As Três Ecologias de Félix Guattari e o tempo de envelhecer
The Three Ecologies Guattari Felix and time of aging
Anacirema da Silva Porciuncula1
Claudete Rodrigues Teixeira Gravinis2
Alfredo Guillermo Martin Gentini3
Ivalina Porto4
Resumo
Este texto procura descrever a realização de uma microintervenção intitulada: O Tempo
que atendeu ao requisito da disciplina: As três ecologias de Félix Guattari, oferecida no
curso de Pós Graduação em Educação Ambiental - PPGEA da Universidade Federal do
Rio Grande – FURG no 2º semestre de 2012. Para fins de concretização do projeto,
buscou-se o depoimento de uma pessoa com idade bastante avançada, a fim de, partindo de
seus encantos e desencantos, consolidar registros e experiências vivenciadas. Para a devida
filmagem, foi adotado um roteiro de gravação com questões semiestruturadas. Devido ao
aumento da expectativa de vida e consequentemente, dos impactos ambientais causados
pelo crescimento demográfico da população idosa, esta microintervenção busca corroborar
para uma maior reflexão acerca do idoso em nossa sociedade e de sua importância no
contexto atual.
Palavras-chave: Idoso; Educação ambiental; Qualidade de vida.
Abstract
This paper seeks to describe the realization of a micro-intervention titled: The Time that
met the requirement of discipline: The three ecologies Félix Guattari, offered in Graduate
Course in Environmental Education - PPGEA the Federal University of Rio Grande 1
Doutoranda em Educação Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grand, FURG. Email:
[email protected]
2
Doutora em Educação Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande, FURG. Email:
[email protected]
3
Doutor em Ciências da Educação pela Université de Paris VIII. Email:
[email protected]
4
Doutora em Psicologia pela Universidad Pontificia de Salamanca. Email:
[email protected]
118
FURG in 2nd half 2012. For purposes of carrying out the project, we sought the testimony
of a person with a very advanced age, in order, starting with its charms and
disenchantment, consolidate records and experiences. Due to filming, we adopted a
roadmap recording with semistructured questions. Due to increased life expectancy and
consequently the environmental impacts caused by population growth in the elderly
population, this micro-intervention corroborate search for greater reflection on the elderly
in our society and its importance in the current context.
Keywords: Elderly; Environmental education; Quality of life.
Introdução
No contexto social atual e na condição de construtos e construtores de um novo
tempo, somos reiteradamente chamados para estabelecermos uma nova missão e um novo
paradigma. Imperioso, no entanto, perquirir e refletir o que seria este novo tempo que
referimos socialmente e que a história nos remete e revela.
Independentemente do campo científico que se esteja avançando, nosso olhar parte
do saber instituído, definido pela linha do tempo, e busca a construção de um
conhecimento que revele a certeza naquela fração cronológica. Nossa existência é marcada
e registrada, através de símbolos que definem um contexto social e que traduzem as marcas
e sonhos, individuais e coletivas, de toda uma geração.
Sabe-se que a lógica neoliberal da vida moderna está exigindo cada vez mais dos
seres humanos. As relações de trabalho, atualmente, visam atender ao mundo capitalista
que prioriza o consumo e a produção em grande escala, enquanto que as relações humanas
e a melhoria da qualidade de vida ficam preteridas para um segundo plano. Assim,
revelando, uma busca incessante pela “qualidade de vida”. A expressão polissêmica é
definida diferentemente em cada área do conhecimento: físico (integridade física),
psicológico (bom humor), social (relacionamentos na família, no trabalho e no lazer),
ambiental (segurança, conforto e integração com o ambiente), religioso (sentido da vida),
legal (reconhecimento da cidadania) etc.
O tempo tem ficado cada vez mais escasso para a convivência humana, às vezes até
mesmo, inexistente. Diante da correria do dia-a-dia, as relações afetivas e sociais se tornam
cada vez mais artificiais, automatizadas e consequentemente, solitárias. Diante disso, a
vida biológica continua a se modificar, velozmente. O tempo é inexorável, não para! As
características físicas vão se alterando, as limitações se tornando mais evidentes e o
119
envelhecimento mais próximo. Questiona-se, então: Como ficará a qualidade de vida dos
indivíduos que estão permanentemente voltados aos interesses de consumo? E o planeta?
Sabe-se que todos almejam acompanhar as inovações tecnológicas para se sentirem
aceitos e integrados na sociedade ao qual estão inseridos. Mas, indaga-se: Como ficarão
nossas crianças que precocemente já disputam entre si? Principalmente, a falta de tempo
dos pais para educá-las e orientá-las em seus desenvolvimentos? Como aceitar a perda do
lúdico na infância, pelos excessos de compromissos ditados às crianças? Como estas
mesmas crianças enxergarão os idosos se a nossa sociedade os vê como improdutivos e
sem serventia, numa sociedade que supervaloriza o que é belo e descarta aqueles que não
mais produzem e nem reproduzem?
Bosi, a este respeito assim se refere:
A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua
obra. Perdendo a força de trabalho ele já não é produtor nem reprodutor.
Se a posse, a propriedade, constitui segundo Sartre, uma defesa contra o
outro, o velho de uma classe favorecida defende-se pela acumulação de
bens. Suas propriedades o defendem da desvalorização de sua pessoa. O
velho não participa da produção, não faz nada: deve ser tutelado como um
menor. Quando as pessoas absorvem tais idéias da classe dominante,
agem como loucas porque delineiam assim o seu próprio futuro. (BOSI,
2007, p. 77).
A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2012 mostra que o índice de envelhecimento
no Brasil cresceu de 31,7 em 2001, para 51,8 em 2011, comprovando que o Brasil é um
País que caminha rapidamente para o envelhecimento populacional. O índice de
envelhecimento aponta que em dez anos, o número de idosos com 60 anos ou mais passou
de 15,5 milhões (2001) para 23,5 milhões de pessoas (2011). A participação relativa deste
grupo na estrutura etária populacional aumentou de 9,0% para 12,1%, no período,
enquanto a de idosos com 80 anos ou mais chegava a 1,7% da população em 2011.
Estas e outras questões nos motivaram a intervir, através de uma microintervenção
(construção de um vídeo), por maior reflexão sobre o tempo, o envelhecimento e a ética,
características que influenciam no modo de ser e viver do ser humano. Sabe-se que cada
intervenção humana é uma possibilidade de contribuir com algo novo que atue na
modificação e na melhoria do meio em que se vive. Como educadores ambientais,
preocupados com o modelo societário atual, onde há tantas desigualdades, injustiças e
opressões, intenta-se aqui, minimizar essas relações tão desumanas existentes com a
população idosa.
120
A relevância da temática da microintervenção: “O Tempo” e sua relação com o
envelhecimento humano, demonstram inquietações e a busca por uma sociedade mais
sustentável. Preocupações essas que visam satisfazer as necessidades atuais sem colocar
em risco as futuras gerações. Preocupar-se com a longevidade, atribuindo a ela qualidade
de vida é fator essencial para uma sustentabilidade mais equitativa.
Microintervenção: O Tempo
O projeto de microintervenção intitulado: “O Tempo” atendeu ao requisito da
disciplina: As três ecologias de Félix Guattari oferecida no curso de Pós Graduação em
Educação Ambiental - PPGEA da Universidade Federal do Rio Grande – FURG e,
oportunizou um estudo mais dinâmico e contextualizado sobre as três ecologias: mental,
social e ambiental. A gravação ocorreu durante o segundo semestre do ano de 2012 e
contou com o apoio do Laboratório Audiovisual de Pesquisa em Educação Ambiental LAPEA/FURG.
A experiência prática da elaboração do vídeo foi para nós um grande desafio.
Desafios de novas aprendizagens e de superação frente ao desconhecido. Aprendemos,
antes de tudo, que as tecnologias surgem para aperfeiçoar resultados e suas divulgações,
sendo ferramentas indispensáveis no campo da pesquisa, quando utilizadas a favor de
todos.
Para fins de concretização do projeto, buscou-se o depoimento de uma pessoa com
idade bastante avançada, a fim de, partindo de seus encantos e desencantos, consolidar
registros e experiências vivenciadas. O idoso convidado foi o Sr. MAURECY FURTADO
GARCIA, nascido em Rio Grande em 28 de setembro de 1927, integrante do NUTI –
FURG e também, da Sociedade Riograndina dos Poetas. Para a devida filmagem, foi
adotado um roteiro de gravação com questões semiestruturadas, constituindo como “pano
de fundo” a própria Universidade, responsável direta pelo conhecimento formalizado e
pelos avanços comunitários de transformação social.
Considerando que o Comitê de Ética da Fundação Universidade Federal de Rio
Grande não aprecia propostas na área da Educação, entretanto, foram respeitadas todas as
normas de pesquisa com seres humanos previstos pelo Conselho Nacional de Saúde,
conforme Resolução 466/12.
121
Na entrevista com o Sr. Maurecy Furtado Garcia, foram identificadas as marcas do
seu envelhecimento biológico e suas percepções de vida, que não se limitavam ao passado
em que viveu, e sim, se projetavam ao futuro incerto que desejava. Devires, muito bem
expressada na sua fala poética e humanizada.
Conforme o roteiro de gravação e a sequência de perguntas, Sr. Maurecy foi
apresentando seu universo particular, suas emoções e sentimentos em relação à vida e as
pessoas. Traçando um paralelo de sua época de mocidade até o momento presente, avaliou
os prós e os contras da modernidade e seus avanços tecnológicos, quando assim expressouse: “Eu penso assim, que tudo tem modificação, tudo, tudo evolui, né. Em todas as áreas,
em todas as profissões obviamente. Mas, eu pude ver que uma coisa não teve mudança,
que ao contrário, regrediu. [...] Lamentavelmente que não evoluiu, regrediu, foi o moral, o
amor pelas pessoas, a fraternidade mesmo. Em todas as áreas, partindo da família, na
sociedade propriamente dita não tem mais o amor. Então, isso aí foi o que regrediu, não
acompanhou a evolução em todos os aspectos da vida social.”
Nosso idoso contribuiu também, dizendo que em alguns aspectos como o conforto
que se tem atualmente, os tempos de hoje são bem melhores que os de ontem. Em
contrapartida, acrescenta que hoje existe mais violência, como assim narrou: “[...] Porque
se eu dissesse que preferiria o passado, sem as benesses do presente, sem o conforto que
temos hoje, tecnologia moderna que nos da tudo que é de bom, eu seria incoerente. E se eu
disser que quero o presente, num mundo que a gente sai de casa e não sabe se volta, né.
Banditismo... eu também seria incoerente. Então, eu me sinto entre o tempo passado e o
presente. Do que é bom do passado e com o que é bom do presente.”
Quando foi questionado sobre o envelhecimento, Sr. Maurecy assegurou que hoje
em dia o idoso procura lazer e que não fica mais em casa cuidando dos netos. A existência
da aposentadoria possibilita conhecer outras pessoas e aprender coisas novas. Quando fala
de si mesmo, atesta que o seu prazer está em dançar e representar artisticamente. Gosta de
fazer poesias, de conviver com as pessoas e principalmente, afetar e ser afetado por elas
através de bons sentimentos, da fraternidade e amor. Ressaltou a falta destes itens no lar e
na sociedade, como assim expressa em sua fala: “O idoso hoje não fica mais em casa,
restrito a cuidar netos, ficar naquela, se preocupando com a vida dos filhos, que às vezes
perturba né. Hoje o idoso procura lazer, o idoso hoje né, tem os bailes e tudo. Eu, por
exemplo, eu... comecei na... na Universidade, quando me aposentei. Já tive uma nova
122
dinâmica de vida, conheci mais pessoas, amizades e ali é que eu pude entender né que tá
acontecendo hoje no presente sobre o idoso. Que antigamente não tinha lazer o idoso né.
Mas, tem como disse pessoas que não dão atenção aos idosos. Começa às vezes
lamentavelmente no lar, então na vida cotidiana nem se fala... Mas há uma nova dinâmica
de atenção ao idoso na atualidade, isso há.”.
No vídeo construído e nas falas do Sr. Maurecy, depara-se com a ecologia mental
ao apresentar o sujeito como elemento construto, e construtor, deste magnífico Universo,
onde integra o ambiente e é por este integrado. Na ecologia social, o entrevistado,
poeticamente, revelou situações vivenciadas pela comunidade e, num olhar singelo e
direto, definiu alguns conflitos pontuados pelos sexagenários. A poesia Bons Tempos, de
autoria do próprio entrevistado, traduz um clamor de atenção e respeito ao próximo. A
ecologia ambiental é visualizada na construção e contextualização daquilo que fomos e do
que queremos, como formadores e responsáveis diretos por uma nova ordem social.
Esta microintervenção contribuirá certamente para uma maior reflexão acerca do
idoso em nossa sociedade e de sua importância no contexto atual. As microintervenções
têm como objetivo fornecer novas ideias, novos afectos e perceptos, como assim define
Deleuze:
Os perceptos não mais são percepções, são independentes do estado
daqueles que os experimentam; os afectos não são mais sentimentos ou
afecções, transbordam a força daqueles que são atravessados por eles. As
sensações, perceptos e afectos, são seres que valem por si mesmos e
excedem qualquer vivido. Existem na ausência do homem, podemos
dizer, porque o homem, tal como ele é fixado na pedra, sobre a tela ou ao
longo das palavras, é ele próprio um composto de perceptos e de afectos.
A obra de arte é um ser de sensação, e nada mais: ela existe em si.
(DELEUZE, 2009, p. 213).
Analisando o cenário da contemporaneidade, observa-se uma profunda crise
ambiental, da qual determina a necessidade de uma educação que contemple as inúmeras
questões suscitadas por essa crise – a Educação Ambiental. Nesse contexto de
imensuráveis desafios para a humanidade, a Educação Ambiental surge como condição
inarredável da qualidade de vida de todos os seres humanos, assumindo, certamente, uma
perspectiva ética e humanizante. Este é um dos mais importantes desafios do/para o século
XXI.
Nota-se que a sociedade evidencia aversão às pessoas mais velhas. Contudo, os
idosos, como todas as pessoas, têm necessidades de expressar-se no meio social e aspiram
123
atingir funções úteis, as quais a sociedade não disponibiliza. Para o modelo econômico
vigente, o idoso já não é uma força produtiva, e sim um peso, que a sociedade
movimentada pelos altos índices de produção e consumo, tem que sustentar. Dessa forma,
os jovens desprezam os idosos, crendo que o tempo deles já passou e que a sociedade
precisa de pessoas mais “atualizadas” para manter a circulação da economia. Para muitos,
os idosos deveriam ficar de lado, sem produzir, sem aparecer, excluídos de viver.
Entretanto, a população idosa atual acredita que o envelhecer não está apenas
ligado com a passagem do tempo e com as alterações vitais do corpo, mas também com
suas aspirações, com a alta expectativa de vida, com seus sonhos, com os prazeres de uma
vida saudável, com a possibilidade de continuar útil para si e para os demais.
No contexto humano, Zimermann (2009, p. 19) conduz a definição de que “[...]
velho é aquele que tem diversas idades: a idade de seu corpo, da sua história genética, da
sua parte psicológica e da sua ligação com a sociedade”. Assevera que, na realidade,
permanecemos na velhice portando a mesma individualidade e características da criança,
do adolescente e do adulto que se foi; carregado de maior experiência, mais vivência, mais
anos de vida, mais doenças crônicas, mais perdas, mais preconceitos e mais tempo
disponível.
Atualmente, com os discursos sobre sustentabilidade e melhora na qualidade de
vida das sociedades, os idosos têm a possibilidade de tornarem-se parte integrante de um
sistema que os deixa de lado, que não os integra. As novas ações que almejam o equilíbrio
entre desenvolvimento, qualidade de vida e natureza, reforçam a ideia de que os idosos são
parte integrante da sociedade e tem o direito à vida e à expectativa de um futuro digno.
Problematizar a questão do envelhecimento humano significa considerar várias
conjunturas, tomando em conta a alta densidade, o alto grau de heterogeneidade e uma
grande, e vasta, desigualdade territorial, o que torna a discussão um compromisso
individual e coletivo com o mundo.
Diante a estas breves considerações sobre os idosos em nossa sociedade
contemporânea, os impactos ambientais causados pela intensa tecnologia, a defasagem das
relações humanas é que se encontram articulações com As três ecologias de Félix Guattari.
Através de sua teoria e da aplicabilidade de uma microintervenção, é que se propôs refletir
mais profundamente sobre as questões relacionadas com o tempo de envelhecer.
124
Neste sentido é que surge o encontro da Educação Ambiental associado à proposta
de Guattari e ao envelhecimento humano. Pela busca de atitudes mais humanizadas,
através de uma ética questionadora e reinventiva de vida social, poderão ser superadas as
crises maiores de nossa época. Superar a acomodação de olhar o ser humano verticalmente,
mas sim como mantedor de relações de multiplicidades, ou seja, de transversalidade.
A este respeito, Loureiro assim corrobora:
Consideramos que a educação ambiental para uma sustentabilidade
equitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no
respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações
que contribuem para a transformação humana e social e para a
preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades
socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservem entre si
relação de interdependência e diversidade. Isso requer responsabilidade
individual e coletiva a nível local, nacional e planetário. (Fórum
Internacional de ONGs e Movimentos Sociais/Fórum Brasileiro de ONGs
e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
1992:193). (LOUREIRO, 2012, p. 35).
Assim, Guattari manifesta que para buscar a convivência em harmonia com a nossa
fonte de recursos limitados (a natureza, o planeta, o universo), primeiramente, devemos
canalizar a mente para uma busca de objetivos mais elevados, logo, podendo trabalhar na
reconstrução das relações humanas, como o próprio autor diz:
Não haverá verdadeira resposta à crise ecológica a não ser em escala
planetária e com a condição de que se opere uma autêntica revolução
política, social e cultural, reorientando os objetivos da produção de bens
materiais e imateriais. Esta revolução deverá concernir, portanto, não só
às relações de forças visíveis em grande escala, mas também aos
domínios moleculares de sensibilidade, de inteligência e de desejo [...].
(GUATTARI, 2011, p. 9).
Pode-se dizer que as medidas políticas necessárias para a recuperação do nosso
planeta e para a liberação do homem de sua profética “implosão”, estão condicionadas às
atitudes mentais individuais, e logo, sociais dos cidadãos da “cidade” Terra.
A forma pela qual o ser humano possibilitou a sua perpetuação está lentamente
cedendo lugar ao imediatismo, ao modo fácil e despreocupado de viver e sentir a vida.
Com isso o homem deixa, paulatinamente, de se perceber como um ser complexo, no mais
forte significado da palavra para se tornar uma coisa, um objeto que pode ser manipulado
ao favor das tendências socioeconômicas, tornando-se apenas um ponto de referência
estatístico nesta cultura consumista, sendo exortado a se extrapolar, ou seja, sair da sua
própria realidade para adentrar numa subjetividade estereotipada.
125
Partindo de meditações sobre como o lado “obscuro” da subjetividade do homem
encontra-se no cerne de toda a devastação social e ambiental que cada dia nos é mais
presente, o conceito de ecologia é assim ampliado, abrangendo as questões que dizem
respeito à autodestruição humana de forma mais completa, ressaltando pontos como a
necessidade de rever a estrutura das classes sociais, o estabelecimento e cumprimento de
regras universais dos direitos humanos, o reconhecimento da interdependência entre os
seres e da complexa teia de relações entre eles.
Percebe-se
que
quanto
mais
se
avança
técnico-cientificamente,
mais
dificuldades encontram os seres humanos para se apropriarem destas inovações
tecnológicas e torná-las operativas. Prolonga-se a expectativa de vida com a ajuda da
ciência e da tecnologia, mas a sociedade não se prepara para viver e conviver com a
população idosa. Neste sentido, Todaro sugere:
O envelhecimento populacional é, assim, um fato que merece atenção,
porque aumenta a probabilidade de convivência entre pessoas de
diferentes idades e cria a necessidade de planejar políticas e práticas
sociais que favoreçam a participação social dos idosos, aspecto central da
cidadania. Em face dessa realidade, parece-nos necessário que as
questões relativas a atitudes respeitosas façam parte dos conteúdos de
ensino, compondo o currículo escolar, a fim de buscar educar para uma
adequada convivência entre as pessoas, independentemente da diferença
de idade. (TODARO, 2009, p. 8).
Sabe-se que a informação é grande produtora da globalização, usada inversamente.
A globalização seria positiva se as condições fossem iguais para todos. Os meios de
comunicação que deveriam favorecer a sociedade limitam as informações conforme o
interesse do capitalismo, ocultando uma grande parte dessas informações. A este respeito,
Santos (2012, p. 65) afirma: “A globalização mata a noção de solidariedade, devolve o
homem à condição primitiva do cada um por si e, como se voltássemos a ser animais da
selva, reduz as noções de moralidade pública e particular a um quase nada.”
Dessa forma, o sistema, não mais como pessoas, mas como um indivíduo
institucionalizado, incentiva a que se perceba o ser humano como objeto. Compreende-se
que está na hora de uma postura crítica da relação humana, dos modos de inter-relações, é
necessário chamar para si a culpabilidade da falência social, cada um deve estar consciente
de sua culpa em relação ao todo. Cogita-se isso pelo fato de que as leis só existem para
mediar à intolerância entre os homens.
126
Instantemente se pensa na compra de um novo celular, na apreciação do carro zero,
na calça que um determinado ator estava usando, mas não se pensa no que é necessário
para a manutenção da vida neste planeta. Assim, pode ser levantada a velha questão: Quais
as condições necessárias para a manutenção da vida? Como resposta a esta questão,
encontrou-se a seguinte sugestão de Matta e Schmidt:
A precisão de transformações não deve partir de um desenvolvimento
arbitrário que seja intrínseco ao sistema capitalista, mas sim utilizar como
base de inovações as questões socioambientais, para seja possível a
relação que a temática da sustentabilidade e das sociedades sustentáveis
traz em seu bojo: justiça social, proteção ambiental e desenvolvimento
econômico eficiente, para a construção de sociedades justas e
sustentáveis. (MATTA; SCHMIDT, 2014, p. 19).
Neste sentido, como um processo que abarca todo o conjunto da sociedade, a
globalização deve ser percebida criticamente para a inversão dos interesses do capitalismo.
Assim, ampliando os direitos do cidadão e fazendo com que não se sintam como
mercadorias, ou seja, fortalecendo a lógica econômica em vigor em detrimento dos
interesses sociais. Batista assim escreve sobre a globalização:
Embora a globalização não seja um fato recente, uma vez que se trata de
um processo intrínseco ao desenvolvimento da sociedade capitalista, a
sua intensificação tem se dado em uma velocidade sem precedentes,
possibilitada pela evolução das tecnologias da informação e da
comunicação. Como uma característica inerente ao capitalismo, a
globalização se espalha por todo o conjunto da vida social e cultural,
impactando sobre o meio ambiente, uma vez que a efemeridade e a
circulação de mercadorias são fundamentos do mercado global.
(BATISTA, 2014, p. 180).
Como não se pode fugir de tal realidade, cabe procurar novos meios para
compreender e possibilitar a continuidade da vida como hoje se conhece, sem, no entanto,
transformar seres humanos vivos em zumbis das necessidades econômicas. Da mesma
forma, não se deve perder de vista o ser dual, assim, responsável uns pelos outros e
perceber a subjetividade como uma meta a ser realcançada. Assim, as Três Ecologias
relacionam-se permanentemente com a Educação Ambiental quando se comprometem com
nossas histórias e com os nossos devires. Não somos seres determinados no tempo,
afetamos e somos afetados a todo o momento e consequentemente, modificamos nossa
existência.
127
As contribuições das Três Ecologias de Felix Guattari
Conforme Zamboni e Barros (2012), Pierre-Félix Guattari (1930-1992) foi um
psicanalista francês que emerge como trabalhador social no cenário do pós Segunda Guerra
Mundial. Guattari se colocou durante a vida em diversas situações de atividade – militante
político, administrador de estabelecimento de saúde mental, ativista cultural, editor de
publicações impressas, coordenador de grupos de trabalho institucionais, etc. – que se
cruzavam de modo tão intenso a ponto de constituir uma rede complexa e heterogenética
capaz de possibilitar singularizações e criações diversas no campo social.
Guattari nasceu numa vila perto de Paris chamada Villeneuve-les-Sablons. Sua
produção intelectual é associada com a sua militância política. Para ele, o pensamento é
uma ferramenta de luta social. Quando se referia aos problemas psicopatológicos não os
dimensionava fora do universo social. Daí, sua contribuição nos movimentos sociais e
partidários, marcados inicialmente pelo pensamento de Jacques Lacan, onde se aproximou
da obra freudiana. Com outros autores (Lourau, Lapassade, Mendel, Lobrot, etc.) cria a
vertente francesa da “Análise Institucional” – criticando o lacanismo, o marxismo
tradicional, o freudismo, etc.
Guattari permeia a Educação Ambiental quando cria a Análise Institucional que
estuda o movimento complexo e contraditório das forças sociais que se conflituam e se
modificam ao longo do tempo. Parte do ponto de vista que o mundo é dinâmico e nada de
fato está instituído. Tomando como ponto inicial as profundas mudanças ocorridas na
sociedade moderna nos últimos 50 anos, expõe em sua obra As Três ecologias a
preocupação pelos aspectos mais humanos que influenciam direta ou indiretamente na
deterioração da sociedade e do meio ambiente. Os “aspectos mais humanos” referem-se às
características psicológicas inerentes ao homo sapiens que se encontram na raiz dos
problemas ecológicos e sociais do nosso planeta. Como exemplos desses arquétipos da
psique humana, temos: o instinto de violência, a vontade de dominação e todo padrão
psicológico que nos afasta da afeição à vida.
Zamboni e Barros (2012) afirmam que Deleuze e Guattari se encontram em meio
aos eventos de maio de 1968 na França marcado por diversos movimentos sociais que
formavam uma rede de contestação dispersiva em convulsões múltiplas pelo corpo social.
Eles não se contentavam apenas com os questionamentos no meio psicanalítico, meio
128
profissional fechado sobre si mesmo, propõe então, a esquizoanálise como análise
desejante.
A esquizoanálise, conforme Deleuze e Guattari, citados por Peres et al, seria:
[...] a Esquizoanálise não incide em elementos nem em conjuntos, nem
em sujeitos, relacionamentos e estruturas. Ela só incide em lineamentos,
que atravessam tanto os grupos quanto os indivíduos. Análise do desejo, a
Esquizoanálise é imediatamente prática, imediatamente política, quer se
trate de um indivíduo, de um grupo ou de uma sociedade. [...].
(DELEUZE; GUATTARI, 1980/1986 apud PERES, 2000, p. 36).
No seu livro As Três Ecologias, Guattari reflete sobre as transformações técnicocientíficas que ocorrem atualmente e que estão ameaçando a vida na Terra. E assim, sugere
uma gestão mais coletiva para orientar as ciências e as técnicas em direção a finalidades
mais humanas: “Mais do que nunca a natureza não pode ser separada da cultura, e
precisamos aprender a pensar “transversalmente” as interações entre ecossistemas,
mecanosfera e Universos de referências sociais e individuais [...]. (2011, p. 25)”
Guattari (2011) alerta sobre os desequilíbrios ecológicos, dos modos de vida
contemporâneos que estão indo rumo a uma progressiva deterioração. Sugerindo que em
resposta a esta crise ecológica se faça em escala planetária uma transformação política,
social e cultural. Daí surge a ecosofia como alternativa de superação dos problemas
ambientais, dividindo-a em: ecosofia mental (subjetividade humana), ecosofia social
(relações sociais) e ecosofia ambiental (meio ambiente).
A perspectiva ético-política se expande em diversas questões sobre discriminações,
desigualdades e injustiças. Contra corrente do sistema hoje vivido, está a ecosofia
enunciada por Guattari (2011) que a vê em três frentes primárias:
ecologia social: consistirá, portanto, em desenvolver práticas específicas que
tendam a modificar e a reinventar maneiras de ser no seio do casal, da família, do
contexto urbano, do trabalho etc. Certamente seria inconcebível pretender retornar
a fórmulas anteriores, correspondentes a períodos nos quais, ao mesmo tempo, a
densidade demográfica era mais fraca e a densidade as relações sociais mais forte
que hoje.
ecologia da mente: será levada a reinventar a relação do sujeito com o corpo, com o
fantasma, com o tempo que passa, com os „mistérios‟ da vida e da morte. Ela será
levada a procurar antídotos para a uniformização midiática e telemática, o
129
conformismo das modas, as manipulações da opinião pela publicidade, pelas
sondagens etc.
ecologia ambiental: está relacionada tanto com os desequilíbrios naturais e as
evoluções flexíveis, ambas cada vez mais dependentes das intervenções humanas.
Guattari (2011) ao registrar as três ecologias, manifesta sua preocupação perante o
mundo. Através de sua teoria, corrobora em busca pelo equilíbrio ecológico e novas
práticas sociais baseadas na ética. Articulando a subjetividade e a criatividade humana,
propõe que tenhamos novas soluções para as crises de nossa época. Assim, refere-se a este
respeito:
[...] Novas práticas sociais, novas práticas estéticas, novas práticas de si
na relação com o outro, com o estrangeiro, com o estranho: todo um
programa que parecerá bem distante das urgências do momento! E, no
entanto, é exatamente na articulação: da subjetividade em estado
nascente, do socius em estado mutante, do meio ambiente no ponto em
que pode ser reinventado, que estará em jogo a saída das crises maiores
de nossa época. (GUATTARI, 2011, p. 55).
A percepção da subjetividade com a exterioridade de Guattari em relação aos
comportamentos dos seres humanos e suas problemáticas no meio ambiente da sociedade
atual, impõe numa articulação ético-política. Afirma que o diálogo entre os registros
ecológicos do meio ambiente, das relações sociais e da subjetividade humana é que podem
elucidar as questões ecológicas. Entende-se aqui por subjetivismo, posto pelo autor, como
o homem enquanto ser psíquico envolvido e envolvente e não como um objeto no ou do
meio, como diz Guattari (2011, p. 8): “É a relação da subjetividade com uma exterioridade
– seja ela social, animal, vegetal, cósmica – que se encontra assim comprometida numa
espécie de movimento geral de implosão e infantilização regressiva [...].”
Para Guattari (2011), as questões filosóficas e a própria filosofia é algo essencial à
existência humana. Para ele, a função da filosofia é tirar a ingenuidade da subjetividade, do
infantilismo e oportunizar crescimento ao ser humano. Afirma também que a formação
chave do inconsciente é produzida pelos processos institucionais. Ampliar a possibilidade
de compreensão do ser humano em visão sistêmica torna-se um propósito de Guattari e da
própria Educação Ambiental.
Considerações finais
130
A realização deste projeto de microintervenção permitiu uma interação maior do
grupo, possibilitando a visualização do olhar humano e sensível de cada interventor sobre a
questão do envelhecimento em nossa sociedade. As diversas propostas apresentadas e os
diversos focos de direcionamento enfatizam a unicidade de cada um e a corporificação de
um todo, cujo aporte encontra-se fortalecido numa Educação, adjetivada de Ambiental, e
que traz a proposta de ser e fazer, a diferença num contexto social. Acredita-se na
sensibilidade surgida, no compromisso consciente de cada um e na propagação da
alteridade, que deve permear o grupo social, perpetuando uma Educação Ambiental.
A microintervenção procurou contemplar e despertar emoções e reflexões em torno
do tema envelhecimento. Através da exposição do vídeo, foram oportunizadas reflexões
sobre “O Tempo” e com isso, uma maior atenção às palavras “Ser” e “Ter”, valores tão
distorcidos em nossa sociedade. Oportunizou-nos esta experiência, refletir mais
profundamente sobre nossas próprias vivências pessoais e práticas profissionais.
Despertando em nosso íntimo, maior valorização pelo idoso e a consciência da
responsabilidade de assumir a cada dia hábitos mais solidários, afetivos e comprometidos
com o equilíbrio ecológico.
Partindo da filmagem produzida e de sua socialização, espera-se contribuir com a
reflexão do tema junto a comunidade universitária, junto aos projetos nela cadastrados,
bem como nos fóruns de discussão e de adensamento da matéria. Toda mudança tem que
ser gradual, progressiva e estruturada, a fim de tornar-se instituída e constituir sabedoria. O
conhecimento é inconcluso, assim como o é a educação, o caráter formativo do cidadão, da
sua comunidade e do mundo em que vive.
Se o fator cronológico não nos é questionado ou possibilitado sua redução ou
alteração, chega-se ao cenário de que todos envelhecem (ricos ou pobres, nobres ou
plebeus, cristãos ou ateus, sábios ou inocentes), e que, mesmo não querendo, o dito
envelhecimento percorre a avaliação do amadurecimento, partindo de um enorme rol de
objetivos, forças, desejos e ambições. Terminamos numa simples avaliação daquilo que
fomos e do que ainda queremos e podemos ser.
Independentemente dos acontecimentos ao longo do tempo precisa-se renovar os
objetivos, sonhos e ampliar a sensibilidade humana diante as desigualdades sociais. Assim,
todos têm o compromisso de pensar individualmente e coletivamente no que se pode fazer
para prolongar e melhorar a vida no planeta. Que caminhos devem ser percorridos para
131
adentrar a uma sociedade que consiga estabelecer uma relação mais positiva com o tempo
e, através dele, desenvolver mudanças criativas e eficazes para se viver mais e melhor.
132
ANEXOS
ROTEIRO DE GRAVAÇÃO:
Imagens
Texto
Fundo musical
Fundo preto com relógio –
Título ou pensamento de
abertura
O Tempo
Oração ao tempo - Maria Gadú
Imagem – Maurecy
Como você acha que é visto
pela sociedade e pela família?
____
(primeiro plano (zoom out) –
mãos)
Imagem relacionada à 1ª
pergunta.
_____
Imagem – Maurecy (primeiro
plano (Zoom in) - olhos)
Como você gostaria de ser
visto pelas pessoas?
______
Imagem relacionada à segunda
pergunta
_______
Oração ao tempo – Maria Gadú
Imagem – Maurecy (primeiro
plano (Zoom in) - lábios)
Quais as mudanças que você
mais sentiu em relação ao
tempo de hoje e de
antigamente?
________
Imagem relacionada à terceira
pergunta
_______
Oração ao tempo – Maria Gadú
Imagem – Maurecy (primeiro
Você acha que o mundo
______
Oração ao tempo – Maria Gadú
133
plano (zoom out) – perfil)
melhorou ou piorou?
Imagem relacionada à quarta
pergunta
_________
Oração ao tempo – Maria Gadú
Que época você prefere?
_________
Imagem relacionada à quinta
pergunta
_________
Oração ao tempo – Maria Gadú
Imagem – Maurecy (primeiro
plano – (zoom out) - costas)
O que você acha da sociedade
atual?
Imagem - Maurecy (primeiro
plano (Zoom in) - corpo)
Oração ao tempo – Maria Gadú
Imagem relacionada à sexta
pergunta
Imagem - Maurecy (plano
geral - apresentação)
__________
___________
____________
Quem é você? (nome, idade)
Oração ao tempo – Maria Gadú
Imagem de encerramento
__________
BONS TEMPOS
Dói na gente ver...
Crianças fora das escolas
Perambulando pelas ruas pedindo esmolas
Se prostituindo, cheirando cola
E parte da sociedade! Indiferente!
Dói na gente ver...
Jovens no mundo da droga
134
Na justificativa que agora é moda
Numa naturalidade impressionante.
Dói na gente ver...
Idosos, gestantes e deficientes
Viajarem nos coletivos de pé
Correndo risco sem proteção
Porque os lugares a ele reservados
São ocupados por pessoas insensíveis ... sem coração.
Dói na gente ver...
Roubalheira desenfreada aos cofres da nação
Por políticos desonestos, sem pudor, sem coração...
E a impunidade! Continua!
Doía na gente ver tudo isso! E como dói!
Com saudades relembro das boas coisas do passado.
Da criançada toda nas escolas
À tardinha a brincarem nas calçadas
Alegres, felizes, despreocupadas.
Relembro da juventude sem droga, sadia
Obedientes aos pais a cada dia
Estudiosa, religiosa.
Dos idosos, gestantes e deficientes
Viajarem nos coletivos sentados
Os lugares a eles reservados não eram ocupados.
Mas relembro principalmente,
Da política sem nepotismo, sem corrupção:
Gente! Os políticos faziam um sacerdócio da profissão
Ha! Bons tempos! Bons Tempos!
Maurecy F. Garcia
Integrante do NUTI – FURG
135
Referências
BATISTA, Maria do Socorro Silva. O espaço da temática ambiental na universidade diante
do contexto da globalização. In Revista Eletrônica do Mestrado em Educação
Ambiental. p. 179-192, Ed. Especial Impressa – Dossiê Educação Ambiental, jan/jun,
2014. ISSN 1517-1256.
BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: Lembranças de velhos. 14ª ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2007.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é filosofia?; tradução Bento Prado Jr e
Alberto Alonso Muñoz. 2ª edição (6ª reimpressão). Rio de Janeiro: Ed. 34: 2009.
GUATTARI, Félix. As três ecologias; tradução Maria Cristina F. Bittencourt. 21ª edição.
Campinas, SP: Papirus, 2011.
LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Trajetória e fundamentos da educação
ambiental. 4ª edição. São Paulo: Cortez, 2012.
MATTA, Caroline Rodrigues da; SCHMIDT, Elisabeth Brandão. O paradigma da
sustentabilidade: o que pensam pesquisadores em educação ambiental sobre as sociedades
sustentáveis? In Conjectura: Filosofia e Educação, Caxias do Sul, v. 19, n. 2, p. 108-119,
maio/ago
2014.
Disponível
em:
http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/1889/pdf_246
PERES, Rodrigo Sanches; BORSONELLO, Elizabethe Cristina; PERES, William
Siqueira. Esquizoanálise e a produção da subjetividade: considerações práticas e teóricas.
In Psicologia em Estudo, v. 5, n. 1, p. 35-43, 2000. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/pe/v5n1/v5n1a03.pdf
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência
universal. 22ª edição. Rio de Janeiro: Record, 2012.
TODARO, Mônica de Ávila. Vovô vai à escola: A velhice como tema transversal no
ensino fundamental. Campinas, SP: Papirus, 2009. (Coleção Vivaidade)
ZAMBONI, Jésio.; BARROS, Maria Elizabeth Barros de. Um clínico da atividade
desejante no campo social: Félix Guattari. In PolisePsique, Vol. 2, n. 1, p. 23-42, 2012.
Disponível em: http://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/download/30388/25703
ZIERMAN, Guite I. Velhice: aspectos biopsicossoais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
2000.
http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2268
136