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HIDROFUGANTE DE SUPERFÍCIE: AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE BARRAR O
INGRESSO DA ÁGUA EM ARGAMASSA DE REVESTIMENTO
SURFACE HYDROFUGANT: EVALUATION OF THE CAPACITY OF BARRING THE
WATER INGRESS IN COATING MORTAR
M. DA SILVA
Discente
UFPa
Belém/PA; Brasil
[email protected]
T. DA SILVA
Discente
UFPa
Belém/PA; Brasil
[email protected]
S. LOBO
Discente
UFPA
Belém/PA; Brasil
[email protected]
K. SOUZA
Discente
UFPA
Belém/PA; Brasil
[email protected]
A. BATISTA
Discente
UFPA
Belém/PA; Brasil
[email protected]
I. PAES
Professora Dra.
UFPA
Belém/PA; Brasil
[email protected]
RESUMO
Este trabalho foi realizado em parceria com uma construtora localizada em Belém/PA que, em virtude das
condições climáticas locais (alto índice pluviométrico, elevada umidade e temperatura), buscou produzir
argamassas de revestimento com menor absorção de água. Assim, realizou-se a pesquisa experimental onde,
primeiramente, foi necessário reformular o traço da argamassa executada em obra, em virtude de resultados
insatisfatórios de permeabilidade e resistência de aderência. Após esta etapa, foram confeccionados, em
ambiente de laboratório, painéis em alvenaria de bloco cerâmico estrutural revestidos com uma argamassa
de referência (aditivada) e outra argamassa de mesmo proporcionamento, porém, com sua superfície
hidrofugada. Para reproduzir condições severas de intemperismo foram realizados 3 ciclos de molhagens
diárias de 30 minutos cada, por 5 dias semanais, durante 60 dias. Deste modo, avaliou-se: formação de gotas,
desenvolvimento de microrganismos, fissuração, pulverulência, permeabilidade e resistência de aderência.
Os resultados mostraram desempenho satisfatório das propriedades mensuradas com tendência a diminuição
da biodeterioração dos revestimentos.
Palavras-chave: Hidrofugante. Revestimento. Permeabilidade. Desempenho.
ABSTRACT
This work was carried out in partnership with a construction company located in Belém/PA that, due to the
local climatic conditions (high rainfall, high humidity and temperature), sought to produce coating mortars with
lower water absorption. Thus, the experimental research was carried out where, first, it was necessary to
reformulate the mortar traces executed in the work, due to the poor permeability and adhesion resistance
results. After this stage, panels in masonry of a structural ceramic block coated with a reference mortar
(additive) and another mortar of the same proportion, but with their water-repellent surface, were made in a
laboratory environment. In order to reproduce severe weather conditions, 3 cycles of daily wetting of 30
minutes each were performed for 5 days a week for 60 days. In this way, it was evaluated: formation of drops,
development of microorganisms, cracking, dustiness, permeability and adhesion resistance. The results
showed satisfactory performance of the properties measured with a tendency to decrease the biodeterioration
of the coatings.
Keywords: Hydrofugant. Coating. Permeability. Performance
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1. INTRODUÇÃO
As argamassas de revestimento são amplamente utilizadas nas áreas externas de edificações, sejam para
servir de base a outros revestimentos, como os cerâmicos, para receber a camada de tinta ou para promover
a proteção dos elementos de vedação da edificação da ação direta dos agentes agressivos. Sendo assim, os
revestimentos externos se encontram em ambientes de constante ação de agentes agressivos, como
microrganismos, umidade e elevadas temperaturas. Nesse cenário encontra-se a cidade de Belém, que tem
parte de suas edificações deterioradas pela exposição intensa a estes agentes, os quais acabam reduzindo
a vida útil das construções.
Dessa forma, fenômenos patológicos podem ter ocorrência, sendo mais comuns os relacionados à ação da
umidade, que iniciam e intensificam a degradação das superfícies, como corrobora Barberousse (2007). O
aparecimento de anomalias oriundas da presença de água causa complicações originadas pela ação capilar
que ocorre nos poros da argamassa, tornando-se veículo para o transporte de substâncias nocivas, atuando
como ponto de partida para patologias como eflorescências, manchamentos e infiltrações. Essas, por sua
vez, podem causar outras, como a fissuração, que influencia na resistência mecânica, possibilitando a
proliferação de microrganismos e intensificando a taxa de deposição de partículas de poluição (MARANHÃO,
2007).
Percebe-se, portanto, que a estrutura porosa pode constituir de uma barreira natural que fisicamente dificulta
o transporte de água na argamassa. Para isso deve-se buscar uma mistura dos materiais constituintes que
propicie o maior empacotamento das partículas para a formação de menor volume e menor dimensão de
poros, ou ainda, a utilização de materiais que possam maximizar essa proteção, como por exemplo, o uso de
hidrofugantes/impermeabilizantes que podem ser adicionados a composição das argamassas de
revestimento ou aplicados sobre as superfícies dos materiais já endurecidos (caso das argamassas) atuando
como protetores superficiais. Neste sentido, a NBR 9575 (ABNT, 2010), relata que esse processo é resultante
de um conjunto de componentes e elementos construtivos (serviços) que objetivam proteger as construções
contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade. Geralmente a impermeabilização é composta de
um conjunto de camadas, com funções específicas, que são empregadas com o uso de aditivos.
A utilização de um agente hidrófugo sobre uma dada superfície tem por objetivo conferir-lhe propriedades
hidrorrepelentes, ou seja, ter a capacidade de proteger o revestimento contra a ação da água, sem que ocorra
preenchimento dos poros (bloqueadores de poros) e alteração da sua aparência (formadores de película).
Esta propriedade é visível, principalmente, pela redução da facilidade de molhagem da superfície e pela
consequente redução de absorção de água. Permitem a formação de uma fina camada à superfície dos
materiais que lhes confere características hidrófugas, de durabilidade e resistência aos agentes climáticos,
aos produtos químicos e aos microrganismos, ou seja, durante o período de vida útil devem ser cumpridas
funções de protecção e impermeabilização das paredes garantindo a durabilidade e adequabilidade ao uso
dos revestimentos (FOJO, 2006; CHAROLA, 2001; MEDEIRO, 2008).
Entre os tipos de aditivos impermeabilizantes, o hidrófugo de superfície é composto por partículas insolúveis
muito finas localizadas no sistema poroso que possuem capacidade de repelir a água e sua penetração na
argamassa (COSTA, 2008). O funcionamento do aditivo hidrofugante é descrito por Repette (2003) em
etapas, sendo a primeira, a reação com o cimento, modificando a superfície dos produtos hidratados. Em
conseguinte, existem duas formas de atuação: a formação de uma película na superfície do capilar ou a
dispersão na superfície como finas partículas repelentes no cimento hidratado na composição geral.
Diante do exposto, este trabalho surge em parceria com uma construtora em Belém/PA, que buscou produzir
argamassas de revestimento externo com menor absorção de água, em virtude das condições climáticas
locais e dos desempenhos insatisfatórios das argamassas produzidas “in loco”. Para isso desenvolveu-se,
em laboratório, a dosagem correta para a argamassa utilizada em obra e, posteriormente, analisou-se seu
desempenho após o emprego de um aditivo hidrofugante de superfície, quanto aos seguintes parâmetros:
permeabilidade (método do cachimbo), verificação da formação de gotas e diminuição da formação de
microorganismos, ocorrência de pulverulência e fissuras e resistência de aderência dos revestimentos.
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2. METODOLOGIA
Nesta pesquisa foram utilizados os seguintes materiais, a saber: bloco cerâmico estrutural (140x290x190)
mm, cimento CP IV-32, agregado miúdo (areia natural) e aditivos químicos (plastificante e o hidrofugante de
proteção superficial/pós-tratamento). A seguir são apresentadas as caracterizações dos mesmos.
2.1. Caracterização dos Materiais
Largura
(mm)
Altura
(mm)
137,77
189,1
Tabela 1 – Caracterização dos blocos cerâmicos estruturais
Caracterização dos blocos cerâmicos estruturais
Comprimento
Índice de Absorção de Água (%)
Resistência à
(mm)
- ABNT NBR 15270-3:2005
compressão (MPa) ABNT NBR 15270-3:2005
288,67
12,23
5,71
Fonte: Oliveira et al., 2016
Tabela 2 – Caracterização física e química do CP IV-32
Análise física
Característica determinada
Método de ensaio
Massa Unitária
NBR NM 45: 2006
Massa Específica
NBR NM 23: 2001
Área específica Blaine
NBR NM 76: 1998
Resultados
1,19 g/cm³
2,72 g/cm³
455, 20 m²/kg
Análise química (%)
SiO2
Fe2O3
Al2O3
CaO
36,8
3,40
10,8
37,78
MgO
SO3
Na2O
K2O
Cal livre
Perda ao fogo
Insolúvel
4,11
2,24
0,11
1,31
0,90
2,83
0,60
Fonte: Laboratório de Engenharia Química (UFPA)
Tabela 3 – Caracterização do agregado miúdo
Característica determinada
Método de ensaio
Dimensão máxima característica
NBR NM 248: 2003
NBR NM 248: 2003
Módulo de finura
NBR NM 248: 2003
Graduação
NBR NM 45: 2006
Massa unitária (MU)
NBR NM 52: 2009
Massa específica (ME)
NBR NM 45: 2006
Índice de Vazios
NBR NM 49: 2001
Determinação de impurezas orgânicas
Resultados
0,60
1,30
Fina
1,62 g/cm³
2,51 g/cm³
34,51 %
Teor Médio
Nesta pesquisa foram empregados dois aditivos: um aditivo plastificante para obtenção da trabalhabilidade
ideal da argamassa de revestimento e, posteriormente, utilizou-se um aditivo hidrofugante mono-componente
à base de cimento como proteção superficial. A Tabela 4 mostra as especificações destes, segundo seus
fabricantes.
Características
Massa específica
Especificações
pH
Tabela 2 – Especificações dos aditivos segundo os fabricantes
Aditivo Plastificante
Aditivo Hidrofugante
Diluente
Produto semi-pronto e solúvel em água
1,2 g/cm³
Líquido cor
Aspecto
Pó
amarronzada
Composição Polímeros, cimento, resinas, cargas minerais
e aditivos especiais.
Fonte: Fabricantes, 2017
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2.2 Dosagem da argamassa de chapisco e da argamassa de revestimento
O precedente para a realização desta pesquisa foi o desempenho insatisfatório de uma argamassa de
revestimento dosada em obra e que, por meio dos ensaios de permeabilidade pelo método do cachimbo e de
resistência de aderência, não atendeu aos requisitos normativos, em relação aos ensaios supracitados. A
empresa em questão executava uma argamassa de chapisco com traço 1:3 (cimento:areia, em volume) e,
sete dias após a execução deste realizava o lançamento de uma argamassa de revestimento com traço
1:12(cimento:areia, em volume)+aditivo plastificante.
Ao avaliar tal revestimento constatou-se uma elevada permeabilidade, com consumo de praticamente toda a
quantidade de água empregada no ensaio (3,5 ml dos 4,0 ml utilizados) e com resistência de aderência média
de 0,26 MPa, ou seja, inferior aos 0,30 MPa exigidos para revestimento externos e fachadas, segundo a NBR
13749 (ABNT, 2013).
A partir destes resultados houve a necessitada de ajustar a dosagem da argamassa e, após este
procedimento, empregar o aditivo hidrofugante na superfície do revestimento com a função de reduzir a
penetração de umidade e formação de micro-organismos. O traço do chapisco foi mantido e o
proporcionamento da argamassa foi ajustado em 1:9 (cimento e areia, volume)+aditivo plastificante
(20ml/saco de cimento), conforme recomendação do fabricante. Após a execução da argamassa, foram
realizados os ensaios no estado plástico e a moldagem dos corpos de prova para avaliações no estado
endurecido. Nas Tabelas 5 e 6 estão dispostos os valores obtidos nesses ensaios.
.
Tabela 5 – Caracterização da argamassa no estado plástico, após correção de sua dosagem
Característica determinada
Método de ensaio
Resultados médios
Consistência (Espalhamento)
NBR 13276: 2005
326 mm
Densidade de massa
NBR 13278: 2005
1,93 g/cm³
Ar incorporado
NBR NM 47: 1995
15%
Retenção de água
NBR 13277: 2005
79%
Resistência ao cisalhamento
ASTM D 4648: 2000
1,58 KPa
Fonte: Autores, 2017.
Tabela 6 – Caracterização da argamassa no estado endurecido, após correção de sua dosagem
Característica determinada
Método de ensaio
Resultados médios
Resistência à compressão
NBR 5739: 2007
21,70 MPa
Absorção de água por capilaridade
NBR 9779: 2012
0,92 g/cm²
Fonte: Autores, 2017.
2.3 Execução dos painéis com revestimento em argamassa e o ciclo de molhagem
Para a etapa experimental foram confeccionados quatro painéis em alvenaria de bloco cerâmico estrutural
com dimensões de (1,00 x 1,20) m 2. Posteriormente, foi realizada a aplicação do chapisco sobre estes e, após
7 dias realizou-se o lançamento da argamassa de revestimento. Com os painéis já revestidos, executou-se a
aplicação do aditivo hidrofugante de superfície, com exceção do painel em que foi lançada a argamassa de
referência. O aditivo hidrofugante de proteção superficial foi aplicado em três demãos, em intervalos de 4
horas entre as mesmas, conforme especificações do fabricante. O desempenho das argamassas foi avaliado
a partir da realização de 3 ciclos de molhagens diários de 30 minutos cada, por 5 dias semanais, durante 60
dias. Esses ciclos tiveram por objetivo produzir condições agressivas de intemperismo, similares as do clima
da região em que foi realizada a pesquisa. A Figura 1 mostra a execução dos painéis com o posterior
desenvolvimento dos ciclos de molhagem.
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Figura 1 – Exceção dos painéis e aplicação dos ciclo de molhagem
B
Fonte: Autores, 2017.
2.4 Ensaios realizados
2.4.1 Análises visuais e instrumentadas
Nessa etapa, as análises basearam-se em observações diárias, nas quais, foram avaliadas as seguintes
variáveis, expressas na Tabela 7:
Tabela 7 – Análises e metódos utilizados
Análise
Método
Umidade relativa do ar
Aplicativo móvel on-line
Temperatura média
Termômetro digital a laser
Alteração microbiológica aparente
Inspeção visual
Formação de gotas
Inspeção visual
Fissuração e pulverulência
Inspeção visual e tátil
Fonte: Autores, 2017.
Após endurecimento das argamassas foi realizada inspeção visual com intuito de observar a superfície
acabada quanto à presença de fissuras, assim como, sua resistência à abrasão superficial (pulverulência).
Os sinais de pulverulência mais comumente observados são a desagregação e o esfarelamento da
argamassa ao ser pressionada manualmente. Para esta análise, foi utilizado um objeto metálico e pontiagudo
pressionado contra a superfície do revestimento. Esta análise foi realizada após 3 (três) dias da aplicação do
chapisco e avaliada também após a aplicação da argamassa de emboço, nas idades iniciais (3, 7 e 14 dias)
e nas mais avançadas (28 e 60 dias).
Com relação à fissuração do revestimento, tanto o surgimento quanto à sua evolução foram acompanhados
em cada painel durante todo o período dos ensaios. Sua apreciação deu-se pela evolução destas em cada
painel durante todos os dias de análise e foram classificadas de acordo com sua abertura, por meio do uso
de um fissurômetro, sendo quantificadas pela soma das medidas de seus comprimentos, em milímetros,
dividido pelo valor da área de cada painel (m²). As fissuras foram classificadas com medidas variando entre
0,05mm a 1,0mm. Neste estudo foi realizada uma análise qualitativa do revestimento e uma analogia com a
permeabilidade.
2.4.2 Permeabilidade pelo método do cachimbo
O ensaio de permeabilidade pelo Método do Cachimbo, proposto pelo CSTC – Centre Scientifique at
Technique de la Construction da Bélgica, determina a absorção à água do revestimento, sob pressão inicial
de 92mm de coluna d’água, que corresponde à ação estática de um vento com velocidade de 140 km/h. O
objetivo da técnica é a determinação em laboratório ou “in loco” da avaliação da capacidade
impermeabilizante ou de repelência à água de um revestimento avaliado por meio de sua capacidade de
absorção de água. Neste estudo, o ensaio teve por base o procedimento realizado por Ramos et al. (2017) e
foi realizado na idade de 60 dias. Esta data foi escolhida por se esperar que a porosidade superficial dos
revestimentos já estivesse estabilizada, não apresentando grandes variações em idades ainda mais
avançadas.
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2.3.3 Resistência de aderência à tração direta
A resistência de aderência dos revestimentos depende das propriedades da argamassa no estado fresco, dos
procedimentos de execução, da natureza, características e preparação da base. Esta propriedade pode ser
medida por meio do ensaio de arrancamento por tração direta, que leva em consideração valores mínimos
prescritos na NBR 13749 (ABNT, 2013).
Nesta pesquisa, o ensaio para determinação da resistência de aderência foi realizado nos revestimentos na
idade de 60 dias, seguindo os procedimentos descritos na NBR 13528 (ABNT, 2010). Para a realização deste
foi utilizado um dinamômetro de impacto e, em cada painel, foram realizados 12 arrancamentos, perfazendo
um total de 48 medições. Foram registradas as cargas de ruptura, o diâmetro efetivo do corpo de prova, a
espessura do revestimento e os percentuais dos tipos de ruptura. Cabe destacar, que assim como o ensaio
de permeabilidade, o de aderência também foi efetuado na idade de 60 dias para a obtenção de resultados
mais condizentes ao cimento empregado (CP IV-RS), o qual possui elevado teor de material pozolânico e
reatividade mais lenta, inclusive no que tange ao ganho de resistência (NEVILLE, 2016).
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 Análises visuais e instrumentadas
Diversas pesquisas relatam a influência das condições ambientais no desempenho das argamassas expostas
a condições nocivas externas, especialmente, quando se avalia temperatura e umidade relativa, dentre estas,
pode-se citar Moura (2007). Assim, para o diagnóstico sobre o comportamento dos painéis mediante fatores
externos ambientais, julgou-se de suma importância a verificação de indicadores climáticos que mensurassem
as características que o revestimento estaria submetido, conforme apresentado na Tabela 7.
Tabela 7 – Resultados das avaliações visuais e instrumentadas
Idades
Análises visuais e instrumentadas
28 dias
60 dias
REF
HBT
HBN
REF
HBT
Umidade relativa do ar
79%
78%
Temperatura média
31,4°C
29,4°C
30°C
31,8°C
29,5°C
Alteração microbiológica aparente
Ausente Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Formação de gotas
Ausente Presente Presente
Ausente
Presente
Fissuração e pulverulência
Baixa
Baixa
Baixa
Baixa
Baixa
HBN
30,4°C
Ausente
Presente
Baixa
Fonte: Autores, 2017.
As condições ambiente (temperatura e umidade) demonstraram valores elevados, característicos da região
amazônica que, devido a presença da alta umidade favorecem a proliferação de microrganismos. Além disso,
as chuvas frequentes, justificadas pela realização dos ensaios durante o “inverno amazônico” tornaram-se
também um agente agressivo ao sistema de fachada. Já a temperatura, em combinação ao fator anterior,
exige satisfatória resistência dos revestimentos quanto à sua expansão/contração, com aquecimento e
resfriamento oscilatórios, possibilitando a geração de fissuras que irão servir de “caminhos” preferenciais para
a penetração de agentes agressivos, em exemplo, a própria água da chuva.
Todavia, mesmo em presença destes aspectos desfavoráveis, com base nas análises visuais realizadas, os
painéis exibiram ausência de alterações microbiológicas externas visíveis a olho nú, durante todo o período
de estudo. Ressalta-se que este resultado não descarta uma possível formação de microrganismos, em
virtude da metodologia adotada ter sido qualitativa, sem uso de técnicas mais específicas, como uma análise
microbiológica interna.
Neste sentido, cabe destacar a pesquisa realizada por Oliveira et al. (2016) que avaliou, por meio de um
estudo de caso, a alvenaria estrutural aparente com aplicação do hidrofugante, também localizada na região
metropolitana de Belém/PA. Na pesquisa supracitada foi observado uma elevada deterioração da alvenaria
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aparente em que não havia sido aplicado o hidrofugante de superfície. Esta ocorrência enfatiza a importancia
da “proteção” advinda do uso do revestimento em argamassa aplicado sobre as alvenarias, em especial, as
que se encontram em condições climáticas adversas.
Em relação a avaliação superficial de proteção externa da camada, as argamassas com imprimações
hidrófobas apontaram formação de gotas (repelindo a água) durante todas as idades verificadas. Estes
resultados foram satisfatórios uma vez que o aditivo empregado age por meio de formação de película e
alteração da tensão superficial. Os hidrófugos apresentam uma tensão superficial inferior à da água, o que os
leva a apresentarem propriedades hidrofóbicas. Com a sua aplicação no substrato, a superfície fica
hidrofugada, sendo a sua tensão superficial reduzida, o ângulo de contacto tornase maior que 90º e a pressão
torna-se negativa (menisco convexo). A partir deste efeito, a água não molha a superfície do substrato, e sim,
“escorrega” e flui através da mesma (MARANHÃO e LOH, 2010; VRIES e POLDER, 1997).
A análise da pulverulência da argamassa de revestimento, em especial, a de referência, a qual não havia a
camada de imprimação do hidrofugante, demonstrou resistência ao risco, com coesão das partículas. Cabe
explanar que a resistência da argamassa à abrasão superficial ou ao riscamento não si dá em função somente
do consumo de cimento e da relação água/cimento, mas também da granulometria do agregado miúdo e do
teor de cal ou do aditivo utilizado no traço. Assim, na definição de um traço de argamassa é necessário
verificar o aspecto físico e visual da sua superfície aplicada ao substrato a que se destina, além da
determinação das suas características físicas (MADEIRO, 2012).
Quanto ao grau de fissuração encontrado, a abertura média das fissuras foi de 0,10 mm, cabendo destacar
que as fissuras próximas às extremidades dos painéis foram desconsideradas na análise, pois,
possivelmente, ocorreram devido ao procedimento executivo do revestimento (sarrafeamento).
3.2 Permeabilidade de água pelo método do cachimbo
Para avaliar a ação do hidrofugante, o ensaio de permeabilidade de água pelo Método do Cachimbo foi
realizado na idade de 60 dias em cada um dos painéis, conforme figura 3.
Figura 3 – Resultado da permeabilidade pelo método do cachimbo aos 60 dias de idade
4,00
Água absorvida (ml)
3,50
3,00
2,50
REF
2,00
HBN
1,50
OBRA
1,00
0,50
0,00
5
10
Tempo (min)
15
Fonte: Autores, 2017.
Os resultados de permeabilidade mostraram notória discrepância entre os valores da argamassa dosada em
obra e da argamassa dosada a partir de parâmetros racionais de uma dosagem adequada com e sem o
aditivo hidrofugante. Devido seu proporcionamento incorreto, a argamassa dosada em obra apresentou
resultados elevados, os quais foram extremamente reduzidos quando corrigidos, como apresentado nas
permeabilidade inferiores das demais argamassas comparadas. Este comportamento demostrou que apenas
com o incremento de um estudo de dosagem correto se pode proporcionar redução na absorção de água.
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Além disto, os ciclos de molhagem do revestimento podem ter ocasionado uma espécie de “cura” na
argamassa e com isso tornado os revestimentos mais estanques.
Mediante resultados entre a argamassa corrigida sem o uso de aditivo hidrofugante e com uso, estes exibiram
similaridade, sendo os relacionados ao emprego do aditivo inferiores. Todavia, cabe ressaltar que as
avaliações foram realizadas com a idade máxima de 60 dias e dessa forma, possivelmente, em idades mais
avançadas, como de 2 a 3 anos, a argamassa hidrofugada, bem como a argamassa de referência, poderiam
vir a apresentar comportamentos diferenciados.
Em outro ponto de vista, por meio da análise dos resultados se obteve também a confirmação de que outras
variáveis influenciam decisivamente no desempenho do revestimento, como características da base,
granulometria do agregado, natureza e o teor de aglomerante, execução e a mão-de-obra, já de conhecimento
geral e, outras ainda pouco avaliadas, como aspectos relacionadas à temperatura, umidade relativa e ação
do vento (MOURA, 2007). Neste sentido, complementa-se a pesquisa de Hattge (2004), que ao avaliar a
permeabilidade de alvenarias de blocos cerâmicos e de concreto com aplicação de chapisco (1:3, cimento e
areia grossa, em volume), afirmou que os revestimentos em argamassa, independentemente do tipo de base
em que são aplicados, devem ser sobrepostos ao chapisco. O referido autor comenta que este elemento foi
responsável por significativa melhoria na capacidade estanque do revestimento, ou seja, na diminuição da
percolação de umidade e, consequentemente, em um desempenho mais satisfatório do recobrimento.
3.3 Ensaio de resistência de aderência à tração
3.3 Ensaio de resistência de aderência à tração
Os resultados do ensaio de Resistência de aderência à tração direta das argamassas estão dispostos na
Tabela 8.
Tabela 8 – Resultado de resistência de aderência à tração nas argamassa após 60 dias
Resistência de aderência à tração direta (idade de 60 dias)
Argamassa
Resultado médio (MPa)
Rupturas predominantes
OBRA
0,26
100% na argamassa
REF
0,67
67% na argamassa, 33% interface
HBN
0,38
65% na argamassa, 35% interface
Fonte: Autores, 2017
Os resultados mostram que a argamassa com a correção de traço (referência) e a argamassa com o uso de
aditivo hidrofugante obtiveram valores de resistência de aderência acima do mínimo prescrito na norma NBR
13749 (ABNT, 2013), ou seja, superior a 0,30 MPa. Com relação à forma de ruptura, não houve diferença
significativa entre os resultados de REF e de HBN, destacando-se apenas que a ruptura ocorreu
predominantemente na argamassa. Salienta-se, ainda, que a argamassa da obra rompeu na própria
argamassa em todos os pontos ensaiados da mesma.
De acordo com diversas pesquisas, a exemplo de Paes et al. (2014), a resistência de aderência é influenciada,
entre outros, pelas trocas de umidade entre a argamassa plástica e o substrato. Os mesmos autores afirmam
que a resistência de aderência à tração dos revestimentos é uma das propriedades mais correlacionadas com
a taxa de absorção de água, visto que, maiores valores de resistência de aderência são, em geral, atribuídos
à maior penetração da pasta aglomerante na estrutura porosa no substrato.
4. CONCLUSÕES
A seguir são apresentadas com base nos resultados do programa experimental e das análises realizadas as
conclusões da pesquisa, válidas em princípio, para os materiais e condições do estudo em questão.
Tomando como base as análises qualitativas e quantitativas realizadas conclui-se que os revestimentos
apresentaram baixos índices de fissuração e pulverulência, além da ausência de alterações microbiológicas
aparentes durante todo o período de estudo, ou seja, a princípio, o aditivo hidrofugante teve desempenho
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bastante satisfatório com relação as propriedades avaliadas, em especial, a redução da absorção de água,
formação de gotas, aparente diminuição da sujicidade e proliferação de microorganismos;
Em referência ao ensaio de permeabilidade, todos os revestimentos obtiveram resultados similares e
satisfatórios quanto a capacidade de barrar o ingresso da água, aspectos que confirmaram a importância do
estudo de dosagem da argamassa. Averiguou-se que a correção efetuada no proporcionamento da
argamassa (traço), anteriormente utilizada em obra, fez com que esta obtivesse desempenho elevado, porém,
sem que se possa afirmar que a performance do mesmo se mantenha em idades mais avançadas (2 a 3
anos), principalmente, no que tange as atribuições requeridas ao uso do aditivo hidrofugante que seria de
reduzir a absorção de água e diminuir a proliferação de microorganismos, frente ao clima adverso da região
amazônica;
Na idade de 60 dias, a resistência de aderência das argamassas, com a correção de traço e com o uso de
aditivo hidrofugante, atenderam ao valor mínimo estabelecido por norma (0,30 MPa). Porém, a formação de
película e a mudança das características superficiais (aumento da tensão superficial) promovidas pelo aditivo
hidrofugante podem ter alterado o mecanismo de transporte (troca) de água ocasionando um certo
aprisionamente da umidade. Este fato pode ter afetado a mensuração desta propriedade e minimizado o valor
da argamassa que continha este aditivo.
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