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Transtornos globais do desenvolvimento : impacto nos irmãos

2002

Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) caracterizam-se pelos comprometimentos qualitativos nas habilidades de interação social recíproca, habilidade de comunicação ou presenças de estereotipias de comportamento, interesses e atividades. A literatura tem documentado que tais características clínicas repercutem no funcionamento familiar. Percebe-se que os estudos nessa área têm privilegiado a investigação dos efeitos deste fenômeno nos pais, enquanto que aos irmãos tem sido dada pouca atenção. O presente estudo tem como objetivo investigar os diferentes sentimentos dos irmãos quanto à experiência de ter um irmão com Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Participaram da pesquisa 29 crianças e adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 8 e 18 anos, irmãos de indivíduos diagnosticados com Transtornos Globais do Desenvolvimento associados ou não a causas orgânicas. Para tanto, foi utilizada uma entrevista semi-estruturada, gravada e posteriormente transcrita, submetida à análise de conteúdo. Os dados preliminares revelaram a dificuldade dos participantes em expressarem os seus sentimentos sobre o impacto do Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) na família. Tal dificuldade em relação a sentimentos negativos, expressa na forma de ambigüidade das respostas, fuga do assunto proposto ou interrupções na entrevista, parece refletir uma certa resistência. Estes dados serão discutidos à luz da Teoria de Formação e Rompimento dos Laços Afetivos proposta por Bowlby e pela Teoria de Adaptação da Família à Enfermidade Crônica desenvolvida por Bradford.

Ciências Humanas TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO: IMPACTO NOS IRMÃOS. Joceline Fátima Zanchettin, Vanessa Fonseca Gomes, Cleonice Bosa (Departamento de Psicologia do Desenvolvimento – Instituto de Psicologia – Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) caracterizam-se pelos comprometimentos qualitativos nas habilidades de interação social recíproca, habilidade de comunicação ou presenças de estereotipias de comportamento, interesses e atividades. A literatura tem documentado que tais características clínicas repercutem no funcionamento familiar. Percebe-se que os estudos nessa área têm privilegiado a investigação dos efeitos deste fenômeno nos pais, enquanto que aos irmãos tem sido dada pouca atenção. O presente estudo tem como objetivo investigar os diferentes sentimentos dos irmãos quanto à experiência de ter um irmão com Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Participaram da pesquisa 29 crianças e adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 8 e 18 anos, irmãos de indivíduos diagnosticados com Transtornos Globais do Desenvolvimento associados ou não a causas orgânicas. Para tanto, foi utilizada uma entrevista semi-estruturada, gravada e posteriormente transcrita, submetida à análise de conteúdo. Os dados preliminares revelaram a dificuldade dos participantes em expressarem os seus sentimentos sobre o impacto do Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) na família. Tal dificuldade em relação a sentimentos negativos, expressa na forma de ambigüidade das respostas, fuga do assunto proposto ou interrupções na entrevista, parece refletir uma certa resistência. Estes dados serão discutidos à luz da Teoria de Formação e Rompimento dos Laços Afetivos proposta por Bowlby e pela Teoria de Adaptação da Família à Enfermidade Crônica desenvolvida por Bradford. (CNPq-PIBIC/UFRGS) 061 781