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Anais21CBA

2019, Anais21CBA

O 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos (21º CBA) propõe o debate sobre o tema Espaço e Democracia. O espaço, em suas diferentes escalas e perspectivas, é o objeto da atuação acadêmica, profissional e política dos arquitetos e urbanistas. A democracia, por sua vez, é uma das premissas fundamentais da sociedade contemporânea. Perceber e discutir as relações entre estes dois conceitos parece ser cada vez mais necessário para o desenvolvimento da profissão, da cultura e da sociedade. O 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos é um evento preparatório do UIA 2020 Rio e integrará diferentes aspectos do Congresso Mundial em suas atividades. A interação entre as temáticas Espaço e Democracia e Todos os Mundos um só Mundo, Arquitetura 21, torna presente o 21º CBA como o maior evento mundial de arquitetura e urbanismo. Por outro lado, em Porto Alegre, se dará destaque ao nacional e ao continente sul-americano. https://www.21cba.com.br/Site

21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS 2 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 3 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 Título: Anais: 21 Congresso Brasileiro de Arquitetos Formato: Ebook - pdf Paginação: 180 páginas Cidade: Porto Alegre Editora: Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento Rio Grande do Sul Temas: Arquitetura, Urbanismo, Planejamento Urbano, Espaço, Democracia Diagramação: Guilhermo Dexheimer Gil Design e Finalização: Palomar Estúdio www.palomarestudio.com ___________________________________________________________ C743 Congresso Brasileiro de Arquitetos: IAB-RS : Espaço e Democracia (21. : 2019 : Porto Alegre). Anais do 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos – Espaço e Democracia [recurso eletrônico], 09 a 12 de outubro de 2019 / Organizador: Natan Franciel Arend ; design: Guilhermo Dexheimer Gil .– Porto Alegre : IAB-RS, 2019. ISBN: 978-65-81401-00-9 1. Arquitetura. 2. Urbanismo. 3. Planejamento Urbano. 4. Espaço. 5. Democracia. I. Arend, Natan Franciel. II. Título. CDU 71 ___________________________________________________________ Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147 ANAIS DO 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS ORGANIZAÇÃO NATAN AREND Instituto de Arquitetos do Brasil 1ª edição Porto Alegre/RS 2019 4 5 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA FICHA TÉCNICA EQUIPE 21CBA PROMOÇÃO E REALIZAÇÃO: INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL. DIREÇÃO NACIONAL - IAB Presidente: Nivaldo Vieira de Andrade Júnior Secretário Geral: Luiz Antônio de Souza Vice-Presidente: Fabiano de Melo Duarte Rocha Vice-Presidentes Extraordinários: Vice-Presidente Extr. Caixa de Fomento e Sustentabilidade: Luís Reis Vice-Presidente Extr. de Valorização Profissional: Célio Melis Vice-Presidente Extr. de Núcleos: Aníbal Verri Júnior Vice Presidentes Regionais: Região Centro-Oeste: Carlos Lucas Mali Região Nordeste: Custódio Santos Região Norte: José Augusto Bessa Júnior Região Sudeste: Fernando Túlio Franco Região Sul: Carlos Alberto Sant’Ana Diretora Administrativa e Financeira: Solange Souza Araújo Diretor Cultural: Roberto Ghione INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL. DEPARTAMENTO DO RIO GRANDE DO SUL – IAB RS CONSELHO DIRETOR: Presidente: Rafael Pavan dos Passos 1º vice-Presidente: Maria Tereza Fortini Albano 2º Vice-Presidente: Ednezer Rodrigues Flores 3º Vice-Presidente: Clarice Misoczky Oliveira Diretor Administrativo: Marcelo Gribov Brinckmann Diretor Administrativo Adjunto: Elena Santos Graeff Diretor Financeiro: Marcelo Arioli Heck Diretor Financeiro Adjunto: Lucas Bernardes Volpatto Diretor Cultural: Tamaris Pivatto Diretor Cultural Adjunto: Camila Alberti Diretor Comunicação: Paula Motta CONSELHO FISCAL: Geraldo da Rocha Ozio Rômulo Plentz Giralt Tiziano Filizola CONSELHO SUPERIOR (titular e suplente): Briane Panitz Bicca (in memoriam) Clóvis Ilgenfritz da Silva Carlos Alberto Sant´Ana - Emilio Merino 6 Dominguez Cesar Dorfman - Paulo Ricardo Bregatto Claudio Fischer - Iran Fernando da Rosa Ivan Mizoguchi - Salma Cafruni Tiago Holzmann da Silva - Maria Dalila Bohrer CONSELHO ESTADUAL: Alexandre Pereira Santos Carlos Eduardo Pedone Paulo Renato Bicca Oritz Adriano Adams de Campos Andreia Bocian Gilda Maria Franco Jobim Fábio de Medeiros Albano Eloise de Brito Mudo Edmundo Borda Thomé Francisco Claudia Fávaro Suplentes: Fausto Steffen Cristiano Lindenmeyer Kunze Taiana Pitrez Tagliani Flávio Maya Simões Nara Helena Machado Heleniza Ávila Campos Carlos Fernando Seffrin Gabriela da Siqueira Alexandre Bento Horácio Lopes de Moraes CO-REALIZAÇÃO: CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO BRASIL – CAU/BR CONSELHO DIRETOR DO CAU/BR: Presidente: Antonio Luciano Guimarães (CE) 1ª Vice-Presidente: Maria Eliana Jubé Ribeiro (GO) Coordenadora da Comissão Ordinária de Exercício Profissional (CEP) 2º Vice-Presidente: Wilson Fernando de Andrade (MT) Coordenador da Comissão Ordinária de Planejamento e Finanças (CPFI) Andrea Lucia Vilella Arruda (IES) Coordenadora da Comissão Ordinária de Ensino e Formação (CEF) José Antônio Assis de Godoy (MG) Coordenador da Comissão Ordinária de Organização e Administração (COA) Nikson Dias de Oliveira (RR) Coordenador da Comissão Ordinária de Ética e Disciplina (CED) CONSELHEIROS (titular e suplente): AC Joselia Da Silva Alves Alfredo Renato Pena Braña AL Josemee Gomes de Lima Tania Maria Marinho de Gusmão AP Humberto Mauro Andrade Cruz - Leonardo de Jesus dos Santos Beltrão AM Claudemir Jose Andrade Werner Deimling Albuquerque BA Guivaldo D´Alexandria Baptista CE Antônio Luciano de Lima Guimarães - Henrique Alves Da Silva DF Raul Wanderley Gradim - Luis Fernando Zeferino ES Eduardo Pasquinelli Rocio Edézio Caldeira Filho GO Maria Eliana Jubé Ribeiro Marcia Guerrante Tavares MA Emerson do Nascimento Fraga - Lourival Jose Coelho Neto MT Wilson Fernando Vargas De Andrade - Luciano Narezi de Brito MS Osvaldo Abrao de Souza Fabio Luis da Silva MG Jose Antonio Assis de Godoy - Eduardo Fajardo Soares PA Juliano Pamplona Ximenes Ponte - Alice da Silva Rodrigues Rosas PB Helio Cavalcanti da Costa Lima - Cristina Evelise Vieira Alexandre PR Jeferson Dantas Navolar Milton Carlos Zanelatto Gonçalves PE Roberto Salomão do Amaral e Melo - Diego Lins Novaes Ferraz PI José Gerardo da Fonseca Soares - Fabrício Escórcio Benevides RJ Carlos Fernando de Souza Leão Andrade - Washington Menezes Fajardo RN Patrícia Silva Luz de Macedo - José Jefferson de Sousa RS Ednezer Rodrigues Flores RO Roseana de Almeida Vasconcelos - Tiago Roberto Gadelha RR Nikson Dias de Oliveira SC Ricardo Martins da Fonseca Giovani Bonetti SP Nadia Somekh - Helena Aparecida Ayoub Silva SE Fernando Marcio de Oliveira José Queiroz da Costa Filho TO Matozalém Sousa Santana Carlos Eduardo Cavalheiro Gonçalves IES Andrea Lúcia Vilella Arruda CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO RIO GRANDE DO SUL – CAU/RS CONSELHO DIRETOR DO CAU/BR: Presidente: Tiago Holzmann da Silva Vice-Presidente: Rui Mineiro Coordenador da Comissão Ordinária de de Ética e Disciplina (CED) Rômulo Plentz Giralt Coordenador da Comissão Ordinária de Planejamento e Finanças (CPFI) Cláudio Fischer Coordenador da Comissão Ordinária de 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 Ensino e Formação (CEF) Paulo Fernando do Amaral Fontana Coordenador da Comissão Ordinária de Organização e Administração (COA) Oritz Adriano Adams de Campos Coordenador da Comissão Ordinária de Exercício Profissional (CEP) CONSELHEIROS (titular e suplente): Alvino Jara - Felipe José Trucolo Claudio Fischer - Ana Rosa Sulzbach Cé Clóvis Ilgenfritz da Silva Carlos Fabiano Santos Pitzer Helenice Macedo do Couto - Marisa Potter José Arthur Fell - Antônio Cesar Cassol da Rocha Manoel Joaquim Tostes - Renata Camilo Maraschin Matias Revello Vazquez - Bernardo Henrique Gehlen Noe Vega Cotta de Mello - Roberta Krahe Edelweiss Oritz Adriano Adams de Campos Evelise Jaime de Menezes Paulo Fernando do Amaral Fontana Orildes Tres Paulo Ricardo Bregatto - Alexandre Couto Giorgi Priscila Terra Quesada - Emilio Merino Dominguez Raquel Rhoden Bresolin - Rodrigo Rintzel Roberto Luiz Decó - Marcia Elizabeth Martins Rodrigo Spinelli - Maurício Zuchetti Rômulo Plentz Giralt - Magali Mingotti Rui Mineiro - Deise Flores Santos Tiago Holzmann da Silva - Marta Floriani Volkmer Vinicius Vieira de Souza - Jorge Luíz Stocker Júnior CO-PROMOÇÃO: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ARQUITETOS PAISAGISTAS - ABAP Presidente: Luciana Bongiovanni Martins Schenk ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ENSINO DE ARQUITETURA - ABEA Presidente: João Carlos Correia ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA AsBEA Presidente: Gianfranco Vannucchi FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ARQUITETOS - FNA Presidente: Cicero Alvarez FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ARQUITETURA FeNEA SINDICATO DOS ARQUITETOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – SAERGS Diretora Presidente: Maria Teresa Peres de Souza ORGANIZAÇÃO, PRODUÇÃO E EQUIPE TÉCNICA: COMITÊ ORGANIZADOR DIREÇÃO: Camila Alberti Natan Arend Paula Motta Rafael Passos MEMBROS: Patrícia Greco Renata Saffer GT TEMÁRIO COORDENADOR DO COMITÊ TÉCNICO CIENTÍFICO: Ivan Mizoguchi RELATORA: Elena Graeff INTEGRANTES: Andrei Português Rosa Cláudia Fávaro Elena Graeff Heleniza Campos Iuri Hausen Mizoguchi Ivan Mizoguchi João Rovatti Luciana Miron Maria Dalila Bohrer Nara Machado Salma Cafruni PRODUÇÃO CUCO Produções Direção de Produção: Liége Biasotto Produção Executiva: Adauany Zimovski, Marina Mendo, Nonô Joris Produção das Atividades Artísticas: João Pedro Cé Produção das Exposições: Adauany Zimovski, Nonô Joris Assistentes de pré-produção: Aline Bueno, Antônia Wallig, João Felipe Wallig Assistentes de produção: Amanda Gatti, André Varela, Liége Ferreira, Renata Signoretti Coordenação Técnica: Bruno Mello Projeto - Feira de Arquitetura: Rodrigo Troyano Produção Executiva - Feira de Arquitetura: Nonô Joris Assistente de Produção - Feira de Arquitetura: Fabiana Santos de Souza EQUIPE DE PRODUÇÃO CAU/RS Josiane Bernardi (Secretária Geral) Claudivana Bittencourt (Secretária Executiva) Gabriela Belnhak (Jornalista) José Carlos da Silveira (Assistente SGM) Marcele Acosta (Assistente SGM) Mônica Marques (Assistente SGM) Luciana Lima (Assistente SGM) Luciano Antunes (Gerente de Comunicação) Luísa Kalil (Coordenadora de Comunicação) Vanessa Just Blanco (Pregoeira) Thiago Albrecht (Pregoeiro) Alexandre Noal dos Santos (Gerente Jurídico) EQUIPE DE PRODUÇÃO CAU/BR Daniela Demartini (Secretária Geral) Isabela Morato (assistente SGM) Julio Antonio de Oliveira Moreno (assessor de imprensa e comunicação) Laís Ramalho Maia (coordenadora SGM) Leonardo Lages Echeverria (assessor de comunicação) Luciana Mamede (supervisora SGM) Luciana Rubino (assessora institucional e parlamentar) Nayane Gonçalves (assistente de eventos) Pablo Emílio de Mattos Ferreira Leandre (assistente de comunicação) Raquelson dos Santos Lins (Chefe de Gabinete) APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS Coordenação de Apresentação de Trabalhos: Natan Arend Design Educacional do Conteúdo Digital e Coordenação da Avaliação de Trabalhos: Clarissa Tams COMITÊ DE TRABALHOS CIENTÍFICOS CONSULTORIA: Ana Pelegrini AVALIADORES: Ana Carolina Santos Pellegrini Ana Elisa Costa Angélica Benatti Alvim Angelica Ponzio Anna Paula Moura Canez Bruno César Euphrásio de Mello Carlos A. Ferreira Martins Carlos Eduardo Comas Claudia Costa Cabral Danilo Matoso Macedo Eleonora Lisboa Mascia Elisabete França Fabiano Borba Vianna Fabio Bortoli Flavio de Lemos Carsalade Heleniza Ávila Campos Inês Martina Lersch Irã José Taborda Dudeque João Rovati Juliano Pamplona Ximenes Pontes Leandro Manenti Letícia Thurmann Prudente Lídia Quiéto Viana Luciana Bongiovanni Martins Schenk Marcos Cereto Margareth Pereira Maria da Conceição Alves de Guimaraens Marta Peixoto Monika Stumpp Nicolás Sica Palermo Nivaldo Vieira de Andrade Junior Pedro da Luz Moreira 7 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Pedro Engel Priscila Quesada Roberta Krahe Edelweiss Rodrigo Kamimura Romeu Duarte Junior Salvador Gnoato Sergio Fagerlande Sergio Marques Thais Sanjad Valter Caldana COMITÊ DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS AVALIADORES: Aída Pontes Alexandre R. Prass Camila da Rocha Thiesen Cassio Sauer Cláudia Pauperio Titton Dalila Bohrer Daniel Pitta Edson Jorge Elito Elen Neumann Balvedi Maurmnann Emerson Vidigal Fabiana Izaga Fabiano de Melo Duarte Rocha Fernanda Moreira Fernanda Royer Voigt Gilberto Belleza João Suplicy José Arthur Fell José de Souza Brandão Neto Lucas Loff Ferreira Leite Mario Guidoux Natan Franciel Arend Nathalia Cantergiani Paulo Ricardo Bregatto Rafael Simões Mano Rodrigo Spinelli Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA COMITÊ DE OUTRAS PRÁTICAS CONSULTORIA: TransLabUrb AVALIADORES: Adriana Sansao Fontes Claudia Fávaro Djair Barros Falcão Joanna Helm João Felipe Chaves Barcellos Wallig João Paulo Silveira Lucas Nassar Sousa Maria Cecília Pereira Tavares Maria Helena Cavalheiro Pedro Freire de Oliveira Rossi Wellington Cançado MEDIADORES DAS APRESENTAÇÕES VOLUNTÁRIOS Anna Paula Canez Cêça Guimaraens Eleonora Lisboa Mascia Guilhermo Gil Heleniza Ávila Campos Inês Martina Lersch Irã Taborda Dudeque Letícia Thurmann Prudente Monika Maria Stumpp Nathalia Danezi Rachel Berrutti Renata Carrero Reynaldo Neto Rodrigo Kamimur Romeu Duarte Junior Paula Olivo Sergio Marques TransLAB.URB COMUNICAÇÃO COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO: Bruna Paulin - Assessoria de Flor em 8 Flor Design: Diego Ferrer - Surto Criativo WebDesign: Betina Nilsson - Sopro Design & Conteúdo Desenvolvimento de Software e Site: Constructo IT - Rodrigo Prieto e Clarissa Tams Assessoria de Imprensa: Sabrina Ortácio - Ortácio Agência de Comunicação Cobertura Jornalística: Patrícia Lima, Clarissa Pont, Bruna Suptitz Gestão de redes sociais: Juliana Palma Design caderno de programação: Guilhermo Gil Captação de Recursos: Fernanda Lisboa - FHL Eventos RECRUTAMENTO E TREINAMENTO: Aline Andres VOLUNTÁRIOS: Alessandra Souza Freitas Amanda Luísa Lauxen Ana Laura Carvalho Nunes Ana Rosa Cé Angélica Drum Flores Artur Baptista da Silva Bárbara Qader Brodbeck Beatriz Schmidt Arruda Bianca Deporte Ferreira Krohn Bianca Ramires Soares Bruna Born Muxfeldt Bruna Bueno Kosciuk Bruna de Oliveira Meirelles Carolina Porto da Silva Caroline Macedo Maeda Cássia Franciele Gama Lacerda Cecília Stürmer Corrêa Clarissa Amato Caye Danielle Jung da Rocha 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 Deise Raquel Schrammel Denilson fett Denner Augusto Pereira de Souza Diego Lopes Dutra Diulene Silveira Vargas Eduarda Oliveira Faleiro Elisangela Camargo Magario Fabiane dos santos aguiar Felipe Garcia Meyer Felipe Pescador Ferreira Fernanda Pinto Sampaio Flávia Pires Porto Geovani Souza Lemos Gessivan Vieira de Souza Giancarlo Tessaro Giovanna Salvador Helena Damo da Cruz Henrique Lang Íris Petiz Lisbôa Aguirre Isadora Geovana da Silva Klassmann Isadora Giacomini Ceretta Jessica Valin Okraszewski José Daniel Craidy Simões Josiane Andréia Scotton Jucelia Maria Martins Boeno Julia de Mattos Martins Júlia Frances Pereira Julia Rodrigues da Silva Juliana Felipe Costa Juliana Giazzon Cavalli Juliane Pinto pereira Karina Lopes da Silva Kássia Gianise Machado Scharlau Lais Alexandria Laís de Fraga Silva Laura Folletto Laura Lipke Meira Leandro Lopes Leticia Casagrande Dupont Letícia Martinelli Comin Letícia Xavier Corrêa Lívia Martins Tavares da Silva Lívia Winkel Fernandes Lorenzo de Oliveira Meneguzzi Luana Backendorf Pimentel da Rosa Lucas Womer Franca Luiza Brandalise Manoela de Souza Azambuja Maria Eduarda Monteiro Rodrigues Maria Paloma bernardi Marina dos Santos Fraga Natália Casanova Natália da Silva Maciel Natália Pasqualotto Nicolle da Silva Magalhães Pereira Osmar José Morlin Filho Pâmela Becker Pâmela Calliari Milesi Paola Lopes da Cruz Paula Deppermann Paula Gabriela Mendes Silva Paula Paixão Rocha Pedro Gomes Pereira Pedro Henrique Marcos Peterson Luis Pereira Barreto Rafaela de Cássia Reinbrecht Rodrigues Rafaela Mazurana Ermel Raíssa Barcellos Alves Moura Roberta Martínez da luz Rodrigo Mendes Ferreira Rosimeri de Freitas Silveira Sarah Job Czermanski Camara Sinara da Silva Amaral Stephanie Madeira Pedroso Taina Niada Corrêa Tais Minotti Manito Tatiana Ximenes da Mota Tayna Frohlich Thais Souza Fermino Vanessa Behenck de Bem Veridiana Bettio Homercher Victória Fontoura de Moraes Gabriel Martins crispim 9 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SUMÁRIO RESUMO DOS ARTIGOS APRESENTAÇÃO 21º CBA UM CONGRESSO NA CIDADE ESPAÇO E DEMOCRACIA 12 13 DISCURSO RAFAEL PAVAN DOS PASSOS 14 31 salaA 32 salaB 74 salaC 112 salaD 148 ÍNDICE DE ARTIGOS POR TÍTULO 172 DISCURSO NIVALDO VIEIRA DE ANDRADE JÚNIOR 16 A HOMENAGEADA BRIANE PANITZ BICCA 18 PORTO ALEGRE | 1946-2018 COLAR DE OURO CLÓVIS ILGENFRITZ 19 20 PROGRAMAÇÃO 28 MAPA 24 CARTA DE PORTO ALEGRE 10 11 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS APRESENTAÇÃO 21º CBA UM CONGRESSO NA CIDADE O Congresso Brasileiro de Arquitetos (CBA) é promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) desde 1945. Para a 21ª edição contamos com a co-promoção do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e diversas entidades parcerias. O 21º CBA convida os profissionais e a sociedade a discutir o tema Espaço e Democracia. Propõe-se um Congresso distribuído por diferentes locais do Centro Histórico de Porto Alegre, buscando tanto promover aos seus participantes a vivência dos espaços da cidade, das praças e parques aos equipamentos culturais e educacionais existentes, quanto dar visibilidade ao Congresso junto à população local. A valorização da arquitetura e urbanismo, e por consequência dos profissionais, demanda o seu reconhecimento social. Nós, profissionais e estudantes, sabemos do valor de nosso trabalho e das consequências positivas da nossa atuação. Porém, a sociedade está ciente desta realidade? Que atitudes tomamos para mudar este quadro? Propor um Congresso no coração da cidade é um importante ato neste sentido. Realizar o Congresso em espaços públicos e promover atividades gratuitas dirigidas à população local traz a temática para a própria espacialidade proposta, reunindo a sociedade, os arquitetos e urbanistas do país. O 21º CBA convida os arquitetos e arquitetas (e urbanistas) do Brasil a viver o lugar, saindo do “não-lugar” que Centros de Convenções e Eventos podem representar, segundo a definição do antropólogo Marc Augé. Este Congresso é também evento preparatório do UIA 2020 Rio, o Congresso Mundial que se realizará na cidade do Rio de Janeiro no próximo ano. Rafael Pavan dos Passos Presidente do IAB-RS 12 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 ESPAÇO E DEMOCRACIA O 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos (21º CBA) propõe o debate sobre o tema Espaço e Democracia. O espaço, em suas diferentes escalas e perspectivas, é o objeto da atuação acadêmica, profissional e política dos arquitetos e urbanistas. A democracia, por sua vez, é uma das premissas fundamentais da sociedade contemporânea. Perceber e discutir as relações entre estes dois conceitos parece ser cada vez mais necessário para o desenvolvimento da profissão, da cultura e da sociedade. O 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos é um evento preparatório do UIA 2020 Rio e integrará diferentes aspectos do Congresso Mundial em suas atividades. A interação entre as temáticas Espaço e Democracia e Todos os Mundos um só Mundo, Arquitetura 21, torna presente o 21º CBA como o maior evento mundial de arquitetura e urbanismo. Por outro lado, em Porto Alegre, se dará destaque ao nacional e ao continente sulamericano. A amplitude do tema geral do 21º CBA será debatida à luz de três eixos temáticos, em diferentes ramos. ARQUITETURA CIDADE E AMBIENTE Cidade e poder Direito à cidade democrática e sustentável Desenvolvimento urbano e democracia Habitação e Arquitetura para todos e todas -Regularização Fundiária -Qualificação Urbana -Assistência técnica à habitação A produção da Arquitetura e o direito à cidade O natural, o cultivado e o construído CULTURA E MEMÓRIA As formas inovadoras de organização dos profissionais para a atuação profissional e política, a interação entre teoria e prática, as profundas mudanças na formação, as novas tecnologias que impactam no exercício profissional, as questões étnicas e de gênero, as tensões entre ambiente construído, cultivado e natural, e intensos conflitos políticos e sociais vividos nas cidades, no país, no continente e no mundo são alguns dos assuntos em pauta nos diversos formatos de atividades propostos. O Patrimônio Cultural Brasileiro – as diferentes matrizes O território original e o direito à cultura Memória social cultural e política Arquitetura é cultura: a produção arquitetônica como manifestação cultural Cidade história e memória: as matrizes culturais brasileiras e a produção do espaço Passado e futuro na paisagem urbana FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL Democratização do acesso à formação e à Arquitetura e Urbanismo Ensino, pesquisa e extensão: dimensões da formação profissional Organização do trabalho do arquiteto Organização política dos arquitetos Arquitetura e Urbanismo públicos: desafios para a qualificação e democratização do acesso 13 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA DISCURSO DE ABERTURA RAFAEL PAVAN DOS PASSOS Presidente do IAB/RS Meus cumprimentos às autoridades, apoiadores, patrocinadores, colegas e sociedade presentes. Outubro de 1969. Quinhentos arquitetos do Brasil se reuniam neste auditório para o 8º Congresso Brasileiro de Arquitetos. “As potencialidades do arquiteto frente ao desenvolvimento da sociedade atual” era o tema daquele Congresso. Daqui se dirigiriam a Buenos Aires para o 10º Congresso Mundial de Arquitetos. “Memória de um tempo em que lutar por seu direito é um defeito que mata”. Seriam longos e duros 7 anos até que um novo CBA fosse possível, então em São Paulo, 1976. Sopravam os primeiros ares de um lento e gradual processo de redemocratização do país e o IAB estava lá, junto a tantas vozes de um Brasil ansioso por democracia. Depois de 50 giros ao redor do sol nosso planeta mudou. Já não pode mais ser visto como um suporte infindável de recursos para o uso e abuso do ser humano. Pelo contrário, nos desafia a revisar os valores civilizatórios que têm orientado o desenvolvimento econômico e social pelos últimos séculos. De fato, agora, os recursos mais básicos para a vida humana estão escassos. -“Como ousam?” Exclama a menina sueca. Muitos outros e outras gritam um grito abafado pelo crepitar do fogo que arde nas florestas, pela lama que invade os rios e vales, e pelos tiros despejados sobre as favelas, acirrando o invisível Apartheid brasileiro. Calam a voz do futuro. Será ainda viável um modelo de desenvolvimento lastreado por ouro, dividendos e juros enquanto o mais básico, como o solo, o ar e a água se tornam tão escassos que ameaçam a vida? Será que esse mesmo modelo de ultra concentração de renda, sob a imoral máscara de falsa moralidade nos levará a um futuro em que o espaço da vida e da Democracia serão possíveis? Espaço e democracia sempre tiveram na História uma relação simétrica. Na Ágora grega a democracia ganhava vida, exercida apenas pelos cidadãos nascidos naquela cidadeestado. A democracia moderna amplia seu espaço para o Estado Nação. A revolução das comunicações aproximaria diferentes espaços dissolvendo fronteiras. Em movimento contrário, hoje as fronteiras se fecham aos povos, mas não ao capital. 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 Nas mais diferentes escalas, o espaço é nosso objeto de trabalho, porém são muitos os espaços produzidos apesar da nossa capacidade de promover arquitetura, urbanismo, e planejamento urbano e regional. Por outro lado, somos cada vez mais arquitetos e arquitetas. São grandes os desafios a fim de unir as duas pontas, os quais demandam reflexões e ações tanto no âmbito estrito da ciência e da técnica, quanto sociais, culturais e políticos. Sim, somos arquitetos e urbanistas, mas antes somos seres, humanos. Vivendo em comunidade, somos também seres políticos, e como nos lembra nosso homenageado Clóvis Ilgenfritz, “quem não faz a política, sofre a política dos demais”. Assim, fazemos mais que um convite, uma convocação: façamos a política, desde nossa identidade profissional, claro, o que só nós, ou poucos além de nós, podemos fazer com a devida competência. Nossos agradecimentos a todos e todas que tornaram esse CBA possível. Direção Nacional e Conselho Superior do IAB por apostar em nós. Às entidades estaduais e nacionais de arquitetos, co-irmãs. Ao CAU, fundamental para ampliar nossa capacidade de aprimorar e expandir a arquitetura e urbanismo. À Prefeitura de Porto Alegre e ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através de suas Secretarias de Cultura. Aos patrocinadores e apoiadores. À nossa equipe do IAB e de organização, nem posso nomina-las todas, nosso muito obrigado. E mais que tudo, àqueles que acreditaram em nossa proposta de Congresso: cada participante. Por fim. Este Congresso se realiza na praça, no teatro, no museu, no centro cultural, na universidade, lugares da vida, da cultura, da ciência. Para que olhemos essa cidade, diferente de qualquer outra, por sua arquitetura, por seu patrimônio, e para que a cidade olhe para a arquitetura de modo distinto do que vê todos os dias, para que a veja, para que nos veja. Sejamos cada um de nós durante os próximos três dias, interlocutores da arquitetura e urbanismo para todos e todas. Façamos da Praça da Alfândega a Ágora da Arquitetura Brasileira. Viva a ciência, a cultura, a educação. Viva a arquitetura, a cidade, o ambiente! Viva o espaço para o livre pensar sem censura! Viva a democracia! Viva Briane! Viva Demetre Muito obrigado. - Todos os Mundos um Só Mundo! Tema do UIA 2020, grita a Arquitetura do Século XXI se opondo a esse atraso que avança a passos largos, como são sempre os passos do autoritarismo e da barbárie. Enquanto os da democracia são lentos, posto que debatidos, porque acordados. Diálogo, pede-se. Fundamental, sim, mas não mais que o firme posicionamento baseado na racionalidade, bem como no sentimento de justiça e igualdade. 14 15 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS DISCURSO NIVALDO VIEIRA DE ANDRADE JÚNIOR Direção Nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) Boa noite a todos Em nome do Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, o colega Luciano Guimarães, cumprimento todas as autoridades e arquitetos e urbanistas presentes. Em 1945, o IAB organizou, em São Paulo, o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos tendo como tema “A função social do arquiteto” Muita coisa aconteceu no país nestes 74 anos: uma ditadura militar que durou 21 anos, dois impeachments presidenciais, dois períodos democráticos intensos, conquistas como a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Cidade e a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, outros tantos retrocessos. Em 2019, a pouco mais de um ano de completar seu primeiro centenário, o IAB, através do Departamento do Rio Grande do Sul e em parceria com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo e as demais entidades da área, promove o 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos, tendo como tema “Espaço e Democracia”. Como se vê, três quartos de século depois, seguimos comprometidos com a dimensão social da nossa profissão. Um dos maiores intelectuais brasileiros, Milton Santos, disse que “o espaço vivido consagra desigualdades e injustiças e termina por ser, em sua maior parte, um espaço sem cidadãos” É papel do arquiteto e urbanista lutar firmemente para tentar reduzir essas desigualdades e injustiças e criar espaços que permitam que todos – TODOS – sejam cidadão. Esse desafio se torna ainda mais difícil em termos como os atuais, quando temos presenciado ataques cotidianos às instituições que foram construídas por gerações e gerações que nos antecederam, visando construir um país mais justo e menos desigual. Frente aos interesses mais diversos, nem todos legítimos, nas áreas protegidas pelo IPHAN, gestores do órgão – qualificados e experientes – vem sendo substituídos por pessoas indicadas politicamente e sem capacitação para exercer a função Em resposta às denúncias de instituições sérias sobre o desmatamento da Amazônia, desqualificam-se estas instituições e seus dirigentes. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 direito à cidade e da arquitetura para todos. Por isso, nesta noite, o IAB entregará seu Colar de Ouro, comenda máxima da nossa entidade, a Clóvis. A colega Briane Bicca teve uma trajetória profissional impecável e reconhecida, nacional e internacionalmente, na preservação e reativação do patrimônio edificado, entendido como materialização da memória coletiva e como espaço de diversidade social. Este 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos é dedicado à memória de Briane Bicca. Eu não poderia, contudo, deixar de citar um terceiro colega, grande defensor e desenhador de arquitetura de qualidade para pessoas de todas as classes sociais, que lamentavelmente nos deixou recentemente. Esse será o primeiro Congresso Brasileiro de Arquitetos, em muitos anos, em que “o grego” Demetre Anastassakis não estará conosco. Falar de Demetre é falar do Rio de Janeiro onde ele trabalhou toda a vida e, portanto, cabe lembrar que esse Congresso que hoje se inaugura é um evento preparatório do 27º Congresso Mundial de Arquitetos, o UIA2020RIO, que o IAB, em parceria com todas as entidades de arquitetura e urbanismo do pais, promoverá no Rio de Janeiro entre 19 e 23 de julho de 2020, com o tema “Todos os mundos, um só mundo”. Em comum com o UIA2020RIO, este 21º CBA tem o mérito de ocupar os espaços públicos e o centro urbano, trazendo um evento de profissionais da cidade para dentro da cidade e a cidade – e consequentemente a sua população – para dentro do Congresso. Mais uma vez, Espaço e democracia, pois como disse o arquiteto equatoriano Fernando Carrión, “O centro histórico é o espaço público por excelência da cidade e, portanto, o elemento fundamental da integração social e da estruturação da cidade. Os espaços públicos são lugares cívicos onde a sociedade invisível se visibiliza e pelos quais a alteridade se constrói” Considero aberto, assim, o 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos, agradecendo. Agradeço a Briane, Clovis e Demetre, pelas vidas dedicadas à qualificação das nossas cidades e da condição de vida das pessoas. Agradeço imensamente ao colega Rafael Passos e à equipe do IAB-RS pela impecável organização e pela excepcional qualidade da programação técnica, científica e cultural do 21º CBA. Agradeço também ao colega Tiago Holzmann, Presidente do CAU/RS, pela fundamental parceria na promoção do evento, e na pessoa dele, agradeço a todas as instituições e entidades parceiras. Agradeço, por fim, a todos que compareceram a este 21º CBA, desejando que tenham uma excelente estadia em Porto Alegre e desfrutem intensamente da cidade e da programação do evento. Face à excelência de boa parte das universidades federais brasileiras e à visão crítica que elas ajudam a construir entre seus estudantes e docentes, a ordem é desqualificar o ensino superior público e cria uma suposta superioridade das universidades privadas É porque nosso papel é criar espaços e cidades mais democráticos que homenageamos hoje dois arquitetos e urbanistas que dedicaram suas vidas a esse desafio. O colega Clóvis Ilgenfritz, com uma trajetória política, junto às entidades e ocupando cargos públicos, como o de deputado federal, esteve sempre na linha de frente em defesa do 16 17 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 A HOMENAGEADA COLAR DE OURO BRIANE PANITZ BICCA CLÓVIS ILGENFRITZ O Congresso Brasileiro de Arquitetura (CBA) homenageia a arquiteta e urbanista gaúcha Briane Panitz Bicca (in memorian) falecida no dia 02 de junho de 2018, em Porto Alegre. Briane é lembrada como um dos principais nomes na luta pela preservação do Patrimônio Histórico Cultural brasileiro. Clóvis Ilgenfritz da Silva será homenageado no 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos (CBA), evento que acontece em Porto Alegre de 09 a 12 de outubro. Aos 80 anos, o arquiteto e urbanista gaúcho natural de Ijuí (RS) receberá na cerimônia de abertura o Colar de Ouro, comenda criada pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) como reconhecimento máximo aos arquitetos e urbanistas pela sua obra e atuação profissional. A entrega do Colar de Ouro será às 19h30, no Auditório Araújo Viana. A arquiteta trabalhou como técnica de planejamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entre 1979 e 1992, quando coordenou o grupo de trabalho para que Brasília se tornasse Patrimônio Cultural da Humanidade. Também na Capital Federal, foi responsável pela implantação e coordenação, entre 1992 e 2001, do Setor de Cultura da Unesco no Brasil. Formado em 1965 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Clóvis dedicou sua trajetória profissional a projetos e políticas de habitação popular, sendo o criador da chamada Lei de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS). A Lei nº 11.888/2008 assegura, às famílias de baixa renda, assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de moradias. A iniciativa foi aprovada em 2008, após anos de discussão no Congresso, e sancionada pelo presidente Lula no mesmo ano. Clóvis sempre esteve à frente dessa pauta, pela qual lutou por quase quatro décadas. “Seguimos lutando nem que seja a conta gotas. Cada ação que se fizer no âmbito regional vai gerar uma repercussão local e regional e fazer com que outros queiram”, destaca o arquiteto e urbanista. PORTO ALEGRE | 1946-2018 Em Porto Alegre, onde residia com a família, integrava o Conselho Superior do IAB e o CAU, e era coordenadora do PAC Cidades Históricas. Briane foi coordenadora do Projeto Monumenta, responsável pelo restauro e recuperação de prédios históricos e praças da capital gaúcha, e atuava na Coordenação de Memória e Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal da Prefeitura da cidade. Entre diversas homenagens recebidas ao longo da vida, destaca-se o Prêmio Conselho Estadual de Cultura, em julho de 2018. A trajetória profissional, política e sindical de Clóvis é para poucos. O ex-presidente e fundador da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e do Sindicato dos Arquitetos no Estado do Rio Grande do Sul (Saergs), coordenou, ainda na década 1970, da Assistência Técnica para Moradia Econômica (ATME), que gerou a Lei nº 11.888/2008. Também auxiliou na articulação e fortalecimento da categoria e dos sindicatos, tendo sido um dos criadores e presidido a FNA entre 1983 e 1986, e o Saergs, em suas primeiras três diretorias (1974 a 1983). No currículo, está uma extensa atuação ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), tendo sido um dos fundadores do partido (1981) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no mesmo ano. Clóvis lecionou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS entre 1972 e 1977, assumiu como vereador de Porto Alegre por três mandatos (1989 a 1992/1993 a 1996/1997 a 2000), além de ocupar o cargo de Secretário Municipal de Planejamento (1989) e Deputado Federal. “Temos problemas, limitações e defeitos, mas não podemos desistir. A persistência tem que estar junto com nossa visão política. Temos que persistir e não esmorecer. Em todos os sentidos, há uma esperança que o Brasil volte a ser o país dos brasileiros e se revogue toda essa situação calamitosa que está em relação aos direitos dos trabalhadores”, afirma o homenageado. Luiz Antônio de Souza | Secretário Geral do IAB 18 19 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS CARTA DE PORTO ALEGRE Os arquitetos e as arquitetas e urbanistas brasileiras, reunidos no 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS, na cidade de Porto Alegre, que acolheu, entre os dias 09 a 12 de outubro, milhares de participantes em suas praças, teatros, museus, centros culturais e universidades, reafirmam seu compromisso histórico com a democracia, a liberdade, a justiça e a alegria. Diante de um contexto global de recessão democrática e movidos pelo desejo de refletir sobre as relações entre espaço e democracia, e diante da perspectiva de as cidades assumirem papel preponderante na efetivação da justiça sócio espacial, propõem: Exigir a integração das políticas públicas de habitação, saneamento, mobilidade e equipamentos sociais na sua dimensão territorial, especialmente nas áreas de maior vulnerabilidade, como estratégia de promoção da cidadania; Garantir o direito constitucional do direito à cidade, incentivando a atuação profissional no atendimento às áreas e populações de maior vulnerabilidade por meio da Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social e demandando recursos públicos para a produção e a melhoria habitacional de qualidade, inclusive em áreas centrais; Constituir uma base permanente de monitoramento e da efetividade de implantação de instrumentos da política urbana, tendo como indicador a produção habitacional, a produção de espaços públicos, refletido na Nova Agenda Urbana e nos Indicadores dos objetivos do desenvolvimento sustentável. Reafirmar o planejamento territorial como fator de inclusão democrática e participativa. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 Reafirmar a defesa intransigente da educação de qualidade para todos e em todos os níveis, frente ao quadro de desmonte, precarização e mercantilização da educação nacional que vem sendo promovido por ações governamentais; e exigir o aporte de recursos públicos suficientes para a continuidade e a ampliação da pesquisa científica, nos institutos, universidades e nas instituições, além do aprimoramento e da ampliação dos programas de inclusão, permanência escolar e cotas. Em nosso campo do conhecimento específico, manifestamos nosso total desacordo com a adoção do ensino a distância na graduação em Arquitetura e Urbanismo. Enfrentar as assimetrias presentes em nossas entidades representativas, entendendo a plural dimensão das pautas que tangenciam nossas atribuições e a fundamental e necessária ampliação da participação dos diversos setores demográficos e sociais da população, sob a perspectiva de gênero, raça e classe, na produção das nossas cidades. Tal diversidade é fundamental, pois incide não só na ampliação do debate democrático em nossas entidades e autarquia, mas, também, reflete a alternância de nossas propostas para as cidades e o campo reflexivo da arquitetura e do urbanismo. Ampliar oportunidades de trabalho e renda, especialmente por meio da atuação nos processos de alteração da legislação, combatendo a precarização das relações de trabalho e a exploração com baixos salários e concentração de renda; Contrapor-se à Proposta de Emenda Constitucional Nº 108/2019, que transforma os conselhos profissionais em entidades privadas, o que impossibilitaria a fiscalização e aplicação de penalidades aos que exercem a profissão de forma irregular ou mesmo ilegal. Sem a orientação e fiscalização das profissões regulamentadas como arquitetos, engenheiros, advogados, médicos, etc, aumentariam os riscos para a integridade, a salubridade e segurança de toda a população. Manifestar total oposição ao projeto de lei de Licitações, já aprovado na Câmara Federal e em discussão no Senado, que visa implementar a contratação integrada de projetos e execução de obras públicas, comprometendo as soluções arquitetônicas e urbanísticas, dando margem à precarização das obras públicas, gerando prejuízos à transparência na utilização dos recursos e prejudicando a qualidade e a durabilidade dessas obras. Porto Alegre, 12 de outubro de 2019 Reafirmar que nossa contribuição para a qualificação do ambiente construído e do espaço urbano ultrapassa o projeto e a construção, incluindo o papel de mediação e conciliação dos interesses dos diversos atores sociais urbanos e destes com o poder público; Difundir a compreensão de que a cidadania plena e inclusiva só existe quando materializada no território, onde se realizam os direitos constitucionais universalizados à moradia, ao saneamento e à mobilidade com um pensamento interseccional que garanta o acesso de todas as pessoas. São necessárias menos obras novas e mais regularização fundiária, financiamento de pequenas reformas e ocupação de imóveis ociosos. Repudiar os recentes ataques, por parte do governo federal, às instituições públicas responsáveis pela salvaguarda do patrimônio ambiental e cultural do país, em particular o IPHAN e o IBAMA. O desmonte destes órgãos, construídos ao longo de décadas a partir dos esforços de toda a sociedade, deve ser combatido não só pelos arquitetos como por toda a sociedade brasileira, sob pena de perdas irreparáveis à memória coletiva, à identidade brasileira e ao meio ambiente. 20 21 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS 22 23 21CONGRESSO 21CONGRESSO BRASILEIRO DE BRASILEIRO DE ARQUITETOS ARQUITETOS 10 24 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 25 11 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS 26 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 27 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA MAPA DO EVENTO PORTO ALEGRE J I 1 2 3 SOLAR IAB F H Á AU .M AV CASA DE CULTURA MÁRIO QUINTANA 6 5 TEATRO DANTE BARONE 2 SE AV. E TE D 8 RO EMB SET G 7 4 4 MULTIPALCO C E 1 10 3 6 MARGS AV. BORGES DE MEDEIROS 5 B MEMORIAL DO RS A PRAÇA DA ALFÂNDEGA AV. LOUREIRO DA AV .O SV AL DO 11 SILVA A SO ES 10 SALÃO DE ATOS DA UFRGS 11 AUDITÓRIO ARAÚJO VIANA SÉ CENTRO CULTURAL DA UFRGS JO 9 HA A RU CENTRO CULTURAL CEEE ÉRICO VERÍSSIMO AN K D 8 AR P ÃO . JO AV 7 9 DO TR PA Í OC O NI 28 29 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 RESUMOS DOS ARTIGOS 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Clique e acesse o repositório online -> 30 31 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A EIXO CULTURA E MEMÓRIA SESSÃO 1A PATRIMÔNIO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Coordenação: Paula Olívio – UFRGS SESSÃO 2A HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR Coordenação: Paula Olívio - UFRGS SESSÃO 3A ARTE E MOVIMENTO Coordenação: Guilhermo Gil – UFRGS SESSÃO 4A PORTO ALEGRE Coordenação: Guilhermo Gil – UFRGS SESSÃO 5A PATRIMÔNIO Coordenação: Romeu Duarte Junior - UFC SESSÃO 6A PATRIMÔNIO Coordenação: Romeu Duarte Junior - UFC SESSÃO 7A PATRIMÔNIO NO SUL DO BRASIL Coordenação: Paula Olívio – UFRGS SESSÃO 8A MEMÓRIA E PATRIMÔNIO Coordenação: Anna Paula Canez - UFRGS Clique e acesse o repositório online -> 32 33 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 1 PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL: CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E MEMÓRIA DE SANTO ANTÔNIO DO PALMA/RS, BRASIL CULTURA E MEMÓRIA Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 1 DE LUGAR HISTÓRICO A UM LUGAR SUSTENTÁVEL A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO E URBANO NO RIO GRANDE DO SUL ADILSON GIGLIOLI – Faculldade Meridional – IMED – [email protected] HENRIQUE KUJAWA – Faculdade Meridional – IMED – [email protected] DIRCEU PICCINATO JUNIOR – Faculdade Meridional – IMED – [email protected] CULTURA E MEMÓRIA Resumo: Este artigo apresentará uma proposta de reconhecimento e inventariamento de elementos de patrimônio cultural de Santo Antônio do Palma, município de pequeno porte ao norte do estado do Rio Grande do Sul, são exemplares da imigração italiana e polonesa, que juntas constituem o patrimônio material e imaterial do município em questão, o qual se destaca com um acervo virtuoso de promoção de cultura e do saber fazer, e assim são responsáveis pela formação da identidade e memória da população. Para realização deste estudo foi utilizada metodologia exploratória de observação, entrevistas e fichas de inventários, tendo como objetivo caracterizar os bens e o saber fazer, a fim de salvaguardar a cultura e o modo de vida dos primeiros imigrantes da localidade. Para contextualizar o tema buscou-se uma abordagem em autores e bibliografia referente ao entendimento dos conceitos de patrimônio material e imaterial e um breve resgate sobre a formação do município. Através dos levantamentos realizados foi possível elencar significativos exemplares de cultura herdada dos imigrantes que foi repassada de geração em geração, tanto se tratando da arquitetura, quanto dos bens imateriais, desta forma alcançando um resultado significativo acerca da preservação da cultura e identidade local. Resumo: A trajetória da preservação do patrimônio cultural, no Rio Grande do Sul, é pouco conhecida e divulgada. Nesta comunicação, pretende-se apresentar um resumo desse processo, nos séculos XX e XXI, ensaiando uma periodização em relação aos tombamentos, e a um registro em particular, que incidiram no estado. De 1938 até os anos 1980, houve tombamentos pelo IPHAN, ressaltando a atribuição de valores históricos, porém, é importante destacar uma iniciativa pioneira do Estado, no sentido de reconhecer “lugares históricos”, a partir de 1922. Nos anos 1950, nota-se a intensificação da participação de grupos sociais pela preservação de diversos bens patrimoniais. Em nível municipal, em Porto Alegre, edificações “modestas” foram incorporadas ao acervo tombado. Nos âmbitos nacional e estadual, nas últimas décadas do século XX, os tombamentos continuaram priorizando valores históricos, algumas vezes associados ao artístico ou, então, ao arqueológico/etnográfico/paisagístico. Porém, nota-se uma tendência de superação dos tombamentos isolados e uma ampliação do entendimento dos bens patrimoniais enquanto sistema. Extrapolando o universo dos bens materiais, a partir do ano 2004, com as políticas públicas voltadas à valorização do patrimônio cultural imaterial, o IPHAN-RS passou a promover inventários de referências culturais no estado, especialmente com os grupos indígenas M’Byá Guarani. A partir dessas iniciativas, as ações de preservação indicam um potencial de alinhamento a diretrizes contemporâneas sobre o tema da sustentabilidade. Porém, é essencial, para que se cumpra essa finalidade, que as políticas públicas sejam democráticas e inclusivas, e que as instituições de preservação, em todos os níveis, sejam qualificadas e fortalecidas. Palavras-chave: Patrimônio Imaterial; Identidade; Memória. Abstract: This paper will present a proposal for the recognition and inventory of cultural heritage elements of Santo Antônio do Palma, a small municipality in the north of Rio Grande do Sul state, they are exemplary of Italian and Polish immigration, which together constitute the material and immaterial heritage of the municipality in question, which stands out with a virtuous collection of culture promotion and know-how, and thus are responsible for shaping the identity and memory of the population. For this study was used exploratory methodology of observation, interviews and inventory sheets, aiming to characterize the goods and know-how, in order to safeguard the culture and lifestyle of the first immigrants of the locality. To contextualize the theme, we sought an approach in authors and bibliography regarding the understanding of the concepts of material and intangible heritage and a brief rescue about the formation of the municipality. Through the surveys conducted it was possible to list significant examples of culture inherited from immigrants that was passed on from generation to generation, both in terms of architecture and immaterial goods, thus achieving a significant result about the preservation of local culture and identity. ANA LÚCIA GOELZER MEIRA – Unisinos – [email protected] Palavras-chave: Patrimônio arquitetônico e urbano; Preservação do patrimônio; Rio Grande do Sul; Sustentabilidade. Keywords: Intangible Heritage; Identity; Memory. Clique e acesse o repositório online -> 34 35 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 1 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 1 ESCOLA CRUZEIRO DO SUL (1948), SÃO LOURENÇO DO SUL/RS O MODERNISMO NA FRONTEIRA OESTE GAÚCHA UM EXEMPLAR EM BAGÉ CULTURA E MEMÓRIA CULTURA E MEMÓRIA KAREN MAJURIÊ DA SILVA – Universidade Federal de Pelotas – [email protected] LISIÊ KREMER CABRAL – Universidade Federal de Pelotas – [email protected] JOSÉ HENRIQUE CARLÚCIO CORDEIRO – Universidade Federal de Pelotas – [email protected] ANA LÚCIA COSTA DE OLIVEIRA – Universidade Federal de Pelotas – [email protected] RUI FERNANDO SILVA ALVES JÚNIOR – Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Ritter dos Reis – [email protected] FÁBIO BORTOLI - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Ritter dos Reis - fabio_ [email protected] Resumo: Nos anos 40, durante a presidência de Getúlio Vargas, havia interesse político em nacionalizar a educação e por essa razão foi implementado um projeto de escolas padrão no Rio Grande do Sul. Essas instituições foram projetadas pelo engenheiro João Baptista Pianca, com características arquitetônicas compreendidas no movimento arte decô, e são resquícios de memória de um período político. As escolas padrão contavam com um novo programa pedagógico, com o uso de novas técnicas construtivas, e serviram como ferramenta política e ideológica à época. A partir desses três aspectos, pode-se entender que a arquitetura, através de seus símbolos, foi utilizada como um meio para expressar progresso e poder e tinha intenção de padronizar e monitorar a nação. Este trabalho busca: (i) introduzir um panorama do conceito de memória, relacionando-a com o espaço construído, (ii) apresentar um estudo de caso da escola Cruzeiro do Sul, São Lourenço do Sul/RS, e (iii) demonstrar as relações da memória com a obra estudada. Os procedimentos metodológicos desse trabalho envolvem análise bibliográfica, visita à escola estudada e análise de seu projeto arquitetônico. Resumo: O artigo busca analisar a residência Luiz Rodrigues Maia, um exemplar icônico da Arquitetura Modernista Gaúcha, de autoria dos arquitetos Lincoln Ganzo de Castro e Flávio Soares (formados pela Faculdade de Arquitetura da UFRGS e, posteriormente, docentes na mesma instituição), na cidade de Bagé-RS. O estudo da edificação, uma residência multifamiliar com um apartamento térreo e outros dois no pavimento superior, busca compreender a vertente modernista na porção sul brasileira, e principalmente, analisar as influências que permearam a elaboração do projeto, em seus planos e elementos que compõem o desenho desta obra. São visualizadas referências ao Neoplasticismo, desde as características referenciais estéticas, como também da casa Gerrit Rietveld; da arquitetura de Frank Lloyd Wright e pontos de horizontalidade e organicidade, como também uma conexão com a produção advinda de São Paulo e de seus contemporâneos, caracterizados pelo brutalismo da Escola Paulista. E ainda, é discutida de maneira concomitante, a questão dessa produção em questão não se configurar como uma mera cópia ou réplica de movimento praticado em outras localidades, mas sim, como uma obra que realizou um diálogo com voz própria, fruto de uma releitura que propiciou uma linguagem singular. Palavras-chave: Política; Arquitetura; Memória; Escola padrão; Preservação. Palavras-chave: Modernismo; Fronteira Oeste Gaúcha; Projeto de Arquitetura; Lincoln Ganzo de Castro; Flávio Soares. Clique e acesse o repositório online -> 36 37 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 1 OS CAPITÉIS DE SÃO JOÃO DO POLÊSINE E O PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL DA COLONIZAÇÃO ITALIANA NA QUARTA COLÔNIA DE IMIGRAÇÃO ITALIANA DO RS. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 2 ANÁLISE EVOLUTIVA DOS ESPAÇOS DE SERVIÇO NAS HABITAÇÕES MULTIFAMILIARES CULTURA E MEMÓRIA ANA CAROLINA PINHEIRO LOBATO ALVES (orientanda)- Universidade Estadual do Maranhão – [email protected] PROFa DRa DÉBORA GARRETO BORGES (orientadora) - Universidade Estadual do Maranhão - [email protected] CULTURA E MEMÓRIA CAMILA PIVETA - Universidade Federal de Santa Maria - [email protected] CARYL EDUARDO JOVANOVICH LOPES - Universidade Federal de Santa Maria - [email protected] Resumo: O presente artigo tem por objetivo discutir a relação entre o patrimônio cultural material edificado pelos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul e a construção dos capitéis na cidade de São João do Polêsine, pertencente à Quarta Colônia de imigração italiana do estado. Explanará também sobre de que forma o inventário arquitetônico destes capitéis pode contribuir para a preservação e valorização do patrimônio. Palavras-chave: Capitéis; Patrimônio cultural; Imigração italiana; Inventário arquitetônico. Resumo: Pode se dizer que uma casa é um reflexo em menor escala da sociedade e reflete tanto o seu lado positivo quanto negativo. Conforme a sociedade vai mudando e evoluindo, as divisões das moradias acompanham essas transformações. No Brasil, diferente de muitos países, graças a uma herança segregacionista que se perpetua até hoje, as residências possuem uma delimitação bem clara a fim de separar o interior social do setor de serviço. Sendo o país primeiro lugar no mundo em empregados domésticos, esse fenômeno de setorização de ambientes é uma forte característica da sociedade de classe- média e classe-média-alta brasileira. Esse estudo feito usando como exemplos apartamentos de 2 a 4 quartos de São Luís em comparação com outras cidades demonstra que é de suma importância a compreensão do porquê ainda perpetuarmos a delimitação casa grande e senzala, e ressalta que estudar a forma que o privado é influenciado pelas relações socias e as transformações que ocorrem na sociedade é importante para compreendermos erros conservados durante gerações e melhorarmos não só as relações sociais de trabalho como também a convivência em sociedade para torná-la melhor para todos. Palavras-chave: Arquitetura; Setor de serviço; Setorização. Clique e acesse o repositório online -> 38 39 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 2 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 2 FORMAS DE PENSAR ARQUITETURA: ANÁLISE DO TRATAMENTO DE FACHADAS DE EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS DE EMIL A. BERED 1950-70 HISTÓRICO DA FUNCIONALIDADE DAS VARANDAS NA HABITAÇÃO BRASILEIRA CULTURA E MEMÓRIA ILEANA FERRAZ NUNES – Universidade Federal do Piauí – [email protected] ADRIANA CASTELO BRANCO PONTE DE ARAÚJO – Universidade Federal do Ceará – [email protected] ARQ. MYKAELLA NOGUEIRA HECKMANN – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – [email protected] ARQ. PROF. DR. CÉSAR BASTOS DE MATTOS VIEIRA – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – [email protected] Resumo: O trabalho foca no arquiteto Emil Achutti Bered, formado na primeira turma do Curso de Arquitetura, em 1949, do Instituto de Belas Artes, em Porto Alegre, é considerado um dos representantes pioneiros do modernismo na cidade, na década de 50. Começou a atuar em Porto Alegre profissionalmente, produzindo obras onde soube conciliar as propostas radicais do modernismo à realidade existente da cidade. Atuou como professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul até a sua aposentadoria em 1983. Esteve ligado aos princípios da Arquitetura Analítica e a Composição de Arquitetura, sendo duas das disciplinas que ministrou em sua trajetória acadêmica. As obras edilícias residenciais do arquiteto possuem diversas características correlacionáveis com as ascendências teóricas recebidas pelo arquiteto na época. Por mais que Bered se classifique como um arquiteto mais pragmático e não teórico, buscou-se através de uma análise das fachadas, suas composições, jogos de cheios e vazios relacionar tanto a forma de ensinar arquitetura, retomando os preceitos das disciplinas ministradas por ele, quanto o ato de pensar e fazer arquitetura, nas obras da sua carreira profissional. Pretendeu-se problematizar, em termos teóricos, o fazer de um arquiteto representativo de uma época importante para a cidade. Este trabalho constrói a sua análise a partir de levantamentos fotográficos de três prédios icônicos representativos, dentro da obra do arquiteto, dos anos 1950-70 em uma apresentação analítica, são eles: Edifício Faial, Edifício Link e Edifício Porto Alegre. Observou-se no tratamento das fachadas dos edifícios, o significado dos elementos, a exploração dos materiais e das cores, os tratamentos compositivos que não se sobressaiam necessariamente pelo inédito, mas pela adequação à cidade e aos novos preceitos arquitetônicos. Bered introduz o movimento moderno, em Porto Alegre, de uma maneira tranquila e conciliadora. Como ele mesmo dizia: “É assim que faz boa arquitetura”. CULTURA E MEMÓRIA Resumo: Este artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica sobre os espaços da varanda na habitação brasileira, desde o período colonial até os dias atuais, de forma a compreender quais funções este espaço desempenhou e qual foi a sua relação com os hábitos de morar brasileiro. De forma a compreender a função exercida pelas varandas na contemporaneidade, foi realizado um estudo de campo a respeito de algumas edificações, e a utilização de imagens para ilustrar as modificações sofridas por esse espaço. Observouse que, ao longo do tempo, o espaço da varada sofreu mudanças não apenas em relação à sua função, mas também em relação à sua localização, à sua relação com os demais cômodos, à sua denominação e conceituação, e às suas características arquitetônicas. Destaca-se ainda, que a varanda se manteve, dos primórdios até os dias atuais, como um espaço destinado para atividades sociais e provedor de integração com o espaço externo. Palavras-chave: Histórico Varanda; Alpendre; Funcionalidade; Habitação brasileira. Palavras-chave: Emil Bered; Modernismo; Fachadas; Composição; Fotografia Clique e acesse o repositório online -> 40 41 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 2 PATRIMÔNIO URBANO MODERNO: CONJUNTOS HABITACIONAIS BRASILEIROS E CIDADE CULTURA E MEMÓRIA RAQUEL RODRIGUES LIMA - PUCRS – [email protected] FERNANDA PRAMIO THOMAS - UFSM – [email protected] LETÍCIA DE ANDRADE PERIN - UFRGS – [email protected] Resumo: O presente trabalho consiste na apresentação de exemplos da arquitetura moderna de habitação popular relevantes para as cidades brasileiras e objetiva ampliar a reflexão sobre as possíveis formas de proteção ao patrimônio e formação da memória coletiva, identificando alguns princípios de qualidade do ambiente urbano do século XX. O estudo segue critérios de um trabalho teórico, utilizando a pesquisa bibliográfica em fontes primárias nas revistas - Acrópole, Arquitetura e Habitat, no período entre 1940 e 1970 -; catalogação dos dados de projetos publicados e artigos; e seleção de dois conjuntos habitacionais populares brasileiros, quais sejam, o Conjunto de Cumbica e o Núcleo Habitacional na Lapa. A escolha dos objetos de estudo deste artigo justifica-se pelo escasso conhecimento de seus projetos originais, construção e sua situação atual. O Conjunto de Cumbica (1967), localizado em Guarulhos, foi planejado para 11.000 unidades habitacionais e contribuiu para estabelecer alguns paradigmas, como a multidisciplinaridade da equipe de projeto, o desejo de aproveitamento máximo das possibilidades tecnológicas da construção e a valorização dos serviços e equipamentos urbanos. O Núcleo Habitacional na Lapa (1967), em São Paulo, composto por habitações individuais e coletivas, possui uma circulação de pedestres independente da circulação de veículos, somando um total de 1.365 unidades habitacionais, destacando-se com a composição de diferentes tipologias no projeto, miscigenando edificações com as diversas áreas verdes e unidades de serviços básicos. Exemplos de patrimônios urbanos do Movimento Moderno no Brasil, o Conjunto Habitacional de Cumbica e o Núcleo Habitacional na Lapa merecem atenção como questão de manutenção de memória social, arquitetônica e urbanística. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 2 LEMBRANÇAS E ESQUECIMENTO DE UM RIO URBANO CULTURA E MEMÓRIA LUISA PRAZERES VASCONCELOS – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) – [email protected] FELIPE EDUARDO FERREIRA MARTA – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) / Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) – [email protected] Resumo: O presente trabalho se propõe a analisar a memória relativa à paisagem urbana onde se insere trecho do Rio Verruga na cidade de Vitória da Conquista, Bahia. Identificase a relevância deste curso d’água para o desenvolvimento da cidade e sua atual situação de esquecimento. O texto busca explorar o significado das intervenções realizadas pelo poder público ao longo do último século no trecho urbano do Rio Verruga e a relação que foi construída, em diferentes momentos da história, entre a população e o rio. Como objetivos secundários, buscou-se compreender os efeitos que a modificação da paisagem urbana provocou sobre a memória dos indivíduos que com ela se relacionam, bem como, analisar os fatores que contribuíram para a conformação de um extenso vazio urbano, situado na região central da cidade, às margens do rio. Por fim, objetiva-se contribuir para o entendimento do processo de expansão urbana na cidade de Vitória da Conquista relacionando os eixos de desenvolvimento da malha urbana com o leito do Rio Verruga. Este estudo é parte integrante do projeto temático em desenvolvimento sobre memória, cidade e cultura, através do Programa de Pós-graduação em Memória: Linguagem e Sociedade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. O texto é estruturado a partir da identificação de três momentos distintos na história do Rio Verruga para a cidade de Vitória da Conquista, pontuando os diferentes interesses do poder público municipal ao longo do tempo. No processo de análise ressalta-se a atual intenção da prefeitura em intervir nas margens ainda desocupadas de trecho do rio. Palavras-chave: Rio; Memória; Cidade. Palavras-chave: Arquitetura Moderna Brasileira; Conjunto habitacional; patrimônio urbano moderno; Conjunto Habitacional de Cumbica; Núcleo Habitacional na Lapa. Clique e acesse o repositório online -> 42 43 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 3 RIZOMA UMA CIDADE EM MOVIMENTO CULTURA E MEMÓRIA GABRIELA STHEFANIE DA SILVA - UNIPAC - [email protected] KARINA APARECIDA DA COSTA NETO - UNIPAC - [email protected] LETÍCIA BISPO DO NASCIMENTO - UNIPAC - [email protected] LÍLIAN RIBEIRO MENDES APOLINÁRIO - UNIPAC - [email protected] LUAN ANDRADE BERTOLINO TOSTES - UNIPAC - [email protected] MARIANA RAKAM B. FERREIRA - UNIPAC - [email protected] NICOLE CARVALHO DE PAULA - UNIPAC - [email protected] PATRÍCIA FERRÃO DE CARVALHO - UNIPAC - [email protected] RAFAELA DE FREITAS QUIRINO - UNIPAC - [email protected] SÉRGIO LUIZ BARRETO CAMPELLO CARDOSO AYRES - [email protected] VICTOR HUGO PAOLUCCI VIEIRA - UNIPAC - [email protected] Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 3 DESENHAR CAMINHAR PORTO ALEGRE: PRÓTESES DA REPRESENTAÇÃO, LENTES DA IMAGINAÇÃO EIXO TEMÁTICO: CULTURA E MEMÓRIA BEATRIZ REGINA DORFMAN - Uniritter, PUCRS - [email protected] CELMA PAESE - Uniritter - [email protected] Resumo: Este artigo tem por objetivo registrar os resultados do projeto de iniciação cientifica “Rizoma: uma cidade em movimento”, que abordou a questão da relação da comunidade local com o patrimônio cultural da cidade de Barbacena, Minas Gerais. Tendo como referência a educação patrimonial, mais especificamente os conceitos de identidade, memória e patrimônio, realizamos dezoito visitas guiadas com alunos da rede pública de ensino municipal e estadual, com idade entre seis e treze anos, em um roteiro histórico pela zona de proteção cultural criada pela lei municipal 4.153, região que concentra cinquenta e quatro bens patrimoniais, entre tombamentos municipal, estadual e federal. Utilizando questionários, desenhos, fotografias, gincanas e interação entre alunos e guias culturais graduandos do curso de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos, construímos uma plataforma digital e elaboramos um diagnóstico que revela o desconhecimento da história local como fonte principal da desvalorização e descaso com o patrimônio cultural da comunidade barbacenense, inclusive pelo Poder Público. Resumo: Este trabalho aborda o estudo das percepções, expressões e representações da arquitetura da cidade de Porto Alegre, na região denominada Quarto Distrito, através do processo de caminhar e desenhar no espaço urbano. Ao longo dos percursos, são elaborados desenhos rápidos e gestuais, registros gráficos que fixam imagens, olhares, modos de ver a paisagem que desvelam significados e captam rastros, espectros e imaginários. A fundamentação teórica se apoia na desconstrução a partir dos textos de Jacques Derrida, especialmente “Espectros de Marx”, além de outros autores. Palavras chave: Caminhar; Desenhar; Arquitetura; Cidade; Porto Alegre Palavras-chave: Educação Patrimonial; Identidade; Memória; Patrimônio; Barbacena Clique e acesse o repositório online -> 44 45 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 3 CIDADE PALIMPSESTO: COMO O PATRIMÔNIO INDUSTRIAL PODE ATUAR SOBRE O NOVO? CULTURA E MEMÓRIA Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 3 A (IN)VISIBILIDADE DA ARTE NOS CENTROS URBANOS OS PAINÉIS DE VASCO PRADO E XICO STOCKINGER EM PORTO ALEGRE LARA STIVAL GARROTE – Faculdade Mater Dei – [email protected] CONSTANÇA CAMARGO - Faculdade Mater Dei - [email protected] MARLETE T. OUTEIRO – Faculdade Mater Dei – [email protected] CULTURA E MEMÓRIA Resumo: Ao mesmo tempo que a expansão urbana contribuiu para a formação de novas áreas com infraestrutura, acarretou no processo de esvaziamento das áreas centrais e foi uma das responsáveis no abandono de diversas edificações históricas da cidade. O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância da reconversão de uso em edifícios históricos, com foco no patrimônio industrial, como forma de recuperação da paisagem urbana e sua relevância para a formação do sentimento de pertencimento em relação à cidade. A partir de uma revisão bibliográfica, a presente pesquisa pretende demonstrar novas reflexões da conservação do patrimônio e como este pode ser utilizado através da introdução de um novo uso condizente com as atuais necessidades econômicas e culturais de uma comunidade, criando uma sobreposição de significados como em um palimpsesto. A metodologia empregada foi a síntese de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório. Utilizou-se o projeto de restauro do Conjunto KKKK, promovido pelo escritório Brasil Arquitetura, e a LX Factory, ambos como estudo de caso para exemplificar as teorias aplicadas no referencial teórico. Como conclusão, a reutilização e a readaptação desses locais às necessidades contemporâneas, cumprem sua função social e cultural, além de contribuir com a sustentabilidade econômica e ambiental pelo reaproveitamento da infraestrutura. Resumo: Esta comunicação apresenta a relação de visibilidade e invisibilidade entre a cidade de Porto Alegre e as obras de arte pública Painel do Viaduto Loureiro da Silva (1970) de Vasco Prado e Painel da Praça Dom Sebastião (1972) de Francisco Stockinger. A discussão sobre os padrões de visibilidade e invisibilidade será embasada nos parâmetros de análise dos teóricos Gordon Cullen, arquiteto e urbanista e os filósofos Giorgio Agamben e Didi-Huberman. Como metodologia de observação a obra Green River (1998) do artista visual Olafur Elíasson será verificada a fim de que as reações provocadas nas pessoas envolvidas possam ser pensadas como estudo de caso. Compreender a situação das obras de Stockinger e Vasco Prado em Porto Alegre é um caminho para o entendimento dos fatores de impedimento de uma paisagem de qualidade urbana na região. A indagação acerca do caráter estático versus dinâmico do espaço urbano através de um elemento, como obras de arte, requer olhar atento, comprometido e crítico. Tornar visível o invisível possibilita uma ressignificação do papel social na mesma medida em que proporciona uma alternativa de experimentação da cidade. Com este trabalho serão analisadas alternativas à invisibilidade da arte nos centros urbanos. Através de percepções arquitetônicas, filosóficas, artísticas e antropológicas, ações de mantenimento e valorização visam a retomada da cidade e seus percursos qualificados. NILZA CRISTINA TABORDA DE JESUS COLOMBO - UFRGS – [email protected] Palavras-chave: Patrimônio. Conservação. Memória. Reciclagem. Palimpsesto. Palavras-chave: Paisagem urbana; Vasco Prado; Xico Stockinger. Clique e acesse o repositório online -> 46 47 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 3 BALÉ DA CIDADE DE SANTA MARIA: UMA ANÁLISE CENOGRÁFICA CULTURA E MEMÓRIA ISADORA FORNER STEFANELLO – Centro Universitário Ritter dos Reis - UNIRITTER – [email protected] Resumo: Este artigo partiu da monografia para obtenção do título de Especialista em Arquitetura e Cenografia pelo Centro Universitário Ritter dos Reis de Porto Alegre. Baseado na vivência e experiência da autora com a dança na cidade de Santa Maria, onde a mesma reside, buscou-se fazer uma abordagem analítica de três trabalhos do grupo de dança Balé da Cidade de Santa Maria e através dessa análise, saber se houve uma preocupação estética com o design cenográfico e como a mesma se estabelece. Para isso, através de pesquisa bibliográfica, com o objetivo de explorar a temática, foi apresentado um histórico da cenografia na dança e a sua evolução, bem como, foram abordados os conceitos de percepção; o espaço e o corpo; o espaço e a luz; o espaço e a cor e o espaço e o som. Também foi apresentado um breve histórico da Cia., considerando a importância do Balé da Cidade de Santa Maria no fomento da dança no Rio Grande do Sul. Os trabalhos coreográficos analisados foram “Seres” de Eduardo Severino (POA) de 2001, “Desenhos e Rascunhos para uma Dança” de Tatiana da Rosa (POA) de 2002 e “Do Poeta à Dança” dos Intérpretes-Criadores de 2007. Foram descritos e analisados o cenário, o figurino, os desenhos compositivos de coreografia (distribuição dos artistas no espaço), a luz e a paisagem sonora/trilha sonora, por serem elementos que contribuem para a linguagem espacial e estética cenográfica, contando com fotografias e documentos audiovisuais. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 3 O PAPEL SOCIAL DA MEMÓRIA E DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO A ESPAÇOS CULTURAIS CULTURA E MEMÓRIA ISABELA STIEGERT – UFMG – [email protected] CAMILLA DE CASTRO COSTA – Doctum Juiz de Fora - [email protected] CLÁUDIO JOSÉ ESCARABOTO – Doctum Juiz de Fora - [email protected] LUANE CRISTINA DA FONSECA – Doctum Juiz de Fora - [email protected] SIMONE DE MELO RODRIGUES – Doctum Juiz de Fora - [email protected] VANIA ELISA DIAS – Doctum Juiz de Fora - [email protected] Resumo: Este trabalho buscou investigar como a apropriação de espaços de patrimônio cultural no Brasil podem gerar posições excludentes em oposição à função social da cidade. A partir da hipótese inicial de que espaços culturais ainda permanecem sob a regência de um grupo especializado e erudito de agentes, coloca-se a problemática da apropriação da arte e do espaço que a abriga por diferentes parcelas sociais. Paralelo a isso, a fluidez dos modelos sugeridos pela modernidade facilita a inacessibilidade a quem opera as alavancas de poder e garante uma velocidade atordoante de circulação, reciclagem e consumo. Desse modo, esta pesquisa propôs uma reflexão sobre gestão participativa de acervos e espaços patrimoniais como possível resposta à sua apropriação social, através dos conceitos de resiliência urbana, sustentabilidade e democratização do espaço urbano. Palavras-chave: Culturalismo de Mercado; Espetacularização Urbana; Função Social da Cidade; Resiliência Urbana. Palavras-chave: Design Cenográfico; Cenografia; Dança; Santa Maria; Arquitetura. Clique e acesse o repositório online -> 48 49 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 4 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 4 PORTO ALEGRE DE 1935 O ACESSO AO ESPAÇO URBANO PELA NARRATIVA DO ROMANCE “OS RATOS”. CULTURA E MEMÓRIA DÉBORA GRANDO SCHÖFFEL – Universidade de Passo Fundo – [email protected] Resumo: O objetivo do trabalho é discutir as descrições urbanas de Porto Alegre encontradas em “Os Ratos”, a partir do método da nova História Cultural cujos princípios, destacam-se os argumentos afirmando que o mundo só é percebido como representação através de uma estrutura de convenções, esquemas e estereótipos culturalmente construídos. O real não deixará de ser real, pois é exatamente a ficcionalidade que garante a identidade às relações sociais, configurando o real e o imaginário não como coisas opostas, mas sim complementos indispensáveis para a forma de existência da vida social. As narrativas literária e histórica trazem discursos que ajudariam a remontar a realidade urbana. A cidade de Porto Alegre revela condições de uma cidade em processo de modernização, com visível crescimento econômico, mas que ainda não está completa, juntamente com o drama do trabalhador para encontrar o dinheiro do leite. Provando que em meio de um progresso urbano e material notável ainda ocorrem dramas que evocam a fragilidade humana. Os acontecimentos narrados na história possuem cunho e motivos sociológicos. Por meio deles o leitor pode acompanhar as situações e processos que são característicos à sociedade onde o funcionário público vive. No livro, há claramente, a denúncia de um processo de dominação. Naziazeno não vê soluções aparentes para a sua situação financeira, busca sempre meios rápidos e fáceis para conseguir o dinheiro para quitar a sua dívida. Devido a sua visão sensível diversos aspectos intrínsecos ao personagem e seu acesso ao meio urbano, que se entrelaçam na transformação e modernização da cidade aparecem no romance de Dyonelio Machado. Palavras-chave: Dyonelio Machado; Literatura; Os Ratos; Percepção urbana. Clique e acesse o repositório online -> 50 51 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 4 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 4 A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TIPOLÓGICA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, MUSEU HIPÓLITO JOSÉ DA COSTA PAISAGEM URBANA E REPRESENTATIVIDADE HISTÓRICA DAS RADIAIS DE PORTO ALEGRE: A AVENIDA OSVALDO ARANHA CULTURA E MEMÓRIA CULTURA E MEMÓRIA GEISA ZANINI RORATO, Unisinos, [email protected] IZABELE COLUSSO, Unisinos, [email protected] MANUELA LETICIA HUPPES, Unisinos, [email protected] RAQUEL WERNER DE VARGAS, Unisinos, [email protected] TAMIRES LENHART, Unisinos, [email protected]. JÚLIA RODRIGUES DE AZAMBUJA – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - [email protected] JULIANA FONTOURA CONEDERA – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - [email protected] RAQUEL RODRIGUES LIMA – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – [email protected] Resumo: O artigo propõe uma reflexão sobre a importância da análise tipológica e da documentação para as edificações consideradas de interesse histórico, sejam elas tombadas, inventariadas ou consorciadas, uma vez que apresentam importância histórica, arquitetônica e cultural para sociedade. Sabe-se que o conhecimento a respeito das edificações com teor histórico é fundamental para manter o monitoramento, bem como facilitar o manejo desta, quanto à preservação, ocupação, economia, conhecimento e promoção desses locais (Noardo, 2018). A importância de documentação adequada dessas edificações de interesse histórico traz como contraponto o conceito de deterioração que para Vargas (2006), seria de origem interna e externa, ou seja, nas edificações e no seu entorno imediato, assim como a relação entre ambos aspectos. Para o estudo de caso, a fim de demonstrar-se a importância da Análise Tipológica do Patrimônio Histórico e sua estrutura por meio da documentação, a investigação aplica-se ao Museu Hipólito José da Costa, situado na cidade de Porto Alegre, RS. A edificação histórica principal foi estipulada como estudo de caso por conta do valor arquitetônico, da questão histórica dessa edificação para a cidade e do local onde esse edifício está inserido, uma vez que é onde o município iniciou seu desenvolvimento, e assim adquiriu um valor histórico para cidade, atualmente, intitulado como Centro Histórico. A metodologia para levantamento dos dados desse monumento foi separada em sete partes: levantamento histórico, descrição do caráter arquitetônico, identificação dos materiais e sistemas construtivos, elementos suprimidos ou alterados na edificação original, autenticidade do conjunto e de suas partes, acréscimos que não obedeceram às razões arquitetônicas e a relação do edifício com seu entorno, método de análise e documentação por Fert (2011). Resumo: O presente artigo tem como objetivo o estudo da Radial Avenida Osvaldo Aranha como paisagem urbana e cultural, com ênfase na sua representatividade histórica expressa nas edificações que definem sua identidade na cidade de Porto Alegre. Tendo origem marcada pela Rua Sarmento Leite e fim à Rua Ramiro Barcelos, corresponde a uma das principais radiais da capital do Rio Grande do Sul. O eixo é caracterizado por um conjunto de equipamentos importantes para a cidade, os quais retratam a ação de diversos fatores sociais, econômicos e naturais ao longo do desenvolvimento da metrópole, como o Hospital da Santa Casa de Misericórdia, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Parque Farroupilha, este último atuando como principal estruturador da avenida. A evolução urbana deixa marcas no curso de suas vias e a arquitetura reconta a história local. Conhecido como Caminho do Meio, o eixo surgiu como alternativa de conexão entre a capital do estado, Porto Alegre e o município de Viamão. A partir da diversidade do bairro Bom Fim, a paisagem urbana da Avenida Osvaldo Aranha se desenvolveu, os diferentes usos demonstram um panorama urbano de grande vitalidade, cenário que se constrói com a fixação de diferentes povos, o que trouxe características culturais originais, as quais resultaram em edificações de grande valor e influência para a sociedade porto-alegrense. O artigo busca esclarecer como ocorreu a urbanização e verticalização desta radial, destacando os novos modos de morar modernos presentes por meio do estudo da unidade habitacional o que transformou a vida urbana nos anos 50. Serão apresentados estudos de casos de conjuntos de edifícios de habitação coletiva modernos e sua relação com o entorno, produzidos por meio de pesquisa bibliográfica, redesenho das plantas baixas originais, maquetes, bem como fichas de catalogação das edificações selecionadas com análises descritivas. Palavras-chave: Radial Avenida Osvaldo Aranha; Cidade e Memória de Porto Alegre; Paisagem Urbana. Palavras-chave: Análise tipológica; Patrimônio Histórico; Museu Hipólito José da Costa; Documentação do patrimônio. Clique e acesse o repositório online -> 52 53 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 4 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 5 HABITAÇÕES COLETIVAS NA RADIAL AVENIDA BORGES DE MEDEIROS NAS DÉCADAS DE 40 A 50 EVOLUÇÃO DA FORMA URBANA E DOS ESPAÇOS LIVRES DA CIDADE MÉDIA DE SANTA MARIA, RS CULTURA E MEMÓRIA RENATA MICHELON COCCO – Universidade Federal de Santa Maria – [email protected] LUIS GUILHERME AITA PIPPI – Universidade Federal de Santa Maria – [email protected] ANGELO GUILHERME O. TAVARES - PUCRS - [email protected] MARIANA FREITAS DE VASCONCELOS - PUCRS – [email protected] RAQUEL RODRIGUES LIMA - PUCRS – [email protected] WALQUÍRIA B. SCHÜSSLER - PUCRS – [email protected] Resumo: Porto Alegre se desenvolveu a partir do crescimento urbano dividido em cinco fases, segundo Célia Ferraz de Souza: primeira fase (1680 a 1772), ocupação do território; segunda fase (1772 a 1820), trigo; terceira fase (1820 a 1890), imigração; quarta fase (1890 a 1945), industrialização; e quinta fase (1945 até hoje) metropolização. Razões estratégicas de natureza militar nortearam a ocupação da cidade que se instala oficialmente na ponta da península, ligando o porto aos centros de interesse pelas grandes radiais que se desenvolveram como geratrizes viárias, numa estrutura em leque, existentes até os dias de hoje. As grandes radiais são: Avenida Borges de Medeiros, Avenida João Pessoa, Avenida Osvaldo Aranha, Avenida Independência e Avenida Voluntários da Pátria. A Avenida Borges de Medeiros, concluída em 1935, tem como uma forte característica a verticalização, o que justifica o seu posto de cânion urbano em meio ao tecido do centro. Nos anos de 40 e 50 os centros das cidades eram vistos como os melhores bairros para moradia, pois ali havia tudo que se necessitava, e assim o centro começou a ser densificado através de prédios habitacionais. Esses prédios com cunho habitacional eram produzidos para uma classe média que se modernizava aos padrões das cidades de referências como Nova Iorque, Chicago, Buenos Aires, Montevidéu e o eixo Rio-São Paulo, no Brasil que expressam esta característica. O objetivo deste artigo é identificar através da produção arquitetônica das décadas de 40 e 50 do século XX, na Radial Avenida Borges de Medeiros, os novos modos de morar provenientes da manifestação cultural após o início da implantação do modernismo em Porto Alegre. Adota-se três tipologias de edificações: edifícios em altura, como o Edifício General Osório (1955); de esquina, como o Edificio Duque de Caxias (1951); e, por fim, de meio de quadra, como o Edifício Duquesa (1957). CULTURA E MEMÓRIA Resumo: Localizada na região central do Rio Grande do Sul, a cidade de Santa Maria é caracterizada como de médio porte e se comporta como um polo regional nos serviços de saúde, defesa e educação para a região central e demais municípios do interior do Estado. Dessa forma, assim como as demais cidades médias brasileiras, Santa Maria enfrenta conflitos emergentes decorrentes do crescimento urbano e populacional acelerado das últimas décadas, da especulação imobiliária e das pressões sociais, tendo como consequência a interferência desses fatores na utilização dos seus espaços livres públicos. Sendo assim, como forma de compreender historicamente as principais modificações da paisagem urbana de Santa Maria, desde sua formação inicial até os dias atuais, o presente trabalho tem por objetivo descrever e comparar a evolução da forma urbana e dos Espaços Livres Intra-Urbanos ao longo dos períodos históricos mais marcantes do ponto de vista da ação dos principais planos urbanísticos e planos diretores da cidade. A partir disso, tem-se uma breve e importante cronologia da paisagem urbana conforme a aplicação dos instrumentos legais perante o planejamento da forma e dos espaços livres da cidade de acordo com o contexto socioeconômico, cultural, político e urbanístico vigente em cada período histórico analisado. Palavras-chave: Evolução histórica; Paisagem urbana; Forma urbana; Espaços livres; Cidade média. Palavras-chave: Arquitetura Moderna; Habitações Coletivas Modernas; Porto Alegre; Planos de Melhoramentos; Radial Avenida Borges de Medeiros. Clique e acesse o repositório online -> 54 55 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 5 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 5 O PAPEL DAS PRAÇAS DO SÍTIO HISTÓRICO DE TERESINA NA PRODUÇÃO DE SUA PAISAGEM CULTURAL CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO: DA DEGRADAÇÃO A PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE CULTURA E MEMÓRIA CULTURA E MEMÓRIA LUCIENE BRITO CARDOSO – [email protected] NEUZA BRITO DE ARÊA LEÃO MELO – Instituto Camillo Filho – [email protected] CLAUDICEIA SILVA MENDES – Universidade Federal do Maranhão – [email protected] Resumo: A presente pesquisa trata das diversas relações imbricadas aos campos da Arquitetura e do Urbanismo presentes nas praças do sítio histórico de Teresina, capital do estado do Piauí, nordeste do Brasil. Implantado em 1852, o núcleo inicial de Teresina, primeira capital planejada do país, tem seu marco zero na igreja matriz de Nossa Senhora do Amparo, primeira edificação construída no entorno de um largo, hoje representado pela Praça Marechal Deodoro. No entanto, o plano de ocupação já previa a criação de outras praças, como a Praça Saraiva, Praça Rio Branco e Praça Pedro II. Esses espaços representam as primeiras incursões e adaptações da população teresinense que ali se constituía, fazendo com que carreguem em si a história e as marcas dos usos e ocupações ocorridos no tempo. No entanto, este conjunto já sofreu inúmeras e, por vezes, severas transformações e somente a partir do seu reconhecimento pode-se buscar estabelecer laços e a apropriação por parte da comunidade e, ainda, fazer com que esta se envolva na construção de medidas protecionistas destes elementos tão importantes para a identidade e memória da cidade. Neste contexto, questiona-se: Como se conforma o conjunto urbano que envolve as principais praças localizadas no sítio histórico teresinense e sua representatividade na paisagem cultural da cidade? Desse modo, o objetivo desse trabalho é investigar a relação arquitetônica e urbanística que envolve quatro praças situadas no núcleo inicial de ocupação da cidade e as edificações existentes nos seus entornos, de modo a discutir sua condição de paisagem cultural. Quanto aos aspectos metodológicos, utilizou-se de pesquisas bibliográfica e documental e organização da documentação iconográfica. Espera-se, com este estudo, contribuir para a adoção de políticas urbanas que resultem na preservação do patrimônio cultural, bem como contribuir para criação de fontes de pesquisa sobre este patrimônio. Resumo: As características da urbanização brasileira, as políticas econômicas aplicadas no país durante o século XX provocaram grandes mudanças nas estruturas urbanas das cidades, principalmente a partir da década de 70, com a expansão do espaço urbano e a ocupação de novas áreas. É interessante notar como os investimentos públicos e privados tiveram um papel preponderante no processo de “decadência” e “abandono” das Áreas Centrais, assim como na promoção de novos espaços, através da expansão urbana e viária das cidades. O espaço urbano de São Luís acompanhou as políticas nacionais, tendo, na década de 70, à conquista de novas áreas, com a expansão urbana da cidade. A expansão da cidade de São Luís quanto a recuperação da área Central agora tombada como Centro Histórico, passou a ser alvo das políticas de preservação das Cidades Históricas desenvolvido também pelo Governo Federal, na década de 70. Este trabalho tem como objetivo analisar o processo de expansão urbana ocorrida na cidade de São Luís, do Maranhão desde a década de 70, relacionando-a com a degradação da área central e sua posterior valorização e preservação do patrimônio edificado. A metodologia utilizada neste trabalho foi de pesquisa bibliográfica, levantamento fotográfico, e visitas in loco. Como resultado constatou-se que a dinâmica da área central da cidade, foi determinante para a preservação do Centro Histórico, e apesar dos diversos programas que foram desenvolvidos o Centro Histórico de São Luís do Maranhão, Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, não conseguiu atingir níveis de sustentabilidade econômica e se integrar ao tecido urbano da cidade. Palavras-chave: Centro Histórico; São Luís; Patrimônio. Palavras-chave: Praças; Paisagem Cultural; Arquitetura; Cidade; Teresina. Clique e acesse o repositório online -> 56 57 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 5 PRAÇA DA ALFÂNDEGA: UM LUGAR DE MEMÓRIA CULTURA E MEMÓRIA CARLLA PORTAL VOLPATTO [email protected] Resumo: O presente artigo nasce da dissertação de mestrado intitulada “Praça da Alfândega: um lugar de lugares”. O trabalho estuda o espaço público da Praça da Alfândega localizada no centro da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande Sul. Foram criadas distintas formas de abordar a praça: Lugar de Memória, Lugar de Entorno, Lugar de Pluralidade e Lugar de Evento. Esses lugares têm como intuito discutir as diferentes dimensões do espaço público das metrópoles contemporâneas por meio do estudo de caso da Alfândega, trazendo questões pertinentes sobre a capacidade de transformação do espaço público ao longo de sua existência. Pode-se dizer que a Praça da Alfândega, nesse mosaico de representações sociais e territórios justapostos, compreende um importante lócus de análise do espaço urbano, pelo fato de se apresentar para as formas sociais como um espaço múltiplo da sobrevivência material e da convivência social. Este artigo dá ênfase ao conceito de lugar de memória, entendido a partir das relações estabelecidas entre a memória coletiva e o espaço urbano. O objetivo é demonstrar a importância da apropriação do espaço urbano pela sociedade, as relações estabelecidas com seu entorno, a possibilidade de ressignificação e o potencial de influenciar e ser influenciado pela cidade. Apresenta-se, portanto, uma revisão teórica a partir de análise bibliográfica, a qual contempla estudos que abordam o tema do lugar e da memória e suas relações diretas e indiretas, seguido de estudo de caso da Praça da Alfândega. Desta forma, acredita-se contribuir com o estudo das relações destes lugares de memória, e, sobretudo, no reconhecimento da reflexão de uma memória construída coletivamente. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 5 A FOTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE DE VALOR DO PATRIMÔNIO CULTURAL: O CENTRO HISTÓRICO DE SANTA MARIA - RS CULTURA E MEMÓRIA MARIANA DA ROSA WENDT - UFSM – [email protected] RENATA DALLA PORTA FRAGA - UFSM - [email protected] JÉSSICA DOS SANTOS - UFSM - [email protected] LUIZ FERNANDO DA SILVA MELLO - UFSM - [email protected] Resumo: A presente pesquisa apresenta um estudo sobre a relevância da fotografia como instrumento de análise da cidade, especificamente do caso de Santa Maria - RS, bem como do seu potencial de utilização em edificações com valor de patrimônio cultural edificado no decorrer do tempo. Considerou-se a fotografia como documento histórico, que registra a memória visual do centro histórico de Santa Maria, e possibilita a comparação entre diferentes épocas e os efeitos do tempo sobre os edifícios. Nesse caso, a fotografia auxilia no estudo e na retomada de significação das edificações muitas vezes degradadas e esquecidas pelo tempo. Palavras-chave: Fotografia; Patrimônio; Arquitetura; Cidade; Santa Maria. Palavras-chave: Praça da Alfândega; Lugar; Memória; Museus Clique e acesse o repositório online -> 58 59 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 6 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 6 O PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO E SUA IMPORT NCIA NO CONCEITO DE FORMAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL DEFENDIDO POR MILTON SANTOS CENTRO DE ARTES DA UFF. PATRIMONIO CULTURAL DA MEMÓRIA URBANA DE NITERÓIRJ. CULTURA E MEMÓRIA RICARDO JOSÉ BRÜGGER CARDOSO - UFRB - [email protected] Lucas Rodrigo Nora Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina arq. [email protected] Resumo: Milton Santos foi um geógrafo brasileiro considerado até hoje como um dos mais renomados do mundo, pelo volume e a qualidade de sua produção intelectual. Santos foi responsável por diversas teorias que auxiliam no entendimento de diferentes áreas da geografia e do planejamento urbano. Este trabalho visa esclarecer a relação histórica do Patrimônio Cultural Brasileiro com o crescimento, desenvolvimento e estruturação das cidades. Para isso, toma-se como base o conceito defendido pelo autor em “Sociedade e Espaço: Formação Espacial como Teoria e como Método”. A abordagem defendida por ele neste texto possibilita uma compreensão menos generalista do Patrimônio Cultural Brasileiro, algo de extrema importância para preservação em um país de características continentais. Os bens patrimoniais no Brasil estruturam-se de forma única e diversa, o que muitas vezes dificulta a adoção de medidas para sua preservação como um todo. Propõe-se aqui uma discussão acerca da preservação e um questionamento quanto ao entendimento por parte da sociedade sobre importância destes bens como instrumento transformador do espaço. O conceito de Formação Econômico-Social pode auxiliar na compreensão das particularidades do patrimônio cultural em cada local, levando em conta as características dos modos de produção imperativos sobre o espaço nos diferentes períodos. O patrimônio é a história resguardada, apenas sua plena compreensão pode fortalecer sua preservação. CULTURA E MEMÓRIA Resumo: A pesquisa pretende contribuir para a área de conhecimento que abarca o conceito de centro cultural, destacando análises relativas às edificações culturais universitárias. Para tanto, optou-se pelo desenvolvimento de um estudo de caso sobre o contexto histórico, arquitetônico e urbanístico do Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense em Niterói-RJ, prédio erguido no bairro de Icaraí e simbolicamente representado pela paisagem da Baía da Guanabara. Um dos objetivos do trabalho é estabelecer as inter-relações entre arquitetura, cidade, cultura e memória, por meio de uma abordagem interdisciplinar cujo tema central abarca a produção de edifícios culturais na contemporaneidade. Proveniente do chamado “golpe de Estado de 1930”, a “Era Vargas” desencadeou uma série de intervenções urbanas ocorridas em várias cidades brasileiras, sobretudo em municípios do Estado do Rio de Janeiro. Nesse contexto histórico de significativas intervenções urbanas, o prédio do então Casino Icarahy foi erguido em um programa arquitetônico que abrigava o hotel, o grill e o salão de jogos. Durante as décadas de 1930/40, este prédio se tornou um marco na vida cultural e social da cidade. Com a proibição dos jogos no país, estabelecida em Decreto de Lei 9.215 de 1946, o Casino Icarahy foi fechado, passando a funcionar apenas como hotel, restaurante e o Teatro Cassino. Em 1969, o prédio do hotel passou a abrigar a Reitoria da UFF e o anexo do antigo cassino recebeu o Centro de Artes, principal objeto de análise. Palavras-chave: Centro Cultural; Centro de Artes da UFF; Patrimônio Arquitetônico; Memória Urbana de Niterói. Palavras-chave: Patrimônio cultural; Milton Santos; Formação Econômico-Social; Formação Sócio-Espacial. Clique e acesse o repositório online -> 60 61 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 6 EMIL BERED: HABITAÇÃO COLETIVA MODERNA PORTOALEGRENSE CULTURA E MEMÓRIA ANGELA CRISTIANE FAGUNDES – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – [email protected] MAITÊ TROJAHN OLIVEIRA – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – [email protected] SILVIO BELMONTE DE ABREU FILHO – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – [email protected] Resumo: O tema deste artigo é a arquitetura moderna gaúcha com enfoque na produção arquitetônica do arquiteto Emil Achutti Bered. O objetivo desta investigação é relacionar, documentar e analisar uma amostra da obra de habitação coletiva, produzindo um registro do seu trabalho antes e depois do Plano Diretor de 1959/61 e identificar influências e contribuições para a construção da cultura e memória por meio de uma identidade moderna na arquitetura gaúcha. Neste artigo, ao interior do recorte tipológico específico, para documentação e análise crítico-comparativa de estudos de casos de habitação coletiva de autoria de Emil Achutti Bered na cidade de Porto Alegre, adotou-se um recorte temporal em duas etapas de desenvolvimento do movimento moderno, período inicial 40-60 e período sob hegemonia do Plano Diretor de 1959-61 (60-80). Dito isso, os edifícios selecionados para documentação e análise no artigo são: Edifício Linck (1952) e Edifício Christofell (1962). O recorte permite empreender a documentação e análise do processo de geração dos projetos e suas respectivas estratégias, os elementos de composição e de arquitetura utilizados, as circunstâncias de contexto, legislação e encargo, e as relações com o desenvolvimento dos paradigmas disciplinares em cada período. Preliminarmente, podemos apontar a predominância de estratégias de implantação nas divisas em H em terrenos de meio de quadra e em L em terrenos de esquina no primeiro período, e de blocos isolados de planta retangular no segundo, independentemente da situação. Os elementos de arquitetura se encontram em geral regulados por grelhas de fachada no primeiro período, com tendência à horizontalidade, e pela visibilidade lateral no segundo período, o que leva a outras estratégias compositivas e ao uso de novos elementos de arquitetura, como janelas verticais seriadas e montantes verticais aplicados, com abandono da grelha. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 6 EXU PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO HISTÓRICO NA MANIFESTAÇÃO CULTURAL DO ESPAÇO CULTURA E MEMÓRIA EDILEUZA BARBOSA AMORIM - Faculdade Paraíso do Ceará(FAP) - [email protected] EDUARDO ALENCAR DE OLIVEIRA - Faculdade Paraíso do Ceará(FAP) - [email protected] MARIA SUANY MACEDO MOREIRA Faculdade Paraíso do Ceará(FAP) - [email protected] SANDOVAL RIBEIRO JUNIOR - Faculdade Paraíso do Ceará(FAP) - [email protected] SUELEN TAYANE RODRIGUES DA SILVA - Faculdade Paraíso do Ceará(FAP) [email protected] Resumo: O município de Exu, localizado no estado de Pernambuco, ganhou notoriedade devido ao artista Luiz Gonzaga, figura de grande importância para as manifestações culturais da cidade que consagra sua memória. Além disso, seu acervo arquitetônico possui notória relação com o cotidiano da população local. Este artigo tem como objetivo contribuir para o registro arquitetônico local, ao listar as edificações importantes para a cidade. Tendo como problemática o tombamento e a preservação das obras existentes. Para tal, foi realizada uma pesquisa teórica e de campo, onde os procedimentos adotados foram estudo bibliográfico, documental, reportagem, diálogos, mapeamento do histórico da cidade e levantamento fotográfico. O estudo justifica-se pela escassez de conteúdo acadêmico sobre o patrimônio arquitetônico do município, visto que possui grande valor histórico e cultural, e encontram-se, alguns em estado de deterioração e sem preservação. E outras edificações estão tombadas ou em processo de tombamento pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Palavras-chave: : Patrimônio histórico arquitetônico; Memória; Registro; Preservação; Exu. Palavras chave: Arquitetura e cultura; Arquitetura e memória; Arquitetura moderna gaúcha; Arquiteto Emil Bered. Clique e acesse o repositório online -> 62 63 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 6 OS ASIÁTICOS E A OCUPAÇÃO DOS IMÓVEIS DO CENTRO HISTÓRICO DE BELÉM (CHB) CULTURA E MEMÓRIA HELENA LÚCIA ZAGURY TOURINHO Universidade da Amazônia (UNAMA) - [email protected] MARCO AURÉLIO ARBAGE LOBO Universidade da Amazônia (UNAMA) - [email protected] NADIME ALVARENGA FRÓES Universidade da Amazônia (UNAMA) - [email protected] DANIELE CRISTINA SILVA CABRAL Universidade da Amazônia (UNAMA) - [email protected] Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 7 PATRIMÔNIO CULTURAL E TURISMO EM SÍTIOS HISTÓRICOS DE ORIGEM AÇORIANA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TURÍSTICO DO CENTRO HISTÓRICO DE LAGUNA E DO DISTRITO DE SANTO ANTÔNIO DE LISBOA CULTURA E MEMÓRIA Resumo: A partir dos anos 2000, assiste-se à crescente ocupação de imóveis com a finalidade de transacionar mercadorias populares de procedência asiática. Esse fenômeno, que vem se manifestando em diversas cidades brasileiras, em Belém, ganhou dimensões expressivas, levando alguns comerciantes locais, inclusive, a mudarem a natureza e os tipos de mercadorias vendidas em seus estabelecimentos. O presente trabalho, realizado no âmbito da Pesquisa Mercado Imobiliário em Centros Históricos das Cidades Brasileiras, tem como objetivo caracterizar e analisar a ocupação dos imóveis do CHB, voltados à comercialização de mercadorias populares asiáticas, quanto aos seguintes aspectos: localização; área e número de pavimentos ocupados e natureza da atividade (tipo de mercadorias comercializadas). Primeiramente, através de pesquisa bibliográfica e documental, conceitua-se Centro Histórico, caracteriza-se o CHB e, a luz do processo de globalização, situa-se a emergência da migração e a ampliação da comercialização de produtos asiáticos. Para o levantamento, tabulação e mapeamento, os imóveis foram classificados segundo os que comercializam produtos e são gerenciados por asiáticos; e, aqueles que apenas comercializam. Os imóveis do CHB que comercializam produtos asiáticos (394 unidades) se concentram, no Bairro da Campina. Aqueles gerenciados por imigrantes localizam-se, principalmente, nas Ruas 13 de Maio/28 de Setembro e Santo Antônio/João Alfredo – que comportam, respectivamente, 29 e 25 dos 77 estabelecimentos com caixas estrangeiros, além de vender no varejo, abastecem outros comércios, camelôs e os ambulantes do CHB. Em torno dessa área, a comercialização é feita por redes de lojas nacionais, locais e de outros estados do país. Por fim, a expansão do comércio popular, de mercadorias procedentes de países asiáticos insere o CHB no circuito inferior/marginal da economia globalizada e instaura novas espacialidades. De um lado, pode contribuir para a redução da ociosidade imobiliária no CHB, do outro, pode estar descaracterizando os imóveis e a cultura imaterial das práticas de comércio local. Palavras-chave: Centro Histórico de Belém; Centro Histórico; Asiáticos; Imigrantes; LEONARDO VALERÃO OLIVEIRA - UFRGS – [email protected] LUISA DURÁN ROCCA - UFRGS – [email protected] Resumo: Este trabalho tem por objetivo geral estudar a relação entre turismo e patrimônio cultural e por objetivo específico realizar a avaliação do potencial turístico de dois assentamentos urbanos no sul do Brasil representativos da imigração açoriana da segunda metade do século XVIII: o Centro Histórico de Laguna (Laguna, SC) e o distrito de Santo Antônio de Lisboa (Florianópolis, SC). Para tal, foi utilizada a Matriz de avaliação do potencial turístico de localidades receptoras proposta por Almeida. Os principais resultados foram os seguintes: o Centro Histórico de Laguna apresentou índice 3,5, apontando um cenário positivo em todas as dimensões avaliadas, bem como uma relação equilibrada entre políticas turísticas e patrimoniais. O distrito de Santo Antônio de Lisboa também apresentou índice 3,5, este limitado pela falta de diversidade dos equipamentos e serviços e revelando relação desequilibrada que privilegia o turismo elitizado à preservação do patrimônio cultural. O estudo o estudo confirma que o potencial turístico dos sítios catarinenses é elevado em função da situação geográfica, da presença de atrativos significativos em todas as dimensões do patrimônio cultural (material, imaterial e ambiental) e da existência de infraestrutura e legislação turísticas consideráveis. Além disso, ao observarmos a relação entre turismo e patrimônio cultural no Centro Histórico de Laguna - onde o turismo se adapta ao patrimônio - e na freguesia de Santo Antônio de Lisboa - onde o patrimônio se adapta ao turismo -, concluímos que o índice de potencial turístico não nutre dependência direta com a natureza da relação entre turismo e patrimônio, pois ambos apresentaram o mesmo índice. A aplicação das informações na matriz indicou que, se a diversidade de usos, serviços e produtos não for respeitada, o potencial turístico da localidade não sofre aumento tangível. Palavras-chave: Patrimônio cultural; Turismo cultural; Avaliação do potencial turístico; Sítios históricos de origem açoriana; Centro Histórico (Laguna, SC); Santo Antônio de Lisboa (Florianópolis, SC) Clique e acesse o repositório online -> 64 65 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 7 DO ESPAÇO AO TERRITÓRIO UMA REFLEXÃO SOBRE O OESTE CATARINENSE CIDADE, HISTÓRIA E MEMÓRIAS: AS MATRIZES CULTURAIS BRASILEIRAS E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO CULTURA E MEMÓRIA ANA LAURA VIANNA VILLELA – UNOCHAPECÓ – [email protected] VERA REGINA T NGARI – UFRJ – [email protected] ISADORA ZANELLA ZARDO – [email protected] MARYON BROTTO ROSADO – UNOCHAPECÓ – [email protected] ANA CAROLINA PAS DALMÁS – UNOCHAPECÓ – [email protected] Resumo: O processo de ocupação e urbanização perpassa pela compreensão da paisagem que o constitui. Para Raffestin (1993) o espaço antecede o território, e este somente existe quando representado. “O espaço é, portanto, anterior, preexistente a qualquer ação” (RAFFESTIN, 1993, p.144): é a realidade inicial para a produção do território - palco das relações de poder (SOUZA, 2000; RAFFESTIN, 1993), ou seja, o território é uma das múltiplas faces do espaço social (SOUZA, 2015) e dotado de intencionalidade (RAFFESTIN, 1993; SANTOS, 1996). As mudanças na estrutura de poder implicam em alterações na estrutura do território, pois alteram sua essência e a maneira pela qual são compreendidos, afetando assim também suas fronteiras (RAFFESTIN, 1993; SOUZA, 2015). Raffestin destaca que enquanto as organizações econômicas buscam a anulação dos obstáculos territoriais para a isotropia dos territórios, as organizações políticas querem subdividir o território para melhor controlá-lo. A organização do território, nos modos de produção capitalistas, procura maximizar os fluxos e com isso aumentar a otimização do tempo de circulação do capital, que se por um lado condena o conjunto, a generalização e uniformidade, por outro gera centralidades e marginalidades. A Produção do Espaço para Lefebvre (2008) parte do entendimento do termo produção, enquanto espaço/tempo, para se constituir em três dimensões simultâneas e dialeticamente interconectadas pela dinâmica das contradições: o concebido, o percebido e o vivido. As características geobiofísicas fizeram com que a região oeste, apesar do grande potencial produtivo e extrativista, fosse percebida como de difícil ocupação. Isso influenciou na vulnerabilidade das fronteiras nacionais, que durante este processo passaram por vários impasses territoriais e etnológicos. Cada traçado urbano possui a sua particularidade, naõ tendo sido constituído ao acaso, mas sim fruto da determinação de cada período da organização social daquele local e o oeste catarinense não foge deste contexto. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 7 A VIAÇÃO FÉRREA NO NORTE GAÚCHO: IMPACTOS DA IMPLANTAÇÃO E DA DESATIVAÇÃO DA FERROVIA NA CIDADE DE PASSO FUNDO (1898/1982) CULTURA E MEMÓRIA EDGAR DE SOUZA – Faculdade Meridional (IMED) – [email protected] PEDRO HENRIQUE CARRETTA DINIZ - Faculdade Meridional (IMED) - [email protected] CALIANE CHRISTIE OLIVEIRA DE ALMEIDA - Faculdade Meridional (IMED) - [email protected] ALCINDO NECKEL - Faculdade Meridional (IMED) - [email protected] Resumo: Este artigo se insere na temática das ferrovias e do processo de formação e transformação das cidades, tomando como objeto de estudo a linha férrea que passava pela cidade de Passo Fundo/RS – Brasil entre os anos de 1898 e 1982. Objetivou-se analisar a influência da implantação da ferrovia no processo de formação e transformação de Passo Fundo. Mais especificadamente, objetivou-se compreender de que modo se deu a implantação da ferrovia na cidade, bem como verificar, por meio da Teoria de Sintaxe Espacial, o grau de Integração Global, Integração Local e Conectividade da malha urbana antes e depois da retirada da linha férrea. Acerca da metodologia, este trabalho foi dividido em três etapas: revisão bibliográfica, elaboração de mapas de sintaxe espacial e análise dos resultados. Na primeira, pesquisou-se acerca do contexto histórico da formação e transformação da cidade de Passo Fundo, com ênfase na implantação e influência da via férrea. Na segunda etapa, utilizou-se o software DepthmapX para a elaboração de dois mapas comparativos de Sintaxe Espacial. Na última etapa analisou-se os dados resultantes e elaborou-se o artigo. Espera-se, que este artigo corrobore com os estudos acerca da história de Passo Fundo, trazendo novos dados para subsidiar trabalhos futuros. Palavras-chave: Ferrovia, VFRGS, Passo Fundo/RS, Sintaxe Espacial. Palavras-chave: Produção do Espaço; Território; Oeste Catarinense. Clique e acesse o repositório online -> 66 67 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 7 CRUZ ALTA: VALORES PATRIMONIAIS E COERÊNCIA DO NÚCLEO URBANO CRITÉRIOS DE PROTEÇÃO FÍSICA CULTURA E MEMÓRIA PEDRO COUTO MOREIRA – Faculdade de Arquitetura: Universidade de Lisboa – Portugal e Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI/Frederico Westphalen-RS, Brasil – [email protected] JOSÉ LUÍS CRESPO – Faculdade de Arquitetura: Universidade de Lisboa, Portugal – [email protected] Resumo: O meio urbano ao longo dos anos passa por diferentes mudanças naturais que acarretam em profundas transformações e muitas vezes nocivas, aos bens arquitetônicos patrimoniais. Fatores diversos levam ao aniquilamento de edificações histórias, sejam as questões ligadas à especulação imobiliária descontrolada, a falta de ações público administrativas ou até mesmo a coesão da legislação com a realidade local. Neste sentido, a investigação centrou-se em buscar os valores patrimoniais da história de Cruz Alta, cidade localizada na região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, Brasil e a relação legal que permeia as áreas de entorno dos bens patrimoniais, nos três âmbitos administrativos, Federal, Estadual e Municipal. Como a cidade possui duas edificações tombadas pelo estado, as quais citamos o prédio da Prefeitura Municipal e a Casa e Museu Érico Verissimo, sendo que há uma delimitação legal através de portarias que determinam as suas zonas de proteção do entorno, apesar de as práticas administrativas dentro dessas poligonais não seguirem os rigores das leis. A partir de uma análise sugerida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional brasileiro para a determinação de poligonais de entorno, realizamos ponderações sobre ameaças ao núcleo urbano protegido da cidade, indagandonos sobre a real coerência protetiva deste centro histórico e sugerindo medidas futuras. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 7 HABITAÇÃO COMO FORMA DE PRESERVAÇÃO PATRIMONIAL E RESGATE DOS CENTROS HISTÓRICOS: PROPOSTA PARA O EDIFÍCIO CAUDURO EM SANTA MARIA - RS CULTURA E MEMÓRIA RENATA DALLA PORTA FRAGA - UFSM - [email protected] CARYL EDUARDO JOVANOVICH LOPES - UFSM - arqcaryl@ gmail.com Resumo: A presente pesquisa aborda uma proposta de reabilitação do Edifício Cauduro em Santa Maria – RS para moradia através do conceito contemporâneo de coliving1 . Por meio da pesquisa bibliográfica documental e pesquisa de campo, buscou-se embasamento para a proposta de reutilização do patrimônio. O edifício em questão foi construído na década de 1930 como exemplar do Art Déco e, apesar de sua importância histórica e arquitetônica, encontra-se abandonado há mais de 20 anos em uma localização emblemática no centro histórico. A proposta projetual visa à apresentação de uma alternativa que enfatiza a permanência do patrimônio de forma a gerar benefícios econômicos ao seu proprietário, mas principalmente preservar a história da cidade e proporcionar espaços de qualidade para a população seja no edifício ou no seu entorno urbano. No contexto urbano, com o contínuo abandono dos centros históricos no país e a expansão urbana desenfreada que cria e amplia cada vez mais sua periferia, torna-se evidente também a relevância de garantir a reocupação e reinvindicação da área central da cidade, não somente como documentação histórica, mas como zona urbana privilegiada para habitação. Palavras-chave: Patrimônio; Reabilitação; Centros Históricos; Habitação; Coliving. Palavras-chave: Patrimônio Histórico; Coesão Urbana; Valores Patrimoniais, Núcleo Histórico Urbano; Arquitetura Gaúcha. Clique e acesse o repositório online -> 68 69 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 8 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA A SESSÃO 8 O PROCESSO DE FORMAÇÃO URBANA HISTÓRICA DA “FREGUESIA DE BELÉM” EM PORTO ALEGRE – RS NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX PATRIMÔNIO EDIFICADO E JUÍZO DE VALOR: O CASO DO CASTELO DE ENGADY, EM CAICÓ-RN. CULTURA E MEMÓRIA GIOVANI CÍCERO SOARES DE MEDEIROS - UFPB - [email protected] AMELIA DE FARIAS PANET BARROS - UFPB [email protected] CLARISSA MARONEZE GARCIA – PROPUR/UFRGS – [email protected] Resumo: Este trabalho trata do processo de transferência e do projeto urbano desenvolvido para uma freguesia em Porto Alegre - RS, entre os anos 1867 e 1880. A Freguesia de Belém (hoje Bairro Belém Novo) foi implantada ao sul da cidade, na margem do Guaíba e foi um dos primeiros núcleos urbanos a ser criado desconectado da área central da capital. No sítio anterior, o povoado não possuía acesso por água e os trâmites de sua mudança foram elaborados em um período em que a locomoção terrestre ainda era extremamente precária. A abordagem do trabalho acontece em duas etapas. Primeiramente, expõe o surgimento da primeira Freguesia de Belém e o movimento iniciado para a mudança de local. Em seguida, é descrito o processo de transferência, as tratativas da Intendência Municipal com seus técnicos acerca do projeto urbano e com o doador das terras do novo sítio, até a concretização da implantação. O entendimento desta ação foi possível, principalmente, por conta de pesquisas realizadas em atas da Prefeitura, planta e documentos disponíveis no Arquivo Histórico Moysés Vellinho, em Porto Alegre – RS. Este estudo busca colaborar com o entendimento das origens de assentamentos gaúchos, para que se possa conduzir, de uma melhor maneira, o futuro desses locais. Apreender acerca do processo de formação urbana de Belém Novo é reconhecer que o bairro possui relevância histórica para a memória urbana e cultural da cidade de Porto Alegre. CULTURA E MEMÓRIA Resumo: No cenário atual, é notável a recorrente preocupação acerca da preservação do patrimônio material e imaterial, perante o reconhecimento acerca da capacidade desses bens de resguardar a memória e permitir a relação entre passado e presente. Nas últimas décadas, especificamente no campo da arquitetura, órgãos de proteção foram ampliados, ao tempo em que pesquisadores fundamentam teorias e posturas sobre a conservação, restauro e intervenção que, na contemporaneidade, são vastamente aplicáveis. A noção de patrimônio como obra de arte é fruto de um juízo de valor (BRANDI, 2013) e, neste cenário, a Carta de Veneza (1964) abarca como patrimônio não somente as grandes obras, como também aquelas mais modestas, que representam a significação cultural ou social de um povo. Assim, o conceito de patrimônio, que a princípio parece remeter a algo de grande valor estético, incorpora outros valores, além do estético e reconhece aspectos relacionados à processos do ‘savoir faire’ de uma comunidade, e mesmo, edificações fora do seu tempo, mas que atingiram um alto grau de reconhecimento e significado para determinada sociedade ao longo da sua história. Esse é o caso do nosso objeto de estudo, o Castelo de Engady, localizado na cidade de Caicó/RN, que antes de ser um marco arquitetônico na história do município, carrega consigo uma bagagem simbólica, identitária e afetiva. Embora seja uma arquitetura incoerente com seu tempo, o castelo tem um grande significado para a região em que está inserido. Assim, o objetivo principal deste trabalho consistiu em desenvolver o processo de documentação desta edificação, que atualmente encontra-se em estado acelerado de arruinamento. Para tanto, buscou-se acentuar a relevância e imponência da mesma para o povo seridoense, ao tempo em que se promoveu um respaldo sólido para auxiliar uma futura intervenção arquitetônica. Palavras-chave: Patrimônio edificado; Ruínas; Documentação; Juízo de valor. Palavras-chave: Urbanismo; Freguesia de Belém; Bairro Belém Novo. Clique e acesse o repositório online -> 70 71 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA A SESSÃO 8 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 MEMÓRIA BÉLICA NA FORMAÇÃO DA CIDADE HISTÓRIA E CULTURA DAS FORTIFICAÇÕES DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE CULTURA E MEMÓRIA LAIS COSTA DE ALBUQUERQUE – Universidade Católica de Pernambuco – [email protected] LARISSA EMANUELLE DE MORAIS LIMA – Universidade Católica de Pernambuco – [email protected] Resumo: As fortificações militares foram de grande importância para a formação das cidades em todo o Brasil, devido a sua localização estratégica e envolvimento em políticas públicas, coletivas e culturais. As obras defensivas, capazes de resistir a ataques inimigos, atacá-los e defender seus territórios, foram construídas em sua maioria por povos europeus, durante grande parte do processo de expansão territorial. Desta maneira, o artigo apoia-se na fundamentação teórica desenvolvida principalmente por BARRETO, A. (1958) e MENEZES, J. L.; RODRIGUES, M. R. (1986), a fim de entender a formação territorial e um estudo exploratório acerca dos seus ocupantes. Sendo assim, o presente trabalho pretende discutir a relação entre as fortificações e a formação das cidades, abordando a dinâmica que tais locais travam, dentro do espaço urbano atual, além da sua apropriação popular e papel social, tendo como base a realidade vigente na Região Metropolitana do Recife (PE, Brasil). Focando principalmente nas Ruínas do Forte do Buraco, localizado na Praia do Istmo, entre Recife e Olinda, atualmente tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Apresentando a campanha desenvolvida com o objetivo de trazer tal forte de volta ao imaginário popular e a dinâmica social como parte da história local. Palavras-chave: Arquitetura Militar; Formação do Recife; Fortificações; Forte do Buraco. Clique e acesse o repositório online -> 72 73 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B EIXO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE SESSÃO 1B ESPAÇOS INFORMAIS, ATHIS E HABITAÇÃO SOCIAL Coordenação: Renata Carrero – UFRGS SESSÃO 2B GÊNERO E SEXUALIDADE Coordenação: Renata Carrero – UFRGS SESSÃO 3B MOBILIDADE URBANA Coordenação: Reynaldo Neto – UFRGS SESSÃO 4B DIREITO À MORADIA E DIREITO À CIDADE Coordenação: Reynaldo Neto – UFRGS SESSÃO 5B MEIO AMBIENTE Coordenação: Guilhermo Gil – UFRGS SESSÃO 6B PROCESSOS COLETIVOS/PARTICIPATIVOS Coordenação: Guilhermo Gil - UFRGS SESSÃO 7B ÁREAS VERDES Coordenação: Renata Carrero – UFRGS SESSÃO 8B PLANEJAMENTO URBANO Coordenação: Renata Carrero - UFRGS Clique e acesse o repositório online -> 74 75 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 1 ASSESSORIA TÉCNICA EM PROJETOS COM PARTICIPAÇÃO SOCIAL: O CASO DA FÁBRICA URBANA EM PROJETOS DO MCMV— ENTIDADES NA CIDADE DE SÃO PAULO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ANTONIO COUTO NUNES – [email protected] Resumo: O objetivo deste artigo é apresentar uma alternativa à produção massificada de conjuntos habitacionais identificados tradicionalmente como de interesse social e aceitos pelos agentes financiadores como economicamente viáveis. Para tanto, apresenta-se um breve histórico da produção habitacional brasileira, passando pelo período do BNH, caracterizado por conjuntos habitacionais com inúmeros blocos, despreocupados com a qualidade arquitetônica e urbanística, sem contar com participação social no processo, resultando em periferias carentes de urbanidade e de cidade. Apresenta-se ainda, alguns resultados das produções massificadas do Programa Minha Casa Minha Vida, que, acabou por repetir equívocos exaustivamente debatidos e revelados sobre o período do BNH. Em contraposição aos exemplos citados, o artigo aborda a produção arquitetônica realizada com participação popular, sobretudo nos exemplos do programa FUNAPS Comunitário em São Paulo, produzidos entre o final da década de 1980 e início de 1990, assim como os mais recentes, produzidos por meio do programa MCMV-Entidades, tido como um sucessor do FUNAPS, neste caso, em um programa de federal. Para ilustrar a produção do MCMVEntidades, toma-se como estudo de caso dois projetos da Assessoria Técnica Fábrica Urbana, de São Paulo. O estudo procura evidenciar que a participação social no processo contribui para a obtenção de resultados mais satisfatórios, do ponto de vista arquitetônico, urbanístico e sobretudo social, na medida em que as famílias participam do processo e opinam na construção de suas próprias residências, uma aproximação, ainda que limitada, ao direito à cidade. Palavras-chave: Assessoria Técnica, Habitação de Interesse Social, Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades, Fábrica Urbana, Direito à Cidade. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 1 PROPOSIÇÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DESTINADOS A ABRIGO EMERGENCIAL SUBSIDIADO PELA ESPACIALIZAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE DESASTRES E DA VULNERABILIDADE SOCIAL EM CAXIAS DO SUL/ RS - HABITAÇÃO E ARQUITETURA PARA TODOS E TODAS ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE TAINARA COMIOTTO - [email protected] ELOÍSA MARIA ADAMI GIAZZON - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - [email protected] BRENA MIRANDA DE OLIVEIRA - [email protected] LUIZ CARLOS PINTO DA SILVA FILHO - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - [email protected] Resumo: As cidades brasileiras, caracterizadas pelo rápido processo de urbanização associado à falta do planejamento do território, cresceram desordenadamente e enfrentam deficiência ou ausência de infraestrutura nas periferias. A dificuldade de acesso à terra urbanizada e a condições dignas de moradia afetam as camadas mais pobres da população. Essa parcela da população se viu obrigada a ocupar áreas impróprias para fins de moradia em assentamentos precários com características morfológicas desfavoráveis, tais como encostas íngremes e margens de cursos d’água, expondo-se aos perigos dos desastres associados a inundações e movimentos de massa. Enquanto as políticas públicas não se tornam efetivas para incidir na segregação socioterritorial, observa-se o aumento significativo das ocorrências de desastres e, por consequência, o número de desabrigados. Embora a necessidade de abrigos pós-desastres seja uma demanda recorrente em muitas cidades brasileiras, os abrigos disponibilizados em ações de resposta geralmente são desprovidos de condições adequadas ao bem-estar dos afetados. O objetivo do artigo é refletir sobre as demandas urgentes dos municípios na promoção de espaços apropriados para abrigos pós-desastres, além de demonstrar que através do mapeamento e análise de dados sobre ocorrências de desastres e vulnerabilidade social, pode-se identificar e justificar a necessidade de implantação de equipamentos públicos de caráter permanente como alternativa de provisão de abrigo a situações de caráter emergencial. Através de um estudo de caso apresenta-se a metodologia adotada para justificar a demanda por abrigos temporários pós-desastres na cidade de Caxias do Sul. Além disso, o artigo apresenta as diretrizes adotadas na concepção de dois projetos arquitetônicos elaborados durante o trabalho de conclusão de curso de Arquitetura e Urbanismo, compreendendo a escolha do local apropriado à implantação e as características a serem contempladas pelos equipamentos para se tornarem abrigos emergenciais qualificados. Palavras-chave: Abrigo Emergencial; Políticas Públicas; Vulnerabilidade Social; Ocorrência de Desastres; Gestão de Risco. Clique e acesse o repositório online -> 76 77 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 1 ASSESSORIA TÉCNICA EM ARQUITETURA E URBANISMO ELABORADO POR PROCESSO PARTICIPATIVO NO MUNICÍPIO DE CONDE – PB ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE AMELIA DE FARIAS PANET BARROS - UFPB - [email protected] ISABEL AMALIA MEDERO ROCHA - UFPB – [email protected] LARISSA DE SOUSA GALDINO - UFPB – [email protected] Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 1 ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA A HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA APONTAMENTOS PARA UM POSSÍVEL PARALELO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: O ‘Projeto de assistência técnica em arquitetura e urbanismo elaborado por processo participativo no Município de Conde, PB é uma ação compartilhada e participativa entre a Prefeitura Municipal de Conde por meio da Secretaria de Planejamento, o TRAMA Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da UFPB e a população residente da Vila do Amanhecer. Este artigo tem por objetivo relatar o processo participativo que deu assistência técnica à três famílias em situação de vulnerabilidade social, onde as três habitações apresentavam graus de precariedade extrema, comprometendo a segurança e saúde de seus moradores. A metodologia utilizada para realizar a participação efetiva dos usuários teve como base metodológica as estratégias investigadas pelo arquiteto Rodolfo Livingston (2006) para a apreensão da rotina, das dinâmicas das atividades e da ocupação dos moradores e suas histórias. Os resultados demonstraram que o envolvimento dos usuários durante todo o processo de ideação da proposta foi fundamental para a troca necessária de saberes que enriqueceram a proposta e direcionaram suas soluções para as necessidades mais prementes e específicas de cada família envolvida. Os trabalhos reforçam que o exercício da arquitetura social deve ter como princípio fundamental a participação dos usuários em todo o processo. Palavras-chave: Projeto de Arquitetura Social; Assessoria técnica; Processo participativo; Habitação. ROBERTA KRAHE EDELWEISS - Comissão Temporária de Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CT-ATHIS / CAU/RS) – [email protected] CLÓVIS ILGENFRITZ DA SILA - Comissão Temporária de Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CT-ATHIS / CAU/RS) – [email protected] NEWTON BURMEISTER - Comissão Temporária de Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CT-ATHIS / CAU/RS) - [email protected] PATRÍCIA DE FREITAS NERBAS - Comissão Temporária de Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CT-ATHIS / CAU/RS) - patriciafnerbas@terra. com.br CARLOS FABIANO PITZER - Comissão Temporária de Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CT-ATHIS / CAU/RS) – [email protected] PAULO HENRIQUE C. C. SOARES – Gabinete de Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (GATHIS / CAU/RS) - [email protected] SANDRA HELENA LEHNEN BECKER - Gabinete de Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (GATHIS / CAU/RS) [email protected] ELIS LUCCA - Gabinete de Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (GATHIS / CAU/RS) - [email protected] Resumo: O trabalho aborda um possível paralelo entre o Programa de Saúde da Família (PSF) e a Lei de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS). Contextualizado como resultado do Gabinete de Assistência a Habitação de Interesse Social (GATHIS) e da Comissão Temporária de Assistência Técnica a Habitação de Interesse Social (CTATHIS), no âmbito do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS), o trabalho apresenta os primeiros resultados do estudo acerca da possibilidade de vinculação entre PSF e ATHIS. Para tanto, o trabalho apresenta-se sob a forma de relato e reflexão teórica e tem por objetivo divulgar, de maneira científica, parte do conhecimento que se está construindo no âmbito do GATHIS e da CTATHIS. Palavras-chave: Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social; Programa de Saúde da Família; ATHIS Clique e acesse o repositório online -> 78 79 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 1 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 2 ESPAÇOS URBANOS INFORMAIS COMO OPORTUNIDADE DE APROPRIAÇÃO SOCIOCULTURAL PESQUISA E PRÁTICA DE CONSTITUIÇÃO DAS CIDADES CONSIDERANDO A PERSPECTIVA DE GÊNERO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE BRUNA ZANONI RUTHNER – Universidade do Vale do Taquari - Univates – [email protected] FERNANDA DAROIT LAPPE – Universidade do Vale do Taquari - Univates – [email protected] LISIANE MARQUES LEMOS LEONI - Centro Universitário Ritter dos Reis - UniRitter - [email protected] ANDREA MAGALHÃES VIANA - Centro Universitário Ritter dos Reis - UniRitter - [email protected] GRAZIELA DIAS GRASSI - Centro Universitário Ritter dos Reis - UniRitter - [email protected] MARIA RITA FERREIRA SOARES - Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - [email protected] GEISA TAMARA BUGS - Centro Universitário Ritter dos Reis - UniRitter - [email protected] Resumo: O presente artigo busca compreender como os espaços livres urbanos podem ser caracterizados e compreendidos como uma oportunidade para diferentes manifestações socioculturais. O foco principal é dado para as áreas reconhecidas como informais — zonas híbridas —, situadas entre as áreas públicas e as edificações nos lotes privados. Para entender as possíveis apropriações, são apresentados referenciais que exemplificam os mais objetivos aspectos desse fenômeno, e uma base teórica que explicita a importância de transformar “espaços” em “lugares” por meio do modo de entendimento do mundo de cada um. Adicionalmente, é feita uma reflexão sobre como cada componente do contexto urbano age na construção de espaços abertos vitais e dinâmicos. Percebe-se então que os arquitetos e urbanistas consistem na base para apropriação e que artistas contribuem para a busca pelo entendimento e apropriação local, mas que toda a população urbana é responsável por interpretar o espaço e expressar sua percepção sobre ele. Palavras-chave: Espaços Livres; Manifestações Socioculturais; Zonas Híbridas; Apropriação; Lugar. Resumo: O grupo de pesquisa Encontros, Territórios e Redes, volta-se à investigação da dinâmica das cidades e da relação das pessoas com o espaço, através do mapeamento de experiências cotidianas. No escopo da sua recente pesquisa sobre ‘Como fazer cidades considerando as diferenças de gênero’, que foca na experiência feminina enquanto usuária da cidade, no reconhecimento da sua importância na constituição do espaço e as desigualdades de gênero relacionadas à questão urbana brasileira, objetiva compreender como se constitui um espaço público amigável para a mulher. Reconhecendo a importância da pesquisa e do ativismo urbano nesta área, este artigo apresenta dois grupos reconhecidos, sendo um nacional e outro internacional, que propõe trabalhos, ações e metodologias para a construção de um espaço urbano mais democrático e acessível às necessidades das mulheres. Faz-se necessário olhar para as práticas estabelecidas e seus ensinamentos a fim de produzir conhecimento específico visando a inserção da perspectiva de gênero no planejamento urbano das cidades brasileiras. Com esta perspectiva, por fim são apresentadas as atividades do grupo local. Palavras-chave: espaço público, gênero, planejamento urbano Abstract: The research group ENTRE investigates city dynamics and the relationship between people and public spaces, through mapping of daily activities. The current research focuses on “How to develop inclusive cities, considering gender peculiarities”, with special attention dedicated to the female experiences in the city. Recognizing the importance of including women s necessities in city planning and the gender social gap in the contemporary Brazilian cities, aim to understand what constitutes a public space adequate for women. Recognizing the importance of research and urban activism in this area, this article explores the production of two groups, one national and one international, proposing actions and methodologies for the construction of democratic urban spaces accessible to women s needs. It is necessary to look at established practices and their teachings in order to produce specific knowledge, aiming at the insertion of the gender perspective in the planning of Brazilian cities. With this perspective, the activities of the local group are finally presented. Key Words: public space, gender, urban planning Clique e acesse o repositório online -> 80 81 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 2 A DESIGUALDADE DE GÊNERO DA TEORIA À PRÁTICA DA ARQUITETURA SOCIAL INCLUSIVA HABITAÇÃO E ARQUITETURA PARA TODOS E TODAS ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE BIANCA MARQUETTI SIQUEIRA –Fac. de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de Passo Fundo [email protected] MARCOS ANTONIO LEITE FRANDOLOSO – Fac. de Engenharia e Arquitetura - Universidade de Passo Fundo - [email protected] Resumo: É conhecida a realidade a que são submetidas inúmeras mulheres e meninas ao redor do mundo diante do fenômeno da desigualdade de gênero, muitas vivem situações de discriminação, abusos e violência que as afastam de seus direitos fundamentais, sendo este um problema social concreto e que atinge uma larga escala. Dentro deste contexto, a arquitetura pode e deve adquirir um papel social e humanitário de forma a atender a população de acordo com as suas necessidades e com as características locais, promovendo o desenvolvimento humano. Este artigo busca trazer uma análise teórica desta problemática partindo em seguida para aplicações práticas no contexto da arquitetura, focando em espaços de acolhimento e abrigo para mulheres e meninas. A elaboração deste trabalho foi realizada através de pesquisa bibliográfica visando contextualizar o tema e ressaltar sua relevância, trazendo alguns conceitos gerais e dados a nível global, além de um panorama sobre ações atuais e possíveis soluções. Partindo desta repertorização teórica, o trabalho toma um rumo prático onde são abordados alguns casos relacionados ao tema e em seguida é feita uma análise arquitetônica de dois estudos de caso, em âmbito nacional e internacional, resultando assim no levantamento de uma série de caraterísticas de projeto arquitetônico que podem e devem ser utilizadas em espaços desta importância social. Estas bases teóricas e prática foram aplicadas a uma proposta de estudo preliminar como parte de trabalho de final do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Palavras-chave: Vulnerabilidade Social; Arquitetura Humanitária; Acolhimento Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 2 SOCIABILIDADE LGBT NA CIDADE DE JOÃO PESSOA OS TERRITÓRIOS PARA A PRÁTICA DO LAZER ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE MATHEUS DE OLIVEIRA MARTINS - UFPB - [email protected] FRANCISCO NILTON VIEIRA FERNANDES FILHO - UFPB - [email protected] AMÉLIA DE FARIAS PANET BARROS - UFPB - [email protected] Resumo: Nos últimos anos, o Direito à Cidade entra como forte pauta na agenda dos Direitos Humanos, no contexto acadêmico e de lutas sociais. Decorrem sobre ele o acesso com qualidade à saúde, educação, segurança pública, cultura, transporte e lazer. Entretanto, a realidade para muitos indivíduos, tidos como minorias de poder, é a violação de direitos e sua exposição à diversos tipos de violência. Dentre esses indivíduos estão aqueles que representam a comunidade LGBT+, que, ao romper com o padrão cis heteronormativo de gênero e sexualidade são expostos, além das agressões em geral, à coibição do direito de se expressarem no espaço urbano. Tal prática acaba por promover um processo de territorialização com a eleição de espaços urbanos propícios ao exercício livre de suas condições de existência, dentre elas, a prática do lazer. Essa pesquisa tem como objetivo relatar, apresentar e discutir os resultados de uma investigação que teve lugar na cidade de João Pessoa, sobre o ‘como’ se dá a sociabilidade e liberdade sexual da população LGBT+ em lugares de lazer na capital paraibana. A partir da aplicação de questionários foi possível mapear três centralidades onde a população LGBT+ se reúne: o Centro da cidade, a orla e a divisa entre a Zona Leste e Zona Sul. Numa segunda etapa, algumas entrevistas diretas colaboraram para identificar as especificidades das dinâmicas de cada lugar, a partir do ponto de vista dos usuários. Os resultados apontam que a problemática desses indivíduos permeia questões espaciais, culturais, sociais e educacionais, revelando aspectos que podem nortear políticas públicas destinadas ao confronto da marginalização por que passa a população LGBT+, de forma a entender as vantagens que ambientes com diversidade cultural podem ter no acolhimento de diferentes perfis de usuários. Palavras-chave: Sociabilidade; Territorialidade; LGBT; Direito à Cidade; Lazer. Clique e acesse o repositório online -> 82 83 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 2 A CONFIGURAÇÃO DOS BANHEIROS COLETIVOS SOB A PERSPECTIVA DE GÊNERO E ACESSIBILIDADE UNIVERSAL UM ESTUDO DE CASO EM FORTALEZA (CE) ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE. IANE DALVA DE SOUSA RODRIGUES – UNI7 (Centro Universitário Sete de Setembro) – [email protected] JÉSSICA BEZERRA FREITAS - UNI7 (Centro Universitário Sete de Setembro) – [email protected] ANDRÉ ARAÚJO ALMEIDA - UNI7 (Centro Universitário Sete de Setembro) e UNIFOR (Universidade de Fortaleza) - [email protected]. Resumo: O presente trabalho aborda a condição simbólica e material dos banheiros coletivos e suas limitações para a acessibilidade universal, entendida como acesso não apenas físico mas também simbólico, associada à identidade e senso de pertencimento. Assim, através de reflexão teórica sobre identidade e gênero, bem como de pesquisa de campo, buscase refletir sobre o papel da arquitetura na composição espacial e na construção simbólica dos lugares, em especial neste trabalho, dos banheiros coletivos. Assim, a partir de Butler (2003) compreendemos o conceito gênero, bem mais amplo que o binário conceito de sexo que define a divisão dos banheiros de uso coletivo. Essa definição resulta de influências políticas associadas ao contexto patriarcal da nossa sociedade, para o qual a simplificação identitária resumida em dois sexos é conveniente para consolidação, a partir do sexo masculino, de um padrão que serve de modelo ao outro sexo, o feminino. Ainda acerca da acessibilidade universal, no entanto a partir do viés do acesso físico, temos Mace (1991) com seus estudos sobre desenho universal colaborando para a compreensão de como o contexto espacial, nesse caso dos banheiros coletivos, é excludente para indivíduos com necessidades motoras e psicossociais, além de permitir a análise a respeito da relevância da interação social na vivencia desses indivíduos. Através desses conceitos podemos entender como ocorre à composição espacial dos banheiros coletivos e dessa forma buscar maneiras de produzir espaços coleitvos mais democráticos. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 3 INTEGRAÇÃO MODAL E MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE VIVIANE PÍCCOLO CAMPOS – Pós Graduação UNIFOR – [email protected] ] Resumo: A integração modal é de grande importância para o desenvolvimento de cidades que busquem melhorias na circulação urbana, acessibilidade ao transporte público e crescimento na mobilidade urbana sustentável. O objetivo dessa pesquisa é realizar um estudo bibliográfico sobre a integração modal de transportes e a mobilidade urbana sustentável de forma a proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos usuários. Foram estudadas as cidades de Copenhague, Estocolmo e Bogotá, que obtiveram resultados de sucesso na integração modal entre os meios de transporte motorizado e o não motorizado. Em todas as cidades é notado o uso da bicicleta e o crescimento de ciclovias. Palavras-chave: Integração Modal; Sustentabilidade; Acessibilidade; Palavras-chave: Arquitetura; Psicologia Ambiental; Acessibilidade universal; Diversidade de gênero; Banheiros coletivos. Clique e acesse o repositório online -> 84 85 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 3 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 3 CIDADES INTELIGENTES: UM CONCEITO ALIADO AO DIREITO À CIDADE DEMOCRÁTICA E ACESSÍVEL CAMINHABILIDADE NO RECANTO DAS EMAS O CASO DA AVENIDA POTIGUAR ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ANTONIO MAYCON MARTINS – Centro Universitário do Distrito Federal UDF – [email protected] PATRÍCIA MELASSO GARCIA – Centro Universitário do Distrito Federal UDF – [email protected] ARQUITETURA CIDADE E AMBIENTE LETÍCIA MÜLLER - Faculdade Meridional - IMED - [email protected] MARIANNE DI DOMÊNICO - Faculdade Meridional IMED – [email protected] THAÍSA LEAL DA SILVA - Faculdade Meridional – IMED – [email protected] Resumo: A inserção da Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) nas cidades visa amenizar as demandas e dificuldades enfrentadas diariamente pelos usuários dentro do espaço público urbano. Nesse contexto, o presente trabalho objetiva analisar como o conceito de Cidades Inteligentes pode contribuir na construção de cidades mais sustentáveis e igualitárias, no que tange a Políticas Públicas, Direito à Cidade e a Acessibilidade. Como metodologia utilizou-se uma revisão bibliográfica aprofundada, onde a introdução contempla o cenário geral das cidades brasileiras, o contexto das Leis, e o conceito de Cidades Inteligentes. Logo após, apresenta-se uma análise do Direito à Cidade e a Acessibilidade, buscando destacar empecilhos e as legislações que visam garantir esses direitos. Trata-se também sobre a envoltória das Cidades Inteligentes e as ferramentas que elas podem proporcionar às cidades, enfatizando principalmente as iniciativas voltadas à mobilidade e acessibilidade. Por fim, a partir desse estudo, é possível concluir que os conceitos difundidos nas Cidades Inteligentes podem proporcionar maior eficácia do direito à cidade pois, através do uso de TICs, buscam mitigar os problemas relacionados à acessibilidade no meio urbano. Além disso, observa-se que o desenvolvimento de políticas públicas inovadoras pode contribuir para uma sociedade mais acessível e democrática a todos. Palavras-chave: Cidades Inteligentes; Direito à Cidade; Acessibilidade, Democracia. Resumo: O Recanto das Emas é uma cidade muito dependente do Plano Piloto que agrega 30% dos postos de trabalho da região, tornando a cidade negligenciada em termos de melhorias de infraestrutura e construção de equipamentos. A população da cidade está entre as mais baixas do DF, o que torna a acessibilidade e a mobilidade a pé extremamente importantes. A ausência de elementos básicos que viabilizem o caminhar inibe os pedestres a utilizarem o espaço, devido a lógica urbana pensada em automóveis que suprime a caminhabilidade da região. A caminhabilidade é um indicativo vinculado a capacidade que um local possui ou não de oferecer boas condições para as pessoas andarem a pé por ele. O presente trabalho busca apresentação de um diagnóstico e o levantamento de dados para a análise sobre a Caminhabilidade no local. Ao longo da pesquisa foram feitas análises para compreensão mais ampla da gravidade da caminhabilidade na Avenida Potiguar. Foram realizados levantamentos geométricos da via e observação sobre seus vários aspectos – funcionais, bioclimáticos dentre outros. Foram feitas medições de fluxos nos diversos modais que utilizam a via diariamente. A partir da coleta das informações foi possível compreender que a vida social do espaço está sendo definida pelo uso comercial que a via possui. Para melhorar o espaço analisado é necessário repensar a integração entre os diversos agentes envolvidos e conciliar o dimensionamento das áreas destinadas a cada um deles. A partir de diretrizes focadas na acessibilidade e mobilidade não motorizada será possível tornar o espaço mais democrático. Palavras-chave: Caminhabilidade; Recanto das Emas; Calçadas; Análises Dimensionais. Clique e acesse o repositório online -> 86 87 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 3 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 4 CAMINHABILIDADE E CONEXÕES OS ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS NA ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE SÃO LUÍS – MA BEIRA TRILHOS: A IMPLEMENTAÇÃO DO DIREITO À MORADIA E À CIDADE DIREITO A CIDADE DEMOCRÁTICA E SUSTENTÁVEL MARCOS ANTONIO LEITE FRANDOLOSO – Faculdade de Engenharia e Arquitetura - Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo – RS – [email protected] DANIELA PANHOSSATT – Curso de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo – RS - [email protected] EDUARDO NISCHESPOIS SCORSATTO – Curso de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo – RS – [email protected] GABRIELLE CRISTINA CASASOLA – Curso de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo – RS – [email protected] KALINDY GRANELLA PERUZZO– Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo – RS – [email protected] NATÁLIA COSTA BOFF – Curso de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo – RS - [email protected] SIMONE PANCOTTE TABORDA – Curso de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo – RS - [email protected] ANA CLARA SILVA SANTANA MENDONÇA – Universidade Estadual do Maranhão – [email protected] DÉBORA GARRETO BORGES (orientadora) – Universidade Estadual do Maranhão – [email protected] Resumo: O presente estudo objetiva analisar a caminhabilidade na cidade São Luís do Maranhão e sua influência na conexão entre os espaços livres públicos, tendo como recorte a Rua Rio Branco, principal via conectora entre as praças Deodoro, Odorico Mendes e Gonçalves Dias. Trata-se de uma pesquisa de contextualização do local do pedestre na mobilidade urbana e sua relação com a cidade, incluindo fatores como nível de caminhabilidade, qualidade, conforto, segurança e atratividade dos trajetos pedonais. Para tanto, é de grande relevância a compreensão do contexto atual destes locais no âmbito social, da mobilidade e o mapeamento da rua como espaço livre público de uso compartilhado e de conexão entre os diversos espaços da cidade e igualmente importante é reforçar a função social da cidade, de forma a contribuir com “os objetivos da sustentabilidade social para uma sociedade democrática e aberta” (GEHL, 2013). Essa análise se utiliza de parâmetros estabelecidos pelos autores Jan Gehl (2013), Jane Jacobs (2011) e Clarisse Linke (2017; 2018) demais estudos sobre caminhabilidade e incita questionamentos como a importância do caminhar no âmbito da qualidade da vida urbana e no incentivo da apropriação desse espaço pelos seus usuários, além de fornecer subsídios para elaboração de propostas de intervenções com foco no despertar para a mobilidade sustentável, resultando na vitalidade e conexão entre os espaços livres e no fortalecimento da relação do pedestre com a cidade. Palavras-chave: Caminhabilidade; Espaço público; Conexão; Centro histórico de São Luís. DIREITO À CIDADE DEMOCRÁTICA E SUSTENTÁVEL Resumo: O objetivo do Projeto de Extensão Beira Trilhos é dar continuidade aos processos iniciados em 2005, com relação aos aspectos jurídicos, urbanísticos e sociais ampliando suas perspectivas e interfaces, na busca de uma solução que contribua para a construção do direito à moradia e à cidade para as populações das ocupações Beira Trilhos de Passo Fundo/RS, significando qualidade de vida e também respeito às necessidades sociais, jurídicas, culturais e estéticas. Estima-se que atualmente 1500 famílias, aproximadamente 8 mil pessoas, estejam nesta situação. Para o desenvolvimento deste trabalho foram desenvolvidas atividades de caracterização da temática e da discussão sobre o direito à moradia e, de forma mais ampla, à cidade, inserindo a problemática da área de trabalho – beira trilhos; com estes pressupostos foram retomados os diagnósticos desenvolvidos ao longo do tempo pelos grupos de trabalho, atualizando-os e contextualizando-os. Como contribuição para propostas de futuras soluções foram desenvolvidos estudos de repertorização de casos similares nos níveis interncionais e nacionais, buscando possíveis alternativas de organização do território, uma delas é a de realocação da população que atualmente ocupa este território para vazios urbanos próximos às áreas. Palavras-chave: Beira Trilhos; Ocupação Urbana; Direito à Cidade; Moradia. Clique e acesse o repositório online -> 88 89 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 4 ÍNDICE DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL COMO SUPORTE AO DIREITO À MOBILIDADE ARQUITETURA CIDADE E AMBIENTE ANA PAULA SCHEFFER – Universidade de Passo Fundo - [email protected] ROSA MARIA LOCATELLI KALIL – Universidade de Passo Fundo - [email protected] FRANCISCO DALLA ROSA – Universidade de Passo Fundo - [email protected] Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 4 OS PLANOS DIRETORES DE SÃO LUÍS: TRANSIÇÃO DA DITADURA MILITAR AO REGIME DEMOCRÁTICO ARQUITETURA, CIDADE E MEIO AMBIENTE MARCIO RODRIGO DA SILVA PEREIRA – Cento Universitário UNDB – [email protected] Resumo: Assim como o direito à cidade, a mobilidade eficiente institui-se como uma premissa constitucional que deve ser cumprida, uma vez que sua efetividade está diretamente vinculada à qualidade de vida da população. Somando-se a isso, pesquisas que visam contribuir para uma mobilidade urbana sustentável, estão sendo desenvolvidas; conjuntamente com a criação de parâmetros (indicadores) que se constituem como o primeiro passo para compreender o estado da mobilidade de determinado local e estipular planos de ação e suas respectivas prioridades. Com a premissa de cooperar com os estudos de mobilidade sustentável, é que este trabalho possui como objetivo investigar sobre os mecanismos legais que visem promover uma mobilidade urbana sustentável além de averiguar a respeito da criação de índices que estão se constituindo como suporte ao direito à mobilidade urbana no Brasil. Para tanto, utilizaram-se os seguintes procedimentos metodológicos: revisão das legislações pertinentes ao tema, revisão sistemática sobre indicadores de mobilidade urbana no Brasil e análise qualitativa quanto ao método que obteve maior repercussão no levantamento anterior. Como resultados, a pesquisa revelou a existência de mecanismos legais que visam promover uma mobilidade urbana sustentável, principalmente, no que compete ao papel da União. Ao mesmo tempo que constatou a fragilidade no sistema, no que diz respeito à obrigatoriedade da implementação de planos de mobilidade urbana em conjunto com às competências municipais. O levantamento revelou o índice de Mobilidade Urbana Sustentável (IMUS) como o método de maior repercussão, dentre os parâmetros de busca estipulados. Como contribuições, pode-se destacar as sugestões de ajustes de competências para os entes da federação, ao mesmo tempo que se recomenda a utilização do IMUS como metodologia de análise em prol do monitoramento de Planos de Mobilidade. Palavras-chave: Mecanismos Legais; Sustentabilidade; Indicadores; Direito à Cidade; Cidades e Comunidades Sustentáveis – ODS 11. Resumo: O presente artigo tem como objetivo geral analisar os planos diretores da cidade de São Luís – MA, instituídos em 1975, 1992 e 2006, com base nas políticas urbanas nacionais, tendo em vista que nesse período houve a transição da Ditadura Militar para o Regime Democrático Brasileiro, o que representou um marco para o planejamento urbano. A questão urbana no Brasil passou por intensas transformações tanto em seus marcos regulatórios quanto na forma de envolvimento das diferentes instituições e sujeitos localizados na sociedade e no aparato estatal. De acordo com Tonella (2003), desde os debates que antecederam a Assembleia Nacional Constituinte na década de 1980, a mobilização tem sido intensa e marcada por tensões entre os diversos atores. A pesquisa possui um caráter descritivo e bibliográfico, sendo utilizado um referencial teórico (DÉAK, SCHIFFER, 2010; MARICATO, 2013; VILLAÇA, 2001) especializado sobre políticas públicas urbanas relacionando-as com aspectos teóricos de urbanização no território brasileiro. Como materiais empíricos, são utilizados os Planos Nacionais de Desenvolvimento, Constituição Federal, Estatuto da Cidade e os Plano Diretores da cidade de São Luís (compreendidos entre 1975 e 2006). Espera-se que essa discussão possa contribuir para o entendimento da estruturação do espaço urbano e das políticas públicas urbanas, proporcionando um debate sobre questões ideológicas presentes no planejamento urbano brasileiro. A comparação entre os planos diretores da cidade de São Luís, instituídos em diferentes períodos históricos, nos permite compreender as mudanças ocorridas ao longo de décadas no espaço urbano, tendo em vista que o cenário político nacional é decisivo para a construção e a aplicabilidade das políticas urbanas municipais. Por fim, os planos diretores de São Luís demonstram como as políticas públicas urbanas foram se transformando desde o regime autoritário e tecnocrático até o início da democracia no país. Palavras-chave: Planos Diretores; Ditadura Militar; Democracia; São Luís. Clique e acesse o repositório online -> 90 91 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 4 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 4 URBANISMO DEMOCRÁTICO DIREITO A UM HABITAT SUSTENTÁVEL PARA A COMUNIDADE PESQUEIRA DO LAGO DA PERUCABA, ARAPIRACA, AL A AÇÃO E OS IMPACTOS DOS CAPITAIS FUNDIÁRIOS E DAS PRÁTICAS ALIENANTES AO DIREITO À CIDADE E À MORADIA DIREITO À CIDADE DEMOCRÁTICA E SUSTENTÁVEL RODRIGO BAZZOLI - Universidade Federal do Tocantins - [email protected] AMANDA CRISTINA SANTOS - Universidade Federal de Alagoas - [email protected] SIMONE RACHEL LOPES MOURA Universidade Federal de Alagoas - [email protected] Resumo: Esta investigação acadêmica trata da provisão do planejamento e gerenciamento das ações públicas da cidade por meio do conceito urbanismo democrático, que se configura como um modelo de gestão onde a participação popular nos processos decisórios passa a ser o elemento chave, e, os indivíduos exercem os papéis de protagonistas na elaboração dos projetos urbanísticos e habitacionais, visto que suas necessidades, desejos, hábitos e costumes são diferenciados em relação ao gestor ou do planejador. Dessa forma, pretendese por meio de uma visão geral e sucinta dessa modalidade de sistema social representativo, desde suas implicações socioeconômicas até suas diretrizes de implementação, levantando aspectos necessários para sua contextualização, como o direito à cidade e à moradia adequada, atribuições corriqueiramente negligenciadas aos cidadãos, principalmente aos que estão inseridos na classe mais pobre, criar um programa integrado para um habitat sustentável. A abordagem empírica teve como foco o envolvimento, engajamento e parceria com os moradores da Vila dos Pescadores do Lago da Perucaba da cidade de Arapiraca para a definição de um programa urbanístico e habitacional que atendeu integralmente suas necessidades, fundamentando-se não só nas exigências da comunidade, mas também nos dispositivos legais e normativos existentes no município, como o Plano Diretor Participativo, Lei 2.424/06, e o Plano Local de Habitação de Interesse Social de 2014, além da identificação in loco de carências, potencialidades e tendências expressas objetivamente pelos pescadores e suas famílias, de modo que, se colocado em prática, resultaria em um ambiente justo e igualitário, princípios indeferidos diariamente aos moradores da pequena vila desde seu surgimento. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE RESUMO: Este estudo objetivou compreender a formação do produto imobiliário submetido ao sistema capitalista moderno, iniciando-se pela análise da estrutura da produção da mercadoria habitacional e da reprodução dos loteamentos urbanos; procedimento que possibilitou o apontamento da ação e as influências dos capitais fundiários na formação e na expansão da cidade de Palmas (TO), por meio da adoção da crítica à economia política, utilizando o conceito marxiano de valor-trabalho. Assim, foram identificados os mecanismos de captação e de acumulação da renda da terra, neste caso, rendas fundiárias urbanas, e da apropriação de mais-valia sobre obras e serviços. Se observou que as regras do modo de produção capitalista quando aplicadas na construção das cidades agem em desfavor à conquista do direito à cidade e à moradia, por preteri-los a um segundo plano, ao priorizar a produção de valor de troca e a obtenção de sobrelucros. Ao listar os diversos fatores inclusos neste processo, foi possível conceituar a atuação da arquitetura e urbanismo nesta conjuntura, ora como parte do problema, ora como solução. Como antídoto a este impasse, Henri Lefebvre sugere que os profissionais ligados a urbe se aperfeiçoem, buscando uma abordagem dos temas urbanos através de enfoques holísticos, por meio da adoção de um processo de maiêutica e cidadania, nutrido de ciência e conhecimento técnico. PALAVRAS-CHAVE: Habitação; Urbanização; Financeirização; Reificação; Urbanismo e arquitetura; Direito à cidade. Palavras-chave: Urbanismo democrático; Habitat sustentável; Vila dos Pescadores do Lago da Perucaba; Arapiraca; Alagoas. Clique e acesse o repositório online -> 92 93 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 5 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 5 PLANEJAMENTO URBANO E GESTÃO DE RISCOS: CASO DO MUNICÍPIO DE IGREJINHA/RS O USO DAS UNIDADES DE PAISAGEM NO PLANEJAMENTO URBANO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE EIXO TEMÁTICO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ELOISA MARIA ADAMI GIAZZON - UFRGS/GRID - [email protected] HELENA POHREN LAGGAZIO - UFRGS/GRID [email protected] LUIZ ANTONIO BRESSANI - UFRGS/GRID - [email protected] JOCELEI TERESA BRESOLIN UFRGS/[email protected] PRISCILA TERRA QUESADA - Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFSM. E-mail: priscilatquesada@ gmail.com JOSÉ MANUEL MATEO RODRIGUEZ - Professor Doutor do Programa de Pós- Graduação em Geografia/UFSM. E-mail: [email protected] Resumo: No Brasil, a urbanização das cidades iniciou ou evoluiu a partir da ocupação de áreas ambientalmente frágeis, suscetíveis a desastres. Entretanto, a partir da instituição da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), ações de planejamento urbano integradas à gestão de risco ganharam relevância e incentivaram a elaboração de Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização (CGAU). Em 2014, a CGAU do município de Igrejinha, Rio Grande do Sul, foi elaborada pelo Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEPED-RS/UFRGS), em cooperação com a Diretoria de Assuntos Fundiários Urbanos e Prevenção de Riscos do Ministério das Cidades - Governo Federal (BRESSANI, 2014). Este artigo apresenta as diretrizes de planejamento urbano propostas, neste projeto, para a promoção da resiliência e redução do impacto dos desastres no município. As diretrizes foram elaboradas a partir da análise da dinâmica urbana de Igrejinha e dos mapeamento e estudos hidrogeológicos e geotécnicos que geraram a CGAU. Após elaboração de diretrizes iniciais consensuadas com técnicos e gestores públicos, através de audiência pública foram aprovadas. Obtevese as diretrizes de planejamento urbano voltadas à expansão urbana, (1) novos loteamentos ou desmembramentos; e para áreas em processo de consolidação ou já consolidadas, (2) lotes vazios - passivo, edificações novas e existentes, considerando a suscetibilidade a inundações e movimentos de massa. Projetos semelhantes devem ser elaborados por outros municípios. É necessário que, a nível municipal, o poder público incorpore participativamente parâmetros adequados ao seu território através de normatização específica, e fomente o debate sobre a necessidade de adequação do seu desenvolvimento urbano, subsidiado pela Carta Geotécnica, e concepções urbanísticas e arquitetônicas implementadas para reduzir a vulnerabilidade, exposição aos desastres naturais, e promover o aumento da resiliência. Resumo: Considerando os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aprovados em 2015, por 193 países das Nações Unidas, o ‘ODS11 – Cidades e comunidades sustentáveis’ é um dos objetivos que está vinculado diretamente ao planejamento municipal, e que entre outras metas, temos até 2030 para aumentar a urbanização inclusiva e sustentável. Nessa mesma meta também aponta a necessidade de aumentar as capacidades para o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e sustentáveis. Agora como assegurar um processo aberto e inclusivo, se a comunidade não conhece e nem reconhece as políticas de planejamento local? O planejamento nos permite refletir das nossas escolhas perante um recorte de um cenário e as necessidades de uma determinada comunidade, antes de colocá-las em prática, analisando o que temos acertado ou errado nos avanços que percorremos do passado a atualidade e o que queremos evitar para o futuro almejado. Partindo da compreensão da paisagem como “conjunto inter-relacionado de formações naturais e antroponaturais” (RODRIGUEZ, et al., 2017, p. 18), a geoecologia utiliza a unidade da paisagem como base do planejamento, possibilitado que tenhamos uma visão sistêmica e facilitando que as proposições sejam integradas e sustentáveis. E para que as proposições de curto, médio e longo prazo sejam efetivados, mesmo com as frequentes mudanças das cadeiras políticas, é necessário que a sociedade assuma seu papel social propositivo e regulador, assegurando com sua participação efetiva que as tomadas de decisão avancem em proposições sustentáveis, evitando que sobressaia o interesse particularizado e ações descontinuas e inconclusas. Com a finalidade de divulgar essa visão sistêmica da geoecologia e subsidiar as políticas que promovam a conservação, preservação, valorização das áreas naturais, desenvolvimento sustentável e planejamento dinâmico no perímetro urbano de Santa Maria/RS, objetivou-se nesse trabalho apresentar a adaptação metodológica utilizada para a definição das unidades paisagem e a potencialidade de seu uso no planejamento urbano. Palavras-chave: Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização; Planejamento Urbano; Gestão de Riscos; Vulnerabilidade. Palavras-chave: Geoecologia da paisagem; Planejamento territorial; Área urbana;. Estado ambiental; Sustentabilidade; Santa Maria/RS; Clique e acesse o repositório online -> 94 95 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 5 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 5 O PATRIMÔNIO CONSTRUÍDO DE CANDIOTA/ RS NA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL JARDINS ZOOLÓGICOS: ASPECTOS FÍSICOESPACIAIS QUE INFLUENCIAM O DESEMPENHO AMBIENTAL, NA PERCEPÇÃO DOS VISITANTES CIDADE HISTÓRIA E MEMÓRIA: AS MATRIZES CULTURAIS BRASILEIRAS E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE RENAN ROSSO BICCA - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) – [email protected] MARIANA HOESEL SCHERER – Centro Universitário da Região da Campanha (URCAMP) - [email protected] MAGALI NOCCHI COLLARES GONÇALVES – Centro Universitário da Região da Campanha (URCAMP) - magalicollares@yahoo. com.br Resumo:O Centro Universitário da Região da Campanha - URCAMP, através de um convênio firmado entre a Prefeitura de Candiota/RS, juntamente com o apoio técnico e financeiro da Usina Termoelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski), constituíram um grupo de estudos, denominado de NEDUA (Núcleo de Estudos de Desenvolvimento Urbano e Ambiental) formado por profissionais e acadêmicos de diversas áreas do conhecimento, teve o objetivo de elaborar a proposta do Plano Diretor de Candiota. O município é localizado na Região Sul, próximo à fronteira do Uruguai é reconhecido pela reserva e extração do carvão, como também pela geração de energia elétrica. O Plano Diretor é regulamentado em Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto das Cidades, no qual expõem instrumentos básicos e complementares para o planejamento e desenvolvimento urbano, assim como garantir políticas sociais para a população, especialmente a mais necessitada. O projeto teve a duração de dois anos consecutivos, através dele foram realizados dos levantamentos, pesquisa de campo, referências históricas e leituras técnicas, leituras comunitárias entre outros. O Plano em si, deve constituir-se uma lei viva e dinâmica e que integre necessárias transformações aos princípios de um desenvolvimento que seja sustentável e socialmente justo, orientando os investimentos estruturais a serem feitos pelos agentes públicos e privados Para a realização deste processo as equipes foram divididas em cinco temas: Patrimônio, História e Cultura; Urbano, Infraestrutura, Serviços, Uso e Ocupação do Solo; Ambiental e Rural; Desenvolvimento Econômico, Social e Segurança; Jurídico, Planejamento e Gestão.Esse artigo tratará sobre o tema Patrimônio, História e Cultura onde foi revelados demandas e entusiasmo na preservação da sua memória. Palavras-chave: Patrimônio Construído, Plano Diretor, Candiota. SAMANTHA BALLESTE - Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Campus Pelotas (IFSul) - [email protected] NATALIA NAOUMOVA - Universidade Federal de Pelotas (UFPel) - [email protected] Resumo: Para que as funções de educação e entretenimento dos jardins zoológicos contemporaneos sejam cumpridas, é necessário proporcionar um espaço dinâmico, sensorial e prazeroso aos visitantes. Considera-se essencial para que a experiência seja educativa e divertida, ir ao encontro dos interesses do público e proporcionar um espaço qualificado. No entanto, há carência de estudos que abordem a qualidade espacial nessas instituições, baseados em avaliações envolvendo pessoas. Assim, este estudo busca contribuir para o preenchimento desta lacuna tendo como objetivo geral, avaliar o desempenho dos espaços abertos de jardins zoológicos através da percepção dos seus visitantes, sobre os elementos físicos e morfológicos desses ambientes, a fim de entender os aspectos que estão mais fortemente relacionados à percepção de qualidade ambiental. O trabalho é conduzido a partir de um estudo de caso, o Parque Zoológico da FZB/RS, localizado em Sapucaia do Sul, RS, Brasil. Inserido na área de estudo Ambiente- Comportamento, o estudo adota uma abordagem metodológica qualitativa e quantitativa, baseada nos métodos e técnicas de Avaliação Pós-Ocupação. A satisfação, as preferências e o comportamento dos visitantes são utilizados como critérios de avaliação do desempenho ambiental. Os métodos de coleta de dados incluem levantamentos físicos, observações comportamentais, questionário e entrevista semiestruturada. Como resultado da investigação, foram desvendadas as relações existentes entre a satisfação dos visitantes com: a agradabilidade, a organização e o interesse do espaço aberto, a adequação das estruturas de apoio ao público, as áreas preferidas dos visitantes e as características que as tornam preferidas, os aspectos relacionados a naturalidade (vegetação e água), a sinalização e o mobiliário, e, com relação à importância de determinadas categorias de design. Foram desvendadas também, as relações entre a permanência dos visitantes no espaço e a sua naturalidade e configuração de caminhos. Palavras-chave: Jardins zoológicos; Espaços abertos; Percepção; Qualidade ambiental. Clique e acesse o repositório online -> 96 97 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 5 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 6 A TRAMA VERDE E AZUL COMO APOIO À RESILIÊNCIA URBANA ESPAÇO PÚBLICO E AÇÕES COLETIVAS: NOVOS SENTIDOS DE PERTENCIMENTO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ANA LÚCIA RICHTER DREYER - UFRGS – [email protected] RAQUEL FERREIRA DARODA – UFRGS – [email protected] PAULO REYES - UFRGS – [email protected] Resumo: A Trama Verde e Azul (TVA) é uma abordagem multidisciplinar, composta das redes de infraestrutura verdes e azuis como forma alternativa, ou auxiliar, aos sistemas tradicionais de infraestrutura cinza. Os autores pesquisados neste trabalho sugerem que o uso de estratégias projetuais com base na TVA pode incrementar o potencial resiliente do meio urbano. Tal possibilidade advém do estabelecimento de sistemas mais versáteis, diversos e com maior possibilidade de absorção dos impactos decorrentes de eventos de distúrbios, sejam eles naturais ou provocados pela ação humana. Através da pesquisa bibliográfica relacionaram-se os fundamentos e conceitos desses temas com intuito de formar constructos comuns que demonstrassem essa estreita relação. O resultado demonstra que os fundamentos da Trama Verde e Azul podem ser utilizados como parte das estratégias de projeto de infraestruturas que intencionam aumentar o potencial resiliente de um ambiente urbano. Palavras-chave: Trama Verde e Azul; Resiliência Urbana; Meio Urbano; Infraestrutura. Resumo: Este artigo aborda as práticas sócio espaciais contemporâneas que estão acontecendo nos espaços urbanos numa tentativa de compreender quais as possíveis contribuições dessas práticas para a dimensão pública. Mais especificamente, compreender como essas práticas produzem a transformação do espaço público, funcionando como ato crítico, de reflexão e ação sobre a cidade. Este artigo tem como objetivo propor uma reflexão sobre processos contemporâneos de construção coletiva mediados pelas tecnologias de informação e comunicação – TIC. As ações propostas pelos coletivos urbanos trazem a possibilidade de participação e colaboração; trazem a possibilidade de construção de novas narrativas urbanas e de relações sociais baseadas na colaboração. O estudo tem como objeto empírico dois coletivos urbanos com atuação na cidade de Porto Alegre e cujas ações, mediadas pelas TIC, a partir de um impulso utópico são capazes de despertar o senso de comunidade e de pertencimento. Tais ações serão debatidas frente à produção teórica dos autores: Henri Lefebvre, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Manuel Castells e Jacques Rancière. O diálogo entre teoria e prática, a partir da atualização dos conceitos trazidos pelos autores citados, busca uma melhor compreensão de fenômenos sócio espaciais recentes e da reverberação dessas práticas na produção e transformação do espaço público. Diante da possibilidade de uma nova compreensão do que pode ser a experiência urbana no século XXI, reconhece-se o potencial das tecnologias digitais e a maneira como essas podem afetar o espaço público e transformar a experiência urbana. As atuais práticas de agregação social e os dispositivos de comunicação funcionam como suporte para uma reformulação no modo como os indivíduos estabelecem relações interpessoais e de experiências na cidade. É sob esta ótica que este artigo tende a contribuir, uma vez que questiona a relação estabelecida entre as redes técno- sociais e o espaço público. Palavras-chave: Direito à cidade; Tecnologias de informação e comunicação; Espaço público. Clique e acesse o repositório online -> 98 99 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 6 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 6 JOGOS ESPORTIVOS NOS ESPAÇOS RESIDUAIS NO COMPLEXO DO ALEMÃO1 HIBRIDISMO DO/NOS ELEVADOS ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ELISABETE CASTANHEIRA – Estácio - UNISA – [email protected] ERYANE VIEIRA LIMA- Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro- [email protected] FERNANDO ESPÓSITO GALARCE- Professor no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro- [email protected] Resumo: A cidade contemporânea tem se configurado em um palco ideal e em um produto da acumulação do capital, tendo como consequência um Estado que prioriza a concisão de produto da cidade, esquecendo sua função social. Num cenário global como descrito, os megaeventos esportivos como a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos 2016, sediados no Brasil e no Rio de Janeiro respectivamente, fazem parte das estratégias para atrair mais investimentos. As consequências da implementação dos programas e obras de reestruturação urbana, necessárias para sediar estes megaeventos nas cidades, podem ser danosas quando não estão alinhadas com as prioridades da população, principalmente em áreas de interesse social e favelas, historicamente fragilizadas. Por outro lado, as intervenções de caráter temporário, uma das tipologias do Urbanismo Tático, são uma forma de intervir no espaço sem precisar de um alto investimento, configurando desta forma soluções para aquelas problemáticas produzidas por operações oficiais, porém traumáticas e muitas vezes descontextualizadas. O artigo observa estas questões nos espaços residuais criados pelo Teleférico implantando no Complexo do Alemão na cidade do Rio de Janeiro, propondo uma intervenção voltada para práticas recreativas e expondo os jogos esportivos não mais como vilões, mas como forma de união e apropriação do espaço na favela. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: A presença da criatividade na sociedade contemporânea se dá de forma transversal. Como vetor de crescimento, está na origem de inúmeros outros conceitos: economia, cidade, indústria e classe criativa. Nesta perspectiva a criatividade extrapola o âmbito artístico para se instalar como agente ativo na solução de problemas complexos, particularmente nas cidades. Primeiramente em megaescalas, posteriormente a criatividade passa a ser percebida em uma escala menor: as práticas criativas resultantes de microplanejamentos urbanos, que surgem a partir da base, da percepção de uma necessidade local. O presente trabalho atravessa a polivalência de algumas estruturas urbanas híbridas, similarmente presentes nas cidades de Paris, Nova York e São Paulo (respectivamente: o Promenade Plantée, o High Line e o Elevado Costa e Silva, também conhecido como Minhocão), para pontuar a micro escala da inovação social no âmbito da cidade, as práticas criativas que hibridizam, resignificam e inventam territórios. Palavras-chave: Criatividade; Práticas Criativas; Inovação; Inovação Social; Urbanismo Tático; Palavras-chave: Capitalismo; Megaeventos; Espaços Residuais; Urbanismo Tático; Jogos esportivos. Clique e acesse o repositório online -> 100 101 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 6 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 7 MORADIA GUARANI O PROJETO CONCEBIDO COLETIVAMENTE, A REPRESENTAÇÃO ACESSÍVEL E OS DESDOBRAMENTOS DE OBRA AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE A PARQUES URBANOS PARA O MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE FERNANDA BALESTRO – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – [email protected] FRANCISCO CENZI DE RÉ - Universidade Federal do Rio Grande do Sul – [email protected] FÁBIO LÚCIO LOPES ZAMPIERI - Universidade Federal do Rio Grande do Sul – [email protected] Carolina Jessica Domschke Sacconi - [email protected] Anita Rodrigues Freire - [email protected] Otávio Helena Sasseron - [email protected] Resumo: Este artigo é uma reflexão sobre a importância do processo participativo na elaboração do projeto arquitetônico e surge da experiência adquirida a partir de uma consultoria técnica de arquitetura elaborada no âmbito de um Plano Básico Ambiental (PBA), em terras indígenas da Serra do Mar do estado de São Paulo, no qual um dos programas se tratou da construção de moradias guaranis por processo de mutirões. Para atender essa demanda, foram elaborados dois Manuais de Construção da Moradia Guarani: um para a tipologia Casa Elevada e outro para a tipologia Casa Térrea. Para elaboração destes manuais utilizou-se como procedimento metodológico, a realização de Oficinas participativas que auxiliaram na discussão do projeto junto aos indígenas representantes das aldeias onde serão construídas as casas. Os processos participativos foram realizados em duas etapas diferentes: a primeira para apresentar e discutir o primeiro estudo; e a segunda, após o desenvolvimento do Manual, para a confirmação do projeto. O projeto, em um primeiro momento, se deu em função do estudo da arquitetura guarani e da observação em campo de casas existentes nas aldeias. Na primeira oficina participativa, o estudo preliminar foi apresentado aos guaranis, que o aprovaram com algumas modificações apontadas pela comunidade, tais modificações foram incorporadas ao projeto. Desta forma, os Manuais foram desenvolvidos a partir de um sistema construtivo que possibilitava variações de fechamentos e de configurações espaciais da casa, abarcando vontades distintas dos participantes das oficinas e dos futuros moradores. A definição materiais e soluções construtivas, em alguns aspectos, seguiu a tradição cultural guarani, mas em outros, adaptou novas demandas de formas de morar do que costuma ser o mais usual em uma casa tradicional guarani por opção dos próprios participantes das oficinas. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: O direito à cidade, definido no Brasil pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela lei no 10.257/01 - denominada “Estatuto da Cidade” - é uma garantia que todo brasileiro tem, entre outras, do usufruto da infraestrutura e dos espaços públicos de sua cidade com equidade de utilização. O presente trabalho analisou a distribuição de parques urbanos na cidade de Porto Alegre para verificar se o acesso a pé a estes equipamentos de lazer é equitativo entre as diferentes faixas de renda da população. Para isso, considerou-se que a distância de caminhada entre estes equipamentos e o local de moradia deve ser de, no máximo, 800 metros. A análise da distribuição dos parques urbanos por perfil econômico da população beneficiada (Censo IBGE) demonstra que os mesmos estão distribuídos de forma desigual. A classificação em classes econômicas, definidas por faixas de renda familiar, mostra que a população diretamente beneficiada pelos parques (residente no raio de 800 metros) é majoritariamente das classes econômicas de maior renda domiciliar (entre 5,6 e 24,5 salários mínimos). Estas classes correspondem a 49% do total de habitantes beneficiados, embora perfaçam apenas 27% do total de habitantes do município. Ao se analisar um estrato de renda mais baixo da população, que correspondem a uma renda de até 3,1 salários mínimos, vê-se que esta parcela da população corresponde à 48,6% da população municipal, cerca de metade da mesma. No entanto, dentre os residentes da área de acessibilidade imediata dos parques, estas classes correspondem à apenas 23% do total. O direito à cidade expressado pela disponibilidade de áreas verdes e equipamento de lazer próximos da moradia e com distribuição igualitária para toda a população não é, portanto, atendido. Palavras-chave: Direito à Cidade; Parques Urbanos; Acessibilidade a Parques Urbanos; Distribuição Espacial Palavras-chave: Moradia; processo participativo, arquitetura indígena. Clique e acesse o repositório online -> 102 103 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 7 AGRICULTURA URBANA E APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO EM BELO HORIZONTE, MG. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE JULIANA MORAES ARAÚJO – Universidade Federal de Viçosa/Departamento de Arquitetura e Urbanismo – juliana.moraes@ufv. com LUCIANA BOSCO E SILVA – Universidade Federal de Viçosa/Departamento de Arquitetura e Urbanismo – [email protected] Resumo: O objetivo deste trabalho é investigar como a agricultura urbana pode interferir no relacionamento de uma comunidade com o espaço urbano, especificamente em Belo Horizonte, MG. Para isso, foi feito levantamento de experiências no país relativas à agricultura urbana, a fim de compreender o contexto desse movimento, especialmente em Minas Gerais. Além disso, a partir da revisão dos relatórios da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação de 2014, que tratam sobre os movimentos de agricultura na América Latina e no Caribe, e que apresenta Belo Horizonte como a única cidade brasileira representante do movimento do Brasil, foram feitos levantamentos de materiais complementares e contato com as instituições e movimentos que incentivam e promovem a agricultura urbana em Belo Horizonte, para a compreensão do movimento na cidade. A realização de estudos de caso nessa cidade, mediante observação participante, aplicação de entrevistas semiestruturadas e realização de mapas falados, tem permitido a identificação de elementos que auxiliam ou dificultam a implementação e manutenção desse tipo de proposta, além da relação que elas têm com a apropriação do espaço por uma comunidade. Entende-se que essa pesquisa contribui para os estudos da Agricultura Urbana, ainda recentes no Brasil, pensando-a como instrumento de desenvolvimento e planejamento urbano sustentável, com foco nas pessoas e em suas necessidades. Palavras-chave: Agricultura urbana, Coletivos urbanos, Apropriação do espaço. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 7 REQUALIFICAÇÃO DE CENTROS URBANOS: A ESTRATÉGIA DAS HORTAS COMUNITÁRIAS NOS VAZIOS URBANOS E MIOLOS DE QUARTEIRÃO EIXO TEMÁTICO: ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE MÁRCIA AZEVEDO DE LIMA – Unisinos – [email protected] NATHANA DE SOUZA SERENA – Unisinos – [email protected] LARISSA WOLF – Unisinos – [email protected] LUÍZA BARATTO MAIO – Unisinos – [email protected] Resumo: A requalificação de centros urbanos pode ser vista como uma medida para o desenvolvimento urbano sustentável, uma vez que impõe o desafio de refazer a cidade existente, reinventando-a, de modo inteligente e inclusivo. Nesse sentido, as hortas urbanas podem ocupar os vazios urbanos e os miolos de quarteirão, característica de muitos centros urbanos consolidados, onde os quarteirões apresentam grandes dimensões que dificultam a mobilidade urbana e criam espaços residuais subutilizados no interior destes. As hortas urbanas tem sido apontadas na literatura como importantes espaços multiuso, não só para produzir alimentos, mas também para disponibilizar espaços de lazer, essenciais para cidades que busquem a sustentabilidade e responsividade às necessidades dos habitantes locais. Por isso, esse artigo propõe uma discussão sobre a utilização dos vazios urbanos e dos miolos de quarteirão com hortas urbanas comunitárias como uma importante estratégia de requalificação de centros urbanos, na busca de cidades mais sustentáveis e saudáveis. Utiliza-se como objeto de estudo o projeto de requalificação de setor urbano do bairro Cidade Baixa, de Porto Alegre/ RS. O projeto analisado busca a otimização dos estoques construídos, equipamentos e infraestrutura existente. Também busca a recuperação da vitalidade urbana, que afeta positivamente a percepção de segurança, bem como a integração e interação entre os moradores e usuários, fortalecendo as relações sociais e o sentimento de pertencimento ao local, o que pode ter implicações positivas para a apropriação e manutenção dos espaços públicos abertos. Concluindo, este artigo pretende fornecer subsídios para projetos de requalificação de centros urbanos, sugerindo a estratégia de inclusão das hortas urbanas em vazios urbanos e miolos de quarteirão ser replicada, considerando todos os seus possíveis benefícios, para melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos e contribuir para a produção de cidades sustentáveis e saudáveis. Palavras-chave: Requalificação de centros urbanos; Hortas urbanas; Vazios urbanos; Miolo de quarteirão; Cidades saudáveis. Clique e acesse o repositório online -> 104 105 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 7 OS ESPAÇOS ABERTOS NO QUARTEIRÃO URBANO ESTRATÉGIAS PARA AS REDES DE ÁREAS VERDES URBANAS ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE. PATRÍCIA DE FREITAS NERBAS - Unisinos – [email protected] JULIA MARCOS - Unisinos - [email protected] PEDRO HENRIQUE MARCOS - Unisinos - [email protected] MÁRCIA AZEVEDO DE LIMA - Unisinos – [email protected] Resumo: Este estudo de caráter exploratório tem como objetivo traçar um paralelo entre as estratégias formais propostas na articulação entre os edifícios e os espaços abertos de dois projetos urbanos representativos do seu período, uma quadra urbana proposta por Cerdá para o projeto de expansão urbana de Barcelona e a superquadra 308 sul projetada seguindo princípios propostos por Lúcio Costa, para o Plano Piloto de Brasília. Ambos os projetos apresentam características distintas, detentores de temporalidades e espacialidades próprias. A genêse destes projetos não será objeto de análise, a pretensão é redesenhar os projetos, e a partir da análise dos mapas de fundo e figura verificar o potencial de inserção de áreas verdes nos espaços abertos e as oportunidades de conexões entre estas áreas e outras áreas verdes do entorno. Os resultados preliminares indicam que ambos quarteirões foram pensados de modo a considerar um percentual de espaços abertos, porém a superquadra moderna apresenta maiores oportunidades para inserção de áreas verdes, além das possiblidades de conectividade entre as áreas verdes das demais superquadras se todas forem pensadas sob esta perspectiva. Palavras-chave: Espaços abertos, quarteirão urbano; rede áreas verdes. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 7 CARACTERIZAÇÃO DOS USOS E APROPRIAÇÕES DOS ESPAÇOS DO PARQUE BIBLIOTECA LA QUINTANA NA CIDADE DE MEDELLÍN ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE GABRIELA HAUBERT SARAIVA – UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES – URI/FW – [email protected] Resumo: A segregação das áreas urbanas em diversos territórios, acaba enfraquecendo a cidadania e diminuindo a autoridade do Estado nestas localidades, favorecendo a criminalidade. É neste contexto que surge a necessidade de se fortalecer o direito à cidade, que visa garantir a distribuição igualitária dos benefícios da urbanização, agindo como instrumento de combate à desigualdade social que se manifesta no espaço urbano. Isso pode ser feito por meio de espaços e equipamentos públicos de qualidade, sendo uma forma da população vivenciar a cidade de maneira democrática e com socialização. Assim, podemos citar a cidade de Medellín, na Colômbia que conseguiu vencer a violência que afrontava a cidade por meio de estratégias criadas pelo poder público. Dentre diversas frentes incorporadas para modificar tal realidade, a inserção de Equipamentos Públicos Culturais em zonas pobres da cidade foi uma delas. Assim, este trabalho tem como objetivo apresentar a caracterização e os usos dos espaços do Parque Biblioteca La Quintana na cidade de Medellín, já que este tem o intuito de promover a qualidade de vida da população carente, fornecendo espaços públicos para lazer, cultura e socialização. O método utilizado foi o da observação por meio de visitas in loco, percebendo o que as pessoas buscavam e faziam nesse local a fim de obter a percepção da apropriação de tais locais. Os resultados demostraram que as atividades desenvolvidas pelos usuários no Parque Biblioteca em estudo, está diretamente atrelada ao cronograma de atividades que o local oferece. Além disso, os espaços são utilizados de forma espontânea como local para exercer alguma prática e envolvendo-se em ofícios que possam desenvolver suas capacidades intelectuais e físicas. Palavras-chave: Atratividade; Espaços Públicos; Medellín; Parque Biblioteca; Segregação. Clique e acesse o repositório online -> 106 107 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 8 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 8 SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL EM OCUPAÇÕES IRREGULARES: UMA ANÁLISE SOCIODEMOGRÁFICA NA CIDADE DE PORTO ALEGRE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL ESTADUAL: A ATUAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA NO RS EIXO TEMÁTICO: ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE LUCIANA REGINA PETRY ANELE - Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler / FEPAM [email protected] MANOEL EDUARDO DE MIRANDA MARCOS - Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler / FEPAM [email protected] ANA ROSA SEVERO BERED - Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler / FEPAM (inativa) [email protected] LETICIA CASAGRANDE DUPONT - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - e-mail: [email protected] Resumo: As ocupações irregulares são um problema bastante comum das grandes cidades brasileiras, onde geralmente ocorrem em áreas periféricas das cidades, com baixo valor imobiliário e impróprias à urbanização, como em áreas de proteção ambiental ou áreas de risco. Uma mesma ocupação irregular pode apresentar heterogeneidades em seu espaço físico e no perfil de população residente, e é considerando essas particularidades da sua área que se buscou investigar uma possível relação entre a precariedade dos domicílios e as características sociodemográficas dos moradores. De maneira a contribuir na discussão da segregação socioespacial dentro dos assentamentos informais, busca-se investigar se a segregação presente na cidade também é reproduzida dentro das áreas de ocupação irregular. O estudo empírico deste trabalho é a Comunidade União, uma ocupação irregular localizada no bairro Belém Velho, na Zona Sul de Porto Alegre. A metodologia utiliza os dados obtidos por meio de questionários aplicados em todos os domicílios da ocupação e baseiase no uso de ferramentas estatísticas e de geoprocessamento para o cruzamento dos dados. As informações sobre os domicílios foram cruzadas com os dados sociodemográficos dos moradores, gerando um primeiro quadro da segregação socioespacial presente na área. A análise socioespacial evidenciou a relação existente entre precariedade habitacional, gênero, raça, escolaridade e renda, demonstrando a complexa disparidade social presente no território da ocupação irregular. Os dados permitiram verificar que a segregação socioespacial existente na cidade parece ser reproduzida na área da ocupação irregular em estudo, ou seja, mesmo internamente observa-se as desigualdades sociais presentes na cidade que segregam por raça, por renda e escolaridade. A análise sobre segregação permite aprofundar a discussão dos níveis de segregação presentes, mostrando que há uma desigualdade entre os diferentes grupos sociais nas ocupações irregulares. Palavras-chave: Ocupações; Segregação Socioespacial; Análise Sociodemográfica; Indicador de Precariedade Habitacional. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: O reconhecimento da proteção ambiental como fundamental para a sobrevivência humana gerou novas responsabilidades também para os arquitetos e urbanistas. O planejamento ambiental teve início de forma mais consistente no Brasil com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal 6.938/81), culminando com a Constituição Federal de 1988, que define como patrimônio nacional a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. Este contexto impôs que se assegurasse a preservação do ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais, promovendo zoneamentos e buscando o equilíbrio entre uso e proteção ambiental. No Rio Grande do Sul, as políticas ambientais foram se formando em torno da década de 70, inicialmente de maneira dispersa e fragmentada. A partir de 1979, passa a existir a Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente (SSMA) e o Departamento do Meio Ambiente (DMA), com um corpo de arquitetos e urbanistas atuantes que colaboraram na estruturação do Sistema Estadual de Proteção Ambiental. No início da década de 90, é instituída a Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM, vinculada à Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente, para assegurar a proteção e a preservação do meio ambiente estadual. Este trabalho pretende registrar a importância do papel dos profissionais da arquitetura e urbanismo que atuaram na FEPAM, através da sua produção institucional. Para tanto foram selecionadas três experiências: Zoneamento Ecológico Econômico do Litoral Norte do RS e Plano de Ação para Municipalização das Diretrizes do ZEE - Planos Diretores; Diretrizes ambientais regionais para a implantação e operação de empreendimentos eólicos e sistemas associados no Estado do Rio Grande do Sul – Zoneamento Eólico e, finalmente, o Plano de Gestão Usos e Ocupação da Faixa de Praia no Litoral Norte do RS. Palavras-chave: Planejamento; Gestão; Ambiente; Zoneamento; Preservação; Diretrizes. Clique e acesse o repositório online -> 108 109 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA B SESSÃO 8 POLÍTICA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA EM PALMAS/TO EIXO TEMÁTICO: ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE LÚCIO MILHOMEM CAVALCANTE PINTO – CEULP/ULBRA – [email protected] Resumo: O trabalho propõe contribuir na investigação e registro da construção de uma política de regularização fundiária urbana em Palmas/TO. Num primeiro momento busca nivelar informações gerais sobre o processo de urbanização no Brasil, sua política urbana e a regularização fundiária na agenda dos governos, contextualizando a temática com a construção dos marcos jurídicos na política de desenvolvimento urbano e da regularização fundiária. Esta mesma abordagem é trabalhada para entender o fenômeno urbano no território tocantinense. Em seguida parte para a discussão das ações de regularização fundiária em Palmas/TO, capital planejada mas que não conseguiu se desvencilhar do modelo de cidades desiguais do Brasil, com problemáticas fundiárias desde o seu surgimento, o resgate das questões sociais impulsionadoras da segregação, a construção de uma política de regularização fundiária para o município no âmbito dos seus Planos Diretores e da práxis no atendimento das demandas por parte do poder público. Palavras-chave: Política Urbana; Regularização Fundiária; Desigualdade Social. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA B SESSÃO 8 CONFIGURAÇÃO ESPACIAL INTRAMETROPOLITANA O CASO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE RENATO MACIEL DAMIANI – Estudante de graduação em Arquitetura e Urbanismo, UFRGS – bolsista de Iniciação Científica BICUFRGS – [email protected] CLARICE MARASCHIN – Professora do Departamento de Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional, PROPUR-UFRGS – [email protected] Resumo: A metropolização é um fenômeno complexo e recorrente no mundo. Desde que a instituicionalização de Regiões Metropolitanas no Brasil passou a ser de responsabilidade dos governos estaduais, a criação e expansão das mesmas aumentou rapidamente. Entretanto, esse aumento nem sempre veio associado a um embasamento técnico ou científico. Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa em andamento e seu objetivo é analisar, sob um ponto de vista socio-espacial, a integração entre os municípios pertencentes a regiões metropolitanas através de alguns indicadores. Para essa análise, foi escolhida a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). A metodologia do trabalho consiste numa análise espacial e no uso de modelos configuracionais. Os indicadores escolhidos foram a densidade demográfica por setores censitários e o número de empregos; já os indicadores configuracionais selecionados foram a acessibilidade e a centralidade, que aferem, respectivamente, a distância relativa e a importância relativa de cada elemento no sistema espacial. Os resultados obtidos permitiram uma análise preliminar das relações entre municípios da RMPA. Foi possível identificar situações de forte coesão sócioespacial e outras de fragilidade na integração entre os municípios do sistema. Este estudo contribui para compreender a complexidade das relações sócio-espaciais entre municípios e pode subsidiar a construção de indicadores que possam embasar a tomada de decisão nos processos de institucionalização das regiões metropolitanas e de outras formas de aglomeração, complementando outros estudos já desenvolvidos sobre o tema. Palavras-chave: Análise Configuracional; Metropolização; Região Metropolitana de Porto Alegre. Clique e acesse o repositório online -> 110 111 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C EIXO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE SESSÃO 1C PRÁTICAS DE CIDADE Coordenação: Ceça Guimaraens – UFRJ SESSÃO 2C ESPAÇOS PÚBLICOS NAS CIDADES CONTEMPORÂNEAS Coordenação: Ceça Guimaraens – UFRJ SESSÃO 3C HABITAR E SAÚDE Coordenação: Eleonora Lisboa Mascia – FNA SESSÃO 4C SUSTENTABILIDADE Coordenação: Letícia Thurmann Prudente SESSÃO 5C PROJETOS DE REQUALIFICAÇÃO URBANA Coordenação: Natan Arend – UFRGS SESSÃO 6C CONFORTO AMBIENTAL Coordenação: Monika Maria Stumpp - UFRGS SESSÃO 7C PLANEJAMENTO URBANO E URBANISMO Coordenação: Rodrigo Kamimura - UFRJ SESSÃO 8C PLANEJAMENTO URBANO Coordenação: Heleniza Ávilla Campos - UFRGS Clique e acesse o repositório online -> 112 113 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 1 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 1 O ESTAR EM CASA E O ESTAR EM UM LUGAR INÓSPITO: UMA RELAÇÃO ENTRE O CONTO A CONSTRUÇÃO DE KAFKA E OS RASTROS COLECIONÁVEIS DE UM MORADOR DAS RUAS DE PORTO ALEGRE URBANISMO E POLÍTICA DOS AFETOS: PRECARIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: Esse ensaio se desenha no lugar possível da imaginação, pensada num “entre” a literatura e a realidade cotidiana de uma cidade. Ou então: de que modos a literatura e seu processo ficcional leva a pensar sobre a dureza (ou crueza) cotidiana das cidades, ou ainda, quais os limites dessa ficcionalidade-realidade na contemporaneidade. Assim inicialmente se articulam: (a) um pensar literatura, desde a obra do escritor tcheco de língua alemã Franz Kafka, e ainda pela produção filosófica, ensaística e literária do pensador alemão Walter Benjamin (b) um pensamento sobre o planejamento urbano, nas trilhas do processo de uma dissertação de mestrado desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dando a pensar a estretégia conceitual de montagem e (c) uma experiência vivenciada no cotidiano urbano contemporâneo na cidade de Porto Alegre através da presença/apresentação de um morador de rua que coleciona objetos cotidianos em meio ao seu gesto de vida habitual e cotidiano. Desse modo produzir uma estratégia de pensamento sobre a cidade colada à um processo político e estético de escrita da realidade urbana. Resumo: A pressa da racionalidade comezinha a impede de pelo menos perceber a complexidade dos problemas sociais. O neoliberalismo é essa racionalidade que não suporta a normatividade de soberania que visa a coletividade. Ele, o neoliberalismo, tem se mostrado avesso a um simples fórum participativo que se denomine democrático. É afeito, inclusive, a criação de subgrupos sociais. Ao determinar o ‘nós’ o neoliberalismo escolhe a quem vai sujeitar, um ‘eles’; ou seja, a imobilização social é programática em sua política. A hybris do neoliberal esclerosa desigualdades portanto. O humanismo, nesse sentido, tem passado por grave esfacelamento. Ademais, percebe-se isso quando direitos humanos são admitidos como ameaças a um quadro social de conteúdo mitológico irredutível. No hodierno, o neoliberalismo funciona como radicalização da política da morte iniciada pelo liberalismo econômico desde o seu princípio. Essa política lúgubre atua igualmente na instauração do medo e tem seus efeitos na cidade, onde se instala o controle dos corpos. A racionalização e o uso danificado das coisas se dão pela promoção do positivismo; ou seja, ele provoca a reificação das coisas. Segue-se disso também a interdição do uso do espaço urbano, a precarização do espaço urbano e certa desolação à cidade. Esses tais propósitos de interdição expressam uma política de controle dos afetos que serve de esteio na consolidação de modus operandi que tanto desola quanto interdita o espaço e os equipamentos urbanos. De modo algum aqui se quer determinar o modo correto de como as coisas são ou devem ser usadas como no caso de dispositivos e equipamentos urbanos. Pelo contrário, afirma-se que o uso danificado das coisas é expressão do controle ou domesticação da multiplicidade expressa inicialmente pela racionalidade instrumental. Palavras-chave: Construção; Kafka; Colecionador; Benjamin; Imagem dialética; Palavras-chave: Urbanismo; Política; Afetos; Medo; Interdição; Uso. LUCAS BOEIRA BITTENCOURT PROPUR |UFRGS [email protected] RODRIGO MENDES FERREIRA PROPUR |UFRGS [email protected] PAULO EDISON BELO REYES - PROPUR |UFRGS [email protected] EIXO TEMÁTICO: ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE TALINS PIRES DE SOUZA - Doutorando PPGFIL - PUCRS - [email protected] DENISE S. SIMÕES - Arquiteta Pref. Municipal Porto Alegre - [email protected] Clique e acesse o repositório online -> 114 115 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 2 A PERSISTÊNCIA DO LUGAR NA CIDADE CONTEMPORÂNEA CULTURA E MEMÓRIA CAMILA QUEVEDO – Universidade Federal Fluminense – [email protected] Resumo: Este artigo traz os resultados de uma pesquisa que, usando o Município de Maricá como estudo de caso, investigou o fenômeno do lugar nas cidades localizadas nos bordos dos aglomerados urbanos, que passam por processo de expansão. O intuito da pesquisa foi compreender se (e como) os lugares se preservavam nesses ambientes urbanos sujeitos a constantes transformações, ou se essas cidades, que vivenciam experiências e morfologias novas, se tornaram um conjunto disperso de lugares-sem-lugaridade. Esse assunto é aqui abordado por meio de uma curta revisão bibliográfica sobre as características da urbanização contemporânea e dessa cidade que se forma como resultado das transformações consequentes da transição da modernidade para a pós-modernidade, além de uma contextualização do conceito de lugar na atualidade e da apresentação dos resultados obtidos na pesquisa de campo. Palavras-chave: Lugar; Lugaridade; Urbanização contemporânea; Cidade contemporânea. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 2 PRÁTICAS COTIDIANAS NO ESPAÇO PÚBLICO TOMBADO: UMA ANÁLISE DO COMPLEXO DEODORO DE SÃO LUÍS – MARANHÃO. QUALIFICAÇÃO URBANA NATHÁLIA CHRISTINE GARCEZ ROCHA – Universidade Estadual do Maranhão - UEMA – [email protected] PROF.a DÉBORA GARRETO BORGES - Universidade Estadual do Maranhão - UEMA (orientadora) – dé[email protected] Resumo: O Complexo Deodoro, compreendido por duas praças a Panteon, Deodoro e as alamedas Silva Maia e Gomes de Castro, um espaço público contemplado pelo programa do governo federal PAC – Programa de Aceleramento do Crescimento vinculado ao Ministério da Cultura, o subprograma denominado de PAC- Cidades Históricas, lançado pela Portaria 383 de 20 de agosto de em 2013, um pacote econômico que busca fomentar avanços na economia do país em colaboração com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O programa fora idealizado como uma das medidas de salvaguarda dos bens patrimoniais e buscando reforçar o sentimento de pertencimento e de cidadania a partir de simbologias da cultura nacional. Dada a relevância que o Complexo Deodoro representa para a cidade de São Luís do Maranhão, o seu valor histórico em meio ao centro da cidade pertencente à área de tombamento estadual, palco de inúmeras manifestações políticas e culturais, sua importância como núcleo que interliga a principal rua de comércio popular da cidade aos transportes públicos, funcionando como um terminal de integração urbano ao ar livre. Com a conclusão das obras no Complexo Deodoro em dezembro de 2018, período de sua reinauguração, busca-se entender quais os impactos gerados e se estes de alguma forma afetam as práticas cotidianas. Por meio de matrizes temáticas este trabalho mapeia as dinâmicas e estabelece como a população está interagindo com o espaço, a metodologia utilizada fora teórica de caráter exploratória por meio de observação direta, fazendo uso da pesquisa qualitativa. De maneira geral objetiva- se diagnosticar com base nos usos os modos de apropriação dos espaços públicos livres do Complexo, traçando uma análise pós ocupacional, tendo como ponto de partida a configuração do espaço após as obras. Palavras-chave: APO; Complexo Deodoro; Requalificação; Práticas cotidianas; Espaços públicos; Tombamento. Clique e acesse o repositório online -> 116 117 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 2 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 2 O BAIRRO DO HORÁRIO ÚTIL: AS CONTRADIÇÕES DE USOS URBANOS NA ENSEADA DO SUÁ – VITÓRIA – ES PARQUES URBANOS EM TERESINA-PI O ÓCIO CRIATIVO COMO FUNÇÃO URBANA EIXO TEMÁTICO: ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE. BEATRIZ NATÁLIA GUEDES ALCOFORADO AGUIAR - Faculdade Pitágoras Instituto Camillo Filho - [email protected] PETERSON BARROS ALMEIDA - Faculdade Pitágoras Instituto Camillo Filho - [email protected] MARIANA LIMA VIEIRA - Faculdade Pitágoras Instituto Camillo Filho - [email protected] HILANA CAROLINA CALDAS PEREIRA DA SILVA - Faculdade Pitágoras Instituto Camillo Filho - [email protected] MARCELLO GAIANI BRAGATTO – Universidade Federal do Espírito Santo Resumo: A proposta do artigo é apresentar uma análise crítica ao “fazer urbano” com intenso privilégio ao uso dos veículos. Onde deveria haver consideração aos aspectos coletivos se privilegia o uso e o fetiche da locomoção e permanência privada. Propõe-se também abordar a lógica do mercado imobiliário na subversão do planejamento urbano de acordo com as facilidades econômicas oferecidas. Por fim, pretende-se abordar as relações dos usuários do bairro, tanto moradores, quanto trabalhadores, desalentados e transeuntes. O objetivo principal deste artigo é a busca da reflexão da atuação de arquitetos e urbanistas quanto à concepção de planos e projetos para cidades mais inclusivas, tolerantes e que permitam o direito à cidade. Palavras chave: Heterotpia; Urbanismo; Direto à cidade. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: Em termos de reflexão quanto às reformas urbanísticas ao longo tempo, os parques e áreas verdes em geral evoluíram de uma condição de embelezamentos da elite para um elemento de planejamento urbano. Mediante as preocupações sanitaristas, destacouse os parques urbanos como soluções técnicas de salubridade que beneficiasse a saúde física e mental da sociedade, ressaltando assim novos valores para os parques urbanos. A influência dos recursos hídricos competem à paisagem urbana refúgio para os momentos de lazer, apesar da maioria das vezes serem ignorados e degradados nas grandes cidades. Teresina, capital do Piauí, contempla de uma paisagem urbana privilegiada e dividida por dois rios urbanos, Poti e Parnaíba, cuja atualidade não a beneficia em sua essência. No entanto, a necessidade de espaços de lazer para o ócio criativo após incessantes horas de trabalho da sociedade, abre a oportunidade de potencializar os parques urbanos locais e regionais, principalmente às margens dos rios que embelezam a cidade. Objetiva-se, nesse estudo, compreender a relação da necessidade de lazer humana com parques regionais e locais nos projetos urbanísticos para a capital Teresina, a partir da análise das margens do rio Poti, espaço proposto para ser cenário de revitalização e ócio criativo na cidade. Para este estudo, propõe-se pesquisa bibliográfica e a análise de casos concretos. Coleta-se dados da densidade demográfica dos bairros e zonas da cidade, verificando-se assim, a importância de inserir os parques urbanos ao longo do Vale do rio Poti. Deste modo, podese reduzir as distâncias dos moradores a seus espaços de lazer e cultura, haja visto que os existentes privilegiavam apenas as áreas mais nobres da cidade. Além disso, abre-se espaço para o ócio criativo, agregando o sentimento de pertencimento ao lugar através da vivência e aspectos turísticos para a capital. Palavras-chave: Parque Urbano; Ócio Criativo; Função Urbana; Teresina; Lazer. Clique e acesse o repositório online -> 118 119 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 3 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 3 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL BRASILEIRA: UMA ANÁLISE SOBRE PADRÕES TIPO-MORFOLÓGICOS E POLÍTICAS PÚBLICAS PRÉ-FABRICAÇÃO DE SISTEMAS LEVES EM SITUAÇÕES DE FRAGILIDADE SÓCIO ESPACIAL ARQUITETURA, CIDADE e AMBIENTE VALDEMIR LUCIO ROSA – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas – posurb- [email protected] VERA SANTANA LUZ - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas – veraluz@puc- campinas.edu.br ELIANE CONSTANTINOU - Profa. Dra. Departamento de Arquitetura UFRGS - [email protected] LETÍCIA BETTIO MACHADO - Discente na Faculdade de Arquitetura UFRGS - [email protected] Resumo: Este trabalho é o resultado parcial da pesquisa Habitação de Interesse Social: Interação entre escala Arquitetônica e Urbana, e tem como objetivo investigar distintos modelos habitacionais no Brasil. O estudo busca identificar padrões tipo-morfológicos e as dinâmicas socioespaciais utilizadas na arquitetura residencial de interesse social em recortes temporais, em tipologias unifamiliares. O intuito é estabelecer padrões de transformação formais e de relações urbanas através da comparação cronológica dentro de períodos marcantes na política habitacional brasileira. Esses projetos são divididos nos seguintes recortes temporais: 1. Transição séc. XIX-XX, Cortiços e Vilas Operárias; 2. CidadeJardim e os IAPs, FCP e DHP; 3. Golpe de 64 e SFH – do BNH ao PMCMV; 4. Experiências alternativas do “Pós-BNH”. Palavras-chave: Habitação de interesse social; Padrões tipo-morfológicos; Políticas Públicas; Experiências alternativas; Dinâmica socioespacial ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: Apresenta-se trabalho que buscará fundamentos para soluções construtivas de pré-fabricação leve como viabilidade factível, em situações de fragilidade socioespacial, com potencial formação técnica e produtiva em bases comunitárias. Pretende-se cotejar experiências realizadas pelo coletivo Usina CTAH – que atuou na concepção e execução de mais de cinco mil unidades habitacionais em moldes participativos em situações rurais e urbanas, promovendo a organização de cooperativas de trabalho - e a obra de João Filgueiras Lima – pela dimensão e desenvolvimento apurado de possibilidades técnicas de concepção, projeto, fabricação e realização de obras em sistemas leves de pré-fabricação - como fios condutores da aproximação conceitual e metodológica. Tem-se, também, como parâmetro a experiência de um dos autores, como exemplaridade de soluções técnico-construtivas. Para a aproximação a demandas reais, parte-se da premissa que a sistematização da experiência na práxis possa contribuir para o estreitamento entre os saberes acadêmico, profissional e popular, entendendo a práxis como equivalente ao conhecimento erudito, portanto uma dimensão essencial na produção no campo da arquitetura e urbanismo, dado que constituídas como ciências sociais aplicadas. Pretende- se uma contribuição à demanda de interesse social por habitação, equipamentos e infraestrutura de pequeno e médio porte para espaços públicos de qualidade, ampliando o repertório relacionado à produção, distribuição, comercialização e utilização em situações de precariedade, em moldes participativos comunitários. A incipiente oferta da indústria e a participação efetiva dos arquitetos e urbanistas mantém-se como promessa a se realizar perante a imensa e urgente demanda social, como potencial na construção civil. Possibilitar corriqueiramente, ao “alcance da mão”, a disponibilidade de materiais e técnicas alternativos aos estritamente artesanais ou fabricados em sistemas de manufatura, poderá conduzir à melhor construção a partir da mão-de-obra no canteiro. Intenta-se contemplar instrumentos para revisões metodológicas, compreendendo práticas colaborativas, desdobráveis na relação da academia com a cadeia produtiva e as demandas sociais. Palavras-chave: Arquitetura e urbanismo; Pré-fabricação leve; Economia solidária e participativa; Pensamento industrial. Clique e acesse o repositório online -> 120 121 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 3 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 3 CONJUNTOS RESIDENCIAIS HORIZONTAIS: ALTERNATIVAS DO MORAR E CONSTRUIR NA CIDADE CONTEMPORÂNEA A IMPORTÂNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO DO CÂNCER ARQUITETURA CIDADE E AMBIENTE LAYSA CIBELLE ALVES MONTEIRO - UFPE – [email protected] KAROLINE LIMA DO NASCIMENTO - UFPE – karoline. [email protected] ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE GABRIELLA DANTAS – [email protected] ALESSANDRO CASTROVIEJO – Universidade Presbiteriana Mackenzie – [email protected] Resumo: Esta pesquisa teve como objeto de estudos cinco conjuntos residenciais horizontais construídos nas cidades de São Paulo, Cotia, Carapicuíba e Avaré nos últimos 15 anos. Foram objetivos da pesquisa: identificar, descrever e interpretar estes conjuntos através de análises que contemplaram: suas relações com o sítio, seus conteúdos programáticos e respectivas articulações espaciais, sistemas construtivos, seus princípios projetuais e suas estruturas formais e examinas estas tipologias como umas das variantes do morar contemporâneo. Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas, visitas in loco e entrevistas com os autores. Após análises e descrições de cada conjunto, foram promovidos os devidos cotejamentos entre obras, distinguindo-se as diferenças e semelhanças nestes fazeres, contextualizando-os, assim, no contexto da produção contemporânea brasileira. Palavras-chave: Arquitetura – habitação – horizontal – contempornea Resumo: O presente trabalho busca verificar a interferência dos espaços físicos na rotina do paciente em tratamento de câncer, identificar as condições de conforto e como a humanização desses ambientes poderia impactar positivamente na recuperação dos pacientes, no exercício aprimorado do ofício da equipe médica e no conforto geral de todos os usuários daqueles equipamentos. Para que isso fosse possível, realizou-se estudo e pesquisa das características exigidas para clínicas oncológicas na cidade do Recife-PE, apoiado na metodologia pós-ocupação, a qual permitirá o conhecimento da inter-relação entre as características do local, dos ambientes e das necessidades dos pacientes com câncer. Durante o estudo realizado, pode-se constatar que o conceito de hospital evoluiu de um ambiente de “quase morte” para um espaço de cura e tratamento. Com isso, a ideia de humanização arquitetônica dos espaços ganhou cada vez mais relevância no processo de tratamento do enfermo. Levando tal perspectiva para uma das doenças mais mortais da população mundial, o câncer, expôs-se como aspectos sensoriais, a exemplo de cor, iluminação, temperatura, formas, texturas, dentre outros, podem influenciar física e psicologicamente no processo de tratamento do paciente, sobretudo quando da realização das sessões de quimioterapia em clínicas oncológicas. Através de visitas, medições e entrevistas com pacientes, acompanhantes e equipe médica, além da compreensão sobre os limites legais referentes às clínicas oncológicas e reconhecendo a importância social do presente trabalho, buscou-se também construir diretrizes projetuais básicas para a humanização desses ambientes, de modo a atingir, como fim, a satisfação e bem-estar do usuário. Palavras-chave: Arquitetura; Arquitetura Hospitalar; Clínicas Oncológicas; Humanização. Clique e acesse o repositório online -> 122 123 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 3 RECOMENDAÇÕES DE UM MODELO IDEAL DE HABITAÇÃO PARA REFUGIADOS: ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE E NO DIREITO INTERNACIONAL À MORADIA ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 4 ALTERNATIVAS DE USO PARA O BAMBU E RESÍDUOS DE PNEU NA CONSTRUÇÃO CIVIL ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE GABRIELA CHIELE – Universidade de Cruz Alta – [email protected] JULIA CALVAITIS PADILHA – Universidade de Cruz Alta – [email protected] MARCO ANTONIO RIBEIRO EDLER – Universidade de Cruz Alta – [email protected] VIVIAN SILVA FREITAS - [email protected] JESSICA SILVA FREITAS - [email protected] Resumo: A crise migratória envolvendo refugiados é um tema atual e merece atenção especial. Todos os dias deparamo-nos com notícias de grupos que arriscam suas vidas e atravessam fronteiras em busca de recomeço em um novo país, motivados por perseguição política, guerras civis e miséria. A situação é difícil tanto para quem deixa a sua nação, quanto para quem os recebe. Os países receptores de refugiados, na maioria dos casos, são surpreendidos pelo elevado volume de migrantes e, sem estrutura e pouco interesse de os integrarem à cultura local, os deixam abandonados em campos com péssimas condições de habitabilidade e sem a estrutura necessária para que eles possam reestruturar a nova realidade. Este artigo apresenta recomendações para um projeto arquitetônico de um campo de refugiados, utilizando-se o conceito de sustentabilidade em seu sentido mais amplo, isto é, de crescimento e equidade econômica, conservação de recursos naturais e do meio ambiente e desenvolvimento social. A proposta acompanha todo o amparo legal que o refugiado possui como um sujeito de direito internacional, com enfoque no direito internacional à moradia. Palavras-chave: Moradia; Sustentabilidade; Direito; Internacional; Refugiados. Resumo: O setor da construção civil tem papel fundamental para a realização dos objetivos globais do desenvolvimento sustentável. O Conselho Internacional da Construção aponta a indústria da construção como o setor de atividades humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, gerando consideráveis impactos ambientais, além de geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Tais aspectos ambientais, somados à qualidade de vida que o ambiente construído proporciona, sintetizam as relações entre construção e meio ambiente. Abrangendo o consumo consciente de matéria-prima, o reaproveitamento de resíduos e a minimização de desperdícios, o conceito de sustentabilidade na construção civil, quando bem observado, traz uma série de vantagens aos empreendedores, à sociedade e ao meio ambiente. Sendo assim, este estudo tem o objetivo de realizar uma revisão bibliográfica das alternativas de uso para o bambu e resíduos de pneus na construção civil. Nesse sentido, o bambu se apresenta como um material alternativo, capaz de substituir a madeira lenhosa e até o aço na construção civil, considerando sua alta capacidade de suportar esforços de tração aliado à sua enorme capacidade de absorção de dióxido de carbono (CO2). O pneu triturado possui propriedades físicas e mecânicas capazes de empregá-lo como agregado na matriz cimentícia. Além do fator ambiental, as propriedades do pneu o tornam excelente isolador térmico e acústico. Todavia, uma construção consciente e sustentável, além de evitar os prejuízos que uma obra normal traria ao meio ambiente, pode diminuir o custo final do projeto e até o seu tempo de conclusão. Palavras-chave: Sustentável; Projeto; Insumos; Matéria-prima. Clique e acesse o repositório online -> 124 125 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 4 DESEMPENHO TÉRMICO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO: ESTUDO DE CASO COM TECNOLOGIA INOVADORA PARA HABITAÇÃO SOCIAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE (RMPA) ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE EDUARDA SELLE GRAFF - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. - [email protected] PROF. DR. MÁRCIO ROSA D’AVILA - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. - [email protected] Resumo: O Brasil apresenta um significativo déficit habitacional. Estudos e discussões sobre o projeto da habitação social apontam para a reavaliação dos parâmetros de análise do desempenho térmico em empreendimentos fomentados pelo Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), os quais, em alguns casos, podem desconsiderar as características climáticas da região de implantação e, como consequência, um desempenho térmico insatisfatório do ambiente construído. Independente do lugar, o projeto com um desempenho térmico satisfatório deve respeitar diretrizes e orientações segundo estratégias e conceito da arquitetura bioclimática. Desse modo, o presente artigo analisa a integração da tecnologia de fechamentos verticais em perfis de PVC com preenchimento de concreto auto adensável, aplicada na produção da habitação social. Nesse sentido, foi identificado e definido como objeto de estudo uma tipologia habitacional “unidade habitacional térrea solta no lote”, financiada pela Faixa I do Programa MCMV. O procedimento metodológico para o estudo e análise do desempenho térmico do referido estudo de caso envolveu simulações térmicas, aplicação de dados meteorológico disponibilizados pelo INMET, Norma de Desempenho NBR 15575 e referencial teórico acerca de discussões e adequação sobre a compatibilidade dessa norma às reais características do lugar. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 4 CASA POPULAR EFICIENTE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL PARA TODOS ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE CÁSSIA LAIRE KOZLOSKI - UFSM – [email protected] MARCOS ALBERTO OSS VAGHETTI - UFSM - [email protected] Resumo: O Brasil apresenta, atualmente, um significativo déficit habitacional, demonstrando a demanda por novos programas de habitação de interesse social. Paralelamente, a construção civil brasileira e o setor residencial vêm apresentando altos índices de uso energético, tanto na fase de pré-uso como uso das edificações. Desse modo, investimentos na criação de protótipos de habitações estão sendo realizados por instituições acadêmicas, a fim de demonstrar tanto para a população como para o mercado da construção civil as possibilidades de projetar edificações energeticamente eficientes por meio de estratégias bioclimáticas, bem como o uso de sistemas de reuso de água e aquecimento solar, e ainda a utilização de materiais de menor impacto ambiental durante a execução da obra. Como exemplo, a Casa Popular Eficiente, da UFSM, é detalhadamente apresentada, e um comparativo de custos entre a mesma e uma edificação padrão faixa 1 do PMCMV é realizado, resultando em um menor custo para a primeira edificação. Por fim, nota-se que uma edificação que preocupa-se com o conforto do usuário e com o meio ambiente é uma edificação de maior qualidade, sendo também acessível a todos. Palavras-chave: Sustentabilidade; Casa Popular Eficiente; Habitação de Interesse Social Palavras-chave: Desempenho térmico; Simulação; Sustentabilidade; Habitação social. Clique e acesse o repositório online -> 126 127 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 4 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 4 UTILIZAÇÃO DE BIOCOBERTURAS EM TELHADOS: UMA PROPOSTA SUSTENTÁVEL SISTEMA CONSTRUTIVO MODULAR EM BLOCOS COM ISOLAMENTO TÉRMICO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE FELIPE DE SOUZA PORTELA – UNESA/RJ - [email protected] HAGATTACLEY B. DE S. DOS SANTOS - UNESA/RJ - [email protected] ELOAN MARLON DOS REIS MOREIRA - UNESA/RJ - [email protected] MURILO HENRIQUE SOUZA DA SILVA - UNESA/RJ - [email protected] BRUNO R. FERREIRA DE OLIVEIRA - UNESA/RJ - [email protected] BRUNO MATOS DE FARIAS - UNESA/RJ / UNIGAMA/RJ - [email protected] CAMILA STEFFEN FIGUEIREDO PADILHA - UNIPLAC – [email protected] PROF. ESP. FABIANO VENTURA DOS SANTOS - Orientador UNIPLAC PROF. ESP. VOLMIR PITTON - Orientador UNIPLAC Resumo: Desde o começo das grandes civilizações, a humanidade tem criado e aprimorado inúmeras técnicas que buscam oferecer melhores condições para os locais onde convivem. Observando o atual crescimento imoderado dos centros urbanos, fica evidente que nossas cidades precisam cada vez mais utilizar destas técnicas sustentáveis para continuarem progredindo. Este crescimento imoderado, em conjunto com a não utilização de algumas técnicas sustentáveis acaba por comprimir significativamente os espaços verdes, afetando negativamente o conforto térmico, visual e psicológico das pessoas que ali coexistem. Dentre estas técnicas, a utilização dos telhados verdes tem ganhado cada vez mais espaço. O presente trabalho aborda conceitos e características dos telhados verdes, buscando observar vantagens na sua aplicação. Foi utilizado o método de bibliografia exploratória, tendo como fonte de estudo a base de dados Google acadêmico, livros, artigos e fornecedores do material. Para elucidar o tema, foi realizada a descrição das etapas utilizadas, buscando esclarecer quais são os elementos necessários para a montagem do sistema, e analisar também a ordem que estes materiais serão dispostos. Em seguida, foram expostas plantas mais adequadas para cada sistema, analisando seus portes e alturas aproximadas. Por final, foram abordados os principais benefícios do método, tais como: Redução de calor, aumento da qualidade do ar, sensação de bem-estar, diminuição de ruídos, diminuição no escoamento superficial, aumento da biodiversidade, economia e educação da população. A utilização destes sistemas está cada vez maior no Brasil, contudo o baixo avanço tecnológico no país em conjunto com o alto custo, ainda limitam a sua utilização. Portanto, buscou-se ampliar o conhecimento sobre os ecos telhados, abordando alguns benefícios da sua aplicação, voltado para centros urbanos. Resumo: O desempenho térmico das edificações é requisito para buscar atender as exigências mínimas de conforto para o usuário de uma edificação qualquer. E o objeto de estudo deste artigo trata da análise de viabilidade para a proposta de um novo sistema construtivo com o foco principal em melhorar a capacidade térmica de uma edificação. O estudo baseia-se em analisar o modelo de um bloco estrutural específico proposto pela autora deste estudo, com formato pensado para o encaixe no sistema construtivo modular estrutural com a possibilidade de instalação interna de isolamento térmico e passagem de toda a instalação elétrica e hidrossanitária sem recortes dos blocos, diminuindo o desperdício de matéria da construção, tornando-a mais sustentável. Com análise de custo, resistência a compressão simples e resistência térmica (os resultados em sua maioria foram favoráveis ao novo sistema, porém com alguns futuros ajustes como em relação ao custo serão necessários para uma boa aceitação do novo sistema no mercado da construção civil). Palavras-chave: Alvenaria Estrutural; Isolamento Térmico; Sustentabilidade; Sistema Construtivo. Palavras-chave: Telhado verde; sustentabilidade na construção civil; meio ambiente. Clique e acesse o repositório online -> 128 129 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 5 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 5 A MITIGAÇÃO DE CONFLITOS URBANOS EM TERRENOS PÚBLICOS O CASO DA FASE NA VILA CRUZEIRO / PORTO ALEGRE REQUALIFICAÇÃO URBANA DA ÁREA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE SIMÕES FILHO (BA) ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE CHARLES CAMARA PIZZATO – [email protected] SIMONE SILENE DIAS SEABRA – Unime – Lauro de Freitas – [email protected] CHARLENE OLIVEIRA DAMASCENO – Unime – Lauro de Freitas Lauro de Freitas – [email protected] CEZAR MAGNO OLIVEIRA TOURINHO – Unime – Lauro de Freitas Lauro de Freitas – [email protected] JAMELE DA SILVA CARDOSO – Unime – Lauro de Freitas Lauro de Freitas – [email protected] Resumo: O terreno da FASE-RS, no seu acesso da Vila Cruzeiro, é atualmente palco de conflitos urbanos por conta da inexistência de limites claros e definidos entre os diversos atores que transitam na área: adolescentes internados com privação de liberdade, pacientes do Posto de Saúde Municipal, alunos da Escola Aberta e seus respectivos funcionários dividem percursos e caminhos com moradores de sub-habitações e invasores da região. Vulnerabilidades sociais que não poderiam coexistir, em constante tensão. A proposta de ajuste no desenho urbano do local inclui a construção de novos limites físicos, abertura de rua ajustando diretriz municipal e reforma de prédio onde FASE-RS, Posto de Saúde e Escola Aberta encontram-se, promovendo novo zoneamento e acessos independentes. A construção de solução justa e equânime entre todos é o maior desafio e vai além da captação de recursos para uma obra pública desta envergadura. Palavras-chave: Território; Vulnerabilidade Social; Invasões; Fluxos. Resumo: O município de Simões Filho, no Estado da Bahia, a 27,5 Km de Salvador, tem a tradição das relações comerciais, inicialmente motivada por produtos manufaturados, de fumo e escoamento da cana-de-açúcar para a capital. O comércio ficava concentrado na antiga Praça Noêmia Meireles (1960 a 1970), atual Praça da Bandeira, e ao longo da linha férrea, localizadas no centro da cidade. Estas relações se mantêm na atualidade e conferem dinâmica social ao local. Apesar da existência de diversidade de usos, a ocupação dos espaços púbicos por vendedores ambulantes e o trânsito de veículos particulares causam a redução da mobilidade urbana, da acessibilidade e o deslocamento dos usuários para outros locais de compra, tais como, os Shopping Centers localizados na cidade de Salvador. A redução da mobilidade, vai de encontro à Lei 10.257/01 (BRASIL, 2001), o Estatuto da Cidade, a qual determina que esta é parte integrante da função social da cidade, fazendose necessário rever a dinâmica urbana desta área central, tratando prioritariamente o deslocamento a pé, sem gerar efeitos negativos ao tráfego de veículos e à sustentabilidade econômica. O objetivo desta pesquisa foi realizar um diagnóstico para subsidiar o projeto de Revitalização Urbana para a Área Comercial Central do Município de Simões Filho (BA), levando em consideração os elementos da estrutura urbana identificadores da paisagem local; as expectativas sociais relativas à imagem, a identidade e a utilização do espaço. A área delimitada abrange 660.000 m2, da área central de Simões Filho. A pesquisa aponta para a necessidade de resgatar os espaços públicos como locais para o trânsito e utilização de pessoas, respeitando as condições de acessibilidade universal e a composição de uma paisagem visualmente atrativa para a contemplação. Ao mesmo tempo, é necessário definir os espaços destinados ao uso comercial sem, contudo, afetar estas condicionantes. Palavras-chave: Requalificação Urbana; Área Comercial; Mobilidade Urbana; Acessibilidade. Clique e acesse o repositório online -> 130 131 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 5 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 5 REFLEXÕES SOBRE PROCESSOS E PRÁTICAS PARA QUALIFICAÇÃO DA VIDA URBANA NA VILA SÃO JUDAS TADEU - PORTO ALEGRE ESPAÇOS DE LAZER NA QUALIFICAÇÃO URBANA. ESTUDO DE CASO NA ÁREA CONTINENTAL DE FLORIANÓPOLIS. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE CIBELE VIEIRA FIGUEIRA - PUCRS – [email protected] HELENA TONEL FERNANDES - PUCRS – [email protected] JULIANA HILBIG DE BRITTO - PUCRS – [email protected] GUILHERME COSTA – Universidade do Sul de Santa Catarina – [email protected] ANA ALICE MIRANDA DUARTE – Universidade do Sul de Santa Catarina – [email protected] MARIA DA GRAÇA AGOSTINHO – Universidade do Sul de Santa Catarina – [email protected] Resumo: Segundo o IBGE são aproximadamente 6,5 milhões de pessoas morando em favelas ou 51 milhões de pessoas distribuídas em assentamentos irregulares no Brasil. Porto Alegre apresentou, em 2010, conforme o censo deste mesmo órgão, um total de 508.813 pessoas morando em situações irregulares. A parte da cidade ocupada informalmente é um fenômeno comum em nossas cidades. Muitas vezes visto de forma negativa, é uma resposta à necessidade de moradia urbana e parte integrante da cidade. Porém, a cidade informal, por sua própria formação, acaba caracterizada por mais precariedades arquitetônicas e urbanísticas do que qualquer outra área formal, necessitando, assim, projetos de urbanização adequados e integradores. Procurar que a cidade informal se regularize utilizando a mesma lógica de urbanização de cidade formal é um erro. A escala das ruas, lotes e construções são outra e isso é uma qualidade a ser preservada, pois faz parte de sua constituição original e que, pela sua escala, favorece relações comunitárias. Entendendo que a apropriação e participação nos processos de transformação da cidade são essenciais para um desenvolvimento socioeconômico inclusivo, o artigo abordará estas questões a partir do acompanhamento de um caso real. Analisará o processo de regularização fundiária inconcluso, por muitos anos, da Vila São Judas Tadeu e outras ações que buscaram a qualificação de sua vida urbana, avaliando seus impactos na comunidade. Resumo: O presente trabalho faz parte de uma ampla pesquisa em desenvolvimento, no qual objetiva-se elaborar uma avaliação dos espaços públicos de lazer na porção continental do município de Florianópolis, Santa Catarina. Trata-se da elaboração de um inventário constituído de um amplo levantamento e mapeamento das praças públicas, produzindo um banco de dados com o cadastramento e avaliação de cada área pública de lazer. Foi adotado um sistema geográfico de informação para a criação de um banco de dados a fim de organizar as informações bem como mapear os espaços públicos de lazer. Propõe-se avaliar a qualidade das condições materiais, da morfologia, bem como, das condições de apropriação social das praças em Florianópolis. Tais condições dos espaços públicos refletem na qualidade de vida e na promoção da saúde das cidades. Palavras-chave: Qualificação urbana; espaços públicos de lazer; saúde e qualidade de vida. Palavras-chave: Qualificação Urbana; Regularização Fundiária; Cidade Informal. Clique e acesse o repositório online -> 132 133 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 5 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 6 A REQUALIFICAÇÃO URBANA DA ENCOSTA DO SEMINÁRIO NA CIDADE DE CRATO – CE: USOS E ABUSOS O NATURAL E O CONSTRUÍDO SISTEMAS VEGETADOS INTEGRADOS NA ARQUITETURA ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE. MINÉIA JOHANN SCHERER – (UFSM-CS) – [email protected] AMANDA SOMONETTI PASE - (UFSM-CS) – [email protected] JANAÍNA REDIN - (UFSM-CS) – [email protected] LUÍSA BERWANGER - (UFSM-CS) – [email protected] THALES SEVERO ALVES l (UFSM-CS) – [email protected] RAVENA REIS ARAÚJO – Faculdade Paraíso do Ceará - FAP – [email protected] CINTIA DA SILVA ALMEIDA – Faculdade Paraíso do Ceará - FAP – [email protected] JÉLIKA RAMYRES PEREIRA DOS SANTOS – Faculdade Paraíso do Ceará - FAP – [email protected] Resumo: Este trabalho apresenta as perspectivas entre a materialidade do espaço e seu uso, na promoção de ambientes públicos de boa qualificação, numa das áreas de maior concentração urbana do Crato, cidade localizada na região sul do Ceará. A qualidade de um espaço público pode ser potencializada, de modo a atrair mais práticas sociais, além de tornar-se um ambiente agradável, que proporciona lazer, cultura, esporte e interação. Para o desenvolvimento do presente artigo o método utilizado foi através de entrevistas com os usuários do local, que teve como resultado uma visão positiva, porém também foram apontados pontos negativos, que serão explanados no decorrer do artigo. Palavras-chave: Requalificação; Encosta; Seminário; Revitalização. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: Os sistemas vegetados vinculados às edificações têm obtido destaque na arquitetura contemporânea e possuem diversos benefícios. Benefícios esses que vão desde o meio urbano e ambiente construído ao próprio usuário. Dessa forma, o objetivo deste artigo é reunir informações sobre diferentes formas de aplicação da vegetação em edificações: coberturas verdes, paredes verdes, brises vegetados, sacadas jardim, terraços jardim e jardins internos. Também, o de abordar alguns exemplos de aplicação das estratégias e quais os seus principais benefícios. A metodologia aplicada caracterizouse por revisão bibliográfica, baseada em estudos científicos já publicados e em manuais de empresas brasileiras e estrangeiras. Os sistemas tratados foram classificados de acordo com sua execução, aplicação e finalidade, subdivididos de acordo com suas particularidades. Procurou-se esclarecer diversos aspectos benéficos do uso dessas estratégias bioclimáticas como forma de melhorar o ambiente urbano, com o intuito de incentivar e disseminar a aplicação dos sistemas vegetados em edificações. Palavras-chave: Sistemas Vegetados; Ambiente Construído; Estratégia Bioclimática; Conforto Térmico; Eficiência Energética. Clique e acesse o repositório online -> 134 135 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 6 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 6 O USO DE TÉCNICAS CONSTRUTIVAS COM TERRA PARA ELABORAÇÃO DE MAQUETES SUSTENTÁVEIS MAPA DE RUÍDO COMO FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO URBANO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE CRISTINA LENZ MENTGES, Secretaria do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), Porto Alegre, cristinamentges@gmail. com CICERO ALVAREZ, Secretaria do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), Porto Alegre, [email protected] NARA IONE MEDINA SCHIMITT, Secretaria do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), Porto Alegre, naraschimitt@gmail. com ANDREIA JANE LEANDRO CAMARA - UNDB - [email protected] Resumo: Este trabalho objetivou projetar maquete sustentável para fomentar a importância de projetos de arquitetura vernácula aplicados a diferentes técnicas construtivas com terra como: taipas de mão e de pilão; o adobe e a terra ensacada. Sendo, essa maquete, associada ao uso de conceitos, materiais e técnicas sustentáveis como: aproveitamento da água de chuva, eficiência energética e telhados verdes. A maquete possui fins educacionais, com ênfase no processo de ensino-aprendizagem sobre o ambiente natural e como as técnicas construtivas tradicionais podem ser cultivadas e inseridas nos projetos contemporâneos, sendo, semestralmente, proposta aos alunos do oitavo período da disciplina de Bioarquitetura do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário UNDB da cidade de São Luís – MA. Para auxiliar na formação desses acadêmicos na elaboração da maquete e no conhecimento tanto teórico como prático sobre o assunto foi realizada uma visita a um sítio ecológico localizado na zona rural, ainda dentro da ilha de São Luís, onde os alunos tiveram a oportunidade de participar de algumas palestras e oficinas sobre: permacultura, adobe, terra ensacada e taipa de mão. Nessa ocasião conheceram o terreno destinado para a elaboração do projeto (maquete). A construção física da maquete explica a utilização da técnica construtiva com terra escolhida pelos alunos e o tipo de materiais utilizado para a construção da mesma, além das técnicas sustentáveis abordadas. Através dessa visita os alunos puderam conhecer as necessidades reais do sítio e da comunidade, assim como seu entorno. Com o objetivo de utilizar a produção de maquetes sustentáveis como instrumento de ensino no curso de Arquitetura e Urbanismo e utilizar a terra como material construtivo, considerando as técnicas tradicionais locais aplicando conceitos de sustentabilidade na concepção de projetos arquitetônicos e refletindo sobre a relação do uso da terra em comunidades locais e a sua inserção no campo científico. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: O ruído urbano excessivo tem se transformado em uma das formas de poluição que mais tem preocupado os planejadores urbanos. Os dados divulgados acusam níveis de desconforto tão altos que a poluição sonora representa a segunda principal causa de poluição no mundo, passando a ser considerada questão de saúde pública segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda assim, é um dos temas menos abordados quando se trata de estudos quanto à poluição ambiental. Nas cidades médias brasileiras o ruído já tem apresentado níveis preocupantes, fazendo com que várias delas adotem leis que disciplinem a emissão de sons ou utilizem o planejamento urbano subsidiado por mapas de ruídos. O presente estudo pretende apresentar exemplos de mapas de ruído urbanos e exemplos de diferentes textos legais que podem ser aplicados na cidade de Porto Alegre. Além de orientar arquitetos e urbanistas, engenheiros, incorporadoras e construtoras quanto aos sistemas de vedação e de construção para atender às recomendações da norma de desempenho, o mapa de ruído municipal permitiria solucionar e evitar possíveis conflitos, por meio de verificação da solução adotada quanto ao partido arquitetônico, bem como de sua relação com o entorno, com a finalidade de garantir conforto acústico e saúde para os habitantes da cidade. Palavras-chave: Mapa de Ruído; Acústica Ambiental; Plano Diretor. Palavras-chave: Maquete sustentável; Arquitetura com terra; Técnicas tradicionais; Ensino- aprendizagem Clique e acesse o repositório online -> 136 137 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 6 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 6 SUSTENTABILIDADE NO PROJETO DE RETROFIT ARQUITETÔNICO: RECICLAGEM DE RESÍDUOS, O CASO DA LANEIRA S.A. CRITÉRIOS DE ILUMINACÃO NATURAL DA CERTIFICAÇÃO LEED E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE IGOR SCHWARTZ EICHHOLZ – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – [email protected] DANIELA PACHECO PIRES - UFRGS – [email protected] BETINA TSCHIEDEL MARTAU - UFRGS – [email protected] Resumo: O termo inglês retrofit tem suas origens nas expressões latina retro: movimentarse para trás, e inglesa fit: adaptação, ajuste. E pode ser empregado em duas situações: quando a recuperação reduz custo em comparação com uma construção nova, ou no caso de uma edificação histórica possuir condições para novas funções (MAIA, 2000). Este conceito arquitetônico busca a sincronicidade do edifício com o tempo presente, evitando que se torne obsoleto, possibilitando a readequação e a reinserção destes edifícios à estrutura da cidade, contribuindo para a maximização e otimização do espaço construído; assim como para a preservação dos valores arquitetônicos e paisagísticos das cidades. Além de ser uma forte ferramenta em prol da sustentabilidade do sítio arquitetônico, pois proporciona o reaproveitamento de edificações e materiais cabíveis de manutenção. O presente trabalho desenvolveu uma proposta para reaproveitamento de parte dos resíduos sólidos com potencial de uso a partir de uma análise e seleção destes. Foram utilizados tijolos cerâmicos oriundos de paredes descartadas no projeto de requalificação do edifício da Laneira S.A. e madeira das tesouras que sustentam a cobertura que serão substituídas por novas, de acordo com o projeto. O reaproveitamento foi desenvolvido na criação de bancos fixos para ambientação dos espaços abertos da mesma edificação. Palavras-chave: Retrofit Arquitetônico; Sustentabilidade; Arquitetura Sustentável; Reciclagem de Resíduos. Resumo: As certificações ambientais, muitas vezes denominadas como selos verdes, são ferramentas que tentam integrar o conceito de sustentabilidade no desenvolvimento de projetos e na construção civil. Este trabalho busca demostrar a influência das diretrizes projetuais para o atendimento dos requisitos de iluminação natural no desenvolvimento do projeto e do conceito arquitetônico para atendimento dos requisitos da certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). Ela é atualmente o principal selo de sustentabilidade internacional. Os critérios de iluminação natural da certificação LEED, além do aspecto relacionado a economia de energia, apresentam questões relacionadas a qualidade ambiental interna, tendo em vista a já comprovada importância da iluminação natural na saúde e bem- estar dos usuários. Nesse estudo foi realizada a verificação da aplicação dos requisitos dessa certificação quanto à iluminação natural e seus reflexos no projeto arquitetônico de edifícios comerciais situados em Porto alegre. O trabalho estabeleceu o estudo de caso como estratégia metodológica e foram selecionados três edifícios de uso comercial, todos situados na Avenida Carlos Gomes, na cidade de Porto Alegre. As construções de dois deles foram em 2016 e 2018, sendo que o terceiro ainda está em obras. Como procedimentos foi realizada uma pesquisa documental dos projetos e realizadas simulações computacionais e elaborada uma matriz de análise para comparação dos resultados obtidos. O estudo demostrou as dificuldades para o atendimento dos requisitos e a necessidade de mudança da concepção arquitetônica original para o atendimento das solicitações. Os critérios requisitados pela certificação LEED estão diretamente relacionados ao projeto arquitetônico, de forma que, muitas vezes, não é possível o atendimento apenas com a busca de materiais de fachada com melhor tecnologia, sendo necessário rever a proposta arquitetônica como um todo. Palavras-chave: Projeto Arquitetônico; Iluminação Natural; Certificação LEED Clique e acesse o repositório online -> 138 139 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 7 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 7 O SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES NA CONSTITUIÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS DE PROPRIEDADE PRIVADA NA CIDADE DE PASSO FUNDO/RS AS FRAGMENTAÇÕES NO TERRITÓRIO PÓSMODERNO UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO ESPACIAL CONTEMPORÂNEA ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE LUCAS MINCARONI NETO RADATZ - Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI / E.A.C.H. - Arquitetura e Urbanismo - radatz@edu. univali.br STAVROS WROBEL ABIB - Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI / E.A.C.H. - Arquitetura e Urbanismo - stavros@ univali.br LAURA CAMPAGNA BASSO - Faculdade Meridional, IMED, Passo Fundo/RS – [email protected] LAURO ANDRÉ RIBEIRO – Faculdade Meridional, IMED, Passo Fundo/RS - [email protected] Resumo: As cidades e seus Sistemas de Espaços Livres (SEL) são constituidos a partir de espaços públicos e privados. A união dos espaços públicos e privados é de extrema importância no estudo e desenvolvimento de políticas públicas dos SEL nas cidades brasileiras. Neste sentido, levou-se em consideração estudos que refletem sobre os espaços públicos de propriedade privada - Privately Owned Public Spaces (POPS) Por isso, o presente manuscrito tem como objetivo principal identificar a existência de POPS em área central de Passo Fundo e contribuir na reflexão sobre possíveis políticas públicas urbanas para áreas de uso coletivo. Metodologicamente, adotou-se preceitos teóricos para a qualidade dos espaços públicos de Gehl, análises do centro da cidade realizadas por Basso e Ribeiro (2019) associadas a pesquisa em campo. Os resultados demonstraram a tímida presença de espaços de uso coletivo em propriedades privadas na área central de Passo Fundo. Por fim, acredita-se que, mais do que ações efetivas de arquitetura urbana como as apresentadas que enobrecem a paisagem urbana local, o desenvolvimento de políticas públicas urbanas para os espaços públicos de propriedade privada é de total busca por uma cidade emergente, sustentável e inteligente. Palavras-chave: Espaços livres de edificações; Domínio de terras; Georreferenciamento. ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE Resumo: O território na pós-modernidade, espacializa em fragmentos, a lógica de produção territorial consoante a ótica satisfatória do capital, “retalhando-o” em múltiplas dimensões. A partir de reflexões analítico-teóricas, a Fragmentação, como fenômeno fruto das transgressões nas estruturas materiais e imateriais, nesta pesquisa está definida em quatro categorias: o Fragmento Territorial, o Fragmento Natural, o Fragmento Social e o Fragmento Subjetivo. Essas, encadeiam dialéticas nas porções territoriais e são indissolúveis, estabelecendo redes de trocas tangíveis e intangíveis entre si. Objetiva-se, através de uma discussão analítica da produção espacial atual, o debruçar da Arquitetura e Urbanismo sobre as problemáticas contemporâneas conformadoras do território. A transdisciplinaridade temática dissolve barreiras disciplinares, ao integrar saberes únicos e reconfigurados, pois o tratar do território contemporâneo necessita não somente das características físicas territorial e natural - para sua legibilidade, mas, também, a articulação de diferentes níveis - social e subjetivo - para conceber as construções cognitivas territoriais. A construção teórica através de conceitos e reflexões dos processos fragmentários juntamente a esquemas gráficos - da cidade Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina - propõese ler os fragmentos e suas articulações neste debate pertinente ao planejamento urbanoregional do século XXI. Palavras-chave: Fragmentação Territorial; Fragmentação Natural; Fragmentação Social; Fragmentação Subjetiva; Transgressões Territoriais. Clique e acesse o repositório online -> 140 141 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 7 EVOLUÇÃO ARQUITETÔNICA NA CIDADE DO RECIFE/PE SOB A ÓTICA DOS PAR METROS URBANÍSTICOS LEGAIS COMO CONDICIONANTES DE PROJETO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ANDRÉ CANI DIAS NOBRE – [email protected] FERNANDA LÚCIA HERBSTER PINTO – Faculdade de Ciências Humanas - ESUDA – [email protected] Resumo: As legislações urbanísticas são instrumentos importantes não apenas para o desenvolvimento urbano da cidade, como também para estabelecer parâmetros arquitetônicos nos projetos das edificações. O presente trabalho visa analisar sob o ponto de vista crítico e científico, quais as consequências trazidas por regulamentações previstas por lei na cidade do Recife/PE entre as décadas de 1950 a 2010, com o objetivo de levantar questionamentos quanto à responsabilidade dos órgãos públicos encarregados de elaborar as normas legais, dos arquitetos atuantes nas cidades e das demandas do mercado imobiliário perante os espaços edificados. Para isso, foram analisadas as leis que regeram a ocupação durante o período citado e com atuação no bairro de Boa Viagem, conhecido também por concentrar uma arquitetura dita como de “alto padrão” na cidade e que passou por uma verticalização intensa, com parâmetros restritivos brandos, estimulada pelo poder público e econômico, influenciando até mesmo na permanência de banhistas na famosa Praia de Boa Viagem. Após essa análise, tais parâmetros foram sobrepostos aos projetos da época, buscando um maior entendimento de como os arquitetos utilizaram das leis para a concepção de seus projetos, sob os seguintes eixos de pesquisa: Gabaritos e quantitativo de pavimentos; Implantação, estudos de condicionantes naturais e a relação além dos limites do terreno; Plasticidade. Com esta análise foi possível identificar os impactos causados nos projetos arquitetônicos propostos ao decorrer do tempo, nos valores de habitação que regem o mercado imobiliário atualmente e sobretudo, as alterações das legislações e seus parâmetros, que resultam numa produção atual de características impessoais, desconectadas do coletivo e limitadoras dos espaços urbanos. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 7 UMA VISÃO SOBRE OS AGENTES PRODUTORES DO ESPAÇO URBANO: O CASO DE MACAPÁ - AP ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ANA PAULA CASCAES RODRIGUES – Secretaria do Estado de Desenvolvimento das Cidades – GEA – [email protected] Resumo: O presente artigo discorre sobre os agentes sociais que influem e modelam o espaço urbano; os proprietários dos meios de produção, os proprietários fundiários, os promotores imobiliários, o Estado e os grupos sociais excluídos. Com estas análises sobre cada agente ficarão evidentes todo o conjunto de consequências que permeiam as relações entre eles, pois são justamente essas relações os fatores determinantes na organização espacial e na estruturação das cidades. Também serão explicitadas algumas das consequências das ações destes agentes, que acabam por gerar problemáticas urbanas, como a multiplicação de centralidades, especulação imobiliária, favelização e segregação socioespacial. Ao fim deste trabalho, será demonstrado em um caso especifico, a cidade de Macapá-Ap, a forma que tais agentes se manifestam e influem na expansão e dinâmica de uma cidade da região norte do Brasil. Palavras- chave: Espaço Urbano, Agentes Sociais, Problemáticas Urbanas, Macapá-Ap. Palavras-chave: Legislação; Planejamento Urbano; Recife Clique e acesse o repositório online -> 142 143 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 8 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA C SESSÃO 8 MORFOLOGIA URBANA EM CIDADES MÉDIAS: UMA ANÁLISE DE ARAPIRACA/AL À LUZ DA ESCOLA INGLESA DESENVOLVIMENTO URBANO A PARTIR DE NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO SETOR TERCIÁRIO ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE JACIEL GUILHERME DA SILVA - UNEAL – [email protected] GILDIMAR GUILHERME DA SILVA – UFPE - [email protected] MAYARA FRANCISCA DOS S. SILVA – IFAL - [email protected] FERNANDO DOS SANTOS CALVETTI – Universidade de São Paulo – [email protected] VITÓRIA COBERLLINI MEIMBERG – Universidade do Planalto Catarinense – [email protected] ÉRICA RAMOS CARSTEN DUARTE – Universidade do Planalto Catarinense – [email protected] Resumo: A morfologia urbana de Arapiraca/AL, enquanto cidade média, tem se fundamentado a partir das legislações locais que orientam o crescimento urbano, e consequentemente a sua morfologia juntamente às premissas de quem a vivência, gerando entraves sobre a função dessa urbanidade para atender ao desenvolvimento, ao mercado imobiliário e à cultura local; com a recente inserção de parques e praças, glebas e/ou condomínios/loteamentos no perímetro urbano, isso tem se agravado. Para compreender essa lógica, foi usado o método da Escola inglesa - investigação da morfologia urbana usado na Inglaterra entre 1950 e 1960 - que usa as transformações e permanências da cidade como parâmetro. Arapiraca encontra-se em acelerado crescimento, desproporcional ao próprio desenvolvimento, o que tem estimulado a intervenções físicas no espaço e consequentemente provocado a necessidade de análise dessa dinâmica, tanto pelo cuidado com os marcos urbanos respectivos, quanto porque a cidade, não se preenche numa urbanização aleatória, mas nos fenômenos de desenvolvimento socioeconômico, também produtores dessa morfologia. A necessidade compreender a forma atual do bairro Centro no que se refere ao estudo de seu plano, tecido e padrão do uso do solo urbano, conforme o método utilizado pela Escola Inglesa de Morfologia Urbana, se pautou como objetivo principal. Os objetivos específicos pautaram-se em Evidenciar o método utilizado pela Escola Inglesa de Morfologia Urbana; Abordar discussões gerais acerca da morfologia urbana analisando o plano, tecido e padrão do uso e ocupação do bairro Centro de Arapiraca; Elaborar um paralelo entre o conceito de cidades médias e o padrão morfológico da cidade. Contudo, uma cidade cuja urbanidade é diferente em sua topografia e história, a sua morfologia também será múltipla, como uma “colcha de retalhos”, composta por funcionalidades, pessoas, espaços ou paisagens diferentes numa forma urbana, em constante transformação. Resumo: O presente trabalho faz parte de uma pesquisa em andamento, e investiga como inovações tecnológicas consideradas disruptivas impactam e alteram a relação do setor terciário com o espaço urbano. Existe uma série de condicionantes sociais e econômicas relacionadas ao setor terciário que impactam no espaço urbano e no exercício do seu planejamento. Podem ser citadas as consequências do seu desenvolvimento na geração de empregos, no abastecimento da população, pelo papel junto ao mercado imobiliário na construção do espaço urbano, no seu impacto sobre a imagem da cidade através de suas tipologias e estratégias de atração de usuários, e também por ser o principal responsável pela distribuição do que é gerado por outros setores da economia à população, garantindo assim um papel de protagonismo na cadeia logística. A criação e avanço de tecnologias como inteligência artificial, big data e machine learning, vêm mudando diferentes aspectos da sociedade de forma integrada à internet e têm sido chamadas de quarta revolução industrial. Essas transformações vêm ocorrendo também em processos inerentes à logística do setor terciário, como fluxos, armazenamento, exibição e entrega de mercadorias, ou criação de novos canais de contato com clientes. Dessa forma, compreende-se que se faz necessário o estudo de aplicações dessas novas tecnologias e o contexto em que estão sendo desenvolvidas e utilizadas para compreender como isso afeta a relação do setor terciário com o espaço urbano e assim contribuir com a discussão de instrumentos mais eficientes para o planejamento da cidade. Assim, o artigo discute a relação desse setor econômico com a cidade, suas possíveis diferenciações e condiciona uma análise específica de serviços de hospedagem urbana no que se refere à sua lógica locacional e possíveis modificações frente a novas tecnologias. Palavras Chave: Morfologia Urbana; Planejamento Urbano; Cidades médias; Escola Inglesa; Arapiraca/AL. Clique e acesse o repositório online -> 144 145 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA C SESSÃO 8 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS EM UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE O DESVIRTUAMENTO DO INSTRUMENTO EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE MARINA TONELI SIQUEIRA – Professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, UFSC – [email protected] CAROLINA SILVA E LIMA SCHLEDER – Aluna UFSC – [email protected] Resumo: O objetivo do presente trabalho é analisar a experiência com as operações urbanas consorciadas (OUCs) em Balneário Camboriú, SC. Incluídas no Estatuto da Cidade, as OUCs exemplificam em seu funcionamento os ideais de compartilhamento dos custos e benefícios do desenvolvimento urbano. Ao oferecer incentivos ao mercado imobiliário, em especial a alteração de índices construtivos, são esperadas contrapartidas que podem incluir obras, venda de outorga direta ou de certificados financeiros equivalentes aos benefícios construtivos ofertados. A possibilidade de realização de uma agenda coletiva com baixos custos aos cofres públicos, bem como a flexibilização dos índices construtivos para novos empreendimentos do mercado imobiliário têm feito as OUCs terem grande aceitação pelas prefeituras e por agentes privados, sendo incluídas na maior parte dos planos diretores pós-Estatuto da Cidade. No entanto, seus resultados efetivos são mais polêmicos. O caso de Balneário Camboriú, explorado neste trabalho, demonstra o desvirtuamento do princípio do solo criado ao permitir a utilização do potencial construtivo gerado pela OUC em outras zonas da cidade. Mesmo com um fator de conversão que gera custos mais caros nas áreas mais valorizadas, os perímetros das OUCs restringem-se às áreas objeto das obras viárias previstas e a maior densificação está justamente no novo vetor de desenvolvimento imobiliário da cidade. Finalmente, embora o Estatuto obrigue a participação da sociedade civil, o conselho local conta com, além de membros do poder executivo municipal, majoritariamente representantes do mercado imobiliário. Como conclusão, a experiência de Balneário Camboriú pouco difere das críticas às OUCs em outras cidades brasileiras, trazendo à tona uma falta de equilíbrio na parceria público- privada em que os principais benefícios coletivos dos projetos são obras viárias e os principais beneficiados são os agentes do mercado imobiliário. Palavras-chave: Solo Criado; Operações Urbanas Consorciadas; Planos Diretores; Estatuto da Cidade; Balneário Camboriú/SC. Clique e acesse o repositório online -> 146 147 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D EIXO FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL SESSÃO 1D ENSINO E EDUCAÇÃO Coordenação: Nathalia Danezi – UFRGS SESSÃO 2D ENSINO E PROJETO Coordenação: Nathalia Danezi - UFRGS SESSÃO 3D HABITAÇÃO, DESIGN PARAMÉTRICO Coordenação: Inês Martina Lersch – UFRGS SESSÃO 4D ACERVO, GÊNERO E PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS, URBANISMO E TECNOLOGIA Coordenação: Inês Martina Lersch – UFRGS SESSÃO 5D ARQUITETURA/URBANISMO EM EDUCAÇÃO Coordenação: Rachel Berrutti – UFRGS SESSÃO 6D ATHIS, URBANISMO E EDUCAÇÃO Coordenação: Rachel Berrutti - UFRGS 148 149 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 1 A IMPORT NCIA DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES NA FORMAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA EIXO TEMÁTICO FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL LUIZ ANTONIO DE PAULA NUNES - Universidade de Sorocaba – UNISO - [email protected] FABRÍCIO FRANCISCO LINARDI - Universidade de Sorocaba – UNISO - [email protected] NELSON GONÇALVES DE LIMA JÚNIOR - Universidade Santa Cecília – UNISANTA - [email protected] Resumo: Apesar dos autores serem favoráveis ao entendimento que a carga horária dedicada aos estágios e atividades complementares deva estar além do limite mínimo de 3.600 horas totais, reconhecem a importância dessas atividades na formação do arquiteto e urbanista, razão pela qual desenvolveram o presente artigo, no caso explorando as possibilidades das atividades complementares e relatando semelhanças e diferenças em suas respectivas instituições de ensino superior - IES. Na visão dos autores, as atividades complementares podem, e devem, contribuir na formação do arquiteto e urbanista não só como sua função precípua, qual seja, a complementação do ensino e formação social, humana e cultural; mas, também através de atividades de cunho comunitário e de interesse coletivo, assim como de iniciação científica, tecnológica e de formação profissional, que neste caso pode incluir estágios não obrigatórios. No artigo serão exploradas duas situações encontradas em IES diferentes, sendo que o oferecimento e acompanhamento dessas Atividades Complementares se apresentam de formas diversas. Não se pretende, no entanto, oferecer qualquer juízo de valores sobre as duas propostas, mas verificar diferentes possibilidades no universo acadêmico, especialmente no recorte de IES não públicas, uma vez que uma se caracteriza como instituição comunitária e outra como empresa privada. Palavras-chave: Formação; Atividades Complementares; Currículo. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 1 A INTEGRAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NA FORMAÇÃO DO ARQUITETO: SIGNIFICADOS E POSSIBILIDADES PARA A CONCEPÇÃO DO PROJETO E A PRÁTICA PROFISSIONAL EIXO TEMÁTICO FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL MARIA AMÉLIA DEVITTE FERREIRA D ́AZEVEDO LEITE – FIAMFAAM Centro Universitário – [email protected]; [email protected] Resumo: Embora milenar, a profissão de arquiteto passa a ser ensinada via escola há pouco mais de três séculos, sendo a formação profissional antes disto obtida através da relação mestre-aprendiz diretamente no canteiro. O século XX trouxe grandes transformações à vida humana, caracterizadas pela intensificação da industrialização, o crescimento das populações urbanas e intensa degradação ambiental. O panorama atual e as perspectivas futuras colocam grandes desafios profissionais ao arquiteto, dadas os complexos problemas que se apresentam nas cidades quanto à moradia,às infraestruturas e ao uso sustentável do meio ambiente e dos recursos econômicos disponíveis. As escolas de Arquitetura e Urbanismo necessitam rever seus modelos tradicionais de formação, historicamente baseados no ensino de projeto em ateliê, buscando estratégias didáticas que possam formar profissionais aptos a resolver as demandas emergentes críticas do ambiente construído. A integração do ensino, da pesquisa e da extensão nos processos de trabalho entre professores e alunos apresenta-se como uma possibilidade de aproximar o ambiente acadêmico do contexto de vida das comunidades, aperfeiçoando a formação profissional do arquiteto na direção de um novo paradigma educacional. Palavras-chave: Formação integrada do arquiteto; Ensino de arquitetura; Pesquisa em arquitetura; Extensão em arquitetura; Arquiteto; Escolas de arquitetura. Clique e acesse o repositório online -> 150 151 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 1 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 1 PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA: A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E A ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL UM LUGAR PARA A EDUCAÇÃO DE ARQUITETOS E URBANISTAS NOS CONVIDAM AO SUICÍDIO E NÃO NOS OFERECEM UMA JANELA! EIXO TEMÁTICO FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL MARIA ELISA BAPTISTA – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – [email protected] ALÍCIA DUARTE PENNA - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – [email protected] EIXO TEMÁTICO FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL PROF. LUIS ALEXANDRE AMARAL PEREIRA PINTO – FAU PUC-Campinas – [email protected] MARCELA FARIA SILVA – FAU PUC-Campinas – [email protected] Resumo: Neste artigo,serão apresentadas as experiências oriundas de Projeto de Extensão Universitária, elaborado a partir das possibilidades de atuação profissional fomentadas pela Lei de Assistência Técnica. Vinculado a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas, este projeto de Projeto de Extensão tem, desde o ano de 2016, atuado em parceria com Secretaria de Habitação Municipal da cidade de Limeira, localizada no interior paulista. Neste município, a Secretaria da Habitação (SEHAB) possui como premissa básica de seu atual plano de governo, o “Programa Assistência Técnica em Limeira” direcionado às famílias de baixa renda que necessitam auxílio para reforma, ampliação ou construção de moradias. Desde o início da parceria entre as duas instituições, foram ensaiadas maneiras de se fortalecer as práticas da secretaria municipal e de se introduzir no interior da escola de arquitetura a realidade das periferias urbanas brasileiras. Além disso, os trabalhos também buscaram minimizar a distância dos alunos em relação ao canteiro de obras, por meio do desenvolvimento de atividades que se basearam na utilização de tijolos de solocimento produzidos em olaria do município. Estas ações obtiveram, como resultado, diversos materiais de cunho pedagógico, além de projetos arquitetônicos de tipologias habitacionais adequadas aos contextos urbanos, às demandas das famílias atendidas e às especificidades da técnica construtiva do tijolo de solo-cimento. A metodologia baseouse na interlocução entre professores, alunos, técnicos da prefeitura e famílias assistidas, por meio de intercâmbios dialógicos, práticas socioeducativas, oficinas e visitas técnicas. Para além da importante contribuição junto ao órgão público, foi buscada a adoção de uma didática que apresentasse a importância social da profissão, colaborasse para a elaboração de ações pautadas pela base humanista da arquitetura e do urbanismo e estimulasse a conscientização dos universitários sobre seu protagonismo na construção de sociedades mais democráticas e de cidades mais justas para o século XXI. Resumo: Apropriar o espaço em que estamos, modificá-lo, transformá-lo de modo a abrigar pelejas, debates, invenções, alegrias. Mais importante que sentar confortavelmente para assistir alguma coisa é transformar o espaço para participar do que acontecerá. Antes de aprender a desenhar algo, descobrir como tal coisa pode existir. Inventar e construir, compreender desejos, angústias, sonhos e possibilidades, buscar mais, e fazer mais. Como um edifício poderia ser parte ativa desse sonho de Escola? A proposta de desenhar um lugar que abrigasse a vitalidade do curso considerou a necessidade de relativizar a primazia dada ao conforto e à conveniência. A extensão do conceito de vitalidade a um atributo do espaço apoia-se no entendimento do espaço como algo estruturável, mutável e produzido socialmente, e relaciona-se ao desejo e ao hábito das pessoas de conviver e compartilhar atividades, em espaços onde modos de sociabilidade acordados regulam o uso coletivo e substituem, assim, as hierarquias e obrigações dominantes. Um espaço animado abriga também o dissenso, o contraditório, o que não cabe nas matrizes curriculares, nas prescrições. Esse artigo investiga os muitos modos de apropriação do edifício – instalações, mobiliário, experimentações, adaptações, ludicidades, manifestações políticas e exposições – e discute a prática pedagógica daí advinda, considerando que a existência da esfera social e, por extensão, do espaço depende das autonomias individual e coletiva. A questão que se busca responder é: até que ponto dispositivos projetuais como adaptabilidade, flexibilidade, versatilidade, permeabilidade, variedade, – conceitos centrais do projeto do 47– influenciam as possibilidades de um edifício ser coadjuvante na educação de arquitetos e urbanistas? Afinal, como disse Argan, não se planejaria ou se projetaria se não pensássemos que o mundo pode ser melhor do que é. Palavras-chave: Educação; Experimentação; Apropriação Palavras-chave: Habitação de Interesse Social; Assistência Técnica; Extensão Universitária. Clique e acesse o repositório online -> 152 153 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 2 ANTÁRTIDA COMO ABSTRAÇÃO DO PROJETO EIXO TEMÁTICO FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL CARLOS EDUARDO PLENS Universidade do Contestado UNC – [email protected] Resumo: O trabalho apresenta um Estudo de caso, analisando a abstração dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo, ao projetarem fora da sua zona de conforto. O ambiente proposto foi a Antártida, na qual foram explorados os aspectos dos projetos em ambientes com temperaturas baixas extremas. Foi aplicada uma metodologia, que estimula a descoberta de novos conhecimentos, trabalhando as ações de pesquisa e suas aplicções em projeto, encontrando o equilibrio. Com a aplicação de uma ordenação de pesquisa, se destacou a importância da análise de dados, intitulados de metaprojetos, como elemento norteador de pesquisa e desenvolvimento projetual. Palavras-chave: Metaprojetos; Análise; Desconstrução; Equilibrio. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 2 ENTRE VILAS O PERCURSO NO ENSINO DO PROJETO URBANO FORMAÇÃO E O FAZER PROFISSIONAL WILLIAM MOG – PROPUR/UFRGS – [email protected] LÍVIA SALOMÃO PICCININI – PROPUR/UFRGS – [email protected] Resumo: Este trabalho pretende demonstrar o papel do percurso no ensino do projeto urbano, considerando três momentos: primeiramente, aborda-se a disciplina de Urbanismo I do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a importância do estágio docente na formação do professor; a seguir, é apresentada uma experiência de ensino desenvolvida nesta disciplina decorrente de estágio docente, que trabalha com a noção de percurso em duas áreas de Porto Alegre/RS: a Vila União, no Morro Santa Teresa, e a Vila do IAPI, no Bairro Passo D’Areia; por fim, destaca-se o papel desta experiência no desenvolvimento pedagógico e no resultado final dos trabalhos dos alunos de graduação da disciplina Urbanismo I. Palavras-chave: Percurso; Ensino; Projeto Urbano; Estágio Docente; Urbanismo I. Clique e acesse o repositório online -> 154 155 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 2 FORMA, CONSTRUÇÃO E SUSTENTABILIDADE O ATELIÊ DE PROJETO VII NA UFRGS ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: DIMENSÕES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EIXO TEMÁTICO FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL NICOLÁS SICA PALERMO - UFRGS – [email protected] SILVIA MOREL CORRÊA - UFRGS - [email protected] CARLOS FERNANDO BAHIMA - UFRGS - [email protected] Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 2 APONTAMENTOS SOBRE AS AULAS DE PROJETO EXECUTIVO NO MBITO DA EAU-UFF A EXPERIÊNCIA DO PROJETO EXECUTIVO NAS ESCOLAS DE ARQUITETURA E URBANISMO, UMA REFLEXÃO EIXO TEMÁTICO: FORMAÇÃO E O FAZER PROFISSIONAL Pedro da Luz Moreira (EAU-UFF) - e-mail: [email protected] Resumo: O artigo aqui apresentado descreve a prática do ateliê de projeto VII, do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS. Ao desenvolver a disciplina, os professores buscaram vertebrar as discussões dentro da sala aula na direção de certos temas que estão transformado a prática do arquiteto contemporâneo, sendo alguns deles raramente abordados no âmbito acadêmico. O objetivo é permitir que os alunos tomem conhecimento e relacionem três temas em torno ao projeto de arquitetura: forma arquitetônica, construção industrializada e sustentabilidade ambiental. Este tripé fundamenta a dinâmica e o desenvolvimento das atividades do atelier. Discutir forma arquitetônica em um atelier de projeto de graduação é sempre um desafio, tendo em vista a diversidade de interpretações já dadas ao assunto ao longo do tempo e a falta de repertório e conhecimento por parte da maioria dos alunos. Manter sempre as discussões no âmbito da prática de projeto, tendo como principio definições claras que possam jogar luz sobre o tema da forma parece sempre ser a melhor estratégia dentro de sala de aula. Baseado nessas premissas, o atelier de Projeto 7 tem tratado de estabelecer a prática de projeto sobre 3 pilares: a construção, o programa e a sustentabilidade. Parte-se do convencimento que estes os três aspectos são combustíveis para a forma arquitetônica e devem direcionar a construção formal, assim como estar expressados e poder ser reconhecidos nas versões finalizadas dos projetos propostos. A preocupação com a integração e o funcionamento de todas as partes do projeto enfatiza que a sustentabilidade está no centro do processo generativo, juntamente com os demais parâmetros de projeto. As estratégias de ensino utilizadas levaram os professores a desenvolver um caminho metodológico para que os alunos pudessem projetar, avaliar, demonstrar e qualificar o objeto desde a sua concepção até o que seria a sua construção. Resumo: O presente trabalho apresenta a experiência atualmente desenvolvida no âmbito da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense(EAU-UFF), em Niterói, decorrente das aulas de Projeto 5, que abordam o projeto executivo. A matéria de Projeto 5 na grade do currículo da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense (EAU-UFF) acontece no esquema geral do curso no 6o período, antes da matéria de Projeto de Arquitetura de Restauração (7o período) e Projeto de Arquitetura de Habitação Social (8o período), sendo portanto a ante penúltima disciplina antes do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que ocupa os dois últimos períodos. As escolas de arquitetura no Brasil tem se restringido a cobrar de seus alunos nas disciplinas de projeto, trabalhos no nível de Estudo Preliminar, ou no máximo de Anteprojeto. A experiência é fundamental na aproximação dos esforços didáticos da EAU-UFF com a prática profissional e com o processo de amadurecimento do aluno no enfrentamento do projeto.. Existe aqui um notável esforço da instituição de superar a vivência do projeto, apenas como criação e concepção inusitada, mas de conquista de um discurso mais técnico, descritivo de uma construção efetiva e materializada de forma concreta. Palavras-chave: Projeto Executivo; Tectonia; Arquitetura; Cidade; Habitar; Edifício Multifamiliar. Palavras-chave: Projeto Arquitetônico; Arquitetura Sustentável; Metodologia do Projeto Arquitetônico. Clique e acesse o repositório online -> 156 157 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 3 DESIGN PARAMÉTRICO E APRENDIZAGEM ATIVA NA FORMAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL ERNANI ZANDONÁ PAZINI - Mestre pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Arquitetura e Urbanismo da IMED, Passo Fundo, RS, Brasil. Professor na Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ, Chapecó, SC, Brasil. - e-mail: [email protected] ANDRÉA QUADRADO MUSSI - Professora Doutora, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Arquitetura e Urbanismo da IMED, Passo Fundo, RS, Brasil. - e-mail: [email protected] Resumo: Atualmente, o ambiente educacional em especial na arquitetura molda-se com processos e metodologias de ensino inovadoras que engajam e motivam estudadores a buscarem o conhecimento por ações próprias, assim contribuindo efetivamente com o aprendizado individual e coletivo. Neste contextuo, este trabalho tem como objetivo mensurar o fenômeno de engajamento de estudantes de arquitetura em relação ao aprendizado durante o processo de projeto do Desgin Paramétrico ao longo de um semestre letivo de um curso de Arquitetura e Urbanismo. Para atingir tal objetivo, o estudo foi baseado na teoria do Flow do psicólogo húngaro Mihály Csíkszentmihályi, o qual define o Flow como um estado subjetivo em que o sujeito experimenta uma entrega total à atividade desempenhada, no sentido de que a pessoa percebe que tanto os desafios quanto suas capacidades são elevadas numa dada situação. Ou seja, no estado de Flow há um envolvimento tão intenso com a tarefa que a sua realização promove grande satisfação e aprendizado intrínseco. Os procedimentos metodológicos usados foram, o Experience Sampling Method (ESM), teste de Estilo Individual de Aprendizagem (EIA), combinado com o método de Observação Participativa (OP). Como resultados o estudo apresentou os índices de engajamento da turma durante o semestre. Considerando esses fatos, o maior potencial de engajamento dos alunos aconteceu nas aulas que atingiram maior índices de Flow aliados às metodologias Project-based Learning (PjBL), Team-Based Learning (TBL) e Gamificação do Ensino. aplicada na disciplina, que ocorreram quando os alunos superaram os desafios pelas habilidades aprendidas. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 3 O PENSAR E O FAZER HABITAÇÃO RURAL NO BRASIL: UM OLHAR SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA E DO URBANISMO. FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL GESSICA STEFFENS – Discente UFVJM - [email protected] ALINE WEBER SULZBACHER – Docente UFVJM - [email protected] Resumo: A partir de estudo exploratório, realizado no âmbito do mestrado em Estudos Rurais (PPGER-UFVJM), da realidade do reassentamento na Agrovila II, município de Chapada do Norte (Minas Gerais, Brasil) foi possível identificar graves e contínuas violações de direitos humanos como o acesso a água, a luz e a moradia digna. As famílias convivem com problemas diários que vão desde a falta de água ou água sem tratamento, energia insuficiente para as demandas domésticas e produtivas, até questões estruturais (rachaduras etc.) nas casas construídas pela empresa. Esta realidade nos motivou no estudo sobre a habitação rural no Brasil. Assim, este artigo tem por objetivo analisar as contribuições do pensar e do fazer do arquiteto e urbanista para a habitação rural no Brasil. A partir da análise e contribuições de Orlando Fals Borda (1963), das questões indicadas por Cláudio Santos (análise do período de 1964 - 1998) e do Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR, criado em 2009 - momento em que o Estado brasileiro retoma ações para amenizar o déficit habitacional no meio rural, indicamos e analisamos as contradições, no sentido de que, embora tenhamos significativos avanços no “pensar e no fazer” da profissão, a incidência política, principalmente nas políticas públicas para moradia digna no campo são ainda incipientes e desafiam a refletir, inclusive, sobre o papel do terceiro setor e da necessidade de valorização do acúmulo de debate e experiências dos movimentos sociais e organizações populares. Palavras-chave: Políticas Públicas; Moradia Digna; Direitos Humanos; Desenvolvimento Regional. Palavras-chave: Desgin Paramétrico. Metodologias de Ensino. Engajamento. Processo de Projeto. Teoria de Flow. EIA. Clique e acesse o repositório online -> 158 159 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 3 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 4 A NUCLEAÇÃO COMO FORMA DE EXPANSÃO DA RESIDÊNCIA EM ARQUITETURA E URBANISMO E ENGENHARIA A PRESENÇA DAS ARQUITETAS NAS PUBLICAÇÕES ESPECIALIZADAS DE ARQUITETURA E URBANISMO EIXO TEMÁTICO FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL BRUNA BERGAMASCHI TAVARES – PROPUR/UFRGS – [email protected] LUISA DE AZEVEDO DOS SANTOS – PROGRAU/UFPEL - [email protected] NIRCE SAFFER MEDVEDOVSKI – PROGRAU/UFPEL - [email protected] CAMILA GUERREIRO REIS – FAU-USP – [email protected] Resumo: Este trabalho tem o objetivo de apresentar as contribuições para o avanço da assistência técnica aos setores de baixa renda através do estabelecimento do curso de pós-graduação em Assistência Técnica, Habitação Social e Direito à cidade promovido pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e sua parceria através do formato de Nucleação pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Este curso é promovido em formato lato sensu pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU-UFBA) em parceria com a Escola Politécnica (EP- UFBA) na cidade de Pelotas, com o Programa de Pós Graduação de Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU) da UFPEL. O curso nomeado de Residência em Arquitetura e Urbanismo e Engenharia (RAU+E) tem sua proposta embasada na Lei No 11.888/2008 de Assistência Técnica. Essa lei, conforme seu artigo primeiro, “assegura o direito das famílias de baixa renda à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social, como parte integrante do direito social à moradia previsto no art. 6o da Constituição Federal” (BRASIL, 1988). Nesse sentido, o texto faz uma breve análise sobre o desenvolvimento da lei de Assistência Técnica e suas correlações com outras práticas de produção de habitação social e habitação para famílias de baixa renda. Entendendo a lei como uma das bases para a formatação da RAU+E, parte-se para uma apresentação das práticas universitárias, de base extensionista, que contribuíram para a elaboração do curso de pós-graduação, no âmbito da faculdade de arquitetura da UFBA. Por fim, traz-se a exposição da participação da UFPEL como parceira nucleada e seus desafios para a implantação de um modelo próprio de curso no formato de Residência. Resumo: O artigo pretende discutir qual é espaço destinado às arquitetas e urbanistas nas revistas especializadas, a partir da análise numérica das publicações da revista Projeto Design dos anos de 2001 a 2015. O recorte temporal estabelecido procura mostrar como ocorreu a divulgação da arquitetura contemporânea brasileira no primeiros quinze anos do século XXI, uma vez que a partir da década de 90 os cursos superiores de arquitetura e urbanismo, no Brasil, passaram a ter maior número de ingressantes do sexo feminino. O artigo está divido em três partes: a primeira delas mostra qual a importância das publicações especializadas de arquitetura na construção do relato arquitetônico; a segunda parte faz um breve histórico sobre a fundação e desenvolvimento da revista Projeto Design e a terceira, e última, parte expõe os dados levantados das publicações da revista durante o recorte temporal escolhido. Os levantamentos realizados foram divididos em 03 categorias: (1) Projetos publicados, pretende-se compreender e mapear em quantos e quais tipologias de projetos as arquitetas estão presentes como autoras ou coautoras; (2) Entrevistas realizadas, pretende-se compreender qual o protagonismo dado às arquitetas e (3) Artigos publicados: com o objetivo de mapear quais os temas discutidos nas revistas e quem está promovendo a discussão. Palavras-chave: Mulheres; Arquitetura; Revistas; Reconhecimento. Palavras-chave: Assistência Técnica; Habitação Social; Direito à cidade; Pós-graduação; UFBA; UFPEL. Clique e acesse o repositório online -> 160 161 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 4 MIDIATECA DA FAU/UFRJ UMA COLEÇÃO E SUAS LEITURAS FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL WANDA VILHENA FREIRE - FAU/UFRJ - [email protected] RODRIGO CURY PARAIZO FAU/UFRJ - [email protected] RODRIGO KAMIMURA - FAU/UFRJ - [email protected] Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 4 DESENHO URBANO COLABORATIVO GUIA ESTRATÉGICO PARA O URBANISTA NA ERA DAS NOVAS TECNOLOGIAS FORMAÇÃO E O FAZER PROFISSIONAL MARIANA OLIVEIRA GUIMARÃES – Universidad Politécnica de Madrid- [email protected] INMACULADA MOHINO – Universidad Politécnica de Madrid – [email protected] Resumo: Este artigo apresenta o processo de curadoria proposto para a montagem de uma exposição digital dos Trabalhos Finais de Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FAU/UFRJ) armazenados na plataforma Midiateca da FAU/UFRJ e relacionados com os subtemas do 27o. Congresso Mundial de Arquitetos - UIA2020RIO. Trata-se da primeira etapa do processo de organização de uma coleção que deverá ter diversas entradas, diversos entrelaçamentos, de tal modo que cada visitante possa percorrê-la a seu modo. Para formar a coleção e indicar as identificações com os eixos do Congresso, foram feitos recortes sucessivos e analisados 265 trabalhos. Foram analisados os grupos em que as identificações são mais fortes e também as demais possíveis identificações. Após esta primeira seleção, chegou-se a uma coleção de 240 trabalhos que deverão passar por novas análises para formar a coleção final a ser exposta. Palavras-chave: Acervo; Curadoria; Exposição; Trabalho Final de Graduação; Arquitetura e Urbanismo. Resumo: Os espaços públicos exercem funções de suma importância para o desenvolvimento das cidades e a qualidade daqueles depende da construção de uma cidadania mais consciente e participativa. Por isso, é necessário incluir no desenho urbano a colaboração de diversos agentes urbanos, e em especial, do usuário. Além disso, o cenário mundial é de acelerada transformação das necessidades e relações sociais, especialmente com o surgimento de novas tecnologias. Ainda, é notória a multiplicação de novas metodologias de planejamento urbano colaborativo, como o placemaking, que surgem em diversas partes do mundo, substituindo métodos tradicionais ou até mesmo ultrapassados. Desta forma, o presente estudo pretende criar um roteiro tático para o urbanista, considerando o impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação e as principais necessidades do projeto. Ou seja, este artigo não proporciona um catálogo de metodologias, mas uma síntese de estratégias para o técnico. A hipótese deste estudo apresenta (I) empatia e conexão, (II) processo lúdico e a (III) prática coletiva como os três componentes essenciais ao projeto urbano colaborativo. Para demonstrar, foram rastreadas cem metodologias e ferramentas aplicadas ao projeto e posteriormente analisadas conforme o tipo de comunicação, o poder de decisão, o acesso à participação, o tipo de tecnologia, o espectro da participação e por fim avaliadas a presença dos três componentes da hipótese. Resulta que a empatia e conexão são o componente principal para o projeto urbano participativo, no entanto o ludismo e a ação coletiva são secundárias, sendo substituíveis por outras ferramentas. No entanto, o estudo conclui que autonomia e a retroalimentação coletiva são os outros dois elementos chave para o desenho urbano colaborativo e que o urbanista além do suporte técnico, deve atuar nas funções de escuta social e de mediação. Palavras-chave: Planejamento Urbano Participativo; Placemaking; Empatia; Ludismo; Ação Colativa Clique e acesse o repositório online -> 162 163 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 5 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 5 REFLEXÕES SOBRE O ESCRITÓRIO MODELO PERSPECTIVA E A ATUAÇÃO NO PROJETO “ESCOLA QUE QUEREMOS” DO POSITIVISMO AO LUDISMO ARQUITETURA COMO PROJETO EDUCATIVO EM ERECHIM ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE GUILHERME RODRIGUES BRUNO – Universidade Federal da Fronteira Sul – [email protected] GABRIELA DE FREITAS - Universidade Federal de Santa Maria – [email protected] BRUNA ALBRECHT DA MOTTA - Universidade Federal de Santa Maria – [email protected] FERNANDA RODRIGUES NUNES - Universidade Federal de Santa Maria – [email protected] Resumo: A educação universitária é dividida em um tripé: ensino, pesquisa e extensão, sendo que a extensão cumpre um papel fundamental na formação de novos profissionais. No âmbito da Arquitetura e Urbanismo, destacam-se os Escritórios Modelo como programas de aproximação entre a universidade e a sociedade, tendo como objetivo realizar projetos com viés social e de direito à cidade, democratizando os serviços de arquitetura e urbanismo. Assim, buscou-se refletir sobre a experiência do Escritório Modelo da Universidade Federal de Santa Maria, chamado Perspectiva e o projeto Escola que Queremos, realizado entre os anos de 2016 e 2018, com o propósito de intervir, através de mutirão, em espaços de escolas municipais, propondo novos mobiliários, pintura e reorganização espacial. Especificamente, neste trabalho, focou-se na atuação do referido Escritório Modelo em duas escolas, os processos metodológicos envolvidos e os desafios para a execução da ideia, além da contrapartida da comunidade envolvida na ação. Palavras-chave: Arquitetura participativa; EMAU; Mutirão. FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL Resumo: Considerando que o atual momento político nacional se caracteriza, dentre outros fatores, por uma reascensão de dirigentes militares aos mais altos cargos da administração pública nacional, objetiva-se, neste artigo, oportunizar uma discussão sobre o histórico referencial ideológico das Forças Armadas Brasileiras, o positivismo comtiano, tendo por referência sua materialização no urbanismo do início do século XX. Mais precisamente, utiliza-se o caso do traçado urbano da cidade de Erechim (RS), desenhado por um dos maiores “apóstolos” do positivismo nas primeiras décadas daquele século, o engenheiro Carlos Torres Gonçalves. Para tanto, procede-se a um método de ressignificação dos marcos simbólicos positivistas presentes na cidade. Este método se constituiu por um conjunto de intervenções lúdicas, realizadas com a participação de crianças e adolescentes, alunos da rede de ensino fundamental de Erechim, através das quais, se observou que o ideal intrínseco ao acervo urbano positivista pode ser ressignificado através da ludicidade, de modo a demonstrar que, tão importante quanto ensinar a sugerida motivação “positiva” para a presença de cada marco da cidade, é o ensino de que sua ressignificação lúdica é uma etapa essencial ao pleno exercício do direito à cidade. De modo a atestar a viabilidade do método, o mesmo é avaliado com base nas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular, o que também permite, pelo viés contrário, verificar a orientação positivista ainda presente nesse documento. Como síntese, então, é proposto um modo de pensar, tanto as cidades como a educação brasileira, que ao mesmo tempo respeite a tradição positivista e permita a disrupção lúdica. Palavras-chave: Positivismo; Ludicidade; BNCC; Territórios Educativos. Clique e acesse o repositório online -> 164 165 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 5 ARQUITETURA E URBANISMO EM EDUCAÇÃO. A APROPRIAÇÃO DOS ESPAÇOS ESCOLARES, UMA DISCUSSÃO FÍSICO-AMBIENTAL COM DUAS VERTENTES: OS ESPAÇOS DA ESCOLA E OS DE VIZINHANÇA Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 6 ASSISTÊNCIA TÉCNICA E TRABALHO PARTICIPATIVO NA OCUPAÇÃO QUILOMBO MANOEL FAUSTINO FORMAÇÃO E FAZER PROFISSIONAL ALEIDA FONTOURA BATISTOTI – Mestranda no programa de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo UFBA – [email protected] ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE MARIZA WEBER ALVES – [email protected] Resumo: Esta investigação centra-se no exame do espaço escolar e das práticas educativas colaborativas através dos campos da arquitetura, do urbanismo e da educação e de como os conteúdos destas três áreas podem vir a interagir em bases de complementaridade nos projetos educativos das escolas. Defende um projeto interdisciplinar e reconhece o contexto escolar como um espaço privilegiado para o exercício da democracia. O tema da participação é explorado a partir de dois eixos. Um, referente à observação empírica de 12 escolas públicas, em que se interroga o papel dos processos participados como catalisadores na articulação entre projeto físico e educativo. O segundo eixo integra o conhecimento gerado na fase empírica e relaciona-o com as questões tratadas no enquadramento teórico, à luz de princípios enunciados nas agendas internacionais relativas ao desenvolvimento urbano sustentável e ao insucesso escolar. Os resultados das escolas são analisados a partir de uma ficha informativa que correlaciona a observação no terreno com a fonte documental, clarificada com o apoio de imagens e desenhos. Este procedimento identifica arranjos educativos e espaciais de cunho interdisciplinar no ensino formal, associados a um conceito espaço-educativo de conexão que olha o edifício como um prolongamento das salas de aula, a partir da conjugação de layouts em que se fundem movimentos de circulação e de permanência, sem quebras no trabalho educativo. As recomendações feitas pelas agendas internacionais permitem refletir sobre a segunda perspetiva, o papel de relevo do espaço escolar e da linguagem no desempenho das atividades educativas e a sua relação com os processos participados. Resumo: O presente artigo aborda a assessoria técnica realizada a partir da Residência em Assistência Técnica, Habitação e Direito à Cidade pela Universidade Federal da Bahia, conjuntamente à ocupação Quilombo Manoel Faustino, pertencente ao Movimento Sem Teto da Bahia na cidade de Salvador/BA, em 2018. A assessoria se deu por 1 ano e foi composta por uma equipe de duas arquitetas e urbanistas e uma geógrafa. Neste artigo serão apresentados os processos de trabalho coletivo, individual, e as ações e materialização efetuadas ao longo da assessoria. O trabalho específico, foco deste artigo, voltou-se para um acompanhamento mais cotidiano das dinâmicas existentes na ocupação, tendo como horizonte as áreas comuns/coletivas, e buscou-se, conforme as demandas que se apresentavam, mediar e construir alternativas junto aos moradores e/ou responder as questões que surgiam, dentro das possibilidades técnicas, temporais e de recursos. Alguns dos resultados obtidos a partir da assessoria técnica foram levantamentos prévios da ocupação e de alguns aspectos de fragilidades de infraestrutura, em diálogo com as questões que foram surgindo no decorrer da assessoria, e, ao final, dentro das demandas apresentadas pelos moradores e que foram trabalhadas durante a assessoria, elegeu-se que a necessidade de materialização se dava com a confecção de mobiliário e parquinho, demandas latentes na ocupação. Conclui-se que, dentro do contexto em que o trabalho se deu, o resultado foi satisfatório, entretanto, devido a vulnerabilidade que se encontram, é necessária a continuação da assessoria para os desdobramentos dos trabalhos, e as diversas demandas ainda existentes. Palavras-chave: Ocupação; Mediação; Áreas Livres; RAU+E; Assessoria Técnica. Palavras-chave: Arquitetura e urbanismo no ensino fundamental; Projeto de escolas cooperadas; Participação e interdisciplinaridade – repercussões no uso do espaço; Articulação entre projeto físico e o educativo. Clique e acesse o repositório online -> 166 167 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS SALA D SESSÃO 6 DA CIDADE À CASA: AS PROPOSIÇÕES MODERNISTAS DE BRASÍLIA SOB A ESFERA CRÍTICA DIREITO À CIDADE MARIA EDUARDA VASCONCELOS DE ALMEIDA - Centro Universitário de Brasília -e-mail maria. [email protected] GLÁUCIA VARGAS MOREIRA CAMPOS VIEIRA - Centro Universitário de Brasília tuição - e-mail [email protected] VÍCTOR CRAVIÉE RÊGO BRANDÃO - Centro Universitário de Brasília – e-mail [email protected] SAVIO TADEU GUIMARÃES – Centro Universitário de Brasília – e-mail savio.guimaraes.2010@ gmail.com Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo a cidade de Brasília analisada sob valores emergentes na contemporaneidade no que diz respeito a atributos da arquitetura e do urbanismo, da moradia e da cidade.Como objetivo geral o artigo visa estruturar reflexões sobre as consequências da implantação do planejamento urbano modernista na capital federal, em contraponto aos conceitos de direito a cidade e ao espaço público digno e compartilhado. Especificamente, o que se pretende estudar é o papel do usuário como protagonista desta luta pela cidade e pela criação dos espaços qualificados, diversificado e aonde existam trocas que não necessariamente dependem dos valores do comercio.Como conclusão, propõe-se a rediscussão dos arranjos urbanos do projeto do Plano Piloto, assim como das típicas moradias que fazem parte de sua configuração. O debate é acerca de como a população hoje ocupa os espaços destinados ao projeto original e, por outro lado, como os desdobramentos indesejados trazem consequências sociais que ferem a democratização do direito a cidade e o equilíbrio social. Palavras-chave: Brasília; cidade modernista; direito à cidade; crítica da arquitetura e do urbanismo. Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 SALA D SESSÃO 6 CIDADE, UNIVERSIDADE E SOCIEDADE REPENSANDO A INCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR EM ARQUITETURA E URBANISMO: REDE INTERNACIONAL DE PESQUISA EM A&U (BRASIL - COLÔMBIA - BOLÍVIA - PORTUGAL ESPANHA – ITÁLIA) FORMAÇÃO E O FAZER PROFISSIONAL CARLOS EDUARDO NUNES-FERREIRA – UVA: [email protected] CATERINE VILA FAGUNDES – UVA: caterine.fagundes@uva. br CECÍLIA SEABRA GOMES DA SILVA – UVA: [email protected] WANDA VILHENA FREIRE – UFRJ: [email protected]. br IGOR FREIRE DE VETYEMY – UVA [email protected] Resumo: A valorização da arquitetura e do urbanismo e, por consequência, dos profissionais que atuam nessas áreas, demanda o seu reconhecimento social e a compreensão de sua responsabilidade nas cidades contemporâneas. Sendo inerente à tarefa principal das universidades contribuir ativamente para o desenvolvimento local e regional, transformando o conhecimento e garantindo o direito à cidade (LEFEBVRE, 1968), podemos afirmar que, em relação ao desenvolvimento social e ao exercício da cidadania, muito precisa ser feito em inovação nas práticas educacionais. O objetivo é repensar a inclusão por meio da inovação no ensino superior, uma vez que as cidades incorporam os impactos da desigualdade social de maneira muito tangível e, em alguma medida, conflituosa (WIRTH, apud SENNETT, 2018). A formação profissional em Arquitetura e Urbanismo é o objeto, e a estratégia é focar na integração transversal da inclusão social por meio do tripé em que está ancorada a educação superior: o ensino, a pesquisa e a extensão. O percurso metodológico prevê o mapeamento de práticas existentes na Educação em A&U que priorizam a inclusão social, bem como as políticas públicas na área, em cada uma das cidades envolvidas: Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Bogotá, Medelim, La Paz, Sucre, Coimbra, Roma, Bolonha e Tarragona. O resultado será a elaboração de um programa de desenvolvimento profissional para docentes de Arquitetura e Urbanismo, ancorado no ensino, na pesquisa e na extensão, com o objetivo principal de repensar a inclusão através do ensino inovador, no qual inovação significa a identificação e formação de aptidões e competências necessárias para trabalhar num diálogo permanente, com a Universidade assumindo lugar de elo e meio de construção de conhecimento colaborativo com a Cidade e a Sociedade (DIDI-HUBBERMAN, 2017). A formação e o fazer profissional para a inclusão social no planejamento urbano é imperativa e urgente. Palavras-chave: Arquitetura e Urbanismo; Inclusão social; Educação Superior; Ensino de Arquitetura e Urbanismo. Clique e acesse o repositório online -> 168 169 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS 170 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 171 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS ÍNDICE POR TÍTULO DE ARTIGO PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL: 34 CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E MEMÓRIA DE SANTO ANTÔNIO DO PALMA/RS, BRASIL 34 DE LUGAR HISTÓRICO A UM LUGAR SUSTENTÁVEL A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO E URBANO NO RIO GRANDE DO SUL 35 ESCOLA CRUZEIRO DO SUL (1948), 36 SÃO LOURENÇO DO SUL/RS 36 O MODERNISMO NA FRONTEIRA OESTE GAÚCHA 37 UM EXEMPLAR EM BAGÉ 37 OS CAPITÉIS DE SÃO JOÃO DO POLÊSINE E O 38 PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL DA 38 COLONIZAÇÃO ITALIANA NA QUARTA COLÔNIA DE IMIGRAÇÃO ITALIANA DO RS. 38 ANÁLISE EVOLUTIVA DOS ESPAÇOS DE SERVIÇO NAS HABITAÇÕES MULTIFAMILIARES 39 FORMAS DE PENSAR ARQUITETURA: ANÁLISE DO TRATAMENTO DE FACHADAS DE EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS DE EMIL A. BERED 1950-70 40 HISTÓRICO DA FUNCIONALIDADE DAS VARANDAS NA HABITAÇÃO BRASILEIRA 41 PATRIMÔNIO URBANO MODERNO: 42 CONJUNTOS HABITACIONAIS BRASILEIROS E CIDADE 42 LEMBRANÇAS E ESQUECIMENTO DE UM RIO URBANO 43 RIZOMA UMA CIDADE EM MOVIMENTO 44 DESENHAR CAMINHAR PORTO ALEGRE: 45 PRÓTESES DA REPRESENTAÇÃO, LENTES DA IMAGINAÇÃO 45 CIDADE PALIMPSESTO: COMO O PATRIMÔNIO INDUSTRIAL PODE ATUAR SOBRE O NOVO? 46 A (IN)VISIBILIDADE DA ARTE NOS CENTROS URBANOS OS PAINÉIS DE VASCO PRADO E XICO STOCKINGER EM PORTO ALEGRE 47 BALÉ DA CIDADE DE SANTA MARIA: UMA ANÁLISE CENOGRÁFICA 48 O PAPEL SOCIAL DA MEMÓRIA E DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO A ESPAÇOS CULTURAIS 49 PORTO ALEGRE DE 1935 O ACESSO AO ESPAÇO URBANO PELA NARRATIVA DO ROMANCE “OS RATOS”. 51 A IMPORT NCIA DA ANÁLISE TIPOLÓGICA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, MUSEU HIPÓLITO JOSÉ DA COSTA 52 PAISAGEM URBANA E REPRESENTATIVIDADE HISTÓRICA DAS RADIAIS DE PORTO ALEGRE: A AVENIDA OSVALDO ARANHA 53 HABITAÇÕES COLETIVAS NA RADIAL AVENIDA BORGES DE MEDEIROS NAS DÉCADAS DE 40 A 50 54 EVOLUÇÃO DA FORMA URBANA E DOS ESPAÇOS LIVRES DA CIDADE MÉDIA DE SANTA MARIA, RS 55 EVOLUÇÃO DA FORMA URBANA E DOS ESPAÇOS LIVRES DA CIDADE MÉDIA DE SANTA MARIA, RS 56 O PAPEL DAS PRAÇAS DO SÍTIO HISTÓRICO DE TERESINA NA PRODUÇÃO DE SUA PAISAGEM CULTURAL 57 CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO: DA DEGRADAÇÃO A PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE 58 PRAÇA DA ALF NDEGA: UM LUGAR DE MEMÓRIA 59 A FOTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE DE VALOR DO PATRIMÔNIO CULTURAL: O CENTRO HISTÓRICO DE SANTA MARIA - RS 60 O PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO E SUA IMPORT NCIA NO CONCEITO DE FORMAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL DEFENDIDO POR MILTON SANTOS 61 CENTRO DE ARTES DA UFF. PATRIMONIO CULTURAL DA MEMÓRIA URBANA DE NITERÓI-RJ. 62 EMIL BERED: HABITAÇÃO COLETIVA MODERNA PORTOALEGRENSE 63 EXU 64 PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO HISTÓRICO NA MANIFESTAÇÃO CULTURAL DO ESPAÇO 64 OS ASIÁTICOS E A OCUPAÇÃO DOS IMÓVEIS DO CENTRO HISTÓRICO DE BELÉM (CHB) 65 PATRIMÔNIO CULTURAL E TURISMO EM SÍTIOS HISTÓRICOS DE ORIGEM AÇORIANA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TURÍSTICO DO CENTRO HISTÓRICO DE LAGUNA E DO DISTRITO DE SANTO ANTÔNIO DE LISBOA 66 172 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 DO ESPAÇO AO TERRITÓRIO UMA REFLEXÃO SOBRE O OESTE CATARINENSE 67 CIDADE, HISTÓRIA E MEMÓRIAS: AS MATRIZES CULTURAIS BRASILEIRAS E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO 67 A VIAÇÃO FÉRREA NO NORTE GAÚCHO: IMPACTOS DA IMPLANTAÇÃO E DA DESATIVAÇÃO DA FERROVIA NA CIDADE DE PASSO FUNDO (1898/1982) 68 CRUZ ALTA: VALORES PATRIMONIAIS E COERÊNCIA DO NÚCLEO URBANO CRITÉRIOS DE PROTEÇÃO FÍSICA 69 HABITAÇÃO COMO FORMA DE PRESERVAÇÃO PATRIMONIAL E RESGATE DOS CENTROS HISTÓRICOS: PROPOSTA PARA O EDIFÍCIO CAUDURO EM SANTA MARIA - RS 70 O PROCESSO DE FORMAÇÃO URBANA HISTÓRICA DA “FREGUESIA DE BELÉM” EM PORTO ALEGRE – RS NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX 71 PATRIMÔNIO EDIFICADO E JUÍZO DE VALOR: O CASO DO CASTELO DE ENGADY, EM CAICÓ-RN. 72 MEMÓRIA BÉLICA NA FORMAÇÃO DA CIDADE HISTÓRIA E CULTURA DAS FORTIFICAÇÕES DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE 73 ASSESSORIA TÉCNICA EM PROJETOS COM PARTICIPAÇÃO SOCIAL: O CASO DA FÁBRICA URBANA EM PROJETOS DO MCMV— ENTIDADES NA CIDADE DE SÃO PAULO 76 PROPOSIÇÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DESTINADOS A ABRIGO EMERGENCIAL SUBSIDIADO PELA ESPACIALIZAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE DESASTRES E DA VULNERABILIDADE SOCIAL EM CAXIAS DO SUL/RS - HABITAÇÃO E ARQUITETURA PARA TODOS E TODAS 77 ASSESSORIA TÉCNICA EM ARQUITETURA E URBANISMO ELABORADO POR PROCESSO PARTICIPATIVO NO MUNICÍPIO DE CONDE – PB 78 ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA A HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 79 APONTAMENTOS PARA UM POSSÍVEL PARALELO 79 ESPAÇOS URBANOS INFORMAIS COMO OPORTUNIDADE DE APROPRIAÇÃO SOCIOCULTURAL 80 PESQUISA E PRÁTICA DE CONSTITUIÇÃO DAS CIDADES CONSIDERANDO A PERSPECTIVA DE GÊNERO 81 A DESIGUALDADE DE GÊNERO DA TEORIA À PRÁTICA DA ARQUITETURA SOCIAL INCLUSIVA 82 HABITAÇÃO E ARQUITETURA PARA TODOS E TODAS 82 SOCIABILIDADE LGBT NA CIDADE DE JOÃO PESSOA OS TERRITÓRIOS PARA A PRÁTICA DO LAZER 83 A CONFIGURAÇÃO DOS BANHEIROS COLETIVOS SOB A PERSPECTIVA DE GÊNERO E ACESSIBILIDADE UNIVERSAL UM ESTUDO DE CASO EM FORTALEZA (CE) 84 INTEGRAÇÃO MODAL E MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL 85 CIDADES INTELIGENTES: UM CONCEITO ALIADO AO DIREITO À CIDADE DEMOCRÁTICA E ACESSÍVEL 86 CAMINHABILIDADE NO RECANTO DAS EMAS 87 O CASO DA AVENIDA POTIGUAR 87 CAMINHABILIDADE E CONEXÕES UMA ANÁLISE SOBRE OS ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS NA ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE SÃO LUÍS – MA 88 BEIRA TRILHOS: A IMPLEMENTAÇÃO DO DIREITO À MORADIA E À CIDADE 89 ÍNDICE DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL COMO SUPORTE AO DIREITO À MOBILIDADE 90 OS PLANOS DIRETORES DE SÃO LUÍS: TRANSIÇÃO DA DITADURA MILITAR AO REGIME DEMOCRÁTICO 91 URBANISMO DEMOCRÁTICO DIREITO A UM HABITAT SUSTENTÁVEL PARA A COMUNIDADE PESQUEIRA DO LAGO DA PERUCABA, ARAPIRACA, AL 92 A AÇÃO E OS IMPACTOS DOS CAPITAIS FUNDIÁRIOS E DAS PRÁTICAS ALIENANTES AO DIREITO À CIDADE E À MORADIA 93 PLANEJAMENTO URBANO E GESTÃO DE RISCOS: CASO DO MUNICÍPIO DE IGREJINHA/RS 94 O USO DAS UNIDADES DE PAISAGEM NO PLANEJAMENTO URBANO 95 O PATRIMÔNIO CONSTRUÍDO DE CANDIOTA/RS NA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL 96 JARDINS ZOOLÓGICOS: ASPECTOS FÍSICO-ESPACIAIS QUE INFLUENCIAM O DESEMPENHO AMBIENTAL, NA PERCEPÇÃO DOS VISITANTES 97 A TRAMA VERDE E AZUL COMO APOIO À RESILIÊNCIA URBANA 98 ESPAÇO PÚBLICO E AÇÕES COLETIVAS: NOVOS SENTIDOS DE PERTENCIMENTO 99 JOGOS ESPORTIVOS NOS ESPAÇOS RESIDUAIS NO COMPLEXO DO ALEMÃO1 100 173 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS HIBRIDISMO DO/NOS ELEVADOS 101 MORADIA GUARANI O PROJETO CONCEBIDO COLETIVAMENTE, A REPRESENTAÇÃO ACESSÍVEL E OS DESDOBRAMENTOS DE OBRA 102 AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE A PARQUES URBANOS PARA O MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE 103 AGRICULTURA URBANA E APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO EM BELO HORIZONTE, MG. 104 REQUALIFICAÇÃO DE CENTROS URBANOS: A ESTRATÉGIA DAS HORTAS COMUNITÁRIAS NOS VAZIOS URBANOS E MIOLOS DE QUARTEIRÃO 105 OS ESPAÇOS ABERTOS NO QUARTEIRÃO URBANO 106 ESTRATÉGIAS PARA AS REDES DE ÁREAS VERDES URBANAS 106 CARACTERIZAÇÃO DOS USOS E APROPRIAÇÕES DOS ESPAÇOS DO PARQUE BIBLIOTECA LA QUINTANA NA CIDADE DE MEDELLÍN 107 SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL EM OCUPAÇÕES IRREGULARES: UMA ANÁLISE SOCIODEMOGRÁFICA NA CIDADE DE PORTO ALEGRE 108 PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL ESTADUAL: A ATUAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA NO RS 109 POLÍTICA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA EM PALMAS/TO 110 CONFIGURAÇÃO ESPACIAL INTRAMETROPOLITANA O CASO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE 111 O ESTAR EM CASA E O ESTAR EM UM LUGAR INÓSPITO: UMA RELAÇÃO ENTRE O CONTO A CONSTRUÇÃO DE KAFKA E OS RASTROS COLECIONÁVEIS DE UM MORADOR DAS RUAS DE PORTO ALEGRE 114 URBANISMO E POLÍTICA DOS AFETOS: PRECARIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS 115 A PERSISTÊNCIA DO LUGAR NA CIDADE CONTEMPOR NEA 116 PRÁTICAS COTIDIANAS NO ESPAÇO PÚBLICO TOMBADO: UMA ANÁLISE DO COMPLEXO DEODORO DE SÃO LUÍS – MARANHÃO. 117 O BAIRRO DO HORÁRIO ÚTIL: AS CONTRADIÇÕES DE USOS URBANOS NA ENSEADA DO SUÁ – VITÓRIA – ES 118 PARQUES URBANOS EM TERESINA-PI O ÓCIO CRIATIVO COMO FUNÇÃO URBANA 119 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL BRASILEIRA: UMA ANÁLISE SOBRE PADRÕES TIPOMORFOLÓGICOS E POLÍTICAS PÚBLICAS 120 PRÉ-FABRICAÇÃO DE SISTEMAS LEVES EM SITUAÇÕES DE FRAGILIDADE SÓCIO ESPACIAL 121 CONJUNTOS RESIDENCIAIS HORIZONTAIS: ALTERNATIVAS DO MORAR E CONSTRUIR NA CIDADE CONTEMPORÂNEA 122 A IMPORTÂNCIA ARQUITETÔNICA NO TRATAMENTO DO CÂNCER 123 RECOMENDAÇÕES DE UM MODELO IDEAL DE HABITAÇÃO PARA REFUGIADOS: ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE E NO DIREITO INTERNACIONAL À MORADIA 124 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL BRASILEIRA: UMA ANÁLISE SOBRE PADRÕES TIPOMORFOLÓGICOS E POLÍTICAS PÚBLICAS 125 ALTERNATIVAS DE USO PARA O BAMBU E RESÍDUOS DE PNEU NA CONSTRUÇÃO CIVIL 126 DESEMPENHO TÉRMICO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO: ESTUDO DE CASO COM TECNOLOGIA INOVADORA PARA HABITAÇÃO SOCIAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE (RMPA) 127 CASA POPULAR EFICIENTE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL PARA TODOS 128 ARQUITETURA, CIDADE E AMBIENTE 128 UTILIZAÇÃO DE BIOCOBERTURAS EM TELHADOS: UMA PROPOSTA SUSTENTÁVEL 129 SISTEMA CONSTRUTIVO MODULAR EM BLOCOS COM ISOLAMENTO TÉRMICO 130 A MITIGAÇÃO DE CONFLITOS URBANOS EM TERRENOS PÚBLICOS O CASO DA FASE NA VILA CRUZEIRO / PORTO ALEGRE 131 REQUALIFICAÇÃO URBANA DA ÁREA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE SIMÕES FILHO (BA) 132 REFLEXÕES SOBRE PROCESSOS E PRÁTICAS PARA QUALIFICAÇÃO DA VIDA URBANA NA VILA SÃO JUDAS TADEU - PORTO ALEGRE 133 ESPAÇOS DE LAZER NA QUALIFICAÇÃO URBANA. ESTUDO DE CASO NA ÁREA CONTINENTAL DE FLORIANÓPOLIS. 134 A REQUALIFICAÇÃO URBANA DA ENCOSTA DO SEMINÁRIO NA CIDADE DE CRATO – CE: USOS E ABUSOS 135 O NATURAL E O CONSTRUÍDO SISTEMAS VEGETADOS INTEGRADOS NA ARQUITETURA 136 O USO DE TÉCNICAS CONSTRUTIVAS COM TERRA PARA ELABORAÇÃO DE MAQUETES SUSTENTÁVEIS 174 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 137 MAPA DE RUÍDO COMO FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO URBANO 138 SUSTENTABILIDADE NO PROJETO DE RETROFIT ARQUITETÔNICO: RECICLAGEM DE RESÍDUOS, O CASO DA LANEIRA S.A. 139 CRITÉRIOS DE ILUMINACÃO NATURAL DA CERTIFICAÇÃO LEED E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS 140 O SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES NA CONSTITUIÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS DE PROPRIEDADE PRIVADA NA CIDADE DE PASSO FUNDO/RS 141 AS FRAGMENTAÇÕES NO TERRITÓRIO PÓS- MODERNO UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO ESPACIAL CONTEMPOR NEA 142 EVOLUÇÃO ARQUITETÔNICA NA CIDADE DO RECIFE/PE SOB A ÓTICA DOS PAR METROS URBANÍSTICOS LEGAIS COMO CONDICIONANTES DE PROJETO 143 UMA VISÃO SOBRE OS AGENTES PRODUTORES DO ESPAÇO URBANO: O CASO DE MACAPÁ - AP 144 MORFOLOGIA URBANA EM CIDADES MÉDIAS: UMA ANÁLISE DE ARAPIRACA/AL À LUZ DA ESCOLA INGLESA 145 DESENVOLVIMENTO URBANO A PARTIR DE NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO SETOR TERCIÁRIO 146 OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS EM UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE O DESVIRTUAMENTO DO INSTRUMENTO EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ 147 A IMPORT NCIA DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES NA FORMAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA 150 A INTEGRAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NA FORMAÇÃO DO ARQUITETO: SIGNIFICADOS E POSSIBILIDADES PARA A CONCEPÇÃO DO PROJETO E A PRÁTICA PROFISSIONAL 151 PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA: A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E A ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL 152 UM LUGAR PARA A EDUCAÇÃO DE ARQUITETOS E URBANISTAS NOS CONVIDAM AO SUICÍDIO E NÃO NOS OFERECEM UMA JANELA! 153 ANTÁRTIDA COMO ABSTRAÇÃO DO PROJETO 154 ENTRE VILAS O PERCURSO NO ENSINO DO PROJETO URBANO 155 FORMA, CONSTRUÇÃO E SUSTENTABILIDADE O ATELIÊ DE PROJETO VII NA UFRGS 156 ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: DIMENSÕES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL 156 APONTAMENTOS SOBRE AS AULAS DE PROJETO EXECUTIVO NO MBITO DA EAU-UFF 157 A EXPERIÊNCIA DO PROJETO EXECUTIVO NAS ESCOLAS DE ARQUITETURA E URBANISMO, UMA REFLEXÃO 157 DESIGN PARAMÉTRICO E APRENDIZAGEM ATIVA NA FORMAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA 158 O PENSAR E O FAZER HABITAÇÃO RURAL NO BRASIL: UM OLHAR SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA E DO URBANISMO. 159 A NUCLEAÇÃO COMO FORMA DE EXPANSÃO DA RESIDÊNCIA EM ARQUITETURA E URBANISMO E ENGENHARIA 160 A PRESENÇA DAS ARQUITETAS NAS PUBLICAÇÕES ESPECIALIZADAS DE ARQUITETURA E URBANISMO 161 MIDIATECA DA FAU/UFRJ UMA COLEÇÃO E SUAS LEITURAS 162 DESENHO URBANO COLABORATIVO GUIA ESTRATÉGICO PARA O URBANISTA NA ERA DAS NOVAS TECNOLOGIAS 163 REFLEXÕES SOBRE O ESCRITÓRIO MODELO PERSPECTIVA E A ATUAÇÃO NO PROJETO “ESCOLA QUE QUEREMOS” 164 DO POSITIVISMO AO LUDISMO ARQUITETURA COMO PROJETO EDUCATIVO EM ERECHIM 165 ARQUITETURA E URBANISMO EM EDUCAÇÃO. A APROPRIAÇÃO DOS ESPAÇOS ESCOLARES, UMA DISCUSSÃO FÍSICO-AMBIENTAL COM DUAS VERTENTES: OS ESPAÇOS DA ESCOLA E OS DE VIZINHANÇA 166 ASSISTÊNCIA TÉCNICA E TRABALHO PARTICIPATIVO NA OCUPAÇÃO QUILOMBO MANOEL FAUSTINO 167 DA CIDADE À CASA: AS PROPOSIÇÕES MODERNISTAS DE BRASÍLIA SOB A ESFERA CRÍTICA 168 CIDADE, UNIVERSIDADE E SOCIEDADE 169 REPENSANDO A INCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR EM ARQUITETURA E URBANISMO: REDE INTERNACIONAL DE PESQUISA EM A&U (BRASIL - COLÔMBIA - BOLÍVIA - PORTUGAL - ESPANHA – ITÁLIA) 169Disturorbit. Nos non poernum in 175 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS 176 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 177 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS 178 Briane Bicca ESPAÇOEDEMOCRACIA 09 PORTO 1 2 ALEGRE OUT 2019 179 21CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUITETOS 180