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Recensão_Atlantic History de Bernard Baylin

A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. [Recensão a] Baylin, Bernard -Atlantic History: concepts and contours Autor(es):

[Recensão a] Baylin, Bernard - Atlantic History: concepts and contours Autor(es): Martins, Adriana Alves de Paula Publicado por: Universidade Católica Portuguesa, Departamento de Letras URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/23586 Accessed : 20-Aug-2017 18:28:52 A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. impactum.uc.pt digitalis.uc.pt 331 BAYLIN, Bernard. Atlantic History. Concepts and Contours (Cambridge/London, Harvard University Press, 2005) 149 pp. Bernard Baylin, professor emérito da Adams University e director do Seminário Internacional sobre a História do Mundo Atlântico na Universidade de Harvard é um investigador de renome no panorama mundial, tendo já sido agraciado com os Prémios Pulitzer e Bancroft, pela publicação de The Ideological Origins of the American Revolution, e com o National Book Award, pela publicação de The Ordeal of Thomas Hutchinson. Em Atlantic History. Concepts and Contours, publicado, em 2005, pela Harvard University Press, Baylin confirma a progressiva relevância que o mundo académico tem dado ao domínio da história atlântica sob uma óptica comparada. O ensaio é emoldurado pela tentativa do historiador em definir não só as origens e os posteriores desenvolvimentos da noção de “história atlântica”, como também a centralidade deste conceito na compreensão do momento presente, sobretudo, em função da progressiva importância dada pelos historiadores ao Atlântico no século XX, na sequência dos dois conflitos mundiais. O ensaio de Baylin ocupa um espaço de relevo no quadro da produção académica sobre a história transatlântica, na medida em que o autor se propõe examinar o longo período que se estende dos primeiros contactos da Europa com o hemisfério ocidental aos movimentos de independência nas antigas colónias sob domínio europeu até à revolução industrial e os seus efeitos na globalização. No entanto, o peso que concede ao papel desempenhado pelo Reino Unido e, posteriormente, pelos Estados Unidos, no (des)equilíbrio de forças políticas e económicas, na investigação sobre as relações entre os diferentes povos e culturas que têm o Atlântico em comum, frustra, em alguma medida, o leitor do mundo atlântico. Frustração que deriva da pouca (ou quase nenhuma...) atenção prestada às fontes históricas sobre o papel de inequívoco relevo desempenhado pelos portugueses, sobretudo, quando se consideram as primeiras descobertas do chamado “Novo Mundo”, os diferentes ciclos do império português e a sua consequente influência no Brasil e em várias partes de África até aos nossos dias. Tal crítica não é nova, uma vez que a lacuna de ordem bibliográfica, com evidentes repercussões na problematização do conceito de “história atlântica”, já havia sido apontada por Timothy Coates, na recensão que fez a este volume, em e-JPH (Vol. 3, number 1, Summer 2005). 332 Apesar da inequívoca seriedade e importância do ensaio aqui em discussão, o leitor do mundo atlântico indaga-se, após a leitura do livro, sobre as palavras do autor, no prefácio, quando afirma que “[h]istory is what has happened, in act and thought; it is also what historians make of it”. Cremos que a lacuna acima referida só poderá ser preenchida quando mais historiadores interessados na história de Portugal, do Brasil e dos países africanos de expressão portuguesa e nas especificidades da empresa colonial portuguesa por oposição ao império britânico tiverem a chance de partilhar o seu saber com os intervenientes nos seminários internacionais sobre o mundo atlântico. Quando isto acontecer, as palavras de Baylin no prefácio assumirão uma outra proporção, pois, afinal de contas, “history is also what historians make of it”. Adriana Alves de Paula Martins