram-se 15 entrevistas entre outubro de 2021 e fevereiro de 2022: quatro com agentes de desenvolvimento e onze com agricultores e pecuaristas familiares agroecológicos. O tratamento dos dados ocorreu por análise de conteúdo. Os resultados indicam que os atributos materiais do território estão mais relacionados às percepções dos agricultores familiares agroecológicos vinculadas ao ambiente natural e às questões produtivas de reprodução social. Já os atributos imateriais do território vinculam-se, em maior grau, às perspectivas dos pecuaristas familiares agroecológicos em relação ao modo de vida e à forma afetiva que associam a produção aos recursos naturais disponíveis no Pampa Gaúcho. Conclui-se que neste território há uma riqueza de particularidades que o projeta como um ambiente único para o desenvolvimento de práticas produtivas agroecológicas e conservação do bioma.
esocite.org.br
Resumo: A inserção de novas tecnologias no campo da arte sempre gerou discussões acerca do que passaria ou deixaria de ser considerado arte propriamente a partir delas. Desde a dita "era da reprodutibilidade técnica" em que Walter Benjamin anunciava a perda da "Aura", ao minimalismo industrial de Donald Judd, o objeto artístico foi progressivamente desvinculando-se de seu gêniocriador, questionando valores que iam desde a sua execução por máquinas que substituíam progressivamente a mão do virtuoso artista, perdendo seu valor de culto e exposição, a medida que não distinguíamos cópia e original, conquistando espaços cada vez mais diluídos, expandindo o interior da galeria ao plano real: o urbano. Nesse artigo apresento e analiso uma série de recentes trabalhos de artemídia à luz das reflexões de Hanna Arendt em seu livro "A Condição Humana". Como se dão as relações humanas em trabalhos mecanizados por interfaces eletrônicas?
Habitus, 2008
M úsica e literatura, imagens fotográficas e grafismos, escultura e cerâmica compõem a temática deste volume dedicado às artes pré-histórica e popular, em sua interface com a questão do patrimônio cultural, aqui enfocadas sob perspectivas disciplinares diversificadas. As contribuições reunidas resultam, em sua maior parte, dos trabalhos decorrentes da organização da IV Semana do Patrimônio Cultural, organizada sob o lema da "Arte: da pré-história à cultura popular", promovida pelo Mestrado Profissional em Gestão do Patrimônio Cultural (IGPA/UCG), com o apoio da CAPES. Com o objetivo de reunir expoentes nacionais da temática e subsidiar a formação de profissionais e pesquisadores da questão, a Semana do Patrimônio tem sido organizada com periodicidade anual na cidade de Goiânia. A presente edição é devedora dos esforço conjunto dos docentes Sibeli Aparecida Viana, Marlene Ossami de Moura, Klaas Woortmann e Izabel Missagia de Mattos que organizaram o evento ocorrido em novembro de 2006. Trata-se, portanto, de uma edição especial deste periódico, que inclui, ao lado das conferências proferidas e de comunicações selecionadas entre as apresentadas por pesquisadores da temática Arte e Patrimônio, contribuições de autores presentes EDITORIAL
Patrimonio E Memoria, 2007
Este artigo busca discutir o conceito de arte patrimonial elaborado por Mário de Andrade para o anteprojeto de criação do Serviço do Patrimônio Artístico e Nacional-SPAN, em 1936, como elemento indiciário da trajetória de uma concepção ampla de patrimônio cultural configurada no decreto 3.551/2000, que instituiu o registro e inventário do patrimônio cultural de natureza imaterial. Tendo-se como objetivo demonstrar a atualidade do projeto andradino para o patrimônio cultural-sobretudo pela centralidade que ocupa o inventário em sua visão de preservar-procura-se reconstituir o percurso de constituição desse pensamento e prática preservacionista, cujo diálogo com as cartas, diário de viagem, crônicas, decretos-leis e literatura do período, revela uma fina sintonia com os projetos modernistas de construção da brasilidade, passando pelas viagens de descoberta do Brasil e pela experiência de Mário de
concinnitas.uerj.br
Com o desenvolvimento recente das políticas para o patrimônio ima-terial no Brasil, temos um campo em que os cientistas sociais são cha-mados à ação. Este texto, um exercício de reflexão sobre conceitos importantes na orientação dessas políticas, procura ressaltar a corre- ...
Tomemos a definição de trabalho imaterial dada por Lazzarato : do ponto de vista de seu 'conteúdo', "o trabalho imaterial é o trabalho que produz o conteúdo informacional e cultural da mercadoria (...). Do ponto de vista da 'forma', a atividade imaterial pode ser apreendida apenas pela 'implicação da subjetividade' e a cooperação produtiva do trabalhador coletivo" (1992/2: 54-55) ou ainda, trata-se da "produção e reprodução da comunicação e, portanto, seu conteúdo mais importante: a subjetividade." (1993/2). Nossa compreensão do trabalho cientificizado é diferente do que pudemos apreender nos vários autores que trataram deste assunto. A nosso ver, trata-se de uma forma social do trabalho que permanece apresentando os traços indicados por Marx, fundamentalmente o de se constituir numa interação do homem com seu mundo natural externo (sua natureza inorgânica) e com a sua própria natureza. O trabalho atual não é algo que implique a subjetividade dos agentes de maneira exclusiva ou independente das determinações objetivas da atividade -como o entende, entre outros, também Virno. 1 A chave da leitura dos Grundrisse feita por estes autores talvez não seja, ela, sim, o materialismo, mas um certo tipo de idealismo que entende os processos humanos à partir de um ponto de vista abstrato pelo qual são apenas certos complexos ideais, como a política, a ética ou a linguagem -entendidos como autônomos em relação ao trabalho e suas determinações, que podem explicar a vida humana e os problemas a ela correlatos.
Começo pelo seguinte questionamento: a precarização do trabalho é um fenômeno social recente ou remonta a outros períodos da história da sociedade capitalista? Há, pelo menos, duas formas, não excludentes, de compreendermos a questão da precarização do trabalho. A primeira delas está relacionada à estrutura de organização da sociedade capitalista em classes sociais. A primeira divisão do trabalho, como nos sugere Marx em O Capital (1988), constitui a sociedade capitalista como uma sociedade estruturalmente desigual. Na medida em que a formação social capitalista pressupõe a existência de uma classe que detém os meios de produção da vida e outra que está apartada desses meios de produção, pode-se concluir que o trabalho de tipo assalariado, trabalho típico da sociedade capitalista, em seu nascedouro se constitui estruturalmente como um trabalho precário. Precário no sentido em que se trata de uma atividade forçada (não livre) e que remete à subordinação e à exploração da classe trabalhadora pela classe capitalista. No entanto, o trabalho assalariado não nasce abstratamente. Ele é uma forma histórica e concreta que tem como objetivo central a reprodução dessa divisão em classes, isto é, que tem por objetivo, com base na produção de mercadorias, reproduzir as formas de exploração e dominação capitalistas. Em sua constituição tipicamente capitalista, a forma histórica do trabalho assalariado tem algumas características que remontam a produção baseada na maquinaria. Esse tipo de produção baseada na maquinaria, desenvolvida, sobretudo, no século XVIII e radicalizada nos séculos XIX, XX e XXI, passa por variadas transformações sociais. De um lado, podemos observar transformações técnicas e tecnológicas, de outro, transformações gerenciais, organizacionais e produtivas.
Veins of Influence, Colonial Sri Lanka (Ceylon) in Early Photographs and Collections, 2023
The Expository Times, 2000
Города и люди старой России. К юбилею профессора Н.В. Козловой. Сборник научных статей. Труды исторического факультета МГУ. Серия II. Исторические исследования. Вып. 163. Москва, 2023. , 2023
HUMANITAS - Uluslararası Sosyal Bilimler Dergisi
ACTA MUSEI TIBERIOPOLITANI, 2020
JURNAL RISET INDRAGIRI, 2022
BMC Medicine, 2019
Integrative Cancer Science and Therapeutics, 2017
Carcinogenesis, 1988
Ghana Medical Journal, 2016
Resources Policy, 2020
Revista Tecnologia e Sociedade, 2022
Chemischer Informationsdienst, 1978
Epìstemologìčnì doslìdžennâ u fìlosofìï, socìalʹnih ì polìtičnih naukah, 2021