Este artigo pretende contribuir na investigação sobre os modos como os saberes construtivos podem ser incorporados de maneira mais efetiva à prática arquitetônica. A discussão proposta aqui terá como foco o saber dos operários das obras, que considerados meros executores, não participam das discussões que subsidiam os projetos desenvolvidos. Entretanto, percebe-se que as práticas engendradas durante o ato construtivo são soluções potentes, encontradas ali, no saber-fazer, a partir de uma conjunção de experiências, simultaneamente, científicas e táteis, cerebrais e corporais. Para entender como esses saberes foram sendo excluídos do escopo técnico e como foram invisibilizados ao longo do tempo, será apresentada aqui uma breve cartografia das práticas construtivas hegemônicas, inclusive como elas se reproduzem por meio das práticas acadêmicas. Por fim, buscando uma melhor convergência entre as duas práticas, aborda-se a possibilidade de interlocução entre elas a partir do ensino de arquitetura, tentando construir uma aproximação com o trabalho no canteiro.
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